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Ultimam-se os preparativos para entrega oficial do MSC Euribia a 31 de maio

O MSC Euribia concluiu com sucesso os seus testes de sistemas intensivos em águas profundas durante um ensaio de quatro dias no Oceano Atlântico, e entra na fase final de preparação para a temporada inaugural no Norte da Europa.

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O segundo navio movido a gás natural liquefeito (LNG) da MSC Cruzeiros, o MSC Euribia, concluiu com sucesso os seus testes de sistemas intensivos em águas profundas durante um ensaio de quatro dias no Oceano Atlântico, e vai receber os retoques finais no estaleiro Chantiers de l´Atlantique em Saint Nazaire, França, antes de ser oficialmente entregue à companhia, a 31 de maio.

O MSC Euribia será o 22.º navio da MSC Cruzeiros a juntar-se à sua frota e poderá acomodar até 6.327 passageiros. O navio será nomeado oficialmente a oito de junho em Copenhaga, na Dinamarca, para então iniciar a sua temporada inaugural no Norte, oferecendo itinerários de sete noites de Kiel, Alemanha, e Copenhaga, Dinamarca, para os fiordes noruegueses, incluindo Geiranger, Ålesund e Flaam.  Nos itinerários do MSC Euribia, bem como nos do MSC Poesia, a MSC Cruzeiros disponibiliza um pacote especial que inclui voos Lisboa-Copenhaga-Lisboa, dando assim a oportunidade aos passageiros de ficar a conhecer a capital dinamarquesa e navegar a bordo de um dos dois navios.

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Foto: Victor Machado (Bluepeach)

Destinos

“O setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais”

Na véspera de se comemorar mais um Dia Mundial do Turismo, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) coloca, na sua conferência anual, o ênfase na coesão territorial. Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social”. Quanto à “velha questão” do aeroporto, “se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo”.

Victor Jorge

“O Turismo como Fator de Coesão Nacional” é o tema central que a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) leva a debate, no próximo dia 27 de setembro, na Conferência do Dia Mundial do Turismo, que se realiza no Algarve.

O jornal PUBLITURIS falou com Francisco Calheiros, presidente da CTP, a propósito deste evento e tema, admitindo que “o Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona”.

Com os dados referentes à atividade turística em Portugal a estarem “em linha com o que era expectável para este ano”, Francisco Calheiros pede uma “redução da carga fiscal existente” e “apoio à recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra”.

Quanto ao novo aeroporto, “nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país”, frisa Francisco Calheiros.

A CTP celebra, mais uma vez, o Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 de setembro com a Conferência “Turismo – Fator de Coesão Nacional”. Que importância tem, de facto, o turismo para uma maior coesão nacional e como poderá contribuir para essa coesão?
O Turismo continua a ser um importante motor da economia portuguesa, sendo mesmo a atividade económica mais exportadora de Portugal, representando cerca de 20% do total de exportações de bens e serviços. Isto deve-se em grande parte ao efeito multiplicador do Turismo, já que é uma atividade que fomenta o desenvolvimento de muitos outros setores espalhados pelo país, sendo gerador de desenvolvimento social e económico. E se antes o Turismo estava centralizado em algumas regiões específicas, atualmente a oferta turística é muito mais diversificada, abrangendo praticamente todo o território, sendo por isso fator de coesão nacional.

E de que forma é que um país mais coeso territorialmente poderá beneficiar o setor do turismo nacional?
O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona. Quando se fala de coesão territorial, deve ter-se em conta um acesso mais equilibrado aos instrumentos que permitam o desenvolvimento de uma região, neste caso turisticamente, que é aquilo a que já assistimos atualmente, nomeadamente como fruto do trabalho das Entidades Regionais de Turismo que têm feito um trabalho excelente na promoção dos produtos turísticos locais e regionais, assim como na captação de novos investimentos turísticos. Este é um trabalho que deve continuar a ser feito, com o recurso a apoios como aqueles que foram anunciados recentemente pelo secretário de Estado do Turismo. Estes apoios são necessários para ajudar o esforço de investimento que é feito pelos privados, mas deve ter-se em conta que, em relação aos apoios, se devem flexibilizar as regras de acesso e a utilização das verbas para que depois não fiquem por executar.

O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona

Em diversos fóruns temos ouvido que o importante é dar relevância à descentralização e levar o turismo para o Interior do país. A questão é saber se este Interior está preparado e tem as infraestruturas necessárias para receber os turistas no número que se pretende?
Há mais de um século que o Turismo tem vindo a promover e a desenvolver a sua organização administrativa, sendo a única atividade económica que se encontra descentralizada e regionalizada no nosso país, curiosamente no seu início até por iniciativa privada, a que mais tarde o Estado se vem associar. E hoje há como que uma parceria público-privada no terreno, e em todo o território nacional, através da articulação funcional e operacional entre as Entidades Regionais de Turismo (direito público) e as Agências Regionais de Promoção Turística (direito privado).

Especificamente, tal como pergunta, o interior está hoje muito mais preparado e a prova disso é a muita oferta e de qualidade que está a dar resposta à crescente apetência dos turistas por estas zonas do País. Veja-se também como para além do investimento de empresas locais, atualmente os grandes grupos hoteleiros estão cada vez mais a apostar no interior do país, o que claramente acrescenta valor a estas regiões e as aproxima dos índices daqueles que têm sido os destinos turísticos mais tradicionais. Ou seja, aqui está mais um fator de como o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social.

Que infraestruturas ainda estão em falta para levar mais turistas para o Interior do país e obter a tal coesão territorial?
A questão que coloca não se resume exclusivamente às infraestruturas, mas estende-se também a equipamentos e às condições mobilidade e atratividade de recursos humanos.

Quanto às primeiras, diria que uma maior aposta e modernização da rede ferroviária que potencie a fluidez dos visitantes pelo território do interior em articulação com as portas aeroportuárias de entrada no país.

Relativamente aos equipamentos, a questão fundamental reside em disponibilizar mais e melhor oferta em termos de habitação para quem se desloque para trabalhar no interior, cujo único esforço de momento está a ser feito pelos privados na medida das suas possibilidades, sem qualquer apoio do Governo. Seria também necessário o reforço de equipamentos que permitam a deslocalização de grandes eventos.

Por último, no que aos recursos humanos diz respeito, será necessário acuar a nível da capacitação na mobilidade e atracção de talentos profissionais para o interior.

Esse desenvolvimento territorial está dependente de apoios ou existe capacidade para os privados liderarem esse processo?
Como é óbvio, há medidas estruturais que não dependem apenas dos privados, pelo que o poder central tem um papel importante no apoio ao reforço da atratividade do interior do país.

Em maio deste ano, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, anunciou a Agenda do Turismo do Interior, no valor de 200 milhões de euros. Esperemos que exista, ao contrário de outros programas de apoio, noutros anos, uma maior flexibilização no acesso e na aplicação destas verbas, para que possam ser céleres e efetivos os investimentos realizados com o apoio dos valores deste programa de incentivo.

A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses

O que foi e será 2023
Estamos praticamente no final do verão de 2023. Como interpreta os números que têm sido divulgados relativamente ao turismo nacional?
As dormidas aumentaram 18,8% de janeiro a junho em relação ao 1.º semestre de 2022, aumentando 11% em relação ao 1.º semestre de 2019, ano antes da pandemia. Também no primeiro semestre tivemos um aumento das receitas, sendo que segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC), o Turismo deverá contribuir com perto de 40 mil milhões de euros para a economia portuguesa até ao final de 2023.

São dados que confirmam que a atividade turística continua a crescer de forma sustentável e o que faz antever que este será um dos melhores anos de sempre do Turismo em Portugal.

Estes têm estado em linha com o que era esperado?
Sim, são dados que estão em linha com o que era expectável para este ano.

Ao nível dos mercados, tem-se registado um aumento de alguns mercados externos (EUA, Canadá, Reino Unido), mas registam-se decréscimos de mercados como a Espanha, Finlândia, Bélgica, Alemanha, Brasil. A que se deve este facto?
Desde logo, o aumento de alguns mercados externos como os que refere deve-se por um lado à estratégia de promoção que tem sido seguida pelos privados, em linha com a estratégia nacional de promoção do Turismo português que tem sido realizada no exterior, assim como, por exemplo, em relação aos Estados Unidos, à estratégia de promoção da TAP.

Por outro lado, há que ter em conta a diversidade e qualidade da oferta turística nacional, que passou a ser apetecível por turistas que decidiram alterar os seus destinos de férias, nomeadamente porque desejaram encontrar uma alternativa a mercados para onde antes iam passar férias, mas que são atualmente destinos menos seguros ou que estão junto a zonas do globo próximas de conflitos, de instabilidade social ou que estão a sofrer mais consequências das alterações climáticas.

O que é certo é que estes turistas de mercados que não eram os tradicionais, começaram a vir para Portugal, gostaram, querem repetir a experiência e estão a aconselhar familiares e amigos a virem fazer férias para Portugal.

Os dados do INE mostram, igualmente, uma diminuição nas dormidas dos residentes. Esta realidade era já esperada, depois de alguns anos com as viagens limitadas?
A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses.

Penso que estamos perante uma situação pontual e que não é tão grave como se está a querer fazer parecer. O que aconteceu este ano, e sobretudo no mês de junho, é que houve um pouco de menos dormidas de portugueses, mas isto tem várias razões.

Por um lado, pela coincidência com algumas alterações que houve no calendário escolar e, por outro lado, porque as dificuldades financeiras das famílias, sobretudo para fazer face aos créditos à habitação e aos maiores custos inerentes à subia da inflação, fizeram com que alguns portugueses optassem por não fazer férias fora de casa ou decidiram passar períodos de férias em estabelecimentos hoteleiros noutras regiões e por períodos de tempo menores do que fariam habitualmente.

Têm surgido algumas opiniões menos favoráveis relativamente aos preços praticados pelo turismo, nomeadamente, pela hotelaria nacional. Este aumento de preços não seria expectável, dada a atual conjuntura e aumento de preços de forma global?
O Turismo é uma indústria da paz, mas infelizmente depara-se ainda com uma conjuntura de guerra com os efeitos negativos que todos conhecemos, nomeadamente o aumento de custos com a energia, os combustíveis, a inflação em crescendo, os juros altos, pelo que era inevitável um aumento de preços.

A qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam

Portugal, se manter este aumento de preços poderá tornar-se num destino demasiado caro para o turista estrangeiro, capaz de fazer comparações com outros destinos e com outras ofertas existentes no mercado?
O que se verifica é que o aumento dos preços até não tem travado o número de turistas. Há um aspeto que temos de ter em conta, a qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam.

Desde o início da pandemia que os recursos humanos têm sido ponto central no desenvolvimento do turismo em Portugal. O que tem sido feito para colmatar esta lacuna? Fala-se muito em protocolos, inclusivamente, com outros países, mas, depois, na prática, o setor sofre com falta de pessoal. Tem sido dado passos para ultrapassar este desafio para os próximos tempos?
Sobre este tema, que nos continua a preocupar, referir-lhe o seguinte: há algo que não podemos esconder e é o facto de que é preciso criar melhores condições, desde logo em termos salariais, para atrair mão de obra. Não esquecer que o Turismo até tem sido dos setores que mais tem aumentado salários.

Mas sendo preciso oferecer ainda melhores salários, é também necessário que o Estado faça a sua parte reduzindo a carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. Todos ganharíamos. É que se os portugueses sentirem que têm melhores salários, mais facilmente virão trabalhar numa profissão de tanto valor como é o Turismo. E se os portugueses sentirem que têm mais dinheiro disponível, também gastarão mais nas férias e isso será bom para o Turismo e para o país.

Seria importante também avançar mais rápida e concretamente com o programa de valorização das profissões anunciado pelo Governo e reforçar a aposta no ensino de qualidade nas Escolas de Turismo.

Por outro lado, complementariamente, para ter mais recursos humanos, neste caso no Turismo, é preciso continuar a apostar na imigração, mas através de uma maior agilização dos processos. É preciso que a contratação seja feita de forma mais organizada, controlada e que o País crie as condições e tenha a capacidade de incluir os imigrantes na sociedade, desde logo, em termos da habitação. O Governo já tornou mais ágil alguma da legislação relativamente aos vistos, mas em termos práticos continua a existir demasiada burocracia.

Uma bola de cristal com aeroporto
Importante, para a CTP, tem sido, também, o debate sobre uma nova infraestrutura aeroportuária para a região de Lisboa. Conta ter uma decisão até final do ano de 2023?
Sinceramente era bom que assim fosse. Como tenho dito, esta é uma decisão política, por isso era bom que se decidisse depressa. No entanto, continuamos a perder demasiado tempo com tantos estudos, com análise de tantas opções. Tínhamos de avançar, mas não vejo avanços. Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país. Entretanto, neste momento, o valor perdido pela não construção do novo aeroporto já ultrapassa em muito os mil milhões de euros, de acordo com o contador da CTP.

Há algo de que não abdicamos, se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo.

Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país

Muitos têm apontado para o facto de a indústria da aviação sofrer alterações no futuro, com possibilidade de menos voos, transferindo-os para a ferrovia. Veja-se o caso em França com os voos com uma duração inferior a duas horas e meia. É mesmo necessário um “grande” aeroporto para a região de Lisboa?
Claro que é mesmo necessário um novo aeroporto! Desde há anos que é necessário um novo aeroporto. Continuamos a recusar slots todos os dias e como já referi, os custos de não ternos um novo aeroporto continuam a acumular-se.

O Turismo, como principal atividade económica do país, tem ainda muito para dar. Há ainda muito por onde podemos crescer. Há uma procura crescente do destino Portugal, pelo que esperamos nos próximos anos muitos mais turistas a querer visitar-nos, mas para isso temos de ter as melhores condições de os receber e isso passa, inevitavelmente, por termos um aeroporto maior, mais moderno e adaptado aos novos tempos, que garanta a prestação de um muito melhor serviço.

E atenção que não se prevê que sejam apenas mais turistas a virem para Portugal nos próximos anos. Há também toda a atividade de negócios e de grandes eventos que tem todo o potencial para crescer. Somos muitos bons a receber e a organizar grandes eventos e isso está nos olhos do mundo. Veja-se o exemplo da Jornada Mundial da Juventude.

As outras regiões – Porto e Norte, Algarve, ilhas, Centro – não necessitariam, igualmente, de atualizações ou novas infraestruturas aeroportuárias, indo ao encontro do “desenvolvimento territorial”?
Penso sinceramente que, a esse nível, o melhor complemento internamente às infraestruturas aeroportuárias existentes, ao novo aeroporto e às acessibilidades rodoviárias que já temos, seria sem dúvida um crescimento e modernização do sistema ferroviário nacional.

Abordada que foi a questão da ferrovia, esta não podia ou devia ser uma alternativa viável para o turismo, agora que a sustentabilidade e as preocupações ambientais estão, como nunca, na ordem do dia?
Sem dúvida que é importante. Não como alternativa, mas como complemento.

O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros

O que é que o Governo podia fazer mais pelo setor do turismo português? E que papel terão os privados no desenvolvimento do setor do turismo em Portugal?
Tenho frisado já várias vezes, que o setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais. Temos tido uma excelente parceria com as entidades públicas diretamente ligadas ao Turismo. O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros.

Por outro lado, os privados têm demonstrado ter um papel essencial no crescimento e na sustentabilidade da atividade turística.

Em geral, o Governo tem feito um caminho, que tem de continuar a fazer, no sentido de fortalecer o Turismo como principal atividade económica, sendo que o poder central o que pode fazer mais neste momento, seja pelos turistas, por quem trabalha ou quer trabalhar no Turismo e pelas empresas que atuam na atividade turística, é sem dúvida, por exemplo, reduzir a carga fiscal existente e apoiar a recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra.

Olhando para uma bola de cristal, o que vê para o ano de 2023, em termos globais, sabendo-se que ainda faltam mais de três meses para o final?
Prevejo que este seja um ótimo ano para o Turismo em Portugal. Que esta atividade vai continuar a ser o motor da economia portuguesa e espero que alguns dos dossiers em aberto que têm implicações diretas e indiretas no Turismo vejam finalmente a luz do dia.

Usando as suas palavras, dentro da bola de cristal que se veja o novo aeroporto.

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AHRESP deixa sugestões para o Orçamento de Estado de 2024

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) anunciou esta segunda-feira, 25 de setembro, as 21 medidas que propõe para o Orçamento de Estado de 2024, baseadas em três eixos estratégicos: fiscalidade; capitalização das empresas e apoio ao investimento.

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A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) anunciou esta segunda-feira, 25 de setembro, em comunicado, que “considera determinante que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) tenha presente a realidade das empresas da restauração, similares e do alojamento turístico e que contemple medidas focadas na sustentabilidade destes setores, que se revelaram decisivos na recuperação económica de Portugal no período pós-pandemia e que continuam a ser forte motor de desenvolvimento da economia portuguesa”.

Por essa razão, a associação propõe 21 medidas para o OE24 baseadas em três eixos estratégicos: fiscalidade; capitalização das empresas e apoio ao investimento. As propostas são feitas “tendo em conta o atual cenário inflacionista e a escalada na subida das taxas de juro, bem como nos custos de energia”, que a associação considera “que está a deteriorar a tesouraria das famílias, cuja quebra de consumo já se faz sentir de forma significativa nas atividades turísticas”.

Das medidas propostas ao Governo a AHRESP destaca “a aplicação temporária, pelo período de um ano, da taxa reduzida IVA a todo o serviço de alimentação e bebidas para a tesouraria das empresas”, bem como a “reposição integral da taxa intermédia do IVA no serviço de alimentação e bebidas”.

Outra das medidas propostas passa pela “redução da taxa social única (TSU) paga pelas empresas pelos rendimentos de trabalho dos seus colaboradores, para proporcionar a melhoria das condições salariais, captando e retendo talento nas empresas”. É ainda destacada a “dotação orçamental para as autarquias, destinada ao apoio às rendas para a habitação de imigrantes que comprovem vir trabalhar para as atividades [afetas à associação], de forma temporária, para o processo de instalação destes trabalhadores no nosso país”.

É ainda colocada em cima da mesa a “redução da taxa do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), em particular para as micro e pequenas empresas, a fim de se aumentar a competitividade das empresas nacionais face ao exterior e de se atrair investimento”.

Da lista de 21 medidas propostas constam ainda a “criação de mecanismos financeiros com vista à redução do endividamento das empresas, bem como promover a reposição dos capitais próprios até aos níveis pré-pandemia”, além do “apoio ao investimento em eficiência energética, eficiência hídrica e transição digital”.

A associação defende que estas medidas são propostas num contexto em que, “não obstante os crescimentos expressivos na atividade turística no acumulado entre janeiro e julho de 2023 face a 2019, certo é que milhares de empresas continuam a evidenciar estruturas financeiras frágeis e sobre endividadas”. Destaca também que, “além destas fragilidades, mantém-se o grave problema da falta de profissionais, sobretudo qualificados, para trabalhar nos setores da restauração e do alojamento”.

A AHRESP sente que a aproximação da época baixa “apresenta grandes desafios à sustentabilidade dos negócios, não só pela perda do poder de compra dos consumidores que se reflete na faturação dos estabelecimentos, como devido aos aumentos dos preços das matérias-primas, muito acima do que tem sido a atualização dos preços de venda”. Por todas as razões elencadas, “assim como das previsões das entidades internacionais de fraco crescimento económico”, a AHRESP apresenta a lista de 21 medidas ao Governo que pode ser consultada na totalidade através do link.

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Delta Air Lines retoma voos entre Lisboa e Boston em maio de 2024

Com a retoma dos voos entre Lisboa e Boston, em maio de 2024, a Delta Air Lines vai operar, no verão do próximo ano, 14 voos/semana entre Portugal e os EUA, oferecendo até 430 lugares diários.

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A Delta Air Lines anunciou que vai retomar, em maio de 2024, os voos sem escalas entre Lisboa e Boston, nos EUA, numa operação diária que vai complementar os voos diários entre a capital portuguesa e Nova Iorque-JFK, que decorrem ao longo de todo o ano.

Num comunicado enviado à imprensa esta segunda-feira, 25 de setembro, a Delta Air Lines lembra que os voos entre Lisboa e Boston foram estendidos até fevereiro de 2024, sendo retomados em maio, o que permite que, no verão do próximo ano, a companhia aérea esteja a operar 14 voos/semana entre Portugal e os EUA, oferecendo até 430 lugares diários.

“Nunca houve um melhor momento para explorar a Europa com a Delta, e os clientes que aguardam aventuras de verão no exterior vão encontrar muitas opções inspiradoras, conjugadas com os serviços e comodidades premium que sabemos que os clientes da Delta desejam e apreciam”, afirma Joe Esposito, vice-presidente Sénior de Planeamento de Rede da Delta Air Lines.

Os voos entre Lisboa e Boston, no próximo ano, vão ser operados num avião Boeing 767-300, que é também o aparelho usado pela companhia aérea norte-americana nos voos entre a capital portuguesa e Nova Iorque-JFK.

A Delta Air Lines apresentou esta segunda-feira as novidades para o próximo verão, com destaque para a operação desde Nova Iorque-JFK, que vai contar com cerca de 260 voos semanais para 18 países e 29 destinos em toda a região da Europa, África e Médio Oriente.

Entre as novidades apresentadas, a companhia aérea sublinha a abertura de uma nova rota para Itália, uma vez que a Delta Air Lines vai passar a voar diretamente entre Nova Iorque-JFK e Nápoles, a partir de 23 de maio de 2024.

No próximo verão, a Delta Air Lines vai também regressar a Shannon, na Irlanda, com início a 23 de maio de 2024, num voo direto desde Nova Iorque-JFK que tinha sido operado até 2019 e que se vem juntar aos voos que a transportadora disponibiliza para Dublin.

A Delta Air Lines Delta vai também voar, a partir de Nova Iorque-JFK no próximo verão, para Munique, três vezes por semana, a partir de 9 de abril de 2024, sendo também a única transportadora a oferecer uma partida matinal de Nova Iorque-JFK para Paris.

A Delta Air Lines vai ainda oferecer um voo sem escalas entre Atlanta e Zurique, quatro vezes por semana, a partir de 31 de maio de 2024, que se junta aos quase 180 voos semanais para 21 destinos na Europa, África e Médio Oriente a partir do hub da cidade natal da companhia aérea. Para Paris e Veneza, a companhia aumentou, este verão, os seus voos semanais para estes dois importantes destinos.

A partir de Los Angeles, os voos diários para Auckland, Nova Zelândia, passam a decorrer ao longo de todo o ano a partir de 28 de outubro de 2023, , operando diariamente de novembro a março e três vezes por semana de abril a outubro, estando ainda previsto um aumento das ligações para para Sydney, Austrália, para dois voos/dia a partir de dezembro deste ano.

Desde Los Angeles, a companhia aérea vai ainda retomar, a 31 de maio de 2024, os voos para Xangai, com quatro ligações por semana ao longo de todo o ano, numa rota  que a companhia aérea já operava e que permite a ligação a vários destinos na China, através da parceria com a China Eastern Airlines.

A Delta Air Lines vai ainda ter voos adicionais para Paris a partir de Cincinnati e Detroit; para Barcelona a partir de Nova Iorque-JFK; para Reiquejavique a partir de Detroit; e para Atenas a partir de Boston.

 

 

 

 

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Ativos hoteleiros concentram 36% do volume transacionado no primeiro semestre de 2023

A consultora Cushman & Wakefield aponta que “apesar do evidente aumento do custo de vida, a procura hoteleira tem vindo a aumentar, sobretudo nos destinos de lazer, pelo que estes destinos vão-se manter na preferência dos investidores”. Destaca ainda a preferência dos investidores por destinos urbanos, com equilíbrio entre mercado corporativo e de lazer.

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Os ativos hoteleiros agregaram 36% do volume transacionado no primeiro semestre de 2023. O valor é apontado pela Cushman & Wakefield (C&W), consultora de serviços imobiliários, na 41ª edição do Marketbeat Portugal – uma publicação semestral que resume a atividade do mercado imobiliário nacional em 2023 e destaca as principais tendências do mercado.

Em nota de imprensa, a consultora indica que a atividade de investimento em imobiliário comercial registou um volume de negócios de 749 milhões de euros no primeiro semestre de 2023, um valor que se encontra 17% acima do período homólogo. Com cerca de 40 operações, o valor médio por transação situou-se nos 20 milhões de euros. Já os ativos de retalho retomaram a liderança, concentrando 38% do volume total investido.

Oferta hoteleira

Em termos de oferta hoteleira, a  Cushman & Wakefield indica que desde o início deste ano foram  inauguradas 30 novas unidades com mais de 2.100 quartos, sendo que mais de 60% é classificada como 4 estrelas. Os concelhos de Lisboa e Porto concentram a maior parcela desta nova oferta, com 12 novas unidades hoteleiras num total de 880 unidades de alojamento. Entre as maiores aberturas destacam-se o Renaissance Porto Lapa Hotel (4 estrelas), o Masa Hotel Campo Grande (4 estrelas), o Barceló Funchal Oldtown (5 estrelas) e a abertura de dois hotéis de 3 estrelas da B&B Hotels, em Guimarães e Oeiras.

Em relação à oferta futura, encontram-se em fase de projeto e/ou construção 90 novos projetos com abertura prevista para os próximos três anos, num total de 8.200 quartos. A oferta futura continua a concentrar-se maioritariamente em hotéis de 4 e 5 estrelas (32% e 31%, respetivamente) e nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Em Lisboa registaram-se seis novas aberturas de estabelecimentos hoteleiros em 2023, num total de 440 quartos, a quase todos de 4 estrelas. Até 2025, estão previstos mais 15 hotéis com 1.600 camas na capital, com maior preponderância da oferta de 5 e 4 estrelas, em percentagens de 37% e 28%, respetivamente. Entre estes destacam-se o Meliá Lisboa, um 5 estrelas com 240 quartos, e o Moxy Alfragide Lisbon, um 3 estrelas com 220 quartos.

Já no Porto, estima-se que nos próximos três anos estejam concluídos três hotéis com 250 quartos, com uma distribuição equilibrada entre 4 e 5 estrelas. Entre as aberturas previstas, destaque para o Meliá São João da Madeira, de 4 estrelas, e para o Altis Porto Hotel, de 5 estrelas, ambos com 100 quartos.

Tendências no setor

A  Cushman & Wakefield aponta que “apesar do evidente aumento do custo de vida, a procura hoteleira tem vindo a aumentar, sobretudo nos destinos de lazer, pelo que estes destinos vão-se manter na preferência dos investidores”.

A consultora indica ainda que se destacam igualmente nas preferências dos investidores os destinos urbanos, com equilíbrio entre mercado corporativo e de lazer, sendo que “os segmentos de luxo e baixo custo estarão menos expostos a oscilações de base económica, sobretudo nos segmentos de lazer e com ampla exposição a mercados com taxas de câmbio favoráveis ao euro”.

Também “a consciência dos players do setor à necessidade de adequar os ativos e empresas às políticas Environmental, Social and Governance (ESG) tem sido crescente, antecipando-se o reforço da prioritização desta temática nos projetos atuais e futuros”, de acordo com a consultora.

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Catalunha cria imposto para reduzir poluição de grandes navios

A Generalitat da Catalunha acaba de apresentar um novo imposto ambiental que irá tributar as emissões de óxido de azoto (NOx) e partículas de grandes navios que atracam nos portos catalães. A medida, que faz parte de um pacote de ações para promover a sustentabilidade e reduzir a poluição, tem gerado polémica no setor do turismo e entre as companhias marítimas.

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O imposto, anunciado pelo ministro da Ação Climática, Alimentação e Agenda Rural, David Mascort, e pela diretora-geral da Qualidade Ambiental e Alterações Climáticas, Mireia Boya, baseia-se no princípio de “quem polui mais, paga mais”, segundo notícia publicada pelo jornal La Razón, que cita a proposta de lei de que será cobrado um euro por cada quilograma de NOx e partículas emitidas pelos navios na sua primeira fase, que terá início em 2023. Esta taxa aumentará progressivamente para 1,5 euros em 2024, 2,5 euros em 2025 e 3,5 euros em 2026, mas será revista a cada três anos.

A medida inclui ainda bónus de 10% para navios com sistemas de ligação elétrica ao cais e de 5% para navios de cruzeiros que possuam certificados de melhoria energética.

Este imposto é o primeiro do género em todo o estado espanhol e os fundos angariados serão destinados a investimentos relacionados com as alterações climáticas, garantiram os responsáveis, que avançaram não estar descartada a adoção de medidas adicionais se as emissões não forem reduzidas. O objetivo é promover práticas sustentáveis e reduzir a poluição num setor que é responsável por 14% das emissões na Catalunha e 19% na Área Metropolitana de Barcelona.

No entanto, a medida tem gerado preocupação no setor do turismo e nas companhias marítimas. O Turismo de Barcelona, segundo a mesma fonte, também teme que esta medida afete negativamente o turismo de cruzeiros na cidade, que já sofreu uma diminuição de 25% em 2022 devido à pandemia da Covid-19.

Em 2019, segundo o Turismo de Barcelona, ​​ a cidade acolheu aproximadamente três milhões de passageiros de cruzeiros. Com a aplicação do novo imposto, os navios de cruzeiro poderão pagar cerca de 1.400 euros cada vez que atracam nos portos catalães, enquanto os grandes navios em geral poderão pagar em média 759 euros pela poluição que geram.

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Convent Square Hotel antecipa ocupação acima dos 70% para setembro

O Convent Square Hotel Vignette Collection, a nova unidade hoteleira da PHC Hotels – Portuguese Hospitality Collection, surgiu após um investimento de cerca de 30 milhões de euros e de uma parceria com a InterContinental Hotels Group (IHG Hotels & Resorts). Após um primeiro mês de operação em pleno, a expetativa da unidade passa por atingir uma ocupação média anual entre os 75% a 80%.

Carla Nunes

O Convent Square Hotel Vignette Collection, aberto desde 1 de agosto deste ano, antecipa uma ocupação acima dos 70% em setembro, naquele que considera ser o seu primeiro mês de operação em pleno.

O valor foi apontado por Miguel Andrade, diretor de operações da PHC Hotels – Portuguese Hospitality Collection, que num almoço de imprensa esta quinta-feira explicou que abriram este mês de setembro com cerca de 35% de ocupação e um preço médio de 270 euros. Para outubro, as perspetivas de ocupação “já ultrapassaram os 50%”.

Relativamente a este indicador, o diretor de operações da PHC Hotels explica que o objetivo da unidade passa por atingir uma ocupação média anual entre os 75% a 80%, tanto no primeiro ano de operação como até ao final deste ano de 2023, uma vez que acreditam que “com esta ocupação e volume conseguimos dar um bom serviço e manter a qualidade da experiência do cliente”.

“Queremos que exista um equilíbrio entre o produto e a experiência do cliente e acreditamos que gerindo as ocupações podemos proporcionar aos clientes essa qualidade”, defende o diretor de operações da PHC Hotels.

Até ao final deste ano, Miguel Andrade antecipa que a receita por quarto disponível (RevPAR) “andará acima dos 250 euros”, sendo que a ideia para 2024 será “chegar aos 280 a 300 euros” de RevPAR.

Os clientes do Convent Square Hotel

Para este hotel, Miguel Andrade traça um perfil de cliente “entre os 55 e os 60 anos, com casais muito viajados, conhecedores do conforto e exigentes do ponto de vista de qualidade”. Como diz, estes clientes “gostam da autenticidade e da descoberta, querem descobrir Lisboa com um refúgio de luxo ao final do dia”.

Aponta para os norte-americanos, provenientes do Canadá e Estados Unidos, como um dos principais mercados do hotel, seguido pela “Europa do Norte, Inglaterra, Alemanha e Brasil”.

Estes clientes têm chegado “maioritariamente pelos canais internos da marca InterContinental”, com quem a unidade hoteleira estabeleceu uma parceria e que assumem uma quota de mais de 50% dentro dos principais canais do hotel. A expectativa é a de que “o canal da InterContinental andará sempre acima dos 50%, com as online travel agencies (OTA) a assumirem até 20%, com 15% a 18%” de quota dos principais canais da unidade.

O segmento de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE) é outro dos públicos-alvo que a unidade hoteleira espera atingir, nomeadamente com a captação de “lançamentos de produto e marcas e algumas reuniões de incentivos, como conselhos de administração”.

“Temos o claustro e o restaurante, que podemos usar para estes exercícios à hora de almoço, quando os nossos clientes estão fora”, afirma Miguel Andrade.

Os planos da PHC Hotels para o Hotel Mundial

No capítulo das novidades da PHC Hotels, Miguel Andrade revela que estão “muito atentos ao mercado, não só em Lisboa como fora de Lisboa”, além de terem “grandes planos e projetos para o Hotel Mundial”.

As obras de requalificação do Hotel Mundial deverão começar no segundo trimestre de 2024, num período de intervenção de três anos, fruto de um investimento de 16,7 milhões de euros. Para este projeto, o grupo hoteleiro assinou um contrato com a Broadway Malyan – que ficará encarregue pelo projeto de requalificação do hotel, nomeadamente o design e arquitetura – bem como com a DDN, “que faz a parte de gestão do projeto e de engenharias”. Fica apenas a faltar “a noiva”, como refere Miguel Andrade, ou seja, uma marca hoteleira com a qual fazer parceria para este projeto, com o diretor de operações a garantir que “ainda estão à procura”.

O Hotel Mundial vai manter-se aberto durante as obras de requalificação que vão visar, primeiro, as áreas públicas do piso zero. Seguem-se depois os espaços de bar e restauração, bem como os quartos. A requalificação dos quartos irá demorar cerca de 36 meses, durante os quais será feita uma remodelação total, com a redução do número de quartos e alteração de algumas tipologias – 10% do inventário do hotel passará a ser constituído por suites, ou seja, entre 35 a 40 suites.

Sobre o Convent Square Hotel Vignette Collection leia também:

Queremos ser os líderes da Baixa de Lisboa

PHC Hotels abre as portas do Convent Square Hotel Vignette Collection

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China vai ser a maior economia turística do mundo até 2026, prevê WTTC

Durante o Global Tourism Economic Forum (GTEF), Julia Simpson, presidente executiva do WTTC, lembrou que, já antes da pandemia da COVID-19, a China era o principal mercado emissor de turistas do mundo, sendo responsável por 15% dos gastos de visitantes em países estrangeiros.

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A presidente executiva do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), Julia Simpson, previu esta quinta-feira, 21 de setembro, que a China venha a “ultrapassar os Estados Unidos como a maior economia turística no mundo” até 2026.

De acordo com a responsável, que falava na cerimónia de abertura do Global Tourism Economic Forum (GTEF), que decorre em Macau, até sábado, 23 de setembro, a China vai representar um terço de todos os novos empregos gerados no setor a nível mundial.

Durante a sua intervenção, citada pela Lusa, Julia Simpson lembrou que, já antes da pandemia da COVID-19, a China era o principal mercado emissor de turistas do mundo, sendo responsável por 15% dos gastos de visitantes em países estrangeiros.

Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (OMT), concordou com a responsável do WTTC e disse mesmo que, por isso, “a mais importante manchete do ano foi sem dúvida a reabertura da China, após estar fechada durante mais de mil dias”.

“Todo o mundo estava à vossa espera”, disse Pololikashvili, lembrando a reabertura gradual da China a partir de dezembro passado e o facto de ter tido a honra de ser o “primeiro dirigente da ONU a visitar a China após a abertura a chegadas internacionais, em Hangzhou, em passado fevereiro”.

O secretário-geral da OMT lembrou, no entanto, que a China foi ainda assim o país que atraiu mais investimento direto externo em turismo entre 2018 e 2022, representando 15% do total mundial.

Itália é o convidado de honra da edição deste ano do GTEF e a ministra do Turismo italiana revelou que o número de visitantes chineses que chegaram ao país entre janeiro e agosto cresceu seis vezes em comparação com igual período de 2022.

Daniela Garnero Santanchè sublinhou ainda que os turistas chineses em Itália são em geral “mais jovens” do que antes do início da pandemia.

No Global Tourism Economic Forum vai também marcar presença Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, que, esta quarta-feira, 20 de setembro, disse que a China tem “um enorme potencial de crescimento do turismo na Europa e por conseguinte em Portugal”.

Nuno Fazenda revelou que Portugal vai realizar uma ação de promoção turística, entre abril e maio do próximo ano, em “algumas das principais cidades chinesas, nomeadamente em Pequim, Xangai, Chengdu, Cantão e nas regiões de Macau e Hong Kong”.

O Governo português vai ainda reforçar a presença na ITB, feira da indústria do turismo dedicada exclusivamente ao mercado chinês, em Xangai, disse o governante.

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Turismo na Tunísia com bons indicadores até final do ano

Em meados de setembro, os principais indicadores do setor do turismo tunisino apresentavam um bom desempenho, superando mesmo os de 2019, no mesmo período. Um resultado que prevê níveis recordes no final do corrente ano. As receitas, acreditam os profissionais, podem aumentar ainda mais reduzindo o turismo de massa.

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O ambiente global, geralmente mais favorável, continua a beneficiar o setor do turismo tunisino. Assim, em meados de setembro, de acordo com dados fornecidos pelo ministro do Turismo tunisino, Mohamed Moez Belhassine, todos os indicadores do setor mostram progressos notáveis, face ao mesmo período do ano passado. Melhor ainda, mesmo em comparação com o 2019, um ano turístico recorde, os indicadores do setor estão claramente a evoluir.

Graças a conquistas significativas durante o verão marcado pelo afluxo de turistas da Europa Ocidental, as chegadas situaram-se em 6,5 milhões de visitantes de 1 de janeiro a 10 de setembro de 2023, ou seja, um aumento de 60% em relação ao mesmo período de 2022.

Este volume de chegadas equivale ao registado no mesmo período de 2019, antes da pandemia de Covid-19, ano em que entraram no país 9,43 milhões de visitantes, valor que superou mesmo o registado durante todo o ano passado, durante o qual 6,44 milhões de turistas visitaram o destino.

No período em análise, as receitas do turismo superaram os valores registados em 2019: 5,4 mil milhões de dinares, o que representa um aumento de 40% face a 2022 e de 15% em relação a 2019.

“O nosso país distingue-se pelas suas magníficas paisagens e pelas suas regiões emblemáticas, como Djerba”, destacou Mohamed Moez Belhassine. A conhecida como a “Ilha dos Sonhos foi oficialmente listada como património mundial da UNESCO, o que significa que a Tunísia tem agora nove locais classificados. “Nada melhor para destacá-lo e torná-lo mais atraente””, apontou o ministro.

 

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Turismo Centro de Portugal e autarcas da região avaliam formas de cooperação

Um grupo de trabalho da Turismo Centro de Portugal, que incluiu o seu presidente, Raul Almeida, manteve, durante dois dias, reuniões de trabalho com as autarquias de Leiria, Fátima, Óbidos, Covilhã, Manteigas, Belmonte, Guarda, Vilar Formoso e Viseu, para avaliar formas de cooperação.

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O objetivo deste périplo por vários municípios que integram a região Centro de Portugal, foi manter reuniões com autarcas, para avaliar projetos e formas de cooperação, assim como contactar de perto com as várias delegações e postos de turismo da TCP.

A deslocação começou ontem, dia 18, com reuniões e visitas às delegações e postos de turismo da TCP em Leiria, Fátima, Óbidos e Covilhã, enquanto, dia 19, foi a vez de Manteigas, Belmonte, Guarda, Vilar Formoso e Viseu.

Raul Almeida indica que “entre outras questões em cima da mesa, foram discutidas estratégias para a promoção dos postos de turismo, de forma a potenciar a sua visibilidade e gerar maior visitação”, uma vez que “são assuntos que interessam tanto aos municípios envolvidos como ao Turismo Centro de Portugal”.

Estes dois dias surgem na sequência de outras reuniões e encontros desenvolvidos por Raul Almeida na semana passada, nomeadamente com o Turismo de Portugal, Confederação do Turismo de Portugal e CCDR-Centro.

Estes encontros, segundo o presidente do Turismo Centro de Portugal, “têm servido para conversarmos sobre temas que consideramos prioritários para a evolução da atividade turística e sobre os desafios que a região enfrenta”, para assegurar que “vamos continuar neste caminho, dialogando com empresários e instituições públicas”.

 

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IATA lança Carta de Liderança em Segurança e mais de 20 companhias aéreas já aderiram

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) anunciou o lançamento da Carta de Liderança em Segurança, durante a sua conferência mundial que teve lugar em Hanói, Vietname. Os líderes de segurança de mais de 20 companhias aéreas são os primeiros signatários.

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A Carta de Liderança em Segurança visa fortalecer a cultura de segurança organizacional através do compromisso com oito princípios orientadores, foi desenvolvida em consulta com os membros da IATA e com a comunidade da aviação em geral para apoiar os executivos da indústria na evolução de uma cultura de segurança positiva nas suas organizações.

“Liderança é importante. É o fator mais forte que afeta o comportamento de segurança. Ao assinarem a Carta de Liderança em Segurança da IATA, estes líderes da indústria demonstram visivelmente o seu compromisso com a criticidade da cultura de segurança nas suas próprias companhias aéreas e a necessidade de desenvolver continuamente o trabalho realizado anteriormente”, afirmou Willie Walsh, diretor geral da IATA.

Os princípios orientadores da liderança em Segurança incluem: Liderar a obrigação de segurança através de palavras e ações; Promover a conscientização sobre segurança entre os funcionários, a equipa de liderança e o conselho; Criar uma atmosfera de confiança, onde todos os funcionários se sintam responsáveis ​​pela segurança e sejam incentivados; Orientar a integração da segurança nas estratégias de negócios, processos e medidas de desempenho e criar a capacidade interna para gerir e atingir as metas de segurança organizacional; Avaliar e melhorar regularmente a cultura de segurança organizacional.

“A aviação comercial beneficiou de mais de 100 anos de avanços em segurança que nos inspiram a elevar ainda mais a fasquia. O compromisso e a motivação dos líderes da aviação para a melhoria contínua da segurança são um pilar de longa data da aviação comercial que tornou o voo a forma mais segura de viagens de longa distância”, disse Nick Careen, vice-presidente sénior de operações, segurança e proteção da IATA.

Assim, na opinião do dirigente, a assinatura desta carta, que está aberta a todas as companhias aéreas que subscrevam os princípios orientadores do documento, “homenageia as conquistas que devem dar a todos a maior confiança ao voar e estabelece um lembrete poderoso e oportuno de que nunca podemos ser complacentes com a segurança”, acrescentou.

Considerada a maior prioridade da aviação, a discussão de questões de segurança levou à conferência da IATA mais de 550 profissionais de segurança de aproximadamente 100 companhias aéreas, reguladores da aviação e fabricantes de aviões.

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