10.ª Conferência Internacional sobre Geoparques Globais da UNESCO de 7 a 11 de setembro em Marrocos
A cidade marroquina de Marraquexe vai receber a 10.ª Conferência Internacional sobre Geoparques Globais da UNESCO, de 7 a 11 de setembro. Estarão reunidos membros dos geoparques de todo o mundo, cientistas, geólogos, académicos, estudantes, empresas, todos os interessados na natureza e no património natural e imaterial.

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O Conselho Executivo da Rede Global de Geoparques (GGN) nomeou Marrocos, com seu Geopark M’Goun, entre França, México e Brasil para sediar este evento, que reunirá mais de 1.500 participantes de 50 países. Trata-se do encontro mais importante onde os gestores dos Geoparques Globais da UNESCO e membros da Rede Global de Geoparques se encontram e trocam conhecimentos e experiências sobre a instalação e gestão de geoparques. O tema deste ano é: Geoparques Globais da UNESCO – Comunidades em Desenvolvimento.
Esta conferência realiza-se a cada dois anos e reúne especialistas de todo o mundo para partilharem as últimas descobertas e experiências numa ampla variedade de tópicos, incluindo geologia, turismo sustentável, educação ou gestão participativa para o desenvolvimento sustentável.
Esta iniciativa tem como objetivo a promoção e transmissão do conhecimento tradicional, a valorização dos produtos locais, o desenvolvimento de atividades adequadas ao ar livre, através do geoturismo e o fortalecimento das populações.
Refira-se que um Geoparque Mundial da UNESCO é uma área única e unificada onde locais e paisagens de importância geológica internacional são geridos numa conceção holística de proteção, educação e desenvolvimento sustentável.
Um Geoparque Mundial da UNESCO utiliza o seu património geológico, em conjunto com todos os outros aspetos do património natural e cultural da área, para aumentar a consciência e a compreensão de questões-chave com que a sociedade se depara, como a utilização sustentável dos recursos do Planeta, mitigando os efeitos das mudanças climáticas e reduzindo o impacto das catástrofes naturais.
Através de uma maior consciencialização da importância do património geológico da região na história e na sociedade, um Geoparque Mundial da UNESCO concede aos seus habitantes um sentimento de orgulho na sua região e fortalece a sua identificação com o território. A criação de iniciativas inovadoras locais, de novos postos de trabalho e de cursos de formação de alta qualidade é estimulada, enquanto novas fontes de receita são geradas através do geoturismo e os recursos geológicos são protegidos.
Em Portugal existem cinco Geoparques Mundiais da UNESCO: Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Estrela. O primeiro Geoparque português a integrar a Rede de Geoparques Mundiais da UNESCO, foi a Naturtejo em 2006, seguindo-se Arouca em 2009, Açores em 2013, Terras de Cavaleiros em 2014 e Estrela em 2020.
Sob a égide da Comissão Nacional da UNESCO, a 30 de junho de 2022, foi criada a Rede Portuguesa dos Geoparques Mundiais da UNESCO dotada de um Comité de Coordenação.
Estabelecido em 2014, o Geoparque M’Goun é o único geoparque no Magrebe e o primeiro estabelecido no continente africano, seguindo-se depois a abertura do Geoparque Ngorongoro-Lengai na Tanzânia em 2018. O geoparque de M’Goun oferece um programa de educação científica e ambiental, fortalecendo o engajamento de Marrocos no desenvolvimento sustentável.
Marrocos também foi nomeado membro do GGN durante a 9ª Conferência Global de Geoparques da UNESCO para os próximos quatro anos, refletindo o compromisso do país com a gestão e preservação das paisagens geológicas.
Além disso, o país preside desde 2019 a Rede Africana de Geoparques das Nações Unidas (AUGGN), com a intenção de expandir a rede de geoparques no continente e implementar os objetivos do Programa Internacional de Geociências e Geoparques.