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Transportes

Aeroportos nacionais atingem máximos históricos com 5,9 milhões de passageiros em abril

O quarto mês de 2023 registou a movimentação de quase seis milhões de passageiros nos aeroportos portugueses. Se no desembarque e embarque 70% são europeus, destaque para a subida dos números do continente americano.

Victor Jorge
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Aeroportos nacionais atingem máximos históricos com 5,9 milhões de passageiros em abril

O quarto mês de 2023 registou a movimentação de quase seis milhões de passageiros nos aeroportos portugueses. Se no desembarque e embarque 70% são europeus, destaque para a subida dos números do continente americano.

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Os aeroportos nacionais movimentaram, no mês de abril de 2023, 5,9 milhões de passageiros, correspondendo uma evolução de 18,7%, face a abril de 2022.

Já comparado com abril de 2019, registou-se um aumento de 11%.

Na informação divulgada esta quarta-feira, 14 de junho, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que, “o movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal, e foi significativamente afetado pelo impacto da pandemia em 2020 e 2021, tendo evidenciado uma recuperação ao longo de 2022”. Assim, “desde o início de 2023, têm-se verificado valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais sempre superiores aos níveis pré-pandemia”, indicando-se que, no quarto mês do presente ano, registou-se o desembarque médio diário de cerca de 99 mil passageiros nos aeroportos nacionais, valor superior ao registado em abril de 2022 (83,9 mil; +18,4%) e 10,8% acima do verificado em abril de 2019 (89,6 mil).

Depois da Europa, as Américas
Em abril de 2023, 81,5% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,4 milhões de passageiros, na maioria provenientes do continente europeu (69,8% do total), correspondendo a um aumento de 17% face a abril de 2022. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 7,9% do total de passageiros desembarcados.

Relativamente aos passageiros embarcados, 80,9% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,3 milhões de passageiros, tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (70,2% do total), registando um crescimento de 18,5% face a abril de 2022. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (7,2% do total).

Abril foi bom, mas quadrimestre foi ainda melhor
No acumulado dos quatro meses de 2023, os dados do INE mostram que o número de passageiros aumentou 41,1% face a igual período de 2022, enquanto quando comparado com o mesmo período de 2019, registaram-se acréscimos de 13,7%.

Assim, de janeiro a abril de 2023 movimentaram-se nos aeroportos nacionais 18,744 milhões de passageiros, mais 2,265 milhões que em igual período de 2019.

De janeiro a fevereiro, França manteve-se como principal país de origem e de destino dos voos internacionais com passageiros, seguindo-se o Reino Unido e a Espanha. Nos primeiros quatro meses de 2023, Espanha e Itália registaram os maiores acréscimos face a igual período de 2022: +65,7% e +67,8%, respetivamente, nos passageiros desembarcados; +68,0% e +67,9%, pela mesma ordem, nos passageiros embarcados.

Lisboa vale mais de metade
Segundo os dados do INE, o aeroporto de Lisboa movimentou 53,1% do total de passageiros (cerca de 10 milhões), tendo crescido 44,6% quando comparado com o mesmo período de 2022 (+11,4% face a igual período de 2019). O aeroporto do Porto concentrou 22,8% do total de passageiros movimentados e aumentou 38,3% (+13,7% comparando com igual período de 2019). O aeroporto de Faro registou um crescimento de 30,9% (+7,7% face ao mesmo período de 2019).

De referir ainda que em abril de 2023, aterraram nos aeroportos nacionais 20,5 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a uma subida de 10,1% face a abril de 2022). Comparando com abril de 2019, registou-se um crescimento de 3,7%.

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Ryanair transfere avião da Madeira para Marrocos devido ao aumento das taxas aeroportuárias

Segundo Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, um dos dois aviões que estavam na Madeira vai ser colocado, já em janeiro, em Marrocos, uma vez que este país do norte de África, ao contrário do que acontece em Portugal, está a descer as taxas aeroportuárias.

Inês de Matos

A Ryanair anunciou esta terça-feira, 21 de novembro, que vai cortar rotas e capacidade em Portugal no próximo verão, numa decisão que implica mesmo a transferência de um avião da base do Funchal, Madeira, para Marrocos devido ao aumento das taxas aeroportuárias.

“Hoje, infelizmente, as más notícias são para anunciar cortes. Infelizmente, somos vítimas do monopólio aeroportuário francês da ANA, que decidiu impor aumentos extraordinários em Portugal, no próximo ano”, começou por anunciar Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, numa conferência de imprensa em Lisboa.

Michael O’Leary revelou que, em Lisboa, as taxas aeroportuárias vão subir 17% no próximo verão, bem como 12% em Faro e 11% no Porto, enquanto nos Açores há um aumento de 9% e de 6% na Madeira.

“Estes excessivos e injustificados aumentos de preços levam-nos a retirar capacidade e voos de Portugal”, justificou o responsável, indicando que o Funchal será um dos destinos mais afetados pelos cortes, estando mesmo prevista a redução do número de aviões na base madeirense, que a Ryanair abriu há cerca de um ano e meio.

Segundo Michael O’Leary, um dos dois aviões que estavam na Madeira vai ser colocado, já em janeiro, em Marrocos, uma vez que este país do norte de África, ao contrário do que acontece em Portugal, está a descer as taxas aeroportuárias.

“Neste momento, os aeroportos espanhóis estão a reduzir as taxas, Marrocos também está a baixar as taxas, assim como os aeroportos italianos e gregos, de forma a recuperar o tráfego pré-Covid”, referiu o COE do grupo Ryanair.

O responsável afirmou que, “se as taxas aeroportuárias estão a cair em Espanha, em Marrocos e noutros destinos turísticos”, a Ryanair vai certamente “mudar alguns aviões”, o que deverá acontecer já a partir do início de janeiro.

“O segundo avião que estava na Madeira vai para Marrocos este inverno”, revelou Michael O’Leary, sublinhando que esta é uma “perda direta da Madeira para Marrocos” e que se deve ao aumento das taxas aeroportuárias, mas também ao facto de Marrocos não estar abrangido pela política ETS, ou seja, “as taxas ambientais de que Portugal está a sofrer”.

Apesar da decisão já estar tomada, o responsável da Ryanair não adiantou que rotas ou frequências vão ser cortadas, até porque a transportadora vai ainda reunir com o Governo Regional da Madeira para tratar deste tema, com Jason McGuinness, Chief Commercial Officer da Ryanair, a indicar apenas que, na Madeira, devem ser cortadas duas ou três das 10 rotas que a companhia aérea opera.

“Temos 10 rotas na Madeira mas não vão continuar a ser 10, diria que vamos ter de cortar, pelo menos, três ou quatro rotas. Abrimos a base há um ano e meio e esperávamos ter três a cinco aviões na Madeira, mas não teremos”, disse o responsável.

Os cortes na operação da Ryanair para o próximo verão vão abranger as bases da companhia aérea na Madeira, que perde um avião, assim como no Porto e em Faro, que vão ter uma redução de tráfego, com exceção de Lisboa, onde a companhia conta manter estável a sua operação, devido à escassez de slots.

O anúncio segue-se ao encerramento da base da Ryanair em Ponta Delgada, Açores, que já esteve fechada este inverno, com a companhia aérea a indicar igualmente o aumento das taxas aeroportuárias para a redução da operação durante o inverno no arquipélago português.

Michael O’Leary pede a intervenção do regulador português para travar um aumento de taxas que, segundo o responsável, vai prejudicar essencialmente os territórios insulares nacionais, que são os que “mais precisam de voos diretos e tarifas baixas”.

“O monopólio da ANA está a prejudicar Portugal, as taxas ETS da ANA também prejudicam a economia portuguesa e o regulador deve congelar as taxas da ANA porque Espanha e Marrocos estão a reduzir esses encargos e Portugal deve ser competitivo. A Ryanair tem os aviões para fazer crescer ainda mais o emprego ligado ao turismo na próxima década, mas precisamos de menores custos nos aeroportos portugueses”, acrescentou.

 

Sobre o autorInês de Matos

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Cruzeiros têm impacto mínimo na qualidade do ar em Lisboa, apura estudo

O estudo promovido pela CLIA, em parceria com a Universidade Rovira i Virgili, apurou que a contribuição dos cruzeiros para a poluição atmosférica em Lisboa “é muito limitada” e que, em termos de monóxido de carbono e de ozono, “o impacto da atividade de cruzeiros revela-se mesmo insignificante”.

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As emissões poluentes dos navios de cruzeiro não alteram significativamente a qualidade do ar em Lisboa, concluiu o estudo “Modelação e Análise do Impacto do Tráfego de Navios de Cruzeiro na Qualidade do Ar na Área Metropolitana da Cidade de Lisboa, Portugal”, promovido pela CLIA – Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros, em parceria com a Universidade Rovira i Virgili.

“A análise revela que os níveis de concentração de poluição na capital portuguesa, não são influenciados de forma significativa pela atividade de cruzeiros, mas sim por outros fatores, como outros modos de transporte ou fontes residenciais. O estudo analisou os níveis de dióxido de nitrogénio (NO2), dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO) e material particulado (PM10)”, refere o Porto de Lisboa, em comunicado.

O estudo apurou que, mesmo que Lisboa tivesse um tráfego de navios muito superior ao registado atualmente, “os resultados para os níveis de NO2 teriam uma classificação “razoável” ou “moderada”, de acordo com o Índice de Qualidade do Ar (IQA) da Agência Europeia do Ambiente (AEA)”.

O Porto de Lisboa indica que este estudo foi desenvolvido segundo uma nova metodologia desenvolvida pela equipa de investigação da Cadfluid Solutions/Universidade Rovira i Virgili e que consiste em técnicas de Machine Learning (ML), permitindo isolar o impacto dos navios de cruzeiro na qualidade do ar em Lisboa.

“Posteriormente, a Oxford Economics realizou para a CLIA o relatório “Impacto ambiental do tráfego de cruzeiros em Lisboa” com a análise de todos os resultados”, acrescenta o Porto de Lisboa.

Os dados mostraram que “qualquer contribuição dos navios de cruzeiro para o aumento dos níveis locais de vários poluentes atmosféricos como o SO2 e o PM10, é muito limitada” e que, em termos de quantidade de monóxido de carbono e de ozono na qualidade do ar local, “o impacto da atividade de cruzeiros revela-se mesmo insignificante”.

“Embora estes resultados sejam bastante positivos, continuamos a trabalhar para melhorar a sustentabilidade da atividade”, afirma Carlos Correia, presidente do Conselho de Administração do Porto de Lisboa.

De acordo com o responsável, “as questões de sustentabilidade ambiental são estratégicas para a tomada de decisão e, por esse motivo, o Porto de Lisboa tem um conjunto de ações em curso como: o fornecimento de energia em terra, monitorização da qualidade do ar e da água nas zonas envolventes do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, e a implementação de um sistema de avaliação e monitorização das taxas de emissões dos navios de cruzeiro durante a escala”.

“Estamos fortemente convencidos que Lisboa, enquanto porto e destino, garante uma resposta sustentável aos desafios que todos enfrentamos hoje e amanhã”, acrescenta Carlos Correia.

Já Sascha Gill, vice-presidente de Sustentabilidade da CLIA, realça que este estudo veio mostrar, pela primeira vez, “o reduzido impacto da atividade de cruzeiros na qualidade do ar na cidade de Lisboa, em comparação com outros modos de transporte”.

“Podemos ter a certeza que as medidas tomadas pela indústria para melhorar o seu desempenho ambiental estão a fazer a diferença e continuarão a fazê-lo em benefício das gerações futuras”, afirma o responsável da CLIA.

Sascha Gill refere ainda que “a indústria de cruzeiros continua a investir no desenvolvimento de novas tecnologias ambientais, como a transição para combustíveis mais limpos para ajudar a reduzir as emissões e aumentar a eficiência energética”.

 

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Nova erupção vulcânica na Islândia tem potencial para causar impacto nas viagens aéreas

A Islândia está à beira de uma nova erupção vulcânica, localizada perto de Grindavík, o que poderá ter impacto nas viagens aéreas nas próximas semanas, avançam os meteorologistas do AccuWeather.

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A Islândia está à beira de uma nova erupção vulcânica, localizada perto de Grindavík, o que poderá ter impacto nas viagens aéreas nas próximas semanas, avançam os meteorologistas do AccuWeather, em comunicado.

Segundo os meteorologistas, os efeitos desta erupção devem variar consoante o momento em que ela ocorrer, estimando-se, contudo, que venha a causar impacto na Escandinávia, assim como em toda a Europa, especialmente no norte e centro europeus.

“O momento de qualquer potencial erupção vulcânica será muito importante para determinar os impactos nas viagens aéreas”, alerta Jonathan Porter, meteorologista-chefe do AccuWeather.

O especialista prevê que, caso a erupção aconteça até esta quarta-feira, os ventos poderão “direcionar quaisquer cinzas para o leste, em direção à Escandinávia ou mesmo para o norte da Escandinávia”.

Já se acontecer até sexta-feira, está previsto que aconteça uma queda substancial na corrente de jato na Europa, o que poderá “direcionar quaisquer cinzas elevadas para partes do norte e centro da Europa”.

Se a erupção se verificar no fim-de-semana, a previsão é que “qualquer cinza presente bem acima do solo poderá ser direcionada oeste ainda mais em toda a Europa”.

Além do impacto na aviação, a erupção vulcânica na Islândia deverá levar ainda ao risco de má qualidade do ar perto do local da erupção, devido ao aumento do teor de enxofre.

“Se uma erupção ocorrer no início da semana, a redução da qualidade do ar pode até ser um problema perto da capital, Reykjavik, já que o solo próximo os ventos serão do sul, o que pode direcionar o ar poluído para partes da área de Reykjavik”, refere ainda o comunicado do AccuWeather.

Já se a erupção ocorrer perto do final da semana, com as mudança de direção prevista nos ventos próximos ao solo, há um risco reduzido de redução da qualidade do ar na capital islandesa, “embora as preocupações com a qualidade do ar persistam perto do local da erupção”.

Recorde-se que, em 2010, a erupção do vulcão Eyjafjallajökull, também na Islândia, causou um forte impacto na Europa e parou a aviação durante várias semanas, provocando fortes prejuízos.

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Companhia aérea de David Neeleman nos EUA pede slots para voar para Lisboa

A JetBlue, companhia aérea do antigo acionista da TAP David Neeleman nos EUA, solicitou slots para voar para o aeroporto de Lisboa no próximo verão, naquele que poderá vir a ser o quinto destino da companhia aérea americana na Europa.

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A JetBlue, companhia aérea do antigo acionista da TAP David Neeleman nos EUA, solicitou slots para voar para o aeroporto de Lisboa no próximo verão, naquele que poderá vir a ser o quinto destino da companhia aérea americana na Europa.

De acordo com a imprensa internacional, a JetBlue pediu slots para realizar dois voos diários para a capital portuguesa, que seriam utilizados em voos para Lisboa realizados com um avião Airbus A321LR.

Numa publicação no X, antiga rede social Twitter, a Ishrion Aviation avança que, no total, a JetBlue solicitou slots para a realização de 840 voos, o que permite a realização de dois voos diários, que poderão ter partidas de Boston ou Nova Iorque.

De acordo com a informação avançada, o objetivo da JetBlue é entrar em rotas que atualmente não têm grande concorrência e que a transportadora dos EUA possa realizar com um avião Airbus A321LR, de forma a ter menos custos e oferecer tarifas mais atrativas.

A publicação diz, no entanto, que a JetBlue ainda não recebeu uma resposta positiva por parte do aeroporto da capital portuguesa, pelo que a companhia aérea não confirmou ainda a intenção de vir a voar para Lisboa.

Recorde-se que a JetBlue voa atualmente para Paris e Amesterdão e já anunciou que, no verão de 2024, vai iniciar também operação para Dublin e Edimburgo, na Irlanda e Reino Unido, em rotas sazonais com partidas de Boston e Nova Iorque.

 

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Ryanair volta a pedir proteção dos sobrevoos durante greve de controladores aéreos franceses

A Ryanair lembra que, desde o início do ano, os controladores aéreos fizeram 65 dias de greves, mais de 13 do que em 2022, o que levou “as companhias aéreas a cancelar milhares de voos”, mesmo que essas ligações aéreas não tivessem como destino o país afetado pela greve.

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A Ryanair voltou este domingo, 19 de novembro, a apelar à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para que tome medidas de proteção dos sobrevoos durante uma nova greve dos controladores aéreos franceses, que decorre esta segunda-feira, 20 de novembro.

Num comunicado enviado à imprensa, a Ryanair lembra que, desde o início do ano, os controladores aéreos fizeram 65 dias de greves, mais de 13 do que em 2022, o que levou “as companhias aéreas a cancelar milhares de voos”.

“Isto é injusto. A França (e todos os outros estados da União Europeia) devem proteger os sobrevoos durante greves ATC [Air Traffic Controllers] , como fazem em Espanha, Itália e Grécia, e cancelar voos de/para o Estado afetado”, defende a Ryanair.

Recorde-se que há vários meses que a Ryanair vem a pedir à Comissão Europeia para que tome medidas que permitam a realização de sobrevoos durante as greves dos controladores aéreos, tal como acontece em alguns países, em que estes voos são controlados pelo Eurocontrol.

Em França, denuncia a Ryanair, a prioridade vai para os serviços mínimos e voos domésticos, os que leva ao cancelamento dos voos que atravessam o espaço aéreo do país, sempre que existem greves dos controladores aéreos e mesmo que estas ligações aéreas não tenham território francês como destino.

Por isso, a Ryanair vem apelar “à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para que tome medidas urgentes para proteger os sobrevoos e a liberdade de circulação dos cidadãos da UE durante greves ATC”, ao mesmo tempo que apela aos passageiros para que assinem a petição “Proteger Passageiros: Manter Petição EU Skies Open”, que conta já com mais de dois milhões de assinaturas.

“É totalmente inaceitável que este ano tenham ocorrido 65 dias de greves dos ATC (13 vezes mais do que em todo o ano de 2022), que causaram o cancelamento de milhares de voos num curto espaço de tempo, perturbando injustamente os planos de viagem dos passageiros da UE”, denuncia um porta-voz da companhia aérea.

Até à data, acrescenta o responsável da Ryanair, Ursula von der Leyen “não tomou qualquer medida nesse sentido”, apesar de milhares de passageiros europeus voltarem a ser afetados esta segunda-feira, 20 de novembro, pela nova greve dos controladores aéreos franceses, mesmo que os seus voos não tenham França como destino.

“Os passageiros da UE estão fartos de sofrer cancelamentos desnecessários de sobrevoos durante greves de ATC”, refere ainda o porta-voz da Ryanair, considerando que os mais de dois milhões de assinaturas que a petição lançada pela companhia aérea já contabiliza são a prova de que os passageiros estão fartos desta política.

“Não há desculpa para os passageiros da UE que não voam de/para o Estado-Membro afetado suportarem o fardo das greves do ATC que não lhes estão completamente relacionadas e Ursula von der Leyen deve pôr imediatamente termo a isto”, conclui o porta-voz da Ryanair.

 

 

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Air France-KLM em cooperação estratégica com produtor de SAF DG Fuels

O Grupo Air France-KLM adquiriu uma opção de compra de até 75.000 toneladas de SAF por ano durante um período multianual a partir de 2029. Esta opção surge por acréscimo ao contrato de aquisição a longo prazo anunciado pela Air France-KLM e pela DG Fuels o ano passado.

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O Grupo Air France-KLM anunciou mais um passo na sua cooperação com a DG Fuels, com a Air France a investir 4,7 milhões de dólares neste produtor de combustível de aviação sustentável (Sustainable Aviation Fuel, SAF sigla em inglês).

Este investimento da Air France-KLM corresponde a um desenvolvimento fundamental no reforço da parceria entre o Grupo Air France-KLM e a DG Fuels e vai apoiar a conclusão do trabalho de desenvolvimento necessário para chegar à Decisão Final de Investimento (FID, da sigla em inglês) da primeira fábrica de combustível de aviação sustentável da DG Fuels, que se vai situar no Louisiana (EUA).

O investimento agora anunciado confirma a ambição do Grupo de participar no financiamento de estudos de projetos que permitam o desenvolvimento de capacidades de produção de SAF a nível mundial, com o objetivo de estabelecer gradualmente uma rede diversificada capaz de satisfazer a procura mundial.

Além deste investimento, a Air France-KLM adquiriu uma nova opção de compra de até 75.000 toneladas de SAF por ano à DG Fuels, com entregas previstas para começar já em 2029.

O Grupo Air France-KLM tem como objetivo reduzir as suas emissões de CO2 por passageiro/km em 30% até 2030, face a 2019. A sua trajetória de descarbonização prevê a incorporação de um mínimo de 10% de SAF até 2030, bem como a renovação da frota e a eco-pilotagem.

“A Air France-KLM congratula-se com esta cooperação alargada com a DG Fuels. Apoiar a expansão da tecnologia avançada de conversão de resíduos em combustível de aviação é um passo crucial para o crescimento da indústria de SAF. É a primeira vez que a Air France-KLM faz um investimento financeiro num produtor de SAF e esperamos reforçar ainda mais a nossa parceria a longo prazo com a DG Fuels”, refere Constance Thio, vice-presidente executiva de Recursos Humanos e Sustentabilidade da Air France-KLM.

De referir que o pilar “ambiente do Grupo pretende desenvolver uma estratégia de descarbonização que visa reduzir as suas emissões por passageiro/quilómetro em 30% até 2030 – face aos níveis de 2019, o ano de referência. Para atingir este objetivo, a Air France-KLM está a ativar todas as ferramentas de descarbonização à sua disposição.

Entre essas medidas está a renovação da frota com aviões de última geração: Airbus A220, Airbus A350, Boeing 787, aeronaves mais eficientes em termos de combustível, produzindo até menos 25% de emissões de CO2, e com uma redução do nível de ruído de 33% em média. Até 2028, estes aviões vão representar 64% da frota do Grupo Air France-KLM, graças a um investimento anual de dois mil milhões de euros.

O aumento da utilização de combustível de aviação sustentável (SAF), que reduz as emissões de CO2 em pelo menos 75%, em média, durante o ciclo de vida do combustível e não compete com a cadeia alimentar, é outro dos pilares. Até 2030, o Grupo tem como objetivo incorporar pelo menos 10% de SAF em todos os seus voos, e 63% até 2050.

Quanto às medidas operacionais, as operações em terra, as medidas de eco-pilotagem e outras iniciativas possibilitadas pelas ações das tripulações da Air France-KLM e do pessoal de terra formado nestas práticas permitem uma redução média entre 4 a 5% das emissões de CO2.

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“Mais slots tivéssemos, mas voos a PLAY teria para Portugal”

Foi na sede da PLAY airlines, ou melhor, na “PLAYstation”, que Birgir Jónsson, CEO da companhia, recebeu o jornal PUBLITURIS. O responsável máximo pela companhia aérea islandesa destacou a operação para Portugal e pretende reforçar os voos para Lisboa e, eventualmente, para o Porto. Haja slots!

Victor Jorge

Fundada antes da pandemia [em 2019], a PLAY teve o seu primeiro voo no Verão de 2021. A operar há pouco mais de dois anos, Birgir Jónsson, CEO da PLAY airlines, salienta as vantagens de estar à frente de uma companhia jovem.

Relativamente a Portugal, refere que “Lisboa tem sido um dos melhores destinos”. “Temos muita sorte em ter conseguido o slot e não vamos devolvê-lo”, diz Jónsson que destaca não só os turistas que viajam da Islândia para Portugal, mas também os portugueses que começam a descobrir a Islândia.

Com o verão terminado, como foi esta temporada para a PLAY?
Foi muito boa. Foi o primeiro verão completo em que operamos uma rede mais norte-americana. Lançámos todos os destinos nos EUA no verão passado [2022] e, por isso, entrámos em 2023 com a aoperação definida e estamos a registar resultados extremamente bons. A taxa de ocupação foi de cerca de 90% para o verão e os resultados financeiros parecem muito bons. Estamos extremamente felizes em ver esta empresa tão jovem a desenvolver-se.

Quais foram as principais rotas da PLAY neste verão?
Foi uma mistura. Tivemos claro os destinos de lazer do sul da Europa com desempenhos muito fortes. Por exemplo, Lisboa e Porto têm sido um grande sucesso. Mas também temos rotas muito populares para o sul de Espanha, Alicante, Tenerife e Ilhas Canárias. Mas a outra parte do modelo de negócio é esta rede de ligação com os EUA e a procura dos EUA tem sido, e a maioria das companhias aéreas têm relatado isso, muito forte neste verão. Tivemos cerca de 95% de utilização das rotas dos EUA no verão.

Qual foi a principal diferença entre o verão de 2022 e o verão de 2023?
Bem, muitas vezes esquecemos que o verão de 2022 ainda foi bastante impactado pela Covid. No primeiro trimestre, por exemplo, ainda usávamos máscaras. Por isso, penso que a procura foi um pouco distorcida. Tivemos, e acho que a maioria das companhias aéreas registaram o fenómeno das “viagens de vingança”. Vimos preços anormalmente elevados para o sul da Europa, porque as pessoas simplesmente queriam viajar não importa o cenário. Para nós significou o lançamento de 15 ou 20 destinos no verão de 2022.

Somos o único voo direto entre a Islândia e Portugal e não vamos perder esse mercado. Vamos fazer tudo para sermos “o” player na ligação entre a Islândia e Portugal

E neste verão?
Este verão lançãmos 13 novas rotas. Tudo é muito novo para nós. Acho que a principal diferença é que o verão de 2023 foi mais consolidado. Estávamos mais organizados e mais experientes.

Em julho de 2023, transportaram 191 mil passageiros, um novo recorde para a empresa. Em agosto, quase 185 mil passageiros. Isso aproxima-vos da meta de transportar 1,5 a 1,7 milhão de passageiros este ano? Ou com todos essts números poderá haver uma revisão desses objetivos?
Não, não vamos rever. Serão cerca de 1,5 milhão passageiros este ano.


No ano passado o número foi de 800.000. Portanto, para 2023, quase o dobro. O Sul da Europa e os EUA foram quem mais contribuíram para este aumento?
Sim, os números nos EUA devem-se aos voos diários para cinco destinos norte-americanos com ligação a destinos europeus. Mas o número de passageiros e o yield não são a mesma coisa. Basicamente a margem está no Sul da Europa, nos destinos de lazer. Mas podemos dizer que é uma mistura de como planeámos a rede.

A “surpresa” Portugal
Em relação a Portugal, a PLAY abriu a rota para Lisboa em 2022. Como está a correr?
Lisboa tem sido um dos nossos melhores destinos e estamos extremamente felizes por conseguir o slot. Houve um problema e conseguimos o slot depois da Covid numa espécie de reorganização com a TAP, e temos muita sorte em consegui-lo e não vamos devolvê-lo.

Na verdade, gostaríamos de ter mais voos e temos solicitado mais slots, mas não ainda tivemos sucesso. Então decidimos lançar o Porto e também está a correr muito bem.

Portugal para nós é um grande mercado. Mais slots tivéssemos, mas voos a PLAY teria para Portugal.

E há diferenças entre Lisboa e Porto?
Diria que sim, mas no geral o que nos deixa satisfeitos é que também estamos a receber muitos portugueses que voam para a Islândia. É um bom mix. Não é como mencionei, por exemplo, Tenerife, que é um destino puramente islandês. Tem islandeses a voar para lá, mas não temos espanhóis a voar para cá. Mas em Portugal, temos tido muito sucesso em atrair turistas para a Islândia e turistas islandeses para Portugal, o que é uma boa mistura.

Em 2022 lançaram Lisboa. Em 2023, o Porto. Haverá Faro, Açores ou Madeira em 2024?
Não tenho certeza, mas esses destinos estão a ser analisados. Vemos um bom mercado, principalmente, quando se vê o interesse do mercado português em vir para a Islândia. Isso é um bom sinal para nós. Se olharmos para o que fizemos em Espanha, temos Madrid durante todo o ano, temos Barcelona durante todo o ano e depois Alicante e Málaga.

A ideia era fazer Lisboa apenas como destino de verão, mas agora estendemos também para o Inverno, ou seja, para todo o ano.

Relativamente a Portugal, parece que desenvolvemos um bom mercado e eu gostaria de colocar mais capacidade em Portugal, mas isso depende dos slots que teremos disponíveis, principalmente no aeroporto de Lisboa

Para Lisboa, não para o Porto?
Lisboa, Porto só no Verão.

Vamos ver o que acontece. Se me perguntasse no ano passado, diria que Lisboa é um destino de Verão, mas registamos a procura dos portugueses relativamente à Islândia. Mas não ficaria surpreendido se tivéssemos mais destinos portugueses ou, pelo menos, o Porto durante todo o ano.

E quando tomam essa decisão?
A análise será feita nas próximas semanas. Acabamos de sair do Verão e começamos a pensar no próximo verão. Somos o único voo direto entre a Islândia e Portugal e não vamos perder esse mercado. Vamos fazer tudo para sermos “o” player” na ligaçáo entre a Islândia e Portugal.

Faro/Algarve é um grande destino para o verão. Como compara com outros destinos, por exemplo, Espanha?
Diria que os destinos portugueses são tão bons ou melhores que os espanhóis, mas também são melhores no sentido de que estamos a trazer mais portugueses para a Islândia. Os espanhóis não vêm muito à Islândia.

Se tivesse mais slots, teria mais voos para Lisboa?
Acho que três provavelmente seria o número certo. Temos muitos turistas islandeses que voam para Lisboa que depois circulam e alguns voltam do Porto para a Islândia.

*Pode ler esta entrevista na íntegra na edição 1497 do jornal Publituris
*O PUBLITURIS viajou para a Islândia a convite da PLAY airlines
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Azul estabelece acordo técnico inédito com ANAC

Uma das principais vantagens deste acordo, que tem a duração de um ciclo completo de treino mas que pode ser renovado, passa pela segurança, contribuindo para elevar “os padrões de segurança e eficiência operacional”.

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A Azul estabeleceu um acordo técnico inédito que a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil, que prevê a cooperação entre as duas partes com vista à “excelência e segurança na aviação do país”, informou a transportadora aérea brasileira, em comunicado.

Este acordo, que conta também com a participação da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), “possibilita que inspetores qualificados da ANAC, com experiência como pilotos, participem de um treinamento completo na Azul”.

“O treinamento inclui não apenas as partes de instrução teórica em solo e em simuladores, mas também dá a oportunidade aos inspetores de voar nas aeronaves da Azul, acompanhados por instrutores da companhia. Esta imersão visa elevar o nível de conhecimento dos inspetores, proporcionando uma compreensão prática das operações da empresa e uma compreensão mais profunda dos desafios e benefícios da legislação vigente”, explica Guilherme Holtmann, gerente Geral de Flight Standards e Treinamentos da Azul.

Já Luiz Ricardo Nascimento, diretor da ANAC, considera que este acordo tem o “potencial de desenvolvimento de habilidades técnicas e regulatórias”, que pode “aumentar o patamar de excelência da aviação civil no Brasil, colocando o país na vanguarda da inovação no setor aéreo no mundo”.

“Estamos muito animados com esse intercâmbio em razão da ampliação do conhecimento e do ganho de eficiência técnica para a nossa aviação”, afirmou o responsável da ANAC.

Uma das principais vantagens deste acordo, que tem a duração de um ciclo completo de treino mas que pode ser renovado, passa pela segurança, uma vez que vai contribuir para elevar “os padrões de segurança e eficiência operacional”.

 

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ACI Europe contradiz IATA e diz que tarifas aéreas europeias sobem muito acima da inflação

Depois de a IATA ter avançado que, em junho, as tarifas aéreas médias na UE registaram menor evolução que o índice médio de preços ao consumidor, a ACI Europe diz exatamente o contrário.

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A ACI EUROPE refutou as alegações feitas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (International Air Transport Association, IATA, sigla em inglês) de que o aumento das tarifas aéreas na Europa está abaixo da inflação, enquanto as taxas aeroportuárias teriam aumentado acima dos níveis da inflação.

Embora a IATA afirme que as tarifas aéreas na Europa aumentaram apenas 16% em junho deste ano em comparação com 2019, dados independentes e oficiais da RDC mostram que esse aumento se situa na verdade em 38% durante os meses de pico do verão (3.º trimestre) – quase duas vezes o aumento do índice médio de preços ao consumidor (+20,8%2).

De resto, a ACI Europe refere que outubro “confirmou esta tendência, com as tarifas aéreas a aumentar ainda mais em 47% quando reservadas com três meses de antecedência”.

A afirmação da IATA de que as taxas aeroportuárias “têm aumentado continuamente acima da inflação também não resiste a um exame minucioso, uma vez que se baseia em dados errados de apenas dois aeroportos”, afirma a ACI Europe, em comunicado.

Assim, a ACI Europe avança que “as taxas aeroportuárias na Europa aumentaram este ano 13,6%4, muito abaixo das pressões inflacionistas que atingem os aeroportos, e muito menos que as tarifas aéreas.

Olivier Jankovec, diretor-geral da ACI Europe, refere que, “confrontados com dados imprecisos e enganosos, é crucial esclarecer a forma como as tarifas aéreas e as taxas aeroportuárias realmente evoluíram. As companhias aéreas não só conseguiram refletir as pressões inflacionistas no que cobram aos consumidores, como também conseguiram exercer um poder de fixação de preços significativo graças às pressões da oferta e à disciplina de capacidade”.

Por outro lado, Jankovec considera que “muitos aeroportos ainda não refletiram totalmente as pressões inflacionistas nas suas taxas de utilização, com os reguladores muitas vezes alheios a estas pressões e à forma como a dívida acumulada através da COVID está a prejudicar as suas capacidades de investimento.”

Além disso, frisa que “é também intrigante ouvir a IATA afirmar que a recuperação do mercado europeu da aviação está a trazer condições ainda mais competitivas, com mais companhias aéreas e mais rotas por onde escolher, contrapondo que, na realidade, “a conectividade aérea recuperou a um ritmo mais lento do que o volume de passageiros”.

Assim, os dados da ACI Europe revelam que, em junho, a conectividade aérea dos aeroportos europeus permanecia 17% abaixo dos níveis pré-pandemia (2019), enquanto o tráfego de passageiros se situava em -5,9%.

Por isso, Jankovec assinala que, “além de pagarem tarifas aéreas muito inflacionadas, os consumidores tendem a ter menos opções de escolha”.

O diretor-geral da ACI Europe conclui que o mercado “mudou estruturalmente durante a pandemia e a recuperação, sendo crucial que os decisores políticos e os reguladores vejam agora estas mudanças e o que está por vir”

E destaca, em particular, “a aceleração da consolidação das companhias aéreas, juntamente com o facto de os aeroportos atingirem limites de capacidade que desafiará o nosso mercado único europeu da aviação e a evolução da conectividade aérea. É aqui que os reguladores económicos deveriam recuar, uma vez que o domínio atual das companhias aéreas torna obsoleta a regulação de preços dos aeroportos. É também aqui que a regulamentação da UE sobre faixas horárias nos aeroportos, com 30 anos de existência, exige uma revisão urgente.”

Foto crédito: Depositphotos.com
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Governo neerlandês dá passo atrás na redução de voos no aeroporto de Schiphol

Depois de no ano passado ter anunciado uma redução do número de voos no Aeroporto Schiphol de Amsterdão, de 500 mil para 460 mil, o Governo neerlandês recuou na decisão.

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O Governo neerlandês anunciou o abandono temporário dos planos para reduzir os voos no Aeroporto Schiphol de Amsterdão, citando objeções de vários países, incluindo os Estados Unidos da América, e preocupações sobre potenciais violações da legislação europeia e dos acordos de aviação.

No ano passado, o Governo revelou a sua intenção de diminuir o número de voos em Schiphol de 500.000 para 460.000, um movimento significativo para um dos hubs mais movimentados da Europa.

Numa carta dirigida aos legisladores, o ministro das Infraestruturas e Águas, Mark Harbers, revelou que a fase inicial do plano, prevista para 2024, foi adiada “até novo aviso”, enquanto se aguarda uma decisão do Supremo Tribunal do país.

Embora um tribunal de primeira instância tenha bloqueado os planos de redução em maio, um tribunal de recurso em Amsterdão anulou posteriormente esta decisão. Uma decisão final do Supremo Tribunal está prevista para o segundo trimestre de 2024.

Os responsáveis do Aeroporto de Schiphol expressaram desapontamento numa declaração, afirmando que os residentes locais estão em desvantagem devido a estes desenvolvimentos recentes.

Os cortes de voos propostos visavam mitigar a poluição sonora para os residentes próximos ao aeroporto, situado na periferia sul de Amsterdão, argumentando que esta decisão introduziria mais incerteza, especialmente para o setor da aviação, enfatizando a necessidade de reduzir visivelmente os distúrbios para os residentes locais.

Na carta aos legisladores, Harbers revelou que as autoridades dos EUA consideraram a redução de voos “injusta, discriminatória e anticompetitiva para as companhias aéreas”.

A Airlines for America, um grupo de aviação, saudou a decisão e agradeceu ao Governo dos EUA por emitir uma “ordem muito forte descrevendo as violações do Acordo de Transporte Aéreo EUA-UE”. O grupo enfatizou o seu compromisso em atender às necessidades dos passageiros, ao mesmo tempo que trabalha ativamente para atingir os objetivos climáticos globais na aviação, incluindo a redução da poluição sonora.

A companhia aérea holandesa KLM aplaudiu a decisão de arquivar o plano, considerando-o “um passo importante para evitar retaliações e continuar a voar para os EUA”. A KLM afirmou ter concordado com várias medidas anunciadas, incluindo um plano mais limpo, silencioso e económico para acelerar a redução da poluição sonora, alinhando-se com as preocupações ambientais do Governo.

No entanto, grupos ambientalistas nos Países Baixos, incluindo a Greenpeace e o Friends of the Earth, expressaram contrários à decisão, enfatizando os riscos significativos envolvidos, deixando os residentes locais numa posição difícil e exacerbando a crise climática. Apesar deste revés, os grupos insistiram que o número de voos deve ser reduzido para tornar os Países Baixos mais habitáveis e enfrentar eficazmente a crise climática.

Foto crédito: Depositphotos.com
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