Edição digital
Assine já
PUB
Distribuição

APAVT Outdoor Day é dia 20 de maio

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) organiza no sábado, dia 20 de maio, o 1.º APAVT Outdoor Day, evento que integra o 3.º Torneio de Padel do Turismo APAVT-Turismo da Madeira, no W Padel Country Club, em Lisboa.

Publituris
Distribuição

APAVT Outdoor Day é dia 20 de maio

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) organiza no sábado, dia 20 de maio, o 1.º APAVT Outdoor Day, evento que integra o 3.º Torneio de Padel do Turismo APAVT-Turismo da Madeira, no W Padel Country Club, em Lisboa.

Publituris
Sobre o autor
Publituris
Artigos relacionados
SkyExpert propõe regulamentação para equidade e sustentabilidade na aviação europeia
Aviação
Turismo já empregava 6,7% da população portuguesa no segundo trimestre
Destinos
“Se tivermos uma oferta organizada, as pessoas têm motivo para ficar mais tempo no Porto”
Destinos
Governo dos Açores espera que Ryanair “honre compromisso” e mantenha voos acordados
Aviação
Delegação da AHRESP em Coimbra muda de instalações
Alojamento
Finnair lança ‘Arctic Express’ para ligar Helsínquia, Rovaniemi e Tromso no inverno
Aviação
Embraer consegue certificação para avião E195-E2 voar na China
Aviação
TAP perde quota nos aeroportos nacionais
Transportes
Aquecimento global levará a uma perda de turistas no Sul da Europa
Destinos
Norwegian passa de lucros a prejuízo no 1.º semestre
Transportes

Um dia de convívio informal, ao ar livre, com uma churrascada e muito boa disposição, é o que a associação se propõe organizar com este evento, juntando associados, parceiros e amigos no W Padel Country Club de Monsanto. O Torneio de Padel, que este ano, além do já tradicional apoio do Turismo da Madeira, da SGS Seguros e da Click and Play, conta igualmente com a parceria dos operadores turísticos Solférias, Sonhando e Soltrópico, vai ter início às 12h00, prolongando-se até às 17h00, hora a que se dará início ao churrasco, que decorrerá até às 20h00.

Competem 22 duplas, todas constituídas por profissionais de turismo, entre agentes de viagens, hoteleiros e outros parceiros. Pelo meio, vão-se realizar clínicas de Padel para quem quiser experimentar este desporto, estando já assegurada a participação de um grupo de jovens da Academia do Johnson, organização que a APAVT tem vindo a apoiar, no âmbito da sua política de Responsabilidade Social, e para quem reverte parte das receitas do evento.

“Este é um dia para descontrair do muito trabalho que todos estamos a ter. Merecemos um momento destes. Podem até experimentar o Padel, mas não percam o convívio, o churrasco e a cerveja”, apela o diretor executivo da APAVT, Ricardo Figueiredo.

Os interessados poderão inscrever-se aqui.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Artigos relacionados
SkyExpert propõe regulamentação para equidade e sustentabilidade na aviação europeia
Aviação
Turismo já empregava 6,7% da população portuguesa no segundo trimestre
Destinos
“Se tivermos uma oferta organizada, as pessoas têm motivo para ficar mais tempo no Porto”
Destinos
Governo dos Açores espera que Ryanair “honre compromisso” e mantenha voos acordados
Aviação
Delegação da AHRESP em Coimbra muda de instalações
Alojamento
Finnair lança ‘Arctic Express’ para ligar Helsínquia, Rovaniemi e Tromso no inverno
Aviação
Embraer consegue certificação para avião E195-E2 voar na China
Aviação
TAP perde quota nos aeroportos nacionais
Transportes
Aquecimento global levará a uma perda de turistas no Sul da Europa
Destinos
Norwegian passa de lucros a prejuízo no 1.º semestre
Transportes
PUB
Aviação

SkyExpert propõe regulamentação para equidade e sustentabilidade na aviação europeia

A proposta agora apresentada aborda uma mudança essencial nas práticas tarifárias das companhias aéreas que operam voos de longo curso, particularmente aqueles que envolvem conexões através de hubs.

Publituris

A SkyExpert deu mais um passo em direção à transformação da indústria da aviação para enfrentar os desafios ecológicos futuros e garantir maior transparência financeira do negócio.

Pedro Castro, diretor da SkyExpert, tem sido uma das vozes mais ativas relativamente à necessidade de conjugar a agenda climática com as políticas públicas e a regulamentação no setor da aviação, o que se reflete, por exemplo, na sua posição sobre a não construção de um novo aeroporto em Lisboa.

Pedro Castro apresentou, recentemente, uma proposta de regulamentação europeia através da plataforma de participação cívica do Fórum Económico Mundial (WEF), conhecida como UpLink. A proposta aborda uma mudança essencial nas práticas tarifárias das companhias aéreas que operam voos de longo curso, particularmente aqueles que envolvem conexões através de hubs.

“A nossa proposta é muito simples e vai transformar totalmente os fluxos atuais dos voos de longo curso”, afirmou Pedro Castro. “Queremos uma regulamentação que se aplique em todo o espaço aéreo europeu, que obrigue as companhias aéreas a não oferecerem voos de ligação via o seu hub por preços mais baixos do que os voos diretos para esse mesmo hub da companhia. Esta é uma medida que não compara os preços entre diferentes companhias, mas sim ajusta as práticas tarifárias internas de cada companhia.”

O diretor da empresa de consultoria de aviação, aeroportos e turismo, ilustrou a sua proposta com um exemplo envolvendo a TAP, enfatizando que outras companhias, como a Iberia, Air France e Lufthansa, também adotam essas práticas.

“A TAP vende um bilhete São Francisco-Lisboa-Londres por 190 euros. No entanto, se um passageiro comprar nesse momento apenas o trecho São Francisco-Lisboa para essa mesma data, pagará quase 500 euros, mais do dobro”, exemplifica Pedro Castro.

“A proposta de regulamentação visa garantir que esse primeiro trecho para o hub não seja tarifado mais caro do que a sua continuação para outro destino. Neste caso, a TAP estaria obrigada a vender o trajeto São Francisco-Lisboa pelos mesmos 190 euros que propõe quando o destino final do passageiro é Londres”.

Esta regulamentação não visa impedir que as companhias continuem a oferecer preços competitivos de forma livre e autónoma. “O objetivo é assegurar que os passageiros que optam por voos diretos não sejam penalizados pelas suas escolhas ecologicamente responsáveis e tenham de subsidiar as tarifas baratas de outros que façam escala”, explicou Pedro Castro.

“Essa medida também incentivaria as companhias a equilibrarem suas tarifas e promoveria voos diretos mais atrativos, reduzindo a necessidade de voos de conexão em determinadas rotas, aplicando a lógica de senso comum: se eu acrescento mais um voo ao meu trajeto, o total do meu bilhete deverá ser mais caro e não mais barato.”

A proposta de regulamentação de Pedro Castro destaca a importância de promover uma indústria da aviação mais sustentável e transparente, enquanto se mantém sensível às necessidades dos passageiros e ao meio ambiente.

Com a nova regulamentação, “este tipo de discrepância deixaria de ser possível para qualquer companhia aérea que voe de/para os aeroportos europeus o que levaria a uma mudança de conceito à escala mundial”.

E conclui: “neste caso, a TAP poderia continuar a comercializar São Francisco-Londres (via Lisboa) a 190 euros, caso aplicasse esse mesmo preço se o destino for apenas e tão somente Lisboa”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Fotos: Joel Bessa

Destinos

“Se tivermos uma oferta organizada, as pessoas têm motivo para ficar mais tempo no Porto”

A nova estratégia para o Turismo da Câmara Municipal do Porto foi o mote para uma conversa com Catarina Santos Cunha, vereadora de Turismo da autarquia, que explicou ao Publituris os pormenores e objetivos deste plano, que visa a descentralização e a qualificação da oferta da cidade. Além da nova estratégia, a conversa abordou também o crescimento do turismo, as novas ligações aéreas e os desafios do Alojamento Local (AL).

Inês de Matos

Foi a necessidade de ‘arrumar a casa’ que levou a autarquia portuense a lançar, em setembro de 2022, o plano “Visão de Futuro para a Sustentabilidade do Destino Porto” para reposicionar o Porto enquanto destino turístico, descentralizando os visitantes do centro histórico para os bairros portuenses, além de qualificar e organizar a oferta da cidade.

Em entrevista ao Publituris, Catarina Santos Cunha, vereadora do Turismo da Câmara Municipal do Porto, explica os objetivos e ações incluídas neste plano, que contempla ações de formação e a atribuição de um selo de qualidade para unidades de alojamento, walking tours e circuitos motorizados, entre outras atividades ainda em estudo.

Além do plano, a responsável fala do crescimento turístico, das expectativas para o verão, dos receios do Alojamento Local (AL) face ao programa Mais Habitação e das ligações aéreas que a cidade tem ganho, apesar da TAP continuar sem responder aos pedidos da autarquia.

A Câmara Municipal do Porto está a redefinir a estratégia de turismo da cidade e lançou o plano “Visão de Futuro para a Sustentabilidade do Destino Porto”. Quais são os principais destaques desta estratégia e qual é o seu objetivo?
Entrei para estas funções em março de 2022 e, nessa altura, o pelouro do Turismo estava na Economia, com o meu colega Ricardo Valente. Este plano foi lançado em setembro para trazer um posicionamento de cidade a quem visita mas também a quem vive, trabalha e investe no Porto.

Quando entrei em funções, não havia uma estratégia para aquilo que queremos ser como cidade e era preciso criar uma narrativa que pudéssemos, depois, entregar à Associação de Turismo do Porto (ATP), que é quem faz a promoção. Sentíamos que andávamos à volta dos mesmos temas e áreas territoriais. O turismo mudou muito e cresceu, neste último trimestre estamos com um crescimento de 20% face a 2022 e isso é ótimo mas a verdade é que precisávamos de ‘arrumar a casa’.

Por isso, o objetivo deste plano passa por aliviar a pressão no centro histórico, que é visitado por muitos turistas, numa situação que as obras do metro vieram piorar. E não queríamos ter os residentes zangados com o turismo. Temos visto problemas graves noutras cidades, como Barcelona ou Veneza, e isso fez-nos perceber que há caminhos que podemos evitar.

Isso explica a nossa preocupação com a descentralização porque temos mais Porto para mostrar além do centro histórico. Mas o Porto não está organizado como Lisboa em bairros e quarteirões, apesar de, organicamente, esses bairros já existirem.  Na zona do Bonfim, por exemplo, há novos motivos de atração, como galerias por via da Faculdade de Belas Artes, gente nova e muitos expatriados. Estamos a fazer um estudo de levantamento do conteúdo para pegar no que já existe e, dessa forma, contar os bairros do Porto, criando uma estratégia de comunicação.

Isto, deverá levar também ao aumento da estadia média, porque se tivermos um Porto da Ribeira e do Centro Histórico, as pessoas ficam um fim de semana mas, se tivermos uma oferta organizada, as pessoas têm motivo para ficar mais tempo no Porto.

Esses atrativos não se criam por decreto. O Porto já tem atrativos que permitam espalhar o turismo por toda a cidade, além do centro histórico?
Estamos a fazer essa leitura para, depois, a comunicarmos juntamente com as comunidades que habitam nessas zonas. De alguma forma, aquilo que estamos a fazer é também para criar esses atrativos, apesar de já existir quem venha ao Porto com o intuito de visitar os bairros. Por isso, também será interessante perceber como é que esses turistas chegaram ali e o que é que efetivamente procuram.

Isto tem de ser feito de uma forma sustentada e estratégica, para que seja possível comunicar o que é o ADN do Bonfim, o ADN de Bombarda, ou o que é a Foz e a Zona Ribeirinha, por exemplo.

Efetivamente, as pessoas já se estão a deslocar para outras zonas da cidade mas a oferta não está organizada. Se fizermos isso, o Porto tem motivos para que as pessoas fiquem vários dias na cidade.

É um trabalho que leva tempo, não se faz num mandato, mas espero que possamos deixar trabalho feito para que quem vier a seguir pegue neste trabalho, que é extremamente relevante porque estamos a casar isto com a política do AL, que prevê zonas de pressão e de crescimento sustentado.

Percebe-se que há, de facto, uma preocupação com o evitar o excesso de turismo. Já havia algumas manifestações nesse sentido na cidade?
Acho que não, esta guerra também é uma questão ideológica. Faz parte da narrativa de determinados partidos e, com isto, não quero dizer que não temos problemas, mas não estamos tão mal quanto isso.

Há pouco, estive no Bulhão e uma das peixeiras dizia-me que isto dos hostels é tão bom porque os turistas vão ao mercado comprar o peixe para cozinharem nos apartamentos. Portanto, há uma dinâmica que acaba por ser muito positiva, apesar de algumas situações que possam acontecer.

Este plano inclui também o lançamento do selo de qualidade ‘Confiança Porto’. Em que fase está a atribuição deste selo e qual é a sua importância para o destino?
O selo ‘Confiança Porto’ vem na senda do que falámos de qualificação do destino. Além da descentralização, temos também a preocupação de qualificar e trabalhar com os operadores da cidade nesse sentido.

Este selo nasceu em 2019, com o vereador Ricardo Valente, e era exclusivamente dedicado aos alojamentos turísticos, fossem hotéis, hostels ou AL. No entanto, nenhum dos selos chegou a ser entregue devido à pandemia, foi um projeto que nasceu e parou, mas que teve logo uma adesão grande, já tínhamos 20 selos para entregar.

Entretanto, fizemos um acerto no regulamento, porque não estavam contempladas questões como a economia circular e a sustentabilidade, nomeadamente o uso de produtos locais ou a forma como eram reutilizados os desperdícios nas unidades de alojamento.

É uma mais-valia do território incentivar o uso de produtos locais e esse era um dos pontos que queríamos incutir porque é algo diferenciador, mesmo para um hotel de uma cadeia internacional porque a experiência que oferece em Madrid não tem de ser igual à que oferece no Porto.

Partimos para este trabalho com um estudo que analisou as tendências do turismo e aquilo que as pessoas efetivamente procuram. Por isso, fizemos também uma alteração na parte dos recursos humanos – que é outra preocupação do setor – com o objetivo de valorizar os recursos humanos locais, as pessoas com formação em turismo e encontrar uma forma de distinguir estas práticas, num programa voluntário.

Depois do alojamento, passámos para os walking tours, porque também aqui percebemos que há narrativas absurdas e era necessário que alguém regulasse a qualidade destes circuitos. Mais recentemente, abrimos este programa aos circuitos motorizados, nomeadamente tuk-tuk e autocarros hop-on hop-off, que também contam a cidade aos turistas.

Em todas as áreas fazemos formação gratuita para qualificar e reconhecer estes operadores, principalmente aqueles que atuam em mais do que uma zona da cidade e não apenas no centro histórico.

Agora, estamos numa fase em que pretendemos dar uma robustez de reconhecimento e comunicação ao selo ‘Confiança Porto’, para que quem nos visita o perceba e reconheça e para aumentar a procura desta certificação, mostrando aos operadores que ela é uma mais-valia.

Temos visto problemas graves noutras cidades, como Barcelona ou Veneza, e isso feznos perceber que há caminhos que podemos evitar

Já foram entregues alguns selos?
Já, entregámos os 20 que já tínhamos para atribuir antes da pandemia e temos muitos outros para atribuir, devem ultrapassar os 60, até porque as inscrições esgotaram no primeiro dia.

Já promovemos 19 ações de formação e a recetividade também tem sido muito positiva, porque esgotamos as sessões sempre que abrem as inscrições. Por isso, temos também de nos prepararmos para crescer.

Este selo de qualidade é para continuar?
Queremos continuar. Na parte dos alojamentos turísticos, estamos a trabalhar com a airbnb e com a Booking para que coloquem o nosso selo na comunicação dos espaços. Isto ajudaria a que as empresas se aproximassem do programa e a passar a mensagem que a qualificação é fundamental para o posicionamento de cidade que procuramos.

O selo poderá ser alargado a outras atividades?
Sim, já conversámos com as atividades de comércio e serviços para que o selo chegue à restauração, aos bares e possamos passar à fase seguinte.

Ainda não o fizemos para dar um pouco mais de tempo para que estes que já foram lançados possam amadurecer, mas julgo que a seguir ao verão já poderemos lançar os restantes para que, no ano seguinte, já tenha mais impacto e possamos sentir que a cidade está mais qualificada.

A nova estratégia para o destino fala também na sustentabilidade, nas suas várias vertentes. O que é que o Porto vai fazer para se tornar num destino sustentável, desde logo a nível ambiental?
Temos o Pacto Porto para o Clima que nos tem colocado num envolvimento muito grande a nível ambiental e há imensas ações em toda a cidade, seja de compostagem, hortas urbanas, reutilização de resíduos. O Porto tem a ambição de atingir a neutralidade carbónica em 2030.

Por isso, estamos também a dar destaque aos nossos parques, assim como a Gaia e a Matosinhos, com quem temos uma forte ligação, assim como temos à Cidade do Vinho e à região dos Vinhos Verdes e ao Douro, onde integramos a rede das Great Wine Capitals.

A sustentabilidade também passa por esta pegada turística e é por isso que queremos trazer um melhor turismo e ter uma cidade onde todos se sintam bem. A sustentabilidade tem de ser vista como um todo.

Fotos: Joel Bessa

Está prevista alguma ação de sensibilização ou formação para promover a sustentabilidade que o Porto quer atingir?
Temos algumas iniciativas. Temos um projeto de boa vizinhança, que visa levar a comunidade local aos hotéis porque muitas vezes os residentes não entram nos hotéis e queremos mudar isso. E temos o projeto “Turismo nas Escolas”, um programa que vai às escolas explicar às crianças porque há tantas pessoas a visitar a cidade e o que é o nosso património.

Pretendemos ainda ter uma componente que explica o que são as profissões do turismo e, no fim, temos um jogo que representa as várias zonas da cidade e respetivos monumentos.

O que pretendemos é plantar a semente do turismo nas crianças para que comecem, desde novas, a ter algum contacto com a vida profissional e as profissões, tenham orgulho de mostrar o património e percebam que servir ou acolher alguém não é depreciativo.

Depois, temos o projeto “Porto Acessível” para que pessoas com menos capacidades físicas possam conhecer a cidade e o seu património. No fundo, pretendemos que a cidade possa ser usufruída por todos. O projeto está numa fase de levantamento do estado da arte e vai materializar-se em roteiros em braille, espaços adaptados e áudio-guias. É um processo muito grande, que estamos a desenvolver por etapas.

2023
Revelou que o Porto continua a crescer em termos turísticos. Que balanço faz a autarquia dos resultados dos primeiros meses de 2023?
Um balanço fantástico. Apesar do transtorno das obras do metro, está toda a gente feliz no Porto e não ouvimos críticas de que o turismo é mau.

Também temos conseguido reforçar a conetividade aérea e captámos mais 14 rotas, temos seis novas companhias aéreas a voar para o Porto mas o nosso objetivo ainda não está alcançado porque temos ligações muito interessante com a Europa mas não temos voos diretos de outros destinos. A nossa luta é, de facto, conseguir conetividade direta do continente americano, nomeadamente EUA, Canadá e Brasil, mas também da Ásia.

Continuam zangados com a TAP, que mantém poucas rotas internacionais no aeroporto do Porto?
Já nem falo da TAP, não reclamo mais e a TAP já foi clara ao explicar que a estratégia não passa pelo Porto. Portanto, temos um grupo de conetividade aérea, liderado pela CCDR-N, em que nós estamos integrados, assim como a TPNP, a Associação Comercial do Porto e recentemente recebemos o ministro João Galamba, a quem apresentámos os nossos números, não só do Turismo mas também da Economia, e pedimos apoio para criarmos um gabinete de atração de companhias aéreas, ou seja, um subsidio com valores muito razoáveis.

A conversa correu bem, agora tem de passar pelo ministro da Economia mas acredito que vamos mesmo precisar deste tipo de apoio. É um gabinete como já existe em Espanha para atrair conetividade aérea.

Estamos a falar de subsídios que permitiriam ao aeroporto ter outro tipo de poder de atração para as companhias aéreas?
Exatamente. Sabemos que temos de fazer promoção no destino e que há algumas contrapartidas que são pedidas porque as companhias aéreas não arriscam sem terem qualquer garantia e nós, como cidade, temos de dar resposta a isso. Mas penso que estamos num bom caminho, continuamos a crescer e aquilo que temos de fazer é a gestão da cidade.

A nossa luta é, de facto, conseguir conetividade direta do continente americano, nomeadamente EUA, Canadá e Brasil, mas também da Ásia

E como tem sido a reação AL do Porto ao pacote Mais Habitação, lançado pelo Governo e que traz várias limitações ao AL?
No Município do Porto, o AL está no pelouro das Atividades Económicas, mas vou dar a perspetiva do Turismo, até porque temos uma estratégia partilhada. O Porto foi pioneiro na criação de um regulamento para o AL, coisa que não existia e que começámos a trabalhar antes do lançamento do Plano Mais Habitação, até porque este plano, na área do alojamento, ainda é apenas um conjunto de intenções, mas obviamente que é assustador para a maioria das pessoas que investiu.

É terrível porque as pessoas fizeram um investimento e, ao fim de pouco tempo, as políticas mudaram.

As notícias que foram sendo conhecidas indicam que muitos proprietários colocaram os imóveis para venda. Isto também aconteceu no Porto?
Há um misto. Sentimos que as pessoas ainda estão muito confiantes no nosso trabalho, continuamos a trabalhar no regulamento, que cria zonas de contenção e esta identificação foi feita através de um estudo da Universidade Católica que permitiu perceber quais eram as zonas de maior pressão e, nessas zonas, criámos um conjunto enorme de exceções. É enorme, mas não compromete a relação entre residentes e turistas. Mas, tudo o que está relacionado com a reabilitação, está excecionado, também mudámos as transmissões de licenças em caso de morte ou divórcio, entre outras alterações, e ainda estão a decorrer sessões de esclarecimento relativamente a alguns pontos do regulamento.

Mas aquilo que temos sentido, em todas as apresentações que fizemos, é que as pessoas se sentem muito seguras com aquilo que estamos a fazer e sentem que as entendemos porque a realidade é que, há 10 anos, esta cidade era um deserto. Por isso, não podemos matar quem investiu no AL.

Portanto, não acredito que o AL vá regredir, mas poderão não existir novas licenças nas zonas de pressão que não cumpram as exceções. Depois, também estamos a tentar que os alojamentos se espalhem por outras zonas da cidade. No entanto, se o Governo disser que não há licenças de todo, que são apenas para o interior, estamos aqui para obedecer.

Já tivemos reuniões com o airbnb e com a Booking e é verdade que estão todos preocupados, mas a nossa postura é esta, tentar fazer passar o regulamento, sossegar as pessoas e mostrar o nosso apoio.

Como está o investimento na hotelaria no Porto, cidade que também tem ganho vários novos hotéis? É previsível que esse investimento continue este ano?
Neste momento, temos 81 novos licenciamentos de hotéis para construção. Não serão hotéis que vão nascer todos este ano, porque, depois, ainda há o prazo de construção, mas esse investimento continua a crescer e a maioria é hotéis de quatro e cinco estrelas, o que nos deixa confiantes de que é este o caminho que temos de seguir.

Quais são as expectativas para o resto do ano, nomeadamente para o verão?
As expectativas são boas, até porque somos uma cidade e não temos a questão da sazonalidade, estamos preocupados em atrair eventos de grande posicionamento, como o Comic Com, que voltámos agora a ter, e outros eventos de grande destaque internacional.

Por outro lado, vamos promover projetos da própria cidade e tracionais, que sejam capazes de manter a visita das pessoas ao longo de todo o ano. Mas, de facto, desde janeiro as coisas têm corrido bem.

Também temos programas e conseguimos atrair um turismo mais sénior porque somos uma cidade de cultura e arquitetura. Temos feito isso com parceiros da cidade para que isto aconteça com alguma harmonia.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Transportes

TAP perde quota nos aeroportos nacionais

Os dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil, referente ao 2.º trimestre deste ano, dão conta que a TAP viu a sua quota – em movimentos e passageiros transportados – cair em todos os aeroportos nacionais.

Publituris

O Boletim Estatístico Trimestral (2.º trimestre de 2023) da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) revelam que a TAP registou uma quebra no número de movimentos, bem como de passageiros transportados face ao primeiro trimestre do presente exercício.

Assim, em Lisboa, a TAP viu a quota no número de movimentos passar de 51% para 50%, enquanto no número de passageiros transportados a quebra é de 47% para 44%.

Mas não somente a companhia aérea nacional a ver a quota a baixar, já que também Ryanair e easyJet registaram quebras em ambos os parâmetros analisados.

Isto numa indicação que mostra, relativamente às 10 maiores companhias, que, tanto em número de movimentos como de passageiros houve uma ligeira subida de 80,3% para 81% e 78,8% para 80,5%, respetivamente, no aeroporto de Lisboa do 2.º trimestre de 2022 para o mesmo período de 2023.

No Porto, onde a Ryanair é dominante, a companhia liderada por Michael O’Leary viu as duas quotas em análise aumentarem ligeiramente, passando de 31% para 32% (quota de mercado no número de movimentos) e de 36% para 37% no que diz respeito ao número de passageiros transportados.

A easyJet, revela a ANAC, caiu de 17% para 14% e de 17% para 15%, nos dois parâmetros analisados e que comparam o 1.º e 2.º trimestres do presente ano.

No caso da TAP, no número de movimentos, os dados mostram uma quebra de 15% para 13%, quando nos passageiros transportados no aeroporto do Porto a companhia aérea passa de uma quota de 14% para 11%.

Também em Faro é a Ryanair que domina, tanto em movimentos como passageiros. Se no 1.º trimestre deste ano a companhia aérea irlandesa representava 32%, já no segundo trimestre, a quota subiu para 33%. E no número de passageiros, a subida foi, igualmente, de um ponto percentual (p.p.), passando de 36% para 37%.

Destaque a sul para a performance da Jet2 que subiu em 2 p.p. a sua quota: nos movimentos passa de 7% para 9% e nos passageiros, de 9% para 11%.

Nas ilhas, embora mantenha a quota no número de passageiros transportados (21%), no número de movimentos a TAP tem uma quebra de 2 p.p., passando de 22% para 20%. A Ryanair cai no número de movimentos (passa de 15% para 14%), mas mantém os 17% no número de passageiros. A easyJet mantém a quota em ambos os parâmetros, com 14% e 15%, respetivamente.

Finalmente, em Ponta Delgada, onde a SATA Air Açores domina o mercado, a companhia aérea açoriana viu a quota no número de movimentos aumentar em 9 p.p., passando de 43% para 52%, registando, igualmente, uma performance positiva no número de passageiros transportados, passando de 24% para 26%.

Já a SATA International, faz um caminho inverso, ou seja, de descida. No número de movimentos passa de 31% para 26% e no número de passageiros, passa de 42% para 39%.

A Ryanair é a terceira “força” em Ponta Delgada, embora perca quota. Nos movimentos cai de 13% para 9% e no número de passageiros, cai de 19% para 15%.

Nos Açores, a TAP mantém a quota no número de passageiros transportados (15%), mas cai no que concerne o número de movimentos, descendo um p.p., de 9% para 8%.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Aquecimento global levará a uma perda de turistas no Sul da Europa

Que o aquecimento global e as alterações climáticas são um problema com que todos devem estar preocupados, é um facto. Agora, um relatório recente da JRC mostra os impactos destes fenómenos para o turismo na Europa. E o cenário não é nada bom para os países do Sul.

Victor Jorge

Um estudo recente do Joint Research Centre (JRC), organismo de pesquisa da Comissão Europeia, dá conta que, devido ao aquecimento global, no futuro, poder-se-á registar uma troca nos fluxos turísticos de Sul para Norte.

O JRC simulou como a procura regional europeia será alterada sob futuras alterações climáticas utilizando os dados de variáveis climáticas de 10 modelos climáticos regionais. Os impactos são estimados para as metas de aquecimento global estabelecidas nas metas do Acordo de Paris (1,5°C e 2°C), bem como para dois níveis de aquecimento mais elevados (3°C e 4°C).

Assim, enquanto se prevê que as regiões do Mediterrâneo e do Sul da Europa registem uma queda considerável no volume de turistas (ou seja, no número total de dormidas) devido às alterações climáticas, as regiões em latitudes mais elevadas registarão um aumento global na procura turística.

Com um aquecimento de 1,5°C, prevê-se que a maioria (80%) das regiões europeias seja afetada pelas alterações climáticas apenas numa proporção bastante pequena, oscilando o fluxo de turistas que visitam essas regiões entre -1% e +1%. Estima-se que o declínio mais elevado ocorra no Chipre (-1,86%), enquanto o aumento máximo poderá ocorrer numa região costeira da Finlândia (+3,25%). Os resultados são bastante semelhantes ao cenário de aquecimento de 2°C.

Já nos cenários de aquecimento de 3°C e 4°C, prevêem-se mudanças significativas nos padrões de procura para a Europa, surgindo um claro padrão Norte-Sul. Estima-se, por isso, que as regiões da Europa Central e do Norte se tornem mais atrativas para atividades turísticas durante todo o ano, em detrimento das áreas do Sul e do Mediterrâneo.

Num cenário de aquecimento global de 4°C, prevê-se que 80% das regiões a Norte aumentem a sua procura turística em relação a 2019. As indicações apontam para taxas de crescimento superiores a 3% no número de dormidas para um total de 106 regiões.

Por outro lado, prevê-se que 52 regiões europeias na Bulgária, Grécia, Chipre, Espanha, França, Itália, Portugal e Roménia percam fluxos turísticos em relação ao presente.

“As regiões costeiras e insulares são conhecidas por serem altamente vulneráveis aos impactos das alterações climáticas e isto também é confirmado pela nossa análise, onde se prevê que as regiões costeiras enfrentem os impactos mais elevados na procura turística nos cenários de maior aquecimento”, referem os autores do relatório.

Assim, quando se olha para variações superiores a +/- 5% no número de dormidas em relação ao ano base (2019), 63% das regiões europeias afetadas são zonas costeiras, destinos que também são simulados para experimentar as perturbações máximas na procura turística, ou seja, +16% no Oeste do País de Gales e -9% nas Ilhas Jónicas Gregas, num cenário de aquecimento global extremo.

A conclusão da JRC estimam que as maiores perdas (<-5%) estão projetadas nas regiões de Chipre, Grécia, Espanha, Itália e Portugal, enquanto os ganhos mais elevados (>+5%) estão distribuídos pela Alemanha, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Países Baixos, Suécia e Reino Unido.

Para além da redistribuição geográfica, prevê-se também que os padrões sazonais do turismo europeu se alterem consideravelmente, com os meses de verão a tornarem-se menos atrativos, enquanto as “shoulder season” e de inverno serão mais apelativas à medida que as condições climáticas melhorarem.

Por isso, a conclusão é simples: “os países do Sul enfrentam reduções na procura turística em todos os cenários de aquecimento global, com quedas consideráveis no Chipre, Grécia, Espanha e Portugal”, enquanto os países da Europa do Norte e Central são os “beneficiados” com uma maior procura turística.

Foto crédito: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Transportes

Norwegian passa de lucros a prejuízo no 1.º semestre

A companhia aérea norueguesa apresentou os seus resultados trimestrais. Se no trimestre há uma descida, no acumulado dos primeiros seis meses o cenário não é melhor.

Publituris

A Norwegian apresentou, no segundo trimestre de 2023, um lucro de 537 milhões de coroas norueguesas (cerca de 46 milhões de euros), correspondendo a uma descida de 57% face aos 1.248 milhões de coroas norueguesas (cerca de 108 milhões de euros) obtidas em igual período de 2022.

No que toca aos resultados operacionais, a companhia aérea norueguesa revela que obteve um valor de 6.871 milhões de coroas norueguesas (cerca de 595 milhões de euros). Isto representa um acréscimo de 41% face às 4.868 milhões de coroas norueguesas (mais de 422 milhões de euros).

Já no acumulado do ano – de janeiro a junho de 2023 – a companhia refere que registou um prejuízo de 455 milhões de coroas norueguesas (39,5 milhões de euros), contra as 217 milhões de coroas norueguesa (perto de 19 milhões de euros) de período homólogo de 2022.

Tal como no segundo trimestre, também no primeiro semestre os resultados operacionais aumentaram, passando de 6.784 milhões de coroas norueguesas (588 milhões de euros) para 10.846 milhões de coroas norueguesas (pouco mais de 940 milhões de euros) na primeira metade do ano de 2023, correspondendo a uma subida de 60%.

Relativamente aos passageiros, tanto no segundo trimestre como no primeiro semestre de 2023, a Norwegian registou uma subida face aos mesmos períodos de 2022. Se no segundo trimestre passou de 4,96 milhões para 5,6 milhões, correspondendo a um crescimento de 13%, no acumulado dos primeiros seis meses essa evolução foi de 31%, o que equivale passar de 7,18 milhões para 9,41 milhões de passageiros transportados.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Elisabete Pedrosa, diretora de Operações da YOU Tour Operador

YOU Tour Operador: Muito mais do que os tradicionais pacotes de viagens

A YOU Tour Operador, empresa com sete anos de existência, assume que tem continuado o seu caminho, à sua maneira, e a crescer em volume de vendas, à sua medida e de forma consistente, apostando em oferecer ao mercado produtos feitos à medida, que vão para além dos tradicionais pacotes de viagens. Quem o diz é a sua diretora de Operações, Elisabete Pedrosa, em conversa com o Publituris.

“Temos continuado com o nosso caminho, a crescer devagarinho e de uma forma consistente, tentando fazer aquilo que gostamos mais que são criar viagens há medida que hoje em dia cada vez menos os operadores turísticos têm tempo para fazer”, confessa Elisabete Pedrosa, diretora de Operações da YOU Tour Operador, ao PUBLITURIS.

Defende que os operadores turísticos maiores acabam por ter um volume muito grande de trabalho e estas viagens à medida são coisas que demoram a montar, mas “é o que nós gostamos e enveredámos por aí”. Para além disso, também vende através do seu site.

Elisabete Pedrosa refere que o que carateriza também este operador turístico é “uma grande proximidade com as agências de viagens. Gostamos que elas telefonem, gostamos de discutir as coisas, discutimos tudo o que nos pedem e damos a nossa opinião. Nem sempre o nosso é o produto mais barato no mercado, temos consciência disso, mas o facto é que damos garantia daquilo que fazemos. É realmente assim que estamos a tentar levar a empresa”.

A responsável sublinha que a YOU é um pequeno operador. “Somos muito pequeninos, não trabalhamos para o volume, não temos charters, são só produtos e ofertas mais personalizadas”.

Aposta nos destinos do Oriente e de longo curso
O site do operador turístico tem carregado praticamente todos os produtos que programa e que passa por uma aposta nos destinos do Oriente e em viagens de longo curso, “vendemos muito o Vietname, a Tailândia, (voltámos a vender depois da pandemia e da reabertura da Ásia), continuamos a vender bem as Maldivas, e alguns destinos mais diferenciados que nos podem para montar”, disse a diretora de Operações da YOU, para acrescentar que “quando são pedidos mais complicados as agências de viagens entram em contacto connosco e nós fazemos”.

Explicou que “a base da nossa programação e do nosso negócio são individuais, e vendemos muito o segmento famílias, mas também fazemos grupos. Ainda recentemente tivemos dois grupos para a Turquia. Também temos alguma coisa para o Uzbequistão que se está a vender bem. Embora não seja propriamente uma novidade porque já o ano passado o vendemos, mas este ano as pessoas descobriram esses destinos dessa zona do mundo e têm pedido. Os circuitos nos Estados Unidos são outro produto com bastante saída”, referiu.

No que diz respeito a novidades para a próxima época, Elisabete Pedrosa indicou que “gostava de ter alguma coisa sobre o Brasil sem ser praias porque, o país tem muito que ver sem ser praias. Estamos a estudar essa hipótese e, em princípio, no próximo inverno devemos lançar algum produto para aquele destino”. Em relação ainda a novos produtos, a responsável disse que “não irão surgir propriamente novos destinos, mas alguns combinados nos que já programamos, até porque já há muito pouco para inventar”.

Esclareceu que o Irão era um destino que o operador vendia bem, parou completamente devido a alguma instabilidade. No entanto, disse, “apesar de todos os problemas que Israel sempre teve, continuamos a vender bem o destino, bem como os combinados também com a Jordânia”.

A diretora de Operações da YOU salientou que, do conjunto de destinos que programam, os mais apetecíveis no mercado português são o Vietname e Camboja, Islândia, Israel e Jordânia, as Maldivas “e depois coisas diferentes. Neste momento estou a preparar um Alasca – numa viagem de mais de um mês, e há pouco tempo fiz uma volta ao mundo que durou cerca de dois meses. São tipos de viagens diferentes”.

Objetivo é aparecer mais
A YOU Tour Operador tem vindo a fazer-se representar nas convenções dos grupos de gestão das agências de viagens em Portugal. “Temos de aparecer de alguma maneira. Enquanto o João Raposo – proprietário da empresa – não decidir o que quer fazer e se quer realmente que o operador cresça para outra dimensão, nós temos de ir aparecendo porque os grupos de gestão das agências de viagens são muito importantes para nós. Vendemos para a rede GEA, para a Airmet, portanto temos de estar presentes quando fazem as suas convenções porque temos de conhecer os nossos clientes que são as agências de viagens. Não vendemos ao público diretamente, só às agências de viagens. Tem a ver com a nossa cultura e a nossa maneira de estar.”, defendeu

A responsável salientou que “as agências de viagens gostam de trabalhar connosco, temos vindo a ganhar agências novas que experimentam os nossos produtos e os nossos serviços e continuam. Por isso digo, vamos aparecendo nessas convenções, vamos enviando as nossas newsletters chamando a atenção para produtos que vamos lançando, que se estão a vender mais, ou a vender menos. É a nossa maneira de fazer uma promoção mais direcionada para um determinado produto”.

Elisabete Pedrosa aponta que “pelo tipo de destinos que programamos somos um operador de ano inteiro e até vendemos mais fora do verão, porque nessa altura do ano é mais aquele público do charter e das praias”.

Na opinião da responsável, “não entraríamos nos produtos charter, mas a última decisão é sempre do dono da empresa. Para já não, e até agora tem-nos ouvido. A ideia é continuarmos em carreiras regulares e a programar estes destinos diferentes”.

Gostava de conseguir chegar a mais agências de viagens, principalmente algumas no mercado que sei que têm clientes para nós, para este tipo de viagens”

Quanto a allotments, como a empresa oferece destinos muito diversificados num mesmo programa, e que muitas das vezes obriga a voar em mais do que uma companhia aérea, é difícil ter bloqueios de lugares, a não ser em situações pontuais, principalmente no fim de ano.

Vendas já superam todo o 2022
A responsável sublinha que “pessoalmente gostava que a empresa crescesse um pouco mais e que desse aquele salto que acho que faz falta, mas não depende de mim e nem dos profissionais que a compõem. Não gostaríamos nunca de ser um operador turístico muito grande. Não fazemos concorrência a ninguém e não é essa a nossa intenção, mas gostava que crescêssemos mais um pouco, ou seja, aparecendo mais e chegar a mais agências de viagens”.

Acrescentou que “se continuamos a crescer em vendas, se as agências de viagens experimentam e continuam a comprar é porque acreditam em nós e no nosso produto”, considerou a responsável, realçando que “gostava de conseguir chegar a mais agências de viagens, principalmente algumas no mercado que sei que têm clientes para nós, para este tipo de viagens”.

Elisabete Pedrosa acredita que “este tipo de viagens que organizamos tem vindo a crescer no mercado, há poder de compra e clientes para isso em Portugal. Há mercado para isso e há espaço para crescer”, revelando que “neste momento, em finais de maio, já vendemos tanto como em todo o 2022 e, o ano passado, já tínhamos vendido mais do que o 2019. Então não nos podemos queixar”.

Crédito: Depositphotos.com

“Be Better Be You”
Com o slogan “Be Better Be You”, a YOU assume-se como um operador turístico com vasta oferta de destinos e produtos turísticos, culturais e de lazer, dando especial atenção a tudo o que é “tailor made”.

Apresenta-se no seu site como tendo “uma equipa dinâmica, profissional, com vasta experiência no setor das viagens” e preparada para dar todo o apoio que os seus clientes, os agentes de viagens, necessitam.

“É por sabermos exatamente para onde nos direcionamos e onde focamos a nossa atividade, que o produto YOU é flexível, adaptável e ajustável. Desta forma conseguimos alcançar o nosso principal objetivo: Ajudar os agentes de viagens a satisfazer os desejos dos seus clientes”, indica o operador turístico.

NOVIDADES YOU

• Singapura e Malásia
• Azerbaijão
• Dubai & Abu Dhabi Parks | Legoland e Warner
• Sri Lanka | 5 noites – com percurso de comboio
• Dubai e Abu Dhabi | Al Wathba e St. Regis
• Ilha de Guadalupe
• Maravilhas do Equador
• São Francisco, Tahiti e Moorea

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Hotelaria

Pedro Ribeiro assume direção de Marketing e Vendas do grupo Vila Galé

A partir de 1 de setembro, Pedro Ribeiro assume a direção de Marketing e Vendas do grupo Vila Galé.

Publituris

O grupo Vila Galé contratou Pedro Ribeiro como novo diretor de Marketing e Vendas.

Assumindo funções a partir de 1 de setembro, Pedro Ribeiro foi até recentemente diretor comercial na Dom Pedro Hotels & Golf Collection, rede onde anteriormente tinha também liderado o departamento de Vendas e Marketing do Dom Pedro Laguna, no Brasil, e a área de vendas em Portugal.

Detendo um curso superior em Gestão Hoteleira e formação em Strategic Marketing for Hotel & Restaurants e Revenue Management pela Cornell University, Pedro Ribeiro soma ainda várias distinções ao longo da sua carreira. Em 2019, conquistou o Prémio Networking Empresarial em Portugal e no Brasil, que premeia a excelência e empreendedorismo. Já em 2018, foi considerado Personalidade Líder de Turismo no Brasil. E em 2016 e 2013 ganhou o galardão de melhor diretor comercial, de Marketing e Vendas de Portugal, atribuído pela Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal.

Pedro Ribeiro é ainda membro da administração da Fundação Luso Brasileira e fundador e coordenador da Portugal United, associação de promoção turística lançada em 2005, que hoje reúne mais de 15 empresas.

Em comunicado, Pedro Ribeiro afirma que “é uma honra e um desafio assumir a Direção Geral das áreas de Marketing e Vendas do Grupo Vila Galé. Tratando-se da segunda maior rede hoteleira de Portugal e da maior rede de resorts do Brasil, ainda com planos de abertura em outros destinos, será motivador contribuir para o desenvolvimento e notoriedade de uma marca portuguesa nos mercados internacionais, sem esquecer os dois maiores mercados do Grupo Vila Galé, o português e o brasileiro aos quais continuaremos a dar muita atenção”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Airbus e Boeing entregam 556 aeronaves novas no primeiro semestre com vantagem para fabricante europeu

As duas maiores fabricantes de aviões do mundo entregaram, no primeiro semestre de 2023, 556 aeronaves. Companhias norte-americanas e europeias lideram compras.

Victor Jorge

Nos primeiros seis meses de 2023, Airbus e Boeing entregaram 556 aviões comerciais a companhias aéreas, constituindo um novo recorde, avança a Cirium.

Segundo as contas da consultora, a Airbus entregou 314 aviões, enquanto a fabricante norte-americana entregou as restantes 242 aeronaves.

A análise revela ainda que 34% das encomendas entregas pela Airbus foram para locadores, um crescimento de seis pontos percentuais (p.p.) face a 2022. Já a Boeing viu um decréscimo na entrega das suas aeronaves a locadores, passando esta quota de 22%, no primeiro semestre de 2022, para 12% no primeiro semestre do atual exercício.

Isto faz com que, no total, 25% das entregas de aeronaves no período analisado foram para locadores, menos um p.p. face a igual período de 2022 e 2018.

As companhias aéreas norte-americanas lideram a receção das aeronaves dos dois fabricantes, recebendo 32% do total, quando em igual período de 2022, esse valor era de 29%. Já a Europa recebeu 29% das aeronaves entregas nos primeiros seis meses de 2023, uma subida face aos 26% de período homólogo do ano passado.

A terceira região a receber mais aviões Airbus e Boeing, nos primeiros seis meses de 2023, foi a Ásia-Pacífico (excluindo a China), com um total de 15%, representando uma descida face aos 18% recebidos no primeiro semestre de 2022.

A China, por sua vez, também viu a sua quota de receção de aviões por parte dos dois fabricantes decrescer, já que, se em 2022 recebeu 11% das encomendas no primeiro semestre, no mesmo período, mas em 2023, recebeu 9% do total produzido e entregue.

Quando analisada a entrega de aviões a não locadores, a Boeing lidera claramente, já que, nos primeiros seis meses de 2023, 69% das entregas foram diretamente para as companhias aéreas, enquanto na Airbus esse valor não vai além dos 33%.

Foto crédito: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Transportes

Movimento aeroportuário em Moçambique cresceu quase 30% em 2022

Os aeroportos e aeródromos de Moçambique movimentaram mais de 1,6 milhão de passageiros em 2022, um aumento de 29,7% face ao ano anterior, mas ainda abaixo do registado no período anterior à pandemia de covid-19.

Publituris

De acordo com o relatório e contas da empresa Aeroportos de Moçambique, foram movimentados em todo o ano passado 56.320 voos, mais 25,6% face a 2021, gerando um tráfego de 1.658.962 passageiros, que apesar do forte crescimento ainda está 20,2% abaixo dos números registados no período pré-pandemia (2.540.025 passageiros em 2019).

A empresa estatal que gere os aeroportos moçambicanos justifica este crescimento com o incremento dos voos comerciais domésticos da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e da Archipelago Charts, bem como nas ligações internacionais, pela LAM, SA Airlink e Ethiopian Airlines.

A empresa sublinha que a sul-africana SA Airlink introduziu em 2022 uma nova rota entre Maputo e a Cidade do Cabo, com uma aeronave Embraer 145 e que se registou também um “aumento” na procura de voos para destinos turísticos: “Com maior expressão de procura por Benguerra [arquipélago de Bazaruto, província de Inhambane], passando a ocupar o top 3 em 2022”.

A empresa tem a gestão dos três aeroportos internacionais do país (Maputo, Beira e Nacala), dos seis aeroportos principais e de “entrada regional” (Nampula, Pembe, Tete, Quelimane, Vilankulo e Filipe Jacinto Nyusi), de três aeródromos secundários e oito pequenos aeródromos.

A Aeroportos de Moçambique empregava em 31 de dezembro de 2022 um total de 843 trabalhadores.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Illuminated hotel sign taken at night

Hotelaria

Portugal tem 127 hotéis em projeto ou construção. Reino Unido e Alemanha lideram ranking

O Reino Unido e a Alemanha lideram, na Europa, os projetos de construção de hotéis com 322 e 211 unidades, respetivamente. Portugal aparece com 127 unidades projetadas ou em construção.

Victor Jorge

De acordo com o Lodging Econometrics (LE), existem, na Europa, 1.715 hotéis em projeto ou em construção, equivalendo a cerca de 256 mil quartos, no final do segundo trimestre de 2023.

Desse total, segundo as contas, 776 estão já em construção, perfazendo 118.400 quartos, indicando a análise feita pela LE que existem mais 404 projetos prontos a arrancar nos próximos 12 meses, no que acrescentará mais 61.842 quartos ao universo existente. Além disso, existem ainda mais 535 projetos que se encontram numa fase adiantada de arranque, o que equivale a mais 76.336 quartos.

Este ranking, concluído no final do segundo trimestre de 2023, é liderado pelo Reino Unido, com um total de 322 projetos/45.181 quartos, seguindo-se a Alemanha, com 211 projetos/34.981 quartos, e França com 132 projetos/14.869 quartos.

Portugal aparece em quarto lugar, indicando a LE que existem 127 hotéis projetados que acrescentarão mais 15.446 quartos ao universo existente.

A Turquia aparece em quinto lugar nesta análise europeia, com 107 projetos e 15.670 quartos.

Contas feitas, estes quatro países são responsáveis por 52% de todos os hotéis em projeto ou em construção, salientando a LE que o Reino Unido, Alemanha, França, Portugal e Turquia “deverão manter a liderança na construção de hotéis a abrir até 2025”.

Analisando o panorama por cidades, Londres aparece com 82 projetos/14.767 quartos, seguida de Istambul com 42 projetos/7.222 quartos.

Já a cidade de Lisboa surge em terceiro lugar com 37 hotéis em projeto ou em construção, representando 4.262 quartos, seguida de Dublin com 32 projetos/6.173 quartos e a cidade alemão de Düsseldorf com 31 projetos/5.669 quartos em quinto lugar.

Relativamente aos grupos hoteleiros que mais hotéis têm em projeto ou em construção, destaque para a Accor, com 276 projetos/36.909 quartos, seguida da Hilton com 202/28.825 quartos. Nas posições seguintes aparecem a Marriott International (178 projetos/27.142 quartos), IHG Hotels&Resorts (143 projetos/19.108 quartos e o Radisson Hotel Group (59 projetos/11.452 quartos). Estes cinco grupos representam 50% de todos os hotéis projetados e em construção na Europa.

Ainda no campo dos grupos hoteleiros, mas relativamente às marcas detidas pelos mesmos, a Ibis lidera com 91 projetos/10.773 quartos, seguindo-se Hampton da Hilton com 71 projetos/10.345 quartos, Holiday Inn Express com 45 projetos/6.129 quartos e os Moxy da Marriott com 38 projetos/6.091 quartos.

A análise revela ainda que, no primeiro semestre de 2023, abriram, na Europa 150 novos hotéis com 20.027 quartos, esperando-se que até ao final do presente ano sejam inaugurados mais 265 hotéis, correspondendo a 35.491 quartos.

No futuro, a LE indica a abertura de mais 381 hotéis/51.708 quartos, em 2024, e mais 365 hotéis/56.094 quartos, em 2025.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.