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Turismo

Miguel Quintas anuncia candidatura à presidência da ASGAVT

Miguel Quintas, CEO do Consolidador.com e Chairman da Airmet anunciou, esta terça-feira, que é candidato à presidência da ASGAVT (Associação de Sócios-Gerentes das Agências de Viagens e Turismo) para o biénio 2023-2025, cujas eleições estão marcadas já para sexta-feira dia 26 de maio.

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Miguel Quintas anuncia candidatura à presidência da ASGAVT

Miguel Quintas, CEO do Consolidador.com e Chairman da Airmet anunciou, esta terça-feira, que é candidato à presidência da ASGAVT (Associação de Sócios-Gerentes das Agências de Viagens e Turismo) para o biénio 2023-2025, cujas eleições estão marcadas já para sexta-feira dia 26 de maio.

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O gestor referiu, em comunicado, que a sua candidatura à presidência da ASGAVT, até ao momento, a única, tem como objetivo principal “defender os interesses de todas as agências de viagens em Portugal, sem qualquer exceção” e que tal passa por “criar um ambiente mais livre, mais transparente, mais inclusivo, mais concorrencial, mas acima de tudo, mais democrático no setor das agências de viagens”.

Sobre a lista que vai apresentar a sufrágio, Miguel Quintas assegura que “irá ser a mais inclusiva alguma vez vista no setor em Portugal, compreendendo agências participantes em associações e grupos concorrentes como por exemplo: Airmet, Airventure, By-Travel, DIT, GEA e Mercado das Viagens.

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Neste sentido, o candidato acrescenta que “e um sinal claro que o setor, mesmo atuando em espaços e unidades concorrenciais diferentes, está unido em torno de um objetivo comum e que passa por conseguir dar uma resposta efetiva às suas necessidades diárias”, para realçar que acredita que “as agências de viagens em Portugal se irão rever nesta lista e nesta missão, cuja prioridade máxima é a sua individualidade e o setor que representam, sem espaço para quaisquer mecânicas de interesses económicos empresariais ou mesmo engenhos e artifícios de poder”.

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A entrega dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL” em vídeo

Recorde a entrega dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025” em menos de 3 minutos.

Dos 89 nomeados para a 13.ª edição dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025”, o jornal Publituris entregou, no primeiro dia da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, prémios aos 15 vencedores.

Assim, os vencedores desta 13.ª edição foram:

Melhor Operador Turístico – Solférias
Melhor Agência Corporativa – Cosmos
Melhor Consolidador – Consolidador.com
Melhor DMC – Abreu Events
Melhor Distribuidor B2B – Abreu Online
Melhor GSA Aviação – AT
Melhor Sistema Global de Distribuição – Travelport
Melhor Empresa de Gestão Hoteleira – Unlock Boutique Hotels
Melhor Empresa de Software de Gestão Hoteleira – Newhotel
Melhor Startup – Try Portugal
Melhor Consultoria e Assessoria em Turismo – Neoturis
Melhor Formação Turismo – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril
Melhor Parceiro Segurador – SGS
Melhor Empresa de Organização de Eventos – GR8 events
Melhor Venue para Eventos e Congressos – MEO Arena

O prémio de “Personalidade do Ano”, atribuído diretamente pela redação do Publituris, foi entregue a Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo Vila Galé.

 

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Destinos

Turistas estão lentamente a afastar-se dos Estados Unidos

Devido às políticas internas e externas de Donald Trump, o número de turistas que visitarão os Estados Unidos em 2025 será significativamente menor do que o esperado, de acordo com indicadores que preveem o pior. Só em Nova York, os cancelamentos de turistas canadianos, em fevereiro, registaram uma quebra de 23% face ao mesmo mês do ano anterior.

Após decisões do presidente Donald Trump, cujo conteúdo irritou alguns visitantes estrangeiros e os fez temer um aumento nos preços e um dólar mais forte, espera-se que as chegadas de turistas estrangeiros aos Estados Unidos diminuam 5,1% em 2025 em comparação ao ano anterior, face à previsão de um aumento de 8,8%, de acordo com um relatório publicado no final de fevereiro pela Tourism Economics. Espera-se que seus gastos sejam 10,9% menores.

Desde esta publicação, “a situação piorou, e o resultado provavelmente será pior”, observou Adam Sacks, presidente da Tourism Economics, que vê esta situação como “consequências da antipatia em relação aos Estados Unidos”. Nas últimas semanas, o governo Trump impôs tarifas contra o Canadá, o México e a China e ameaçou impô-las contra a União Europeia. Ao mesmo tempo, agências governamentais foram fechadas ou tiveram os seus financiamentos cortados (Parques Nacionais, USAID), e milhares de funcionários públicos foram demitidos.

“A polarização causada pelas políticas e retórica do governo Trump desencorajará viagens aos Estados Unidos”, estima a Tourism Economics, citando também “pressão” para não organizar eventos como conferências e desportos. O Instituto do Fórum Mundial de Turismo (WTFI) prevê um “impacto significativo” nas chegadas internacionais, esperando uma “reformulação” do setor. Refira-se que cerca 35% dos moradores de 16 países europeus e asiáticos pesquisados ​​pela YouGov em dezembro estavam menos propensos a visitar os Estados Unidos sob o governo Trump.

Sem números ainda consolidados de 77,7 milhões de turistas estrangeiros eram esperados em 2024 (+17% face ao ano anterior), de acordo com o National Travel and Tourism Office (NTTO).

A Associação de Viagens dos EUA alertou no início de fevereiro que as tarifas alfandegárias afastariam os canadianos, o maior contingente de turistas estrangeiros no país (20,4 milhões em 2024).

Em Nova York, que recebeu 12,9 milhões de viajantes estrangeiros em 2024, o efeito já é percetível com cancelamentos de canadianos de operadoras de turismo e buscas online, explicou à AFP Julie Coker, presidente do NYC Tourism, que reviu as previsões.

“Ainda não conhecemos as reações da Europa ou do Reino Unido, porque é muito cedo”, observou ela, destacando que “estamos o monitorizar a situação de perto”. Mas as autoridades britânicas e alemãs acabaram de alertar os seus cidadãos para que sejam extremamente vigilantes em relação aos seus documentos de viagem, citando o risco de prisão.

Por outro lado, os profissionais do setor nos EUA temem os efeitos em grandes eventos como a Ryder Cup (2025), o Mundial de Futebol (2026) e as Olimpíadas de Verão em Los Angeles (2026).

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Transportes

Companhias aéreas preveem 246 milhões de assentos para o verão em Espanha

As companhias aéreas estimam um aumento de 6% nos assentos para este verão de 2025, em Espanha. Isto fará com que o número suba para 246 milhões de assentos.

A Associação das Linhas Aéreas (ALA) espanhola prevê um verão de recordes, com uma oferta prevista de assentos entre abril e outubro de 246 milhões, um aumento de 6% face ao operado no verão de 2024, que já tinha sido um recorde.

A evolução positiva do tráfego aéreo ao longo do ano até agora, com 39,8 milhões de passageiros acumulados nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, representando um aumento de 5% face ao mesmo período do ano anterior, antecipa um ano “muito favorável”, admite a ALA.

No entanto, o presidente da ALA, Javier Gándara, mostrou-se cauteloso face aos fatores externos que poderiam influenciar o bom desempenho do tráfego aéreo, como a evolução da atual situação económica e geopolítica instável, marcada por conflitos bélicos.

“Levamos dois anos consecutivos de crescimento, batendo sucessivos recordes. Este ano começámos com números superiores aos de 2024 e esperamos um verão com mais tráfego do que no ano passado”, refere Javier Gándara no site da ALA.

Assim, reconhece o presidente da associação espanhola, “se nenhum fator externo alterar esta tendência, poderemos terminar o ano com um novo recorde. Esta tendência ascendente do tráfego demonstra a vontade das pessoas de viajar e de recuperar os anos perdidos devido à crise sanitária”, salientou Gándara.

Entre as regiões espanholas, destacam-se as Canárias, com um aumento de 11% na capacidade, quase o dobro da média.

Relativamente às operações previstas para a época de verão, estima-se um total de 1,4 milhões de voos, um acréscimo de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Um dos riscos apontados por Gándara para não se alcançar os números previstos é a “possível congestão na gestão do tráfego aéreo a nível europeu”, com as consequentes demoras nos voos. Nesse sentido, o presidente da ALA explica que se prevê um verão “complicado” devido à recuperação dos níveis de tráfego pré-pandemia nos países vizinhos.

“No verão passado, os atrasos em rota devido à congestão do tráfego aéreo na Europa aumentaram mais de 50%. É imperativo que esta situação não se repita este verão”, concluiu Gándara.

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Emprego e Formação

Escolas do Turismo de Portugal atentas às necessidades de mercado

Em entrevista ao Publituris, Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, faz o ponto da situação dos projetos que estão a ser desenvolvidos nas 12 Escolas de Hotelaria e Turismo, iniciativas que, conforme afirmou, “refletem o compromisso das Escolas do Turismo de Portugal em preparar os profissionais para os desafios atuais e futuros, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do setor”, para avançar que “estamos permanentemente atentos às necessidades de mercado para poder dar respostas alinhadas com o que os profissionais e empresas precisam”.

O Publituris falou com Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, que admite que “a formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado”. A responsável pela formação no Turismo de Portugal salienta ainda que a competências técnicas continuam a ser “fundamentais” e que cada vez mais se exige que os colaboradores “desenvolvam competências de soft skills, de orientação para o cliente e de liderança e de gestão de equipas, de comunicação, de empatia, de resiliência emocional”. Também o “digital e a sustentabilidade” imperam na nova agenda das EHT como resposta “às dinâmicas de mercado”.

O que mudou na formação turística nos últimos anos? Que desafios enfrenta hoje?
As transformações no ensino e no mundo do trabalho registadas nos últimos anos de um conjunto vasto de mudanças que a sociedade atravessa, impactando diretamente as organizações e o comportamento dos consumidores, especialmente no que diz respeito à formação e ao trabalho. O facto de as empresas e as organizações terem de operar em ambientes cada vez mais voláteis, incertos e complexos traz novos desafios em termos de competências exigidas aos profissionais, bem como uma abordagem de gestão renovada por parte das empresas.

O setor do turismo é uma das principais alavancas económicas do país e tem demonstrado crescimento consistente em diversos indicadores, onde estes desafios tornam-se ainda mais relevantes. O crescimento, porém, deve ser sustentável e consolidado, gerando valor para a economia, bem como para a experiência dos turistas, comunidades locais e para os colaboradores das empresas.

A formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado, alinhando a sua proposta de valor com as necessidades tanto dos profissionais quanto as empresas. As empresas precisam de estruturas ágeis e adaptáveis à nova realidade. Consequentemente, as entidades formadoras devem ser igualmente capazes de oferecer metodologias de ensino, conteúdos e formatos que respondam a estas exigências, mantendo-se relevantes e à altura das expectativas de um setor em constante evolução.

Mediante estes desafios, as Escolas do Turismo de Portugal (EHT) preparam-se diariamente para capacitar gerações que sejam proativas e de resposta rápida a qualquer situação.

 

A formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado, alinhando a sua proposta de valor com as necessidades tanto dos profissionais quanto das empresas


Posicionar o país como referência de excelência na área da formação
Os jovens em Portugal sentem-se atraídos para a formação na área do turismo? Que áreas são mais procuradas? E os níveis? Assiste-se a um processo de desmobilização dos alunos da área do Turismo? Sente que há necessidade de motivar os jovens para estudar em Turismo, mesmo sabendo que esta é a área profissional que absorve a maior têm sido intensas, resultado quantidade de mão-de-obra?
O Turismo em Portugal alcançou, justamente, uma notoriedade e reputação inigualáveis, resultado de um trabalho consistente ao longo dos últimos anos. Este esforço permitiu superar desafios, estabelecer novos recordes, conquistar inúmeros prémios e afirmar uma visão de liderança para o turismo do futuro.

Hoje, Portugal é reconhecido como um destino de excelência a nível mundial. A atratividade para trabalhar no setor está naturalmente ligada à atratividade para estudar turismo. Neste contexto, o Turismo de Portugal pretende também posicionar o país como uma referência de excelência na área da formação para aqueles que pretendem estudar e trabalhar em turismo. Com o objetivo de captar o interesse dos mais jovens, o Turismo de Portugal desenvolve vários projetos e iniciativas, como o Open Day, onde durante uma semana, as 12 Escolas do Turismo de Portugal recebem potenciais alunos, pais, orientadores vocacionais e a comunidade local. Este evento inclui visitas guiadas, aulas abertas, workshops gratuitos, exposições, demonstrações, degustações e atividades ao ar livre nas áreas de Turismo de Natureza, Turismo Cultural e Património. O objetivo é destacar a qualidade da formação em turismo e hotelaria e apresentar as várias oportunidades de carreira no setor.

Outro exemplo é o Programa GERAt – Território, Turismo e Talento, o maior projeto interescolar de sensibilização para o turismo. Desenvolvido em parceria com a Direção-Geral da Educação, o GERAt visa sensibilizar as gerações mais jovens para o potencial do turismo a nível local, nacional e internacional.

Em 2024, o programa ganhou uma nova dimensão, envolvendo 39 agrupamentos de escolas, 46 turmas, 925 alunos e o desenvolvimento de 40 projetos interdisciplinares ao longo do ano letivo. É através destas iniciativas que o Turismo de Portugal reconhece a importância de reforçar a atratividade do setor, pois é essencial para atrair talento e concretizar a estratégia de um turismo de maior valor.

Quais os principais desafios que o setor enfrenta atualmente em termos de captação e retenção de talentos?
O desafio de captar e fidelizar talento é transversal a vários setores de atividade e tem-se intensificado nos últimos anos. Assistimos a uma mudança de paradigma, em que as empresas passaram a adotar estratégias de employer branding para fidelizar os melhores profissionais. No setor do turismo, esse desafio é ainda mais premente, devido à natureza intrínseca da atividade: uma indústria centrada nas pessoas, onde o serviço e a experiência são determinantes, e onde se verifica uma elevada rotatividade. Sendo um setor “de Pessoas para Pessoas”, a gestão de talento torna-se um elemento crucial para o seu sucesso. Enfrentar esta questão requer uma abordagem integrada e concertada, que alinhe diferentes dimensões como as políticas públicas que promovam a atração e retenção de talento; um setor privado, que coloque os recursos humanos no centro da sua estratégia, oferecendo condições de trabalho e remuneração competitivas, bem como uma cultura organizacional centrada nas pessoas; um setor que seja social e ambientalmente responsável, inclusivo e integrador, gerador de valor para as empresas, colaboradores e territórios; e instituições de ensino e formação que preparem os profissionais de forma eficaz para os desafios de qualificação.

Hoje, as empresas precisam de desenhar estratégias de “Employee Experience”, tal como fazem com as estratégias para captar clientes, assegurando assim a retenção dos seus talentos. É igualmente fundamental que as organizações se adaptem aos novos modelos de trabalho e que as lideranças se reinventem, desenvolvendo competências de gestão mais colaborativas, empáticas e menos hierarquizadas.

 

Assistimos a uma mudança de paradigma, em que as empresas passaram a adotar estratégias de employer branding para fidelizar os melhores profissionais

 

O digital e a sustentabilidade imperam na nova agenda das EHT
Quais são as competências mais importantes que os profissionais do turismo precisam desenvolver para se adaptarem às novas exigências do setor?
O setor do turismo almeja crescer atraindo mercados de maior valor, o que implica o contacto com turistas mais exigentes, mais informados, o que expõe o setor a novos desafios em termos de recrutamento e de novas competências que são exigidas aos colaboradores, independente da função que ocupam na empresa. As competências técnicas continuam a ser fundamentais, mas cada vez mais se exige que os colaboradores desenvolvam competências de soft skills, de orientação para o cliente e de liderança e de gestão de equipas, de comunicação, de empatia, de resiliência emocional. Também o digital e a sustentabilidade imperam na nova agenda das EHT como resposta às dinâmicas de mercado e impelem as entidades que desenvolvem formação em turismo a terem um papel mais conectado e alinhado com o mercado para participarem como atores principais na configuração do setor do turismo.

As conclusões do estudo recente “O perfil do Profissional de Turismo e Hospitalidade – Competências e formação” apontam para a necessidade de criação de ofertas formativas atualizadas e adaptadas às necessidades reais do setor, através da adoção de abordagens diferenciadas na gestão de carreiras e expectativas, levando em consideração as necessidades específicas de cada estudante e de cada profissional. Isto já está a acontecer?
Um dos pilares fundamentais e que consta de uma das medidas do Programa Acelerar a Economia – Roadmap diz respeito ao Reposicionamento na oferta e prevê que devemos assegurar o desenvolvimento curricular (design de produto) de cursos, programas, conteúdos e metodologias alinhados com as tendências do setor e que promovam a contínua inovação do portfólio e um posicionamento de referência.

Paralelamente a isto o mercado tem-se encaminhando para uma hiperpersonalização da educação, em que o modelo de aprendizagem deve adaptar-se à experiência de aprendizagem para atender as necessidades de cada aluno, com base no seu perfil e motivações. Embora a Rede de Escolas do Turismo de Portugal tenha recebido a certificação TedQual da Organização Mundial de Turismo (OMT), vários dos seus cursos, como Pastry Management and Production e Hospitality Operations Management, Culinary Arts, Food and Beverage Management e Tourism Management, o que atesta um reconhecimento nacional e internacional e reconhece a qualidade da formação proporcionada pelas Escolas do Turismo de Portugal.

Estamos permanentemente atentos às necessidades e mercado para poder dar respostas alinhadas com o que os profissionais e empresas precisam. A auditoria realizada pela OMT analisou com especial detalhe cinco áreas: a coerência do plano de estudos, as condições pedagógicas (incluindo metodologias e infraestruturas), a gestão da Rede e das Escolas que a compõem, o corpo docente e a adequabilidade do programa de estudos às necessidades e perspetivas futuras do sector.

Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal

Ligação das Escolas ao mercado de trabalho
Como é que as Escolas do Turismo de Portugal fazem a ligação com o mercado de trabalho?
A relação das nossas Escolas com o mercado de trabalho faz parte do nosso ADN e é trabalhada em três principais dimensões. Primeiro, realizamos um diagnóstico contínuo de necessidades através de instrumentos de interação regular com as empresas, como inquéritos, focus groups e reuniões temáticas. Em segundo lugar, criamos programas específicos de capacitação direcionados para áreas estratégicas, como a transição digital, a sustentabilidade e a responsabilidade social. Por fim, organizamos eventos regionais e nacionais, como o Fórum Estágios e Carreiras, workshops e seminários, que promovem uma interação direta entre empresas e alunos.

Além disso, realizamos atividades de investigação e análise de tendências, produzindo documentos orientadores sobre competências futuras no setor. Exemplos disso incluem o Estudo de empregabilidade já mencionado e o projeto internacional PANTOUR – Next Tourism Generation, que está a desenvolver uma matriz de competências para orientar as estratégias futuras de capacitação. As EHT também têm iniciativas direcionadas para uma maior flexibilidade na formação, como o desenvolvimento de ações em e-learning, adaptadas aos horários dos profissionais, com temas focados no digital, na sustentabilidade e em línguas, incluindo português para estrangeiros. Outra área de atuação é o reforço das metodologias de formação on the job. Neste contexto, estamos a trabalhar em estreita colaboração com as empresas para criar percursos de formação dentro do local de trabalho. Esta abordagem permite que novos profissionais no setor aprendam não apenas técnicas específicas, mas também a nossa matriz cultural de serviço, a língua e a gastronomia, promovendo uma integração profissional mais rica e completa.

 

É igualmente fundamental que as organizações se adaptem aos novos modelos de trabalho e que as lideranças se reinventem, desenvolvendo competências de gestão mais colaborativas, empáticas e menos hierarquizadas

 

Papel da Academia Digital na capacitação dos profissionais do setor
Qual tem sido o vosso papel na formação contínua dos profissionais de turismo, de forma a responder aos desafios da retenção de talento, inovação tecnológica e sustentabilidade?
A capacitação dos profissionais do setor tem sido, desde sempre, uma prioridade para as Escolas do Turismo de Portugal, assumindo especial relevância no período pós-pandemia. O lançamento da Academia Digital foi um marco nesse esforço, permitindo acelerar a transição digital e expandir a oferta formativa a todo o território nacional.

Com as crescentes exigências de sustentabilidade, a adoção de práticas de gestão baseadas em indicadores ESG e a escassez de mão-de-obra no setor, a formação tornou-se ainda mais essencial. Para responder a estes desafios, desenvolvemos uma série de programas específicos, como o Upgrade Digital, o Upgrade Sustentabilidade, o Programa Formação + Próxima, o Programa BEST e o Programa de Formação Empresas 360º. Além disso, em parceria com a Universidade Aberta, criámos um conjunto de microcredenciais nas áreas do Digital e da Sustentabilidade, permitindo uma aprendizagem autónoma e personalizada. Entre estas destacam-se: Ferramentas Digitais (Nível 1 e Nível 2), Estratégia Digital e Marketing Performance, O Digital e as Redes Sociais, Circularizar a Economia e o Turismo e Responsabilidade Social nas Empresas do Turismo (atualmente na sua 3.ª edição).

Estas iniciativas refletem o compromisso das Escolas do Turismo de Portugal em preparar os profissionais para os desafios atuais e futuros, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do setor.

Os planos de estudo já começam a incluir formação sobre o uso de tecnologias como inteligência Artificial (IA)? Se sim, que tecnologias são abordadas e de que forma são colocadas em prática?
O Turismo de Portugal está a trabalhar em três níveis distintos: primeiro, na capacitação das equipas, oferecendo formação aos Diretores, Coordenadores de Formação e Formadores sobre os diversos suportes de Inteligência Artificial disponíveis e a sua aplicação em contexto didático. Segundo, na introdução de ferramentas de IA e Tecnologias Emergentes, com a criação de regras para o desenho e conceção de conteúdos de aprendizagem suportados por estas tecnologias e a implementação de novas metodologias de integração. Entre os exemplos destacam-se aplicações de tutoria virtual e aprendizagem adaptativa, ferramentas de correção automática de exercícios e testes, que proporcionam feedback imediato aos alunos e economizam tempo aos professores, e o uso de software de gamificação na área da gestão hoteleira, que incrementa o compromisso e a motivação dos alunos ao incorporar elementos de jogo.

Por fim, estamos a preparar as infraestruturas da Rede de Escolas, criando novos espaços tecnológicos de suporte à aprendizagem no âmbito do projeto de modernização financiado pelo PRR. Este projeto inclui a criação de laboratórios técnicos e tecnológicos equipados com diversos suportes multimédia, que favorecerão a utilização de ferramentas inovadoras, como realidade virtual e aumentada, consolidando estas dimensões no futuro.

Estratégia de internacionalização
Que papel têm tido as Escolas do Turismo de Portugal de apoio a nível internacional, designadamente, junto dos PALOP e a CPLP? E na formação de estrangeiros em Portugal?
As Escolas do Turismo de Portugal baseiam a sua estratégia de internacionalização em programas de mobilidade de estudantes e formadores, cooperação bilateral e multilateral com entidades internacionais e uma participação ativa em projetos e estudos globais. Recentemente, essa ambição foi reforçada com a expansão acelerada da rede de Escolas, inicialmente direcionada para países da CPLP, destacando-se, pelo trabalho já desenvolvido, os casos de Angola e Cabo Verde.

Este modelo global prevê parcerias estratégicas, nas quais o know-how e a experiência da rede nacional são transferidos para criar Escolas Locais de Hotelaria e Turismo, em formato co-branded, com gestão e instalações asseguradas pelos países parceiros. Exemplos deste reforço incluem colaborações recentes com a Índia, o Uruguai e países com grandes comunidades portuguesas, como o Luxemburgo, onde será em breve assinado um acordo de cooperação.

Ao nível dos alunos internacionais, verifica-se uma procura crescente de candidatos de países como Bangladesh, Nepal, Índia, Ucrânia e Paquistão, e, mais recentemente, da Venezuela e dos Estados Unidos. Na Europa, destacam-se nacionalidades como italianos, franceses, espanhóis e alemães. Paralelamente, foi lançado este novo Programa de Formação e Integração de Migrantes para o Setor do Turismo, em parceria com a AIMA e a CTP.

Estas iniciativas sublinham o compromisso das Escolas em reforçar o posicionamento internacional, promovendo a excelência da formação portuguesa no setor do turismo e criando um impacto global positivo.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Receitas turísticas de janeiro crescem 8,7% e ultrapassam os 1,5MM€

Os dados do BdP mostram que, em janeiro, as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, ficaram 123,37 milhões de euros acima de janeiro de 2024, confirmando, desta forma, que a procura turística pelo território nacional continua em alta e a bater recordes.

Inês de Matos

Em janeiro, as receitas provenientes da atividade turística somaram um novo recorde para o primeiro mês do ano, somando 1.542,15 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 8,7% face aos 1.418,78 milhões de euros apurados em mês homólogo de 2024, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, 21 de março, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, em janeiro, as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, ficaram 123,37 milhões de euros acima de janeiro de 2024, confirmando, desta forma, que a procura turística pelo território nacional continua em alta e a bater recordes.

O valor das receitas turísticas de janeiro ficou, inclusive, muito perto do que tinha sido registado em dezembro do ano passado, num mês que costuma ser marcado pelo aumento da procura turística devido ao período festivo do Natal e Réveillon, com os dados do BdP a mostrarem uma diferença de apenas 1,8%, pois as receitas do último mês do ano passado tinham somado 1570,93 milhões de euros.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que resultam dos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, apresentaram um crescimento no primeiro mês do ano, já que este valor se situou nos 343,20 milhões de euros, 4,8% acima dos 327,37 milhões de euros apurados em janeiro de 2024.

No caso das importações do turismo, o crescimento foi de 15,83 milhões de euros face a janeiro de 2024, provando que também as viagens dos portugueses ao estrangeiro continuam em alta, assim como os seus gastos.

Mais expressivo foi o decréscimo das importações face ao último mês de 2024, que chegou aos 37,7%, o que quer dizer que os portugueses viajaram e gastaram menos no arranque de 2025 do que no final do ano passado.

Desta forma, também o valor do saldo da rubrica Viagens e Turismo voltou a ser positivo, já que somou 1198,95 milhões de euros em janeiro de 2025, 9,9% acima dos 1091,41 milhões de euros do mesmo mês do ano passado.

No comunicado que acompanha os números, o BdP realça a importância das Viagens e Turismo para a balança de serviços, que apresentou um aumento de 322 milhões de euros em janeiro, o que foi “justificado maioritariamente pela evolução do saldo das viagens e turismo (+108 milhões de euros) e dos outros serviços fornecidos por empresas”.

 

 

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Dakhla: Onde o mar vai beijar o deserto

Situada no sul de Marrocos, Dakhla é onde o mar beija o deserto, numa dança mágica, revelando-se como um destino de sonho para os amantes da natureza, da aventura e do bem-estar. Fomos visitar a região a convite do Turismo de Marrocos. Vimos pouco, mas há sempre algo para contar.

Num encontro feliz entre o Oceano Atlântico e o Deserto do Saara, Dakhla é feita de história e natureza que desfilam entre o azul turquesa das praias cristalinas e as mil e uma cores das dunas que, do nascer ao pôr do-sol, nos iluminam com uma luz quente e singular, inundando as paisagens a perder de vista, convidando-nos à desconexão, ao relax, autenticidade, mas com bastante adrenalina não só pelos desportos aquáticos que oferecem, onde o surf, o windsurf e o kitesurf são reis, e podem ser praticados durante todo o ano nas águas banhadas pelo Oceano Atlântico graças ao vento que frequentemente acompanha as suas costas, mas pelas diversas aventuras que o deserto proporciona, sejam a cavalo, de camelo, moto quatro ou veículos todo o terreno.  O destino, em pleno desenvolvimento turístico, posiciona-se a nível internacional, como ideal para aqueles que procuram natureza e património ecológico, ou seja, de ecoturismo exótico.

A convite da Oficina de Turismo de Marrocos, fomos espreitar esta singular região que pretende posicionar-se, a nível internacional, como uma alternativa ao turismo de massas, ou a destinos turísticos superlotados. Duas palavras definem Dakhla: Autenticidade e Sustentabilidade.

Só o Parque Nacional de Dakhla ocupa uma extensão de 18 mil hectares, uma reserva natural protegida que mantém toda a sua magia intacta com horizontes infinitos, mar azul, colinas de dunas que terminam na água e pores-do-sol espetaculares.

Inaugurado em 2014, o Parque Nacional Dakhla está inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO. Esta região selvagem e preservada é o lar de inúmeras espécies animais, incluindo a gazela de Mhorr, flamingos cor-de-rosa, caranguejos, golfinhos, focas-monge e diversas espécies de aves migratórias, um refúgio de vida selvagem que surpreende a cada visitante.

Dois dias de alguma aventura
Veículos de todo-o-terreno aguardava-nos à chegada para dois dias de alguma aventura. A primeira paragem foi à Duna Branca.

Mais de 20 jeeps (agentes e operadores turísticos portugueses e espanhóis, bem como jornalistas dos dois países), seguiram, em caravana para a 30 km de Dakhla, encontramos uma grande duna de areia branca que ilumina a água de uma lagoa, um local simplesmente magnífico com um cenário de cortar a respiração. É bem conhecida pelos entusiastas do kitesurf pelas suas condições de vento.

Depois, era preciso visitar a Ilha do Dragão, pequena ilha inexplorada situada ao lado da península do Rio de Ouro. A sua forma de dragão torna-a atraente aos olhos de qualquer visitante.

Cada excursão por essas vastas extensões de areia e argila branca oferece a sensação de estar sozinho no mundo, diante de uma natureza grandiosa.

Navegando pelas águas azul-turquesa da magnífica lagoa de Dakhla e observando aves migratórias, flamingos cor-de-rosa e até golfinhos que ali fixaram residência, chega-se à Ilha do Dragão, de nome verdadeiro Ilha Herné, que subindo ao topo do penhasco oferece uma deslumbrante vista 360º da lagoa, praias, bancos de areia branca e dunas de deserto ao longe.

A lagoa Dakhla tornou-se um local icónico para os entusiastas dos desportos aquáticos, especialmente o kitesurf e o windsurf, atraindo fãs de todo o mundo. As suas praias, como a famosa praia de Porto Rico, oferecem panoramas impressionantes, ideais para um piquenique ou uma sessão fotográfica estilo “Robinson Crusoé”.

A lagoa de Dakhla é um ótimo local para kiters de todos os níveis. O vento sopra do nascer ao pôr do sol, então é só escolher quando quer fazer kite. Ali também há muito espaço para os kiters iniciantes fazerem aulas e praticarem enquanto ficam longe dos especialistas.

Dakhla também é conhecida pelos seus estabelecimentos hoteleiros dedicados aos desportos aquáticos, concebidos num estilo único e amigo do ambiente. Além dos bangalôs ecológicos, muitos hotéis contam com instalações de bem-estar como Spas, piscinas e salas de ioga, além de centros equestres e náuticos. A maioria deles oferece pacotes com tudo incluído, seja para kitesurf ou retiros de ioga.

Durante a viagem houve tempo de apreciar alguns apontamentos de cultura local, como música e dança, culminando com uma festa que retratava as “Mil e uma noites”, nas dunas de Dakhla, enquanto a natureza nos brindava com um incomparável por do sol. O escritor e aviador Antoine de SaintExupéry teria escrito aqui alguns trechos de sua obra-prima, “O Pequeno Príncipe”.

Hoje, Dakhla continua a ser um ponto de convergência internacional graças ao seu aeroporto, que a liga às principais metrópoles marroquinas e internacionais. Resumindo, diria que Dakhla é muito mais do que um destino de férias. É uma verdadeira viagem sensorial onde dunas desérticas, sabores locais e encontros com a fauna marinha se combinam para oferecer uma aventura inesquecível. Quer seja um apaixonado por desporto, história ou simplesmente procure momentos de relaxamento junto à água, Dakhla, ou a região de Dakhla-Oued Ed Dahab, é uma joia a descobrir.

*O Publituris viajou a convite do Turismo de Marrocos

 

Sobre o autorCarolina Morgado

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Hotelaria

Francisco Calheiros: “Não nego que estou preocupado com a governabilidade do país”

Preocupado que a atual instabilidade política possa bloquear dossiês e investimentos em curso ligados à atividade turística, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal “espera que a situação política governamental em Portugal seja clarificada de forma célere”.

Carla Nunes

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, mostrou-se preocupado “com a governabilidade do país” no seu discurso de abertura do XXI Congresso da Associação de Directores de Hotéis de Portugal (ADHP), que decorre entre esta quinta e sexta-feira no INATEL Caparica, no município de Almada.

Receoso de que possam ser bloqueados dossiês e investimentos em curso com relação direta e indireta à atividade turística, o presidente da CTP afirma que o país precisa de estabilidade política, prevendo que esta possa não ser alcançada com as próximas eleições.

“O país necessita de estabilidade em termos políticos e de uma governação estável, para que não sejam bloqueados dossiês e investimentos em curso que têm relação direta e indireta com a atividade turística. Não nego que estou preocupado com a governabilidade do país. Não me parece que esta intranquilidade seja apenas por dois meses, porque não vejo que as soluções que possam resultar após um cenário eleitoral sejam mais tranquilizadoras e mais purificadoras que agora – ou seja, uma necessária maioria governativa, ao que tudo indica, não vai acontecer”, afirma Francisco Calheiros.

Sobre os principais fatores “que se deverão continuar a ter em conta”, o presidente da CTP aponta, em termos de acessibilidades, para “a existência de um novo aeroporto e de uma linha férrea mais moderna e com ligações em TGV”; uma “solução para a TAP”; a “redução da carga fiscal” e uma “efetiva reforma do Estado”.

Lamentando que muitas destas questões sejam adiadas “devido ao atual momento político do país”, o presidente afinca que a CTP “espera que a situação política governamental em Portugal seja clarificada de forma célere”.

“O turismo será um fator de sustento da economia”
Apesar dos “vários desafios internos”, como aponta ser o caso do “novo aeroporto, da privatização da TAP e da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, a par da instabilidade internacional, com cenários de guerra, e da instabilidade económica, Francisco Calheiros indica que “Portugal não perde turistas”, uma vez que o turismo “cresce em todas as regiões”.

Apontando para os valores de 2024 em Portugal, ano em que se registaram “mais de 31 milhões de hóspedes, ultrapassaram os 80 milhões de dormidas e os 27 mil milhões de euros em receitas”, o presidente da CTP acredita que Portugal continuará a ter bons indicadores turísticos este ano.

“Penso que Portugal continuará a ter bons indicadores turísticos, já que continua a ser um país atrativo pela sua diversidade, pela qualidade dos seus produtos e serviços turísticos. É um país onde quem nos visita se sente seguro”, defende, acrescentando que “é o turismo que será, mais uma vez, um fator de sustento da economia. O pensamento positivo deve continuar a ser aquele que nos move”.

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Destinos

Portugal e Eslovénia reforçam colaboração no setor do turismo

Portugal e Eslovénia reforçam a sua colaboração em turismo, com foco em sustentabilidade e soluções de viagens inovadoras, ao formalizar um acordo na presença dos presidentes da República Eslovênia e de Portugal, Nataša Pirc Musar, e Marcelo Rebelo de Sousa, respetivamente.

Este evento sinaliza uma nova era de cooperação entre os dois países dedicados aos princípios de sustentabilidade, inovação e qualidade no setor de turismo, indica a imprensa eslovena, destacando que este esforço colaborativo está definido para reforçar as trocas turísticas entre as nações, promovendo experiências de viagem mais impactantes, responsáveis ​​e com visão de futuro.

Além disso, a parceria traz uma promessa significativa para joint ventures em setores críticos, como transformação digital, análise de dados, inteligência artificial e educação, visando promover uma indústria de turismo mais inovadora e robusta para o futuro.

A Eslovênia, segundo a imprensa local, está a implementar a Estratégia para o Crescimento Sustentável do Turismo, projetada para aumentar a sua vantagem competitiva e promover soluções abrangentes que integrem interesses nacionais, locais, regionais e comerciais no desenvolvimento do turismo, bem como ofertas de turismo globais, nacionais e locais. Esta seleção estratégica de produtos turísticos apresenta uma oportunidade crucial para impulsionar a economia eslovena, estimulando o crescimento com financiamento personalizado para o turismo.

Os meios de comunicação de Liubliana destacam o turismo em Portugal como um motor económico essencial, reforçando que o nosso país está a preparar-se para o futuro ao implementar compromissos de longo prazo para a realização de metas colaborativas, com ênfase na sustentabilidade, com esforços que se concentram em enriquecer as viagens e o turismo, conservando marcos históricos e culturais, salvaguardando ambientes naturais e rurais, revitalizando espaços urbanos e expandindo os serviços de turismo.

A Carta de Intenções foi assinada, durante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Eslovénia, entre Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, e Maja Pak Olaj, diretora geral do Conselho de Turismo da Eslovênia, que nas redes sociais afirma que “acredito que, trabalhando juntos, podemos não apenas fortalecer os fluxos turísticos entre os nossos países, mas também criar experiências de viagem mais significativas, responsáveis ​​e voltadas para o futuro”.

Mais de 16.500 turistas portugueses na Eslovénia em 2024

As trocas de turismo entre a Eslovénia e Portugal têm crescido de forma constante. Em 2024, mais de 16.500 visitantes portugueses exploraram aquele destino, contribuindo com quase 50 mil noites, um aumento de 15% nas chegadas e uma subida de 10% no número de noites face ao ano anterior. Liubliana foi o principal destino, respondendo por 40% das dormidas portuguesas, seguida por Maribor, Rogaška Slatina, Bled e Piran.

Refira-se que esta nova cooperação baseia-se nos laços existentes entre os dois países no âmbito da Comissão Europeia de Viagens (ETC) e outras organizações internacionais.

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Foto: Depositphotos.com
Aviação

Portugal investe 15M€ na descarbonização da aviação

Portugal vai mobilizar até 15 milhões de euros para projetos de investigação e inovação que contribuam para a descarbonização da aviação, investimento no âmbito do memorando de cooperação entre Portugal e o Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU), assinado na passada terça-feira, 18 de março.

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Portugal vai mobilizar até 15 milhões de euros para projetos de investigação e inovação que contribuam para a descarbonização da aviação, investimento que vai ser realizado no âmbito do memorando de cooperação entre Portugal e o Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU), assinado na passada terça-feira, 18 de março, durante o Clean Aviation Annual Forum 2025, em Bruxelas.

“O memorando de cooperação, assinado pela Agência Nacional de Inovação (ANI) e pela
Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) em representação do Estado português, prevê ainda a criação de um Roteiro Técnico Comum para identificar oportunidades de
investimentos com vista ao desenvolvimento de aeronaves disruptivas de baixas emissões de carbono”, lê-se num comunicado conjunto dos ministérios da Educação, Ciência e Inovação, das Infraestruturas e Habitação, da Economia e do Ambiente e Energia.

O memorando prevê também que o CAJU disponibilize “apoio técnico para garantir o alinhamento dos programas nacionais com os objetivos do programa” e que Portugal garantirá recursos e instrumentos de financiamento para apoiar projetos complementares.

Desta forma, vão ser lançados dois avisos do programa COMPETE 2030 ao longo deste ano, um dos quais para “projetos de investigação e desenvolvimento (I&D) na área dos
combustíveis de aviação sustentáveis”, que vai ter uma dotação de seis milhões de euros, enquanto o outro, que já foi lançado e tem candidaturas abertas até outubro de 2025, se destina a “projetos de I&D na área da aeronáutica, espaço e defesa, em parceria com entidades do Canadá”.

“Além destes instrumentos, poderão ainda vir a ser apoiados, no âmbito do COMPETE 2030, projetos CAJU aprovados no programa Horizonte Europa que tenham sido excluídos por falta de dotação, mas que tenham obtido o selo de excelência, beneficiando, assim, de um processo simplificado de avaliação”, acrescente a informação divulgada.

Este memorando, acrescenta o comunicado conjunto, vai ao encontro do Roteiro Nacional para a Descarbonização da Aviação, que foi aprovado em Resolução de Conselho de Ministros, em outubro de 2024.

Portugal torna-se, desta forma, no primeiro Estado-membro da União Europeia (UE) a assinar um memorando com o CAJU, que vai beneficiar dos esforços conjuntos da ANI
e da ANAC, o que permite “criar um enquadramento único para alinhar as prioridades de investigação e inovação, maximizar sinergias entre programas nacionais, regionais e europeus, e encontrar fontes de financiamento de forma mais eficaz”.

“Este memorando é assim mais um passo para impulsionar a crescente relevância da
indústria aeronáutica portuguesa, que se soma ao investimento privado de empresas
globais como a Airbus, a Embraer ou a Lufthansa Technik”, refere ainda o comunicado divulgado.

Recorde-se que o Clean Aviation Joint Undertaking (CAJU) resulta de uma parceria europeia, estabelecida sob o programa Horizonte Europa, que promove a investigação e inovação na aviação, visando a transição para um setor sustentável e de baixo carbono

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FOTO: VASCO CÉLIO/STILLS
Destinos

Turismo do Algarve promove ligações aos EUA em Boston e Nova Iorque

O Turismo do Algarve vai promover as ligações com os EUA, em parceria com a SATA Azores Airlines e a United Airlines, de modo a captar mais visitantes e fortalecer relações comerciais, refletindo a confiança no potencial de crescimento do mercado norte-americano na região.

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O Turismo do Algarve vai intensificar a promoção do destino no mercado norte-americano com a organização de dois eventos estratégicos, em Boston e Nova Iorque.

Realizadas em parceria com as companhias aéreas SATA Azores Airlines e United Airlines, estas iniciativas visam promover as ligações aéreas entre os EUA e o Algarve e impulsionar o crescimento do fluxo turístico deste mercado para a região.

Esta aposta acompanha o aumento da procura dos viajantes norte-americanos pelo destino que tem sido registado nos últimos anos.

Apesar da atual conjuntura internacional e das incertezas em torno das políticas económicas dos EUA, o Turismo do Algarve mantém-se “confiante no potencial de crescimento deste mercado”.

A corroborar esta posição está um estudo divulgado em dezembro pela United States Tour Operators Association, que aponta Portugal como o segundo país no mundo que os turistas norte-americanos mais querem visitar em 2025, reforçando a importância de continuar a investir na captação deste público.

A primeira ação acontece a 25 de março, em Boston, com um workshop organizado em parceria com a SATA Azores Airlines. A iniciativa é dedicada à promoção das rotas que ligam os aeroportos Logan (Boston) e JFK (Nova Iorque) a Faro, via Ponta Delgada, uma conexão vista como “estratégica para aproximar o Algarve do mercado norte-americano”.

A 27 de março, em Nova Iorque, realiza-se a segunda ação promocional, desta vez em colaboração com a United Airlines e o Turismo da Madeira, para destacar as recentes ligações diretas desta companhia aérea para Faro e Funchal.

Ambos os eventos contarão com a participação de 16 empresas associadas do Turismo do Algarve, que terão a oportunidade de estabelecer contactos com agentes de viagens, operadores turísticos e meios de comunicação social dos EUA.

EUA 7.º mercado externo no Algarve
A aposta do Turismo do Algarve nos EUA é sustentada pelo contínuo interesse demonstrado por este mercado. Em 2024, embora ainda sem ligações diretas, os turistas norte-americanos ultrapassaram as 500 mil dormidas na região, representando um crescimento de 13% face a 2023, com o número de hóspedes também a registar uma evolução positiva, alcançando quase os 200 mil visitantes, correspondente a um aumento de 10,38% comparativamente ao ano anterior.

André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, confirma que “os EUA já são o sétimo mercado externo mais relevante para o Algarve”, reconhecendo que “os visitantes deste país valorizam experiências autênticas e exclusivas e procuram na região algumas das melhores praias e campos de golfe da Europa, além de uma oferta diferenciada em gastronomia, vinhos, cultura e turismo de natureza”.

Quanto à expansão das ligações aéreas, diretas e indiretas, que ligam os EUA ao Algarve, o presidente do Turismo da região afirma que “representa uma oportunidade estratégica para consolidarmos este interesse e atrairmos ainda mais visitantes”.

Relativamente aos dois eventos a realizar nos EUA, André Gomes salienta que “serão importantes contributos para reforçarmos o posicionamento do Algarve junto deste mercado como um destino completo, destacando as suas valências mais apreciadas”. Ao mesmo tempo, o presidente do Turismo do Algarve afirma que “serão momentos-chave para criar negócios e fortalecer relações comerciais que favoreçam um fluxo turístico sustentável e crescente ao longo dos próximos anos”.

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