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Elétricos: oportunidade ou pesadelo para o rent-a-car?

Apesar das preocupações com a sustentabilidade e da maior procura por parte dos clientes, que têm levado as empresas de rent-a-car a apostar nos veículos elétricos, este ainda é um tema critico para este setor.

Inês de Matos
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Elétricos: oportunidade ou pesadelo para o rent-a-car?

Apesar das preocupações com a sustentabilidade e da maior procura por parte dos clientes, que têm levado as empresas de rent-a-car a apostar nos veículos elétricos, este ainda é um tema critico para este setor.

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Na IV Convenção Nacional da ARAC – Associação Nacional dos Locadores de Veículos, que decorreu a 31 de março, em Alcobaça, Paulo Pinto, que além de Head of Portugal do Europcar Mobility Group (EMG) é também presidente da associação, abordou a importância dos veículos elétricos para o rent-a-car. Estes veículos, que, segundo o responsável, são fundamentais para afirmar definitivamente a mobilidade sustentável, encontram-se já presentes em boa parte das frotas as empresas nacionais do setor, apesar da condicionante que a escassez de postos de carregamento representa e que ameaça inviabilizar os investimentos realizados. “A infraestrutura de carregamento, apesar de ter, neste momento, cerca de seis mil postos públicos, continua a ser a maior condicionante”, afirmou Paulo Pinto, realçando as desigualdades na distribuição destas infraestruturas pelo país e o facto de, apesar de virem a crescer, o número de postos ainda ser “absolutamente limitado”.

O Publituris foi ouvir as empresas de rent-a-car que atuam em Portugal para saber em que ponto está a descarbonização das frotas e como podem os problemas que afetam o aluguer destes veículos ser resolvidos.

Situação atual
Como as preocupações com as alterações climáticas e sustentabilidade, o rent-a-car tornou-se num dos primeiros setores a responder ao desafio da descarbonização, incorporado cada vez mais veículos elétricos e híbridos.

No EMG, Paulo Pinto confirma que a “descarbonização da frota é, sem dúvida, uma das prioridades” e explica que o grupo pretende ter “20% da frota ecologicamente sustentável” até 2024, passando para 25% no ano seguinte, segundo o plano de sustentabilidade “One Sustainable Fleet”. “O plano de descarbonização da nossa frota traduz-se num trabalho contínuo e prolongado, pelo que o nosso objetivo é aumentar a frota de veículos elétricos e híbridos”, refere.

Delfina Acácio também reconhece a importância da descarbonização e diz que “15% das viaturas da Guerin já estão dentro desses parâmetros”, num caminho que a empresa vai manter para, “ainda este ano, chegar aos 20%”, prevendo-se que, em 2024, essa percentagem “provavelmente dobrará”. Por enquanto, a Guerin conta com “viaturas elétricas e/ou híbridas em quase todos os segmentos e de quase todas as marcas”.

E também a Ilha Verde tem adquirido viaturas híbridas e elétricas, com Luís Rego a revelar que, atualmente, “mais de 10% da frota” é composta por estes veículos, pois, em 2017, a empresa assinou a Cartilha da Sustentabilidade dos Açores, comprometendo-se com a descarbonização.

Na Hertz Portugal, Duarte Guedes admite igualmente a importância desse passo e diz que a empresa já tem “mais de 20% da frota, entre híbridos, plug-ins e elétricos”. “Devemos ser o operador com maior número de veículos elétricos em Portugal”, diz, explicando que, apesar disso, este ano, “em percentagem da frota total, a penetração de veículos verdes não deverá alterar muito”.

Mais demorada está a descarbonização da SIXT Portugal, que tem cerca de 3% de veículos elétricos e híbridos, com Carlos Caiado a admitir que o atraso se deve aos “desafios” que a aposta encerra, apesar de prever um crescimento para “5% até ao final do 1.º trimestre de 2024”.

Já a Visacar tem apostado, sobretudo, na “compra de viaturas híbridas”, uma vez que, explica Honório Teixeira, representam “uma alternativa ainda mais segura para a mobilidade dos clientes”.

Alexandru Vatră diz ainda que a Klass Wagen, cuja frota é de 2023, tem sido “muito eficiente na descarbonização” e conta com vários híbridos.

Preço e escassez de postos são maiores entraves
Apesar do aumento destes veículos ser real, há diversas ameaças que impedem um crescimento mais rápido do aluguer destes veículos.

Como diz o General Manager da SIXT Portugal, os motivos que levam a uma descarbonização mais lenta prendem-se com a falta de infraestruturas e preço elevado das viaturas. “Para já, a descarbonização é lenta com a adoção de veículos elétricos e enfrenta desafios de infraestruturas, falta de confiança dos clientes e custo elevado de aquisição”, refere, sublinhando que, “com a escassez de postos de abastecimentos elétricos de elevada capacidade de carga”, os clientes não têm confiança para alugar “veículos 100% elétricos”.

Alexandru Vatră concorda e explica que, na Klass Wagen, essa é a razão que tem levado à fraca aposta nestas viaturas, pois “a infraestrutura para veículos elétricos ainda não é suficiente para fazer a transição completa”. “A escassez de estações de carregamento e aumento dos preços dos carros afetaram a nossa capacidade de descarbonizar”, resume.

Paulo Pinto também diz que o reduzido número de postos “é um desafio significativo para a descarbonização da indústria como um todo”, e o EMG não é exceção. “Para que o serviço seja atrativo e confortável para os consumidores, a infraestrutura de carregamento tem de crescer ao mesmo nível e velocidade que crescem as vendas”, refere.

Na Visacar, Honório Teixeira também reconhece um atraso devido às infraestruturas. “A rede de carregamento não dá resposta às necessidades dos clientes. As viaturas elétricas requerem tempos de carregamento que podem prejudicar as necessidades de mobilidade”, explica.

Na Hertz Portugal, Duarte Guedes fala na escassez de postos como problema e diz que, por isso, a empresa começou, em 2017, a “instalar os primeiros postos de carregamento”, algo que vai continuar a reforçar.

O problema manifesta-se ainda nos Açores, onde Luís Rego admite que a descarbonização é “um grande desafio”, pelo “constrangimento da falta de postos de carregamento e estruturas de apoio, em todas as ilhas”. “Operamos num arquipélago onde a descontinuidade territorial é evidente, dificultando muitas das nossas pretensões”, lamenta.

Mais otimista é Delfina Acácio, para quem a reduzida dimensão da “rede de abastecimento é sem dúvida uma questão”, mas que acredita que “o crescente aumento de postos será cada vez menos um entrave”. “O maior entrave continua a ser o custo elevado das viaturas e a baixa autonomia”, diz.

Soluções precisam-se
Apesar de Portugal já ter mais de seis mil postos, continua a ser necessário aumentar estas infraestrutura, principalmente nas zonas mais turísticas.

Na Europcar, Paulo Pinto explica que a empresa está a “preparar as suas estações, hubs e sedes com postos para carregar veículos elétricos, através de um forte investimento na eletrificação dos principais centros de mobilidade”. “Existe um plano de expansão a ser levado a cabo nos próximos anos, a fim de ter carregadores ou uma solução de recarga para a nossa rede de estações e estamos a trabalhar na implementação de painéis solares nos centros de mobilidade, a acontecer brevemente, para permitir uma redução na dependência da rede elétrica nacional”, revela.

E também a Hertz Portugal tem equipado as estações com postos de carregamento, mas Duarte Guedes considera que será preciso fazer mais, já que a “maior densidade a nível do país ajudará à adoção” deste tipo de viatura. “Mas é preciso focar mais no aumento da densidade nos destinos finais tais como residencial, hotéis e locais de trabalho para que a conveniência seja total”, sugere.

Opinião semelhante manifesta Honório Teixeira, que lembra que muitos dos clientes da rent-a-car algarvia ficam em hotéis ou aldeamentos turísticos que, “apesar de esforços, ainda disponibilizam muito poucos lugares com postos de carregamento”, pelo que o desafio, defende, passa por “disponibilizar estacionamento com carregamentos junto de todas as unidades hoteleiras e continuar a melhorar a rede publica”.

Nos Açores, Luís Rego pede igualmente a “implementação maciça de carregadores”, principalmente, “nos pontos estratégicos públicos, parques de estacionamento, unidades hoteleiras”. O responsável da Ilha Verde, quer ainda “resposta mais célere dos apoios estatais, não só na criação de infraestruturas, mas também na aquisição das viaturas”.

Caso o número de postos não cresça, Carlos Caiado admite que terá impacto “na velocidade de descarbonização da SIXT, atrasando a meta prevista de eletrificação da maioria da frota para 2030”, opinião partilhada por Alexandru Vatră, que diz que a estratégia de descarbonização da Klass Wagen “depende da disponibilidade de estações de carregamento elétrico e da acessibilidade dos veículos elétricos”.

Mais positiva volta a ser Delfina Acácio, que acrescenta que “os processos são cada vez mais simples para utilizadores, com várias ferramentas de acompanhamento à rede”, o que impulsiona o aluguer de elétricos.

Curiosidades

Postos – Portugal conta atualmente com cerca de 6 mil postos de carregamento em todo o país

Veículos – Grande parte das empresas de rent-a-car que operam em Portugal tem já veículos elétricos, híbridos e plug-in

Soluções – Aumentar os lugares de estacionamento para carregamento de elétricos nos hotéis e zonas turísticas é uma das sugestões

Foto crédito: Depositphotos.com
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APAVT diz que quanto mais tardar o aeroporto mais difícil será esconder anemia da economia

A Comissão Técnica Independente (CTI) irá apresentar, terça-feira, 5 de dezembro, na sua 3.ª Conferência, o relatório de análise estratégica e multidisciplinar do aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa. O presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, lamenta as várias situações de “ineficiência” que atrasam uma decisão para o novo aeroporto.

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) lamenta que várias situações de “ineficiência” atrasem uma decisão para o novo aeroporto de Lisboa e acredita que quanto mais tardar mais a descoberto ficará a anemia da economia.

A Comissão Técnica Independente (CTI) que está a estudar a solução para o novo aeroporto apresenta na terça-feira o relatório preliminar que vai servir de base para a decisão sobre a sua localização.

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, tinha prometido uma decisão rápida, após a análise do relatório final da CTI, mas, perante a incerteza política devido à demissão do Governo e marcação de eleições antecipadas, esta é uma decisão que deverá ficar para depois de março.

“É a constatação de que, sendo o maior custo do processo o custo da não decisão, uma vez mais, a decisão ficou atrasada, primeiro por ineficiência de quem a devia tomar, agora por uma contingência política que impede qualquer pessoa de a tomar”, afirmou o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, à agência Lusa.

Para além de mais este compasso de espera a aguardar por um novo executivo – as eleições legislativas marcadas pelo Presidente da República acontecem em 10 de março -, a associação que representa as agências de viagens teme que uma nova contrariedade possa vir a acontecer.

“Acresce que numa nova situação política, a vontade de continuar com o processo de acordo como ele estava organizado não está assegurada e, portanto, é evidente que é mais uma ineficiência do sistema”, reforçou.

E assim sendo – lamenta – globalmente é o país que sai prejudicado.

“Quem está a sair prejudicado é a economia nacional, porque já todos percebemos que o crescimento da economia portuguesa é anémico. Essa anemia está é a ser escondida por um comportamento brutal do turismo e este comportamento brutal do turismo necessita da evolução no aeroporto, necessita de uma solução aeroportuária para Lisboa. Quanto mais tarde ela acontecer, mais difícil será esconder esta anemia e prejudicado é o bem-estar dos portugueses”.

O Governo incumbiu a comissão técnica independente (CTI) de analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa (Portela + Montijo; Montijo + Portela; Alcochete; Portela + Santarém; Santarém), mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções.

Após uma primeira fase de receção e análise de outras propostas, foram acrescentadas ao estudo as opções Portela + Alcochete, Portela + Pegões, Rio Frio + Poceirão e Pegões.

A ideia é avaliar as nove opções que estão em cima da mesa de acordo com cinco fatores críticos de decisão definidos pela CTI, sendo eles a segurança aeronáutica, a acessibilidade e território, a saúde humana e viabilidade ambiental, a conectividade e desenvolvimento económico e o investimento público e modelo de financiamento.

Mediante as pontuações obtidas pelas várias opções em estudo nos diferentes critérios, vertidas no relatório final que deverá ser entregue no final do ano ou no início de janeiro, caberá ao governo tomar a decisão, que é política e não técnica.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse no sábado que vai formalizar a demissão do Governo na próxima quinta-feira, dia 07 de dezembro, e apontou a dissolução do parlamento para 15 de janeiro.

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Aeroporto de Hamburgo junta-se à rede “”Hydrogen Hub at Airport”

O Aeroporto de Hamburgo, na Alemanha, tornou-se na primeira infraestrutura aeroportuária alemã a aderir à rede “Hydrogen Hub at Airport”, que visa promover a expansão do hidrogénio na indústria da aviação.

O Aeroporto de Hamburgo, na Alemanha, tornou-se na primeira infraestrutura aeroportuária alemã a aderir à rede “Hydrogen Hub at Airport”, que visa promover a expansão do hidrogénio na indústria da aviação.

Esta rede, que conta atualmente com membros de 11 países, entre aeroportos, companhias aéreas e empresas do setor energético, visa o desenvolvimento e expansão das infraestruturas para o uso do hidrogénio na aviação.

“Damos as boas-vindas ao Aeroporto de Hamburgo enquanto mais recente membro da “Hydrogen Hub at Airport”. O conhecimento de Hamburgo sobre o hidrogénio vai ser uma mais-valia para a jornada ZEROe Ecosystem para a construção de um futuro em que a aviação vai ser impulsionada por hidrogénio descarbonizado. O caminho para preparar a infraestrutura aeroportuária para suportar o hidrogénio e a aviação de baixo teor de carbono começa no chão, com estas parcerias”, considera Karine Guénan, Vice President do ZEROe Hydrogen Ecosystem.

O uso do hidrogénio para alimentar a aviação do futuro vai permitir uma redução das emissões poluentes, levando também a uma descarbonização das atividades em terra, motivo pelo qual a Airbus lançou, em 2020, esta rede, que visa a redução das emissões de CO2 em toda a cadeia da aviação.

“Estamos entusiasmados que o Aeroporto de Hamburgo esteja a trabalhar nos mesmos termos que outros hubs internacionais, como o aeroporto de Paris-CDG ou o Changi Airport, em Singapura, enquanto nos preparamos para a transição energética nas viagens aéreas”, afirma Michael Eggenschwiler, CEO of Hamburg Airport.

 

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Transavia renova cabine dos novos aviões A320neo

A companhia aérea low cost do Grupo Air France/KLM vai começar a receber a partir de janeiro novos aviões A320neo, que vão contar com uma cabine mais moderna e confortável, de forma a oferecer uma melhor experiência a bordo aos seus passageiros.

A Transavia France decidiu renovar a cabine dos novos aviões A320neo que a companhia aérea low cost do Grupo Air France/KLM vai começar a receber a partir de janeiro, numa transformação que pretende tornar a cabine mais moderna e confortável para os passageiros.

“A subsidiária low-cost do grupo Air France concebeu uma nova cabine, mais confortável e moderna para oferecer uma melhor experiência a bordo. Um assento mais confortável, a integração de tomadas USB e maiores espaços de arrumação: eis um resumo das novidades da futura cabine”, destaca a Transavia France, em comunicado.

Na informação divulgada, a companhia aérea revela que a nova cabine vai contar com 186 assentos, que são “mais leves e de última geração”, tendo a escolha da transportadora recaído sobre os assentos SL3710 da Recaro.

“Este assento é mais confortável, graças a uma largura ligeiramente superior à dos modelos atuais, e o reforço da espessura está integrado em várias partes do assento. Os apoios de braços são também mais compridos e amovíveis”, explica a Transavia France.

Os novos assentos já se encontram pré-reclinados a 15° e disponibilizam ainda 73,6 cm de espaço para as pernas, contando igualmente com um suporte para copos e uma tomada USB-C de 60 W, para que os clientes possam carregar os seus dispositivos eletrónicos.

A Transavia optou também por vários ambientes de iluminação na cabine e nas casas de banho, de forma a tornar o ambiente da cabine mais tranquilo, e por disponibilizar mais espaço de arrumação, com bagageiras de maiores dimensões, que disponibilizam mais 37% de capacidade de arrumação do que um compartimento de bagagem convencional.

“Isto significa que podem ser arrumadas oito peças de bagagem na vertical (tamanho máximo de 55 x 35 x 25 cm) em vez de cinco na horizontal nos compartimentos normais”, sublinha ainda a transportadora.

O projeto que deu origem à nova cabine da Transavia France foi desenvolvido internamente, pelas equipas da Transavia France e Transavia Netherlands, desde 2021.

“Tínhamos aqui dois grandes objetivos a cumprir: O primeiro passava por refletir a nossa imagem de marca “We make low-cost feel good” e, assim, ilustrar os valores da nossa companhia. O segundo tinha a ver com a inovação. Tínhamos de oferecer uma cabine nova e moderna e uma experiência a bordo mais confortável”, afirma Nicolas Hénin, Chief Commercial Officer da Transavia France.

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Ryanair transporta mais 4% de passageiros em novembro

A Ryanair atingiu os 180,8 milhões de passageiros no acumulado do ano até novembro de 2023.

Em novembro de 2023, a Ryanair transportou 11,7 milhões de passageiros, correspondendo a um crescimento de 4% face aos 11,2 milhões de passageiros transportados em igual mês de 2022.

Em comunicado a companhia aérea lowcost irlandesa revela que efetuou 66.400 voos no 11.º mês de 2023, indicando, ainda, que 960 voos foram cancelados devido ao conflito atual na Faixa de Gaza.

O load factor para este período manteve-se inalterado nos 92%.

Já relativamente ao acumulado do ano, janeiro-novembro, a Ryanair transportou 180,8 milhões de passageiros, o que equivale a uma evolução de 14% face aos 158,4 milhões de passageiros transportes nos 11 meses homólogos do exercício passado.

O load factor para este período registou uma subida de 3 pontos percentuais, passando de 91 para 94%.

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“É impensável ter uma empresa de aviação a atuar no mercado competitivo global a ser condicionada por um acionista, neste caso, o acionista Estado”

A privatização da TAP foi um dos temas da conversa realizada entre o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, e o CEO da companhia aérea, Luís Rodrigues. Uma coisa é certa: “qualquer operador que queira comprar a TAP vai perguntar se existisse uma infraestrutura aeroportuária com margem de crescimento”.

Victor Jorge

Questionado a avaliar se o crescimento sustentado da TAP é concebível com a atual situação do aeroporto, Luís Rodrigues, CEO da TAP afirmou que “existem três horizontes: um de curto prazo, até ao final de 2025; um de médio prazo, cinco anos; e um horizonte de mais de cinco anos”.

De qualquer maneira, para o responsável da TAP, “não posso trabalhar a contar com isso, porque senão fazemos mais nada. Passamos o tempo todo distraídos e a coisa corre mal”.

Por isso, Luís Rodrigues admitiu que “todas as obras que venham [no atual Aeroporto Humberto Delgado], seja são bem-vindas”, reconhecendo, no entanto que estas “beneficiam todos os operadores da mesma forma”, admitindo que, sobre esse tema, “não estou preocupado. Acho que as obras devem ser feitas. Sei que a ANA tem feito os seus projetos. Estamos a aguardar que as coisas evoluam”.

Já relativamente à privatização, o CEO da TAP foi claro. “Aquilo que digo às pessoas dentro de casa é: se vocês estiverem com medo da privatização e sentados à espera, garanto que, quem quer que chegue, se olhar para uns tipos que não produzem nada, não os vai querer cá. Por outro lado, se estiverem a trabalhar como se não existisse privatização, ter o objetivo de criar uma das empresas mais atrativas da indústria, quem chegar cá dirá, não tocar, deixa-os trabalhar’. E é isso que estamos a fazer”.

Ainda no que diz respeito à privatização da TAP, Luís Rodrigues frisou que “é impensável ter uma empresa de aviação a atuar no mercado competitivo global a ser condicionada por um acionista, neste caso o acionista Estado. A forma mais óbvia e historicamente fácil de fazer isso é privatizá-la”, referindo ainda que “não vou discutir se é 100% ou 80% ou se, dada a importância estratégica que tem para o país, seja o Estado a governar”. Contudo, neste último caso, o CEO da TAP considerou que é fundamental que se “criem regras que permitam que a empresa seja gerida livre dos entraves administrativos a que está sujeita no atual quadro”.

E o exemplo dado pela CEO da TAP foi a “simples compra de combustível”, estando a companhia sujeita a “submissões de valores superiores a cinco milhões de euros que têm de ser aprovados pelo Tribunal de Contas. Cinco milhões de euros fazemos nós todos os dias só na compra de combustível”, disse Luís Rodrigues, afirmando, ainda que, “é comprar combustível futuro quando ele está barato. Hoje não posso fazer isso”.

Condicionador da privatização da companhia é, segundo o CEO da TAP, o atual desconhecimento da localização do novo aeroporto para a região de Lisboa. Ou seja, “esta situação é claramente condicionadora e reflete-se no preço” Quer isto dizer que “podes entrar, mas baixas o preço de entrada de uma forma exponencial”. Porque, “qualquer operador que queira comprar a TAP vai perguntar se existisse uma infraestrutura aeroportuária com margem de crescimento”. O que é certo é que “há todo o interesse por parte dos operadores estrangeiros. Percebemos é que é um processo político que tem o seu caminho”.

No final, Luís Rodrigues ainda dirigiu uma palavra aos agentes de viagem, referindo, no âmbito do tema do congresso, que “a tecnologia não vai matar o agente de viagem, tal como a televisão não matou a rádio e a internet não matou os jornais”. Até porque, “as agências de viagens são responsáveis por metade do nosso negócio e, portanto, têm um peso fundamental”.

Quanto à evolução tecnológica, o CEO da TAP considera que, “apesar de toda a tecnologia que possa existir, as pessoas vão recorrer a quem sabe, quer dizer, a quem sabe é quem está aqui sentado [referindo-se aos agentes de viagem presentes no congresso] e que faz disso a sua vida. É quem conhece os mercados, os destinos”.

Por isso, a última mensagem de Luís Rodrigues foi simples: “qualquer turista viajante normal agora e no futuro próximo, vai acabar por bater à porta de uma agência. Porque haverá sempre alguém que pede ajuda”.

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Victor Jorge

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TAP deverá crescer a 6 ou 7% ao ano. CEO da companhia aérea diz que isso é “saudável” e que “mais nem sequer é desejável”

Numa das raras “exposições públicas”, Luís Rodrigues, CEO da TAP Air Portugal, falou do que encontrou na companhia aérea e revelou como chegou aos resultados históricos obtidos pela empresa, repartindo o êxito em quatro partes. Quanto ao futuro, acalma os ânimos e aponta para crescimentos mais moderados do que os atualmente atingidos.

Victor Jorge

O mote foi dado em abril de 2023, à chegada à sede da TAP, em Lisboa: “não sou um jogador de futebol, nem uma estrela de cinema. Sou um tipo que está aqui a trabalhar e que tem de resolver os problemas dos passageiros e dos trabalhadores”. Foi assim que Luís Rodrigues se deu a conhecer enquanto CEO e chairman da TAP. Ao fim de oito meses, poucas ou nenhumas foram as declarações prestadas por Luís Rodrigues, afirmando no 48.º Congresso da APAVT, realizado de 30 de novembro a 2 de dezembro, no Porto, que a primeira tarefa a realizar, a partir de abril de 2023, foi a de “organizar a casa de onde tinham saído mais de três mil pessoas, em 2020 e 2021, pelo que o conhecimento foi com elas”.

Considerando que esta gestão do capital humano foi “difícil”, já que se perdeu “um conjunto de pessoas que estavam há muitos anos na companhia e depois um conjunto de pessoas que se juntaram, que estão há dois ou três anos, e que têm pouco conhecimento da indústria ou da companhia”, Luís Rodrigues reconheceu que “esta é uma indústria muito exigente, muito complexa, onde se demora muito tempo a aprender”, apontando ainda “o clima social laboral muito crispado” como alguns pontos de boas-vindas à nova comissão executiva da TAP.

Quanto à salvação da TAP, o CEO da companhia esclareceu que os tão “badalados” 3,2 mil milhões de euros não são, afinal, 3,2 mil milhões de euros, mas sim 2,7 mil milhões, uma vez que “houve apoio a que todas as companhias na Europa tiveram direito recorrer e não têm de reembolsar. Foi uma compensação que o Estado de cada país deu às companhias por terem sido administrativamente impedidas de exercer o seu trabalho entre março e julho de 2020”. Ou seja, “não podemos trabalhar, não podemos produzir, não podemos ganhar dinheiro. E cada Estado, de acordo com as regras da União Europeia, entrou com algum valor para compensar essa parte”.

Já relativamente aos resultados que a TAP apresentou no final do 3.º trimestre e, se prevê que apresente no exercício de 2023, Luís Rodrigues dividiu os louros em quatro partes: “a aposta feita no Brasil, em 2014 (era de Fernando Pinto); aposta na América do Norte, em 2017 e 2018 (era David Neeleman); o aguentar da crise, em 2021 e 2022 (era Christine Ourmières-Widener); e o ajuste na atual gestão, a partir de 2023”.

“Os resultados são alavancados em cima disto tudo, é um trabalho de equipa, é trabalho de muita gente ao longo do tempo e, portanto, temos é um cuidado para não estragar e sim conseguir melhorar”, afirmou Luís Rodrigues.

Contudo, ainda relativamente aos resultados alcançados pela TAP nos últimos tempos, o CEO da companhia alertou para o facto de “estarmos habituados a crescimentos pós-COVID de 20, 30%. Isso é impensável em qualquer situação, em qualquer indústria a prazo. O que estamos a olhar agora é de um alisamento do crescimento”, admitindo Luís Rodrigues que esta situação é “natural”.

“Estruturalmente crescemos 3,4, 5%”, revelando que “estamos a fechar o orçamento de 2024. E a olhar para crescimentos de 6 ou 7%”.

“isso é perfeitamente saudável, mais do que isso, neste momento, nem sequer é desejável, porque precisamos de consolidar uma estrutura que é aquela que estamos a montar, que torna a empresa estruturalmente rentável e sustentável para o período mais longo possível”.

Recordando que a TAP tem “um condicionamento até 2025, por força do plano de reestruturação”, o que com que por um período superior a dois anos [a contar a partir de agora] “a TAP não pode crescer a sua frota (…) o seu crescimento far-se-á por troca de aeronaves, aeronaves mais pequenas por aeronaves maiores, aumentos de valor ou aumentos de preço”.

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ARA reconduz presidente Armando Santana para o triénio 2023-2026

O ato eleitoral para a presidência da ARA – Associação de Empresas de Rent-a-Car do Algarve teve lugar esta quarta-feira, 29 de novembro, no Hotel Mónaco, em Faro.

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A ARA – Associação de Empresas de Rent-a-Car do Algarve reconduziu esta quarta-feira, 29 de novembro, o presidente Armando Santana para o triénio 2023-2026, depois de um ato eleitoral que teve lugar no Hotel Mónaco, em Faro.

“Continuar a dar o melhor em prol do setor no Algarve é sem sombra de dúvida o mote, pois avizinham-se tempos difíceis no que à mobilidade diz respeito”, indica a associação, numa nota informativa enviada à imprensa.

Armando Santana, que foi agora reconduzido como presidente da ARA, é diretor da Masterent – Automóveis de Aluguer sem Condutor, empresa de rent-a-car que conta com sede em Faro.

Recorde-se que Armando Santana é presidente da ARA – Associação de Empresas de Rent-a-Car do Algarve desde fevereiro de 2010.

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Qatar Airways aumenta voos para vários destinos nos EUA, Europa e Ásia no inverno

De acordo com um comunicado da transportadora da bandeira do Qatar, para este inverno está previsto um aumento de frequências para Amesterdão, Banguecoque, Barcelona, Belgrado e Miami, que entram em vigor em dezembro e janeiro.

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A Qatar Airways vai aumentar a sua capacidade em vários destinos dos EUA, Europa e Ásia durante este inverno, numa oferta que, segundo a companhia aérea do Qatar, visa dar maior opção de escolha aos seus passageiros para férias de inverno.

De acordo com um comunicado da transportadora da bandeira do Qatar, para este inverno está previsto um aumento de frequências para Amesterdão, Banguecoque, Barcelona, Belgrado e Miami.

No caso de Banguecoque, capital da Tailândia, a Qatar Airways vai aumentar, a partir de 15 de dezembro, o número de frequências semanais de 35 para 38, enquanto no dia seguinte a cidade holandesa de Amesterdão passa de 10 para 14 voos por semana. No caso de Belgrado, o aumento de sete para 10 voos semanais entra em vigor a 23 de dezembro, enquanto Barcelona passa de 18 para 21 voos por semana a partir de 1 de janeiro de 2024 e Miami ganha mais três voos por semana, passando de sete para 10 voos semanais, a partir de 13 de janeiro de 2024.

“A Qatar Airways é uma companhia aérea que aprimora continuamente as suas ofertas para viajantes de negócios e lazer em todo o mundo. A premiada companhia aérea tem o orgulho de anunciar a expansão das frequências de voo para a sua cada vez maior rede e esperamos ver os nossos passageiros desfrutarem de maior conectividade em todo o mundo através do nosso hub doméstico, o Aeroporto Internacional de Hamad, a partir deste inverno”, congratula-se Badr Mohammed Al-Meer, CEO da Qatar Airways.

As novas frequências para Amesterdão, Banguecoque, Barcelona, Belgrado e Miami já se encontram disponíveis para reserva através do site da companhia aérea, que pode ser consultado aqui.

 

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Turkish Airlines lança campanha de Early Bird com preços desde 199 euros

A campanha de Early Bird da Turkish Airlines é válida para vendas entre 4 e 12 de dezembro, apresenta preços desde 199  euros por pessoa e aplica-se aos voos da companhia aérea turca à partida de Lisboa e Porto para Istambul.

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A Turkish Airlines vai lançar, a 4 de dezembro, uma campanha de Early Bird que vai apresentar preços desde 199  euros por pessoa e que se aplica aos voos da companhia aérea turca à partida de Lisboa e Porto para Istambul.

A campanha da Turkish Airlines é válida para vendas entre 4 e 12 de dezembro, cujas viagens decorram entre 10 de janeiro e 31 de março de 2024, estando o valor das taxas aeroportuárias já incluído nos preços finais.

Os preços desde 199 euros por pessoa aplicam-se às tarifas Ecofly, sendo que às tarifas ExtraFly e PrimeFly acresce um valor de 40 ou 60 euros, respetivamente, sendo a campanha válida apenas para voos operados pela Turkish Airlines. Para outros destinos domésticos acresce o valor das taxas ao dia da emissão.

A campanha não se aplica a reservas de grupo e também não permite upgrades, devendo a emissão dos bilhetes deve ser feita um dia após a reserva e qualquer alteração deve ser efetuada de acordo com as regras da tarifa.

 

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SAS lança EuroBonus Conscious Traveller em janeiro para recompensar escolhas sustentáveis

O EuroBonus Conscious Traveller é o novo programa de recompensas da SAS – Scandinavian Airlines que entra em vigor em janeiro e que, segundo a companhia aérea nórdica, visa recompensar os passageiros que fazem escolhas sustentáveis durante as suas viagens.

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A SAS – Scandinavian Airlines vai lançar, em janeiro, o EuroBonus Conscious Traveller, um novo programa de recompensas que, segundo a companhia aérea nórdica, visa recompensar os passageiros que fazem escolhas sustentáveis durante as suas viagens.

Segundo Aron Backström, vice-presidente de Produto e Fidelidade da SAS, este novo programa vai ao encontro dos esforços da indústria da aviação para tornar as viagens aéreas mais sustentáveis e atingir a meta das zero emissões até 2050.

“O lançamento do EuroBonus Conscious Traveller reflete esta realidade e é uma contribuição para a meta da indústria de zero emissões líquidas de CO2 até 2050 – talvez a nossa jornada mais importante até agora”, afirma o responsável, citado no comunicado divulgado.

O novo programa da SAS vai contar com uma plataforma que permite aos passageiros da companhia aérea escolher se querem ter uma viagem mais sustentável.

“Ao optarem por escolhas mais conscientes, não só contribuem para reduzir a sua própria pegada de carbono, mas também ganham recompensas merecidas pelo seu compromisso”, acrescenta Aron Backström.

Com o lançamento deste novo programa, a SAS vai descontinuar o fornecimento de compensação de carbono aos viajantes, algo que entra em vigor já este mês de dezembro, uma vez que, explica a transportadora, o objetivo é concentrar os esforços na redução das emissões totais.

“Isto significa aumentar a produção de combustíveis de aviação sustentáveis, que são atualmente muito dispendiosos, e de outras tecnologias emergentes que permitirão voos mais sustentáveis. A SAS abandonará a compensação de carbono a partir de 1 de dezembro de 2023 e, em vez disso, reinvestirá na recompensa dos membros EuroBonus que participam da jornada em direção a viagens mais sustentáveis através do programa Viajante Consciente”, lê-se na informação divulgada.

Para atingirem o estatuto de Viajante Consciente, os passageiros da SAS devem completar dez ou mais etapas ao longo de um ano, passando a ter acesso a vários benefícios.

A compra de biocombustível, a doação de pontos EuroBonus para instituições de caridade ou a redução do desperdício alimentar encomendando antecipadamente as refeições ou optando por não as fazer são algumas das etapas que os membros deste programa devem cumprir. Mais detalhes sobre o novo programa da SAS podem ser consultadas aqui.

 

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