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“Este projeto está concebido e pensado já para a aviação do futuro”

A discussão sobre o novo Aeroporto de Lisboa dura há mais de meio século. Em 2022, foi conhecido o projeto para Santarém, o Magellan 500. Carlos Brazão, líder e promotor do projeto, salienta ao Publituris as diversas vantagens do Magellan 500 para a região e país. Flexível, escalável e adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação, o primeiro voo poderia aterrar ou levantar voo em 2029.

Victor Jorge
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“Este projeto está concebido e pensado já para a aviação do futuro”

A discussão sobre o novo Aeroporto de Lisboa dura há mais de meio século. Em 2022, foi conhecido o projeto para Santarém, o Magellan 500. Carlos Brazão, líder e promotor do projeto, salienta ao Publituris as diversas vantagens do Magellan 500 para a região e país. Flexível, escalável e adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação, o primeiro voo poderia aterrar ou levantar voo em 2029.

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“Claro que acredito” no Magellan 500 (Aeroporto projetado para a região de Santarém). É desta forma que Carlos Brazão, líder e promotor do Magellan 500 se afirma quanto à possibilidade do projeto ser o escolhido para receber o novo Aeroporto para a região de Lisboa. E admite que “esta localização é tão boa que se nos dissessem que não havia limitação nem de contratos de concessão nem nada, ainda assim seria esta localização escolhida”.

Apresentaram há relativamente pouco tempo o projeto para o Aeroporto de Santarém, Magellan 500 na Comissão Técnica Independente (CTI) para o Aeroporto. Conseguiram perceber ou tiveram alguma reação por parte da CTI?
Tivemos a oportunidade de apresentar o projeto de uma maneira detalhada, mas não seria elegante da nossa parte estar a elaborar sobre as reações que as pessoas tiveram. Correu bastante bem, tivemos a oportunidade de explicar de forma detalhada o projeto, as suas mais-valias e estamos contentes com o que apresentámos.

Acredita no Aeroporto em Santarém?
Claro que acredito. É um projeto que reúne um conjunto único de vantagens, que pode começar pequeno, pode começar rápido, temos uma urgência na capacidade aeroportuária, da expansão da capacidade portuária em Lisboa, é um projeto expansível e de uma forma extremamente flexível. Começa uma pista que não é pequena, terá 3.400 metros, mas que tem seis fases de expansão e que pode ir até três pistas e uma capacidade até 100 milhões de passageiros. Ou seja, pode começar pequeno, rápido, mas é expansível e suportar o aumento que prevemos e que estudos preveem de capacidade para os próximos 40 anos.

O Magellan 500 não é só escalável, mas também é adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação

Rápido, adaptável e flexível
Esse fator da escalabilidade é, de facto, a maior vantagem do projeto?
É uma das vantagens do projeto, mas não é só do projeto, é uma vantagem para Portugal.

A aviação e já nem vamos falar nos próximos 50 anos, mas a aviação nos próximos 20 anos vai continuar a crescer. Todos os estudos indicam isso, da Boeing, da Airbus. Espera-se uma duplicação das frotas mundiais de aviões de 24.000 para 47.000 aviões. Na Europa, espera-se um crescimento das frotas em mais de 70% e o tráfego nesta região, que é o mercado natural de Portugal, o interior europeu, o transatlântico e para África, também vai crescer entre os 2,5 e os 3%. Vai crescer em tudo, vai crescer em todas as geografias, não vai crescer em todas as geografias exceto Portugal, também vai crescer em Portugal. Se não quisermos nos próximos 20, 30, 40 anos sofrer do mesmo mal que sofremos nos últimos 50 e ter uma infraestrutura subdimensionada e termos um país a perder oportunidades da indústria de turismo e termos um turismo permanentemente com aeroportos com falta de capacidade e a perder oportunidades de crescer é de toda a conveniência ter uma infraestrutura verdadeiramente escalável.

Mas deixe-me acrescentar outro ponto. O Magellan 500 não é só escalável, mas também é adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação.

Porque já não se discute o Aeroporto da Portela. É sabido que já não chega e que há necessidade de uma nova infraestrutura?
Absolutamente. Os estudos que fizemos com empresas de consultoria internacional, indicam que a Portela pode ainda ser expandida, mas pode ser expandida e passar dos 31 milhões de 2019 para algo como 38 milhões de passageiros. A partir daí começa a ser realmente difícil. Se formos ver, esse nível de procura já será atingida ainda esta década.

Como os aeroportos são planeados a 20, 30, 40, 50 anos, mais tarde ou mais cedo e, provavelmente, mais cedo do que tarde, vamos precisar de uma nova infraestrutura aeroportuária. Agora podemos escolher uma que nos dá para mais dez ou 15 anos e voltamos e continuamos a discutir o tema, ou escolher uma infraestrutura que pode começar rápido e escalar e tirar do debate nacional os aeroportos.

Três anos para o Magellan 500
Mas relativamente a este projeto de Santarém, quem é que está envolvido?
Pertence a um consórcio que lidero, chamado Magellan 500, que é um nome de código que junta diversas coisas. Quando começámos estávamos no princípio da viagem circum-navegação do Fernão de Magalhães, começámos o projeto em setembro de 2019 e a decisão de o admitir na avaliação estratégica é de setembro de 2022. E a viagem do Fernão Magalhães começa em setembro de 1519 e acaba em setembro de 1522. Portanto, acertámos nos 500 anos em tudo.

Temos o consórcio nacional, Magellan 500, nome do projeto e a empresa veículo que tem os acordos. Depois temos como parceiro do consórcio nacional, o grupo Barraqueiro, líder incontestado de mobilidade terrestre rodoviário, é há mais de 20 anos o único operador ferroviário privado em Portugal, já foi acionista da TAP, já conhece a aviação, tem operações internacionais.

A nível internacional, temos uma série de conversações e uma série de acordos, acordos de confidencialidade, que vão sempre ser necessários dada a dimensão do projeto.

O projeto começou a ser “cozinhado” em setembro de 2019 e acabou em setembro de 2022. Porquê este tempo todo, de três anos, para se dar a conhecer o projeto?
O projeto começou a ser conhecido em julho/agosto de 2022. Três ano, porque é um projeto construído de raiz, sem atalhos, é o tempo que demora realmente a pensar um projeto destes e depois a validá-lo e a fazer os estudos. Nunca quisemos que o projeto fosse conhecido sem estar validado. Ao longo dos três anos, a nossa decisão de raiz era se o projeto não for bom, se o projeto não tiver vantagens diferenciadoras únicas, morre em silêncio. Só avançámos porque achámos que o projeto, de facto, era diferenciador.

Se tivesse havido uma fuga de informação, ao longo destes três anos, teria prejudicado o projeto?
Felizmente, não houve e agora podemos dizer que temos as medalhas de que não houve fugas de informação. Quando começámos a apresentar o projeto, a reação típica era, como é que conseguiram durante dois anos manter o projeto em silêncio? Havia muitos projetos de tentativa, muitos projetos de aspirações a aeroporto e, portanto, se houvesse algum tipo de uma fuga, podia-se pensar que era mais um projeto como esse. Mas, felizmente, conseguimos e garanto-lhe que estiveram umas dezenas de pessoas envolvidas no projeto.

O primeiro voo no Magellan 500
Quanto tempo demoraria esta infraestrutura a estar pronta para receber os primeiros voos a partir do momento em que há uma decisão, é Santarém?
Há um sub-tempo, tempo de construção. Como pode começar numa Fase 1 ou 2A, ou seja, uma pista e capacidade de 10 a 20 milhões de passageiros, estaria pronto para receber o primeiro voo em 2029.

Podemos escolher uma [localização] que dá para mais dez ou 15 anos e voltamos e continuamos a discutir o tema, ou escolher uma infraestrutura que pode começar rápido e escalar e tirar do debate nacional os aeroportos

E foi estudado o impacto ambiental desta infraestrutura?
Tudo foi estudado, os aspetos ambientais, reservas protegidas, áreas protegidas remotas, a orientação das pistas foi estabelecida em função das áreas remotas, dos aspetos ambientais, do ruído, etc. Já fizemos a apresentação prévia não só a organismos da área ambiental, como também, por exemplo, a ONG ambientais e até agora com bastante validação e com reações bastante positivas.

Este é o primeiro projeto, diria, o primeiro aeroporto que não aproveita alguma coisa que já está feita. É desenhado e feito de raiz e é um aeroporto a pensar no cuidado ambiental. Este projeto foi todo desenhado a pensar primeiro nas populações, orografia do terreno e impacto ambiental.

Que mais-valias apresenta este projeto comparado com os outros?
Não quero entrar em comparações. Prefiro falar das vantagens do nosso projeto. É um projeto de rápida construção, é um projeto escalável, portanto junta o facto de começar mais rápido, ser escalável e adaptável. Depois é um projeto muito pensado no ambiente e nas populações. A verdade é que que a Junta de Freguesia onde se situa o Magellan 500, quer as quatro câmaras à volta, são fortíssimas apoiantes do projeto.

Não houve objeções relativamente à localização?
Não, não houve. Ainda recentemente um jornal publicou um artigo onde dois presidentes de Junta de Freguesia e quatro presidentes de Câmara, demonstraram uma coligação total de apoio.

Mas no aspeto ambiente, o Magellan 500 foi desenhado com uma preocupação total, a afinação do sítio, o sítio das pistas, a orientação das pistas, tudo foi pensado em termos de ambiente. Mas daqui a dez anos vai começar a falar-se de aeroportos e de aviação limpa. Ou seja, os aeroportos irão transformar-se em hubs de energia, energia renovável, vai começar a ter a aviação elétrica para a parte regional e para recolher passageiros, vai começar a ter a aviação a hidrogénio e aí estamos a falar de dezenas ou centenas de toneladas de hidrogénio que tem de ser produzido próximo do aeroporto e é pouco compatível com população à volta.

Este projeto está concebido e pensado já para a aviação do futuro.

É um aeroporto pensado não para 2029, mas já muito para além disso?
É um aeroporto pensado para o futuro.

30 minutos até Lisboa
Mas há outra questão que é muitas vezes levantada, que é a distância à grande cidade que este aeroporto irá servir, Lisboa. Este é um dos handicaps deste projeto?
Está a 30 minutos de Lisboa.

Se tiver as infraestruturas montadas?
E estão todas, desde o primeiro dia. Há um ramal de um quilómetro e meio que faz parte da construção inicial do projeto a ligar à Linha do Norte, única linha existente de velocidade elevada existente no país e onde estão previstas obras de melhoramento. Mas todas estas obras estão previstas no PN 2030, nada tem de ser construído de especial para este projeto. Já hoje chega se chega ao local em 30 e poucos minutos e no futuro chega-se em 30 minutos.

Portanto, a questão da distância não é uma questão?
É uma não questão. Todos os aeroportos novos que se constroem, estão fora das cidades.

Por exemplo, o aeroporto de Atenas, a ligação de transporte público mais prática e rápida é um metro e são 40 minutos. Mas o caso mais parecido é Oslo, que também teve um processo de escolha de dois ou três locais e que foi construído em 1999 e está a 62 quilómetros, tem um shuttle ferroviário que faz a distância até à cidade em 25 minutos e, no caso deles, tem uma taxa de utilização transportes públicos de 70%.

Acredita que possa surgir mais alguma localização para um aeroporto nos próximos tempos?
É muito improvável e a razão é técnica, já que dentro da concessão já se discutiram 17 localizações, por isso é improvável. Até porque para surgirem, já tinham surgido.

Fora da concessão, a resposta ainda é mais fácil porque, um dos trabalhos que fizemos, foi descobrirmos um sítio fantástico, mas quisemos validar-nos a nós próprios e pedimos às consultoras que trabalharam connosco para encontrarem sítios alternativos que nos tivessem escapado, juntando o mesmo conjunto de predicados, ou seja, atributos, acessibilidades, etc.. E não há.

Esta localização é tão boa que se nos dissessem que não havia limitação nem de contratos de concessão nem nada, ainda assim seria esta localização escolhida.

Dinheiros privados
Sabe-se que nesta primeira fase não seria necessário um grande investimento, mas de que valores estamos a falar?
O investimento é privado. Se avançar nesta Fase 1, o investimento inicial anda entre os mil milhões e os 1,2 mil milhões de euros, tudo incluído, inclusive os acessos.

Portanto, chave na mão?
Costumo dizer plug and play. É um investimento bastante pequeno quando comparado com os outros valores que ouvimos falar.

As outras fases não divulgamos o investimento, porque à medida que o tráfego aparece, aparece o investimento.

O facto de o projeto não necessitar de investimento público é uma das grandes vantagens?
Temos duas grandes vantagens, uma delas é essa, não necessitar de investimento público, é um projeto privado. A segundo é, podia ser um projeto privado, mas exigir um volume incrível de investimentos públicos para infraestruturas de acesso, é basicamente zero. Não há um centímetro de estrada ou auto-estrada a ser construído e não há um centímetro de infraestrutura ferroviária nova que tenha de ser construída. A única coisa que pedimos é que cumpram o PNI 2030.

Esta localização é tão boa que se nos dissessem que não havia limitação nem de contratos de concessão nem nada, ainda assim seria esta localização

Uma nova centralidade (inter)nacional
Que impacto é que esta infraestrutura teria na região circundante?
Fenomenal. Por partes, ruído, graças a uma localização feliz, disposição das pistas, etc., o número de população afetada é muito baixo. Ponto dois, impacto económico, um estudo da Intervistas de 2015 que também incluiu Portugal, estima que um aeroporto por milhão de passageiros, e o Magellan 500 permiti e absorve 30 milhões de passageiros sem problemas até à Fase 2A, significa 70.000 novos postos de trabalho diretos e indiretos e 100.000 induzidos em toda esta grande região Centro de Portugal. Portanto, estamos a falar de 170.000 postos de trabalho. 100.000 são gigantescamente turismo. É uma nova centralidade, não só nacional como internacional. Obviamente que colocar um projeto destes numa zona como aquelas vai transformar e dinamizar toda aquela região. O projeto tem tanto apoio do ponto de vista local que os quatro presidentes de Câmara tem um entendimento para fazer um plano, uma coisa inovadora, um Plano Diretor intermunicipal para repensar o seu território em função de uma centralidade nacional e internacional.

Magellan 500 permite absorver 30 milhões de passageiros sem problemas até à Fase 2A, significa 70.000 novos postos de trabalho diretos e indiretos e 100.000 induzidos em toda esta grande região Centro de Portugal

Mas sabe perfeitamente que muitas vezes se anda a reboque de vontades políticas. E o que é hoje verdade amanhã pode não ser. Receia que um projeto destes possa sofrer eventualmente uma remodelação ou uma reestruturação em termos de políticas autárquicas ou de Governo central?
Tivemos recentemente eleições autárquicas. Todos os autarcas com quem falámos têm mais cerca de três anos de mandato. Além disso, temos um diálogo permanente com todas as forças políticas. A prova disso é que os acordos foram recentemente revalidados connosco, e isso é público, foram revalidado e aprovados por unanimidade. Ou seja, isto é um projeto que reúne um consenso gigantesco entre todos os partidos.

Na mudança há aspetos positivos e negativos, mas os aspetos positivos superam em larga escala os negativos.

Um estudo recente do World Bank, que analisa o desenvolvimento das NUTS III por indústrias da União Europeia, e este projeto vai situar-se na NUT III da Lezíria do Tejo, considera-a de low income growth, e todas à volta são consideradas de baixo rendimento, exceto Lisboa que é de high income.

Este aeroporto vai ser o aeroporto mais próximo de oito comunidades intermunicipais, que no seu conjunto tem dois milhões de habitantes, mas que, de acordo com os Censos 2021, nos dez anos anteriores perderam 6% da população.

Um projeto destes pode escalar nos próximos 20 ou 30 anos para 30, 40 milhões de passageiros, mais tarde ou mais cedo, começa-se a assumir como um hub internacional, sobretudo para o tráfego transatlântico.

A questão ANA
A realidade é que este projeto está fora da alçada da ANA Aeroportos de Portugal. Isso foi estratégico quando desenharam este projeto?
Foi uma condicionante inicial do projeto. Ou seja, há um contrato de concessão que estabelece uma zona exclusiva de concessão que diz que só o concessionário pode desenvolver projetos. Se queremos fazer um projeto numa perspetiva de economia de investimento privado, não podemos fazê-lo dentro dessa concessão. Estaríamos a amputar o projeto à nascença.

Portanto, procurámos para lá da zona exclusiva de concessão. Por alguma razão o contrato estabelece que nas zonas exclusivas de concessão não se pode construir

Mas nunca tentaram estabelecer um diálogo com a ANA em ver alguma localização dentro desse perímetro para construir em parceria?
Não, qualquer projeto dentro da concessão nunca seria nosso investimento, não seria o nosso empreendimento.

A zona exclusiva do contrato de concessão foi uma condicionante para encontrar o local. Mas as características do local obrigou-nos a encontrar aquele local. Aquele local reúne um conjunto de características tão interessantes que se nos dissessem agora que não há essa condicionante, nós continuaríamos a escolher aquele local.

Não há em mais nenhum sítio em Portugal que tenha aquele tipo de conectividade.

Mas também já foi público uma afirmação sua a dizer que não fecha as portas à ANA.
Sim, isto é um projeto contra ninguém. Isto é um projeto de iniciativa privada, primeiro, porque é uma excelente oportunidade de investimento e de negócio, e segundo, porque é uma excelente solução para o país.

Portanto, também não fecham as portas a ninguém?
Não fechamos as portas a ninguém. Já abrimos essa porta, dissemo-lo em uma ou duas entrevistas, mas a partir de agora queremos manter as coisas entre duas empresas privadas.

Ouvir o setor
Um projeto destes, com este tipo de escala, com esta adaptabilidade, com estas vantagens, com esta apresentação, que tipo de auscultação fizeram para avançar com este projeto, nomeadamente, aos stakeholders do setor de turismo. Falaram com uma Confederação do Turismo de Portugal, AHP, APAVT, empresas de handling, a NAV, companhias aéreas?
O projeto ficou conhecido em agosto e nós temos tido uma prática de transparência proativa. Aceitamos falar com todas as pessoas que quiserem falar connosco sobre o projeto, como nós próprios temos procurado sequencialmente todos os stakeholders explicando-lhes o projeto. Obviamente que é um projeto que é conhecido há quatro meses e, portanto, ainda não conseguimos falar com todos.

Mas não o fizeram antes de desenhar o projeto?
Antes do projeto ser incluído na análise estratégica, apresentamo-lo ao presidente da Confederação do Turismo de Portugal.

Estamos a pedir para ser recebidos em mais três associações para explicar o projeto mais em detalhe: AHRESP, AHP e APAVT.

Este projeto talvez seja o que está mais avançado?
Perguntou três anos porquê? Foram três anos de trabalho. Foi um ano e meio ano até meados de 2020, com a equipa fundadora à procura de um lugar multi-critério. Depois foi um ano, com o nosso parceiro, a Barraqueiro, a montar o acordo de consórcio, montar a estratégia, etc.. Depois, em meados de 2021, em colaboração com um conjunto de consultores internacionais a desenhar o projeto e a partir de meados de 2021 contratámos os consultores, também contratamos uma firma de topo de Direito em Portugal, de Direito Administrativo, depois foram meses e meses de trabalho intenso até abril de 2022 para afinar e validar tudo.

Não vamos pedir ao Estado para aumentar as tarifas aeroportuárias, nem medidas de compensação, não vamos pedir nada

E tudo isto no meio de uma pandemia.
Este projeto tem a estrelinha. O projeto que está aqui hoje não foi como o grupo fundador o pensou. As pistas, o sítio foi ajustado, tudo foi feito até ao ínfimo pormenor, inclusivamente na arquitetura jurídica portuguesa.

Quem é que irá gerir este aeroporto?
Há uma parte importante, que é toda a parte da mobilidade terrestre, da responsabilidade da própria gestão, o grupo Barraqueiro tem essa capacidade. Depois, obviamente, haverá um parceiro internacional, um investidor e um operador para serem parceiros internacionais.

Já estão em conversações?
Ao longo do tempo temos tido sempre conversações.

Este projeto quando foi desenhado, tinha um caderno de encargos, tinha um plano de negócios, Mas entretanto também muita coisa mudou e muita coisa se alterou, nomeadamente, com a guerra. O aumento de custos terá impacto na construção do Magellan 500?
O budget inicial que fizemos já teve em consideração algumas margens. Num plano de negócio há coisas que parecem poder correr melhor e pior. Claro que os custos de construção aumentaram bastante. Mas, do outro lado, a recuperação do turismo está a ser muito mais rápido do que se estava a prever, ou seja, quando eu estiver pronto em 2029, haverá muito mais tráfego na fase inicial e, portanto, a rentabilidade também será outra.

O projeto também foi feito com base nas atuais tarifas aeroportuárias, nas que existiam de 2021 para 2022, e o projeto foi feito com a evolução natural das tarifas aeroportuárias. Não vamos pedir ao Estado para aumentar as tarifas aeroportuárias, nem medidas de compensação, não vamos pedir nada.

Acontece e é público que, neste momento, há uma proposta na ANAC para aumentar as tarifas aeroportuárias de Lisboa em mais de 10%. Lógico que as tarifas deste projeto serão referenciadas a essas tarifas.

Por outro lado, há uma retoma maior do tráfego do que se estava a prever e também as tarifas aeroportuárias estão a subir mais do que estávamos a prever.

O hub Magellan 500
Isto é um aeroporto com todas as companhias. Não há restrições a lowcost?
Um aeroporto é um aeroporto, pistas são pistas e slots são slots. É um aeroporto altamente escalável que na Fase 5 terá 200 posições de estacionamento para aviões.

É preciso olhar também para localização de Portugal, que é na ponta sudoeste da Europa. É o aeroporto com melhor localização para hubing entre quatro continentes, Europa, África e depois América do Norte e do Sul, sendo que e isso foi uma coisa que aprendemos com o nosso parceiro, o grupo Barraqueiro. Portugal é o único destino, o único sítio da Europa que permite que para muitas das localizações na América do Norte e na América do Sul, nomeadamente o Brasil, os aviões façam um voo de ida e volta sistematicamente por dia.

Quando um avião vem de Barajas, a caminho do Brasil, já gastou 40 minutos de combustível e quando vem de Barcelona já gastou 01h15 e quando vem de Paris já gastou quase duas horas de combustível.

A localização de Portugal maximiza a utilização dos aviões e maximiza também as rotas que podem ser feitas com aviões pequenos. Portanto, permitem a uma companhia aérea gerir de uma maneira extremamente flexível a sua frota e tráfego.

Falou da preocupação ambiental relativamente à zona onde o aeroporto irá ficar localizado. E o fator sustentabilidade do próprio aeroporto?
Os aeroportos do futuro vão ser hubs de energias, sobretudo renovável. Hoje em dia, a primeira coisa que nos vem à cabeça que um aeroporto precisa é de combustível, de um pipeline de combustível. No futuro, além do pipeline de combustível, o aeroporto vai ter uma ou duas linhas de alta tensão, de corrente contínua, de muito alta capacidade para levar energia, não só para o funcionamento sustentável do aeroporto como, também, para a aviação elétrica. O crescimento regional na aviação vai ser cada vez mais elétrica, os Teslas dos ares.

Depois vem a questão da aviação a hidrogénio e aí trata-se de levar quantidades prodigiosas de energia renovável para um aeroporto, a partir de água, fazer a eletrólise, ter depósitos gigantescos para armazenar o hidrogénio, porque embora seja comprimido 600 vezes e possua 1/14 da densidade da água e pese muito menos do que o combustível, ocupa muito mais volume em terra.

A CTP colocou um contador na 2.ª Circular para mostrar o valor que a economia portuguesa está a perder com a não decisão da construção do novo aeroporto. Em seu entender, quanto custa efetivamente não ter uma decisão relativamente a esta infraestrutura aeroportuária?
A CTP calculou e provavelmente tem razão. Só há um projeto que garante que nunca mais tinham de colocar cartazes desse tipo, é o nosso.

Mas, como disse uma vez, se olharmos para a previsão de tráfego, o Magellan 500 suporta, sem espinhas, 40 anos ou mais. Se for complementar a Lisboa, é sem limite.

E equaciona a complementaridade com outro aeroporto sem ser Lisboa?
O nosso cenário central é e sempre foi o Aeroporto Humberto Delgado (AHD) continuar a existir. Nunca pensámos no fecho do AHD. A nossa área central de negócios é o Aeroporto Humberto Delgado continuar e até expandir na próxima década, porque tem a pressão para isso acontecer.

O futuro do AHD é uma decisão que há de ser tomada algures no futuro entre os governantes, a Câmara Municipal de Lisboa e a Câmara Municipal de Loures, o concessionário e os eleitores.

O nosso, independentemente do que queiram fazer com o AHD tem capacidade suficiente para o aumento de tráfego.

Se for o Magellan 500, no momento em que seja tomada a decisão, toda a gente irá arregaçar as mangas e toda a gente vai rumar para o mesmo lado para que seja feito o mais rápido possível

Uma questão que também está, não diretamente, mas indiretamente, relacionada com o aeroporto até por causa do hub, prende se com a privatização da TAP. Fala-se da privatização da TAP, há vários interessados, Air France-KLM, Lufthansa, Iberia. Esta questão da privatização de alguma forma interfere ou poderá interferir com o projeto do Magellan 500?
Em nada. Para já, é um tema sobre o qual não queremos nunca dar uma opinião. Basicamente olhamos para a evolução da aviação como uma indústria que vai sempre crescer e, portanto, irá sempre ter o seu crescimento, independentemente de quem venha, a ser o futuro o dono da TAP.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa seria conhecida até ao final de 2023. Acredita nesse timing?
Acredito nesse timing porque há uma urgência, ou melhor, uma situação de premência enorme relativamente à necessidade de decidir sobre expansão da capacidade aeroportuária.

Se for o Magellan 500, no momento em que seja tomada a decisão, toda a gente irá arregaçar as mangas e toda a gente vai rumar para o mesmo lado para que seja feito o mais rápido possível. Se não for em 2028, em 2029. A partir desse momento, todos vai mobilizar-se.

Mas mesmo que haja um atraso e que a decisão seja tomada no princípio de 2024, essa decisão é mais importante, desde que permita que se avance e seja tomada a decisão correta.

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Lisboa e Seul mais pertos com início de ligações diretas da Korean Air esta quarta-feira

A Korean Air deu início, esta quarta-feira, dia 11 de setembro, às ligações diretas entre Seul e Lisboa. O facto, foi celebrado pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, que publicou nas redes sociais que é “fruto de um trabalho articulado entre o Turismo de Portugal, as Agências Regionais de Promoção Turística e a nossa delegada Inês Queiroz, no Japão”, trabalho esse que “juntos, iniciamos em 2023”, ao mesmo tempo que destaca que “hoje completa a estratégia de captação de novas rotas aéreas”.

A Korean Air, companhia aérea da Coreia do Sul, deu início, este quarta-feira, a uma nova rota entre Lisboa e Seul Incheon, capital sul-coreana, que vai contar com três voos por semana, às quartas, sextas e domingos, em aviões Boeing 787-9 Dreamliner, com 278 assentos, incluindo 24 na Classe Prestige e 254 na Classe Económica. Os voos entre Seul e Lisboa têm uma duração aproximada de 13 horas, enquanto os de regresso têm um tempo estimado de voo de 15 horas, com o seguinte horário: Saída da capital coreana às 13h10 e chegada ao Aeroporto Humberto Delgado às 20h10 (horas locais). O regresso far-se-á às 22h10, com chegada a Seul 19h10 do dia seguinte (horas locais).

“A nova rota Seul-Lisboa representa a segunda ligação direta da Ásia para Portugal, e deverá potenciar novas oportunidades de mercado não só na Coreia, mas também no Japão, onde a Korean Air tem uma forte presença consolidada e poderá captar uma fatia importante do mercado japonês através das suas ligações via Seul”, considera o Turismo de Portugal, numa informação divulgada recentemente.

“Esta rota é um marco na conectividade aérea e no fortalecimento das relações entre Portugal e a Ásia. O Turismo de Portugal está focado em identificar e aproveitar oportunidades em mercados promissores para atender às necessidades do turismo”, referia Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, no momento do anúncio das ligações aéreas entre as suas capitais, que irão estar ativas durante dois meses, pelo menos até 25 de outubro, mas poderão ser prolongadas durante a época de inverno, que começa a 27 de outubro e decorre até 30 de março de 2025.

Recorde-se que a Coreia do Sul é um mercado que tem vindo a crescer em Portugal e, no ano passado, foi mesmo o 25.º mercado turístico da procura externa aferido pelo indicador dormidas e ocupou o 19.º lugar para o indicador hóspedes.

“Em relação ao ano anterior, o número de hóspedes em 2023 aumentou cerca de 189%, fixando-se em 170,1 mil. Já nas dormidas, o acréscimo foi de 136,2%, o que conduziu a 264,7 mil dormidas de sul-coreanos em Portugal”, acrescenta o Turismo de Portugal, defendendo que “estes números refletem um potencial de crescimento significativo para Portugal nos próximos anos com a implementação desta nova rota”.

Considerado um marco significativo na expansão da companhia aérea sul coreana na Europa, e para assinalar a ocasião, foi realizada uma cerimónia no Aeroporto de Incheon, com a presença de representantes da Korean Air, da embaixada e do aeroporto, incluindo Keehong Woo, presidente da Korean Air; Kwang Ho Ko, vice-presidente e chefe da sede regional da Korean Air; Susana Vaz Patto, embaixadora de Portugal na República da Coreia; e Inês Pereira de Queiroz, diretora do Visit Portugal para o Japão e a Coreia do Sul.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Portugal tem uma nova rent-a-car: Sicily by Car

Foi apresentado nas novas instalações, no Prior Velho, o mais recente player no mercado de rent-a-car-em Portugal. Chega de Itália, mais concretamente, da Sicília. Fundada em 1963, a Sicily by Car entra no nosso país com uma frota de 400 veículos e aposta no serviço ao cliente e na qualidade. Porto e Faro são os próximas cidades escolhidas para a expansão nacional.

Chama-se Sicily by Car e é o novo player no mercado de rent-a-car em Portugal. Depois do mercado de origem (Itália), a empresa fundada por Tommaso Dragotto em 1963, chega ao nosso país com a intenção de “dar aos clientes o que mais desejam: um excelente serviço e qualidade”, revelou João Marques Alves, diretor de Operações da Sicily by Car em Portugal.

A empresa que arrancou há 61 anos com uma frota composta por um Fiat 1300, um Fiat 1100 e dois Fiat 500, apresentou-se esta terça-feira (10 de setembro) nas modernas instalações localizadas no Prior Velho, junto ao Aeroporto Humberto Delgado, e contou com a presença do fundador e presidente da empresa, do embaixador de Itália em Portugal, Claudio Miscia, e de muitos convidados.

Ao Publituris, Vittoria Scalici, Business Manager da Sicily by Car, admitiu que Portugal é “um passo lógico na nossa expansão”. De resto, Portugal aparece no mapa de internacionalização da Sicily by Car depois desta ter aberto operações próprias na Albânia, Malta e Croácia, e, em parcerias, em França (Paris) e Áustria (Viena).

“Portugal tem registado um crescimento incrível no turismo e, por isso, é lógica esta expansão para um mercado que ainda tem capacidade para absorver mais players”, referiu ainda Vittoria Scalici.

De resto, os planos de expansão da empresa italiana não se ficam por Lisboa, já que o pretendido é abrir operação no Porto e Faro, ambicionando os responsáveis que isso aconteça até ao final deste ano de 2024. Já as aberturas nas ilhas – Madeira e Açores – deverão acontecer em 2025, embora João Marques Alves refira que “não existe timing fixo. Acontecerão quando tiverem reunidas as condições de prestarmos o serviço que queremos, sempre apostados na excelência e qualidade do serviço a prestar ao cliente”.

Direcionada ao cliente viajante que chega a Portugal e quer percorrer o país, a Sicily by Car quer explorar, também, o cliente corporate, embora reconheça que “ainda não temos no nosso parque as viaturas que são solicitadas”, salientando, no entanto, o diretor de Operações da empresa que “essas viaturas estão a chegar e são top”.

Com uma frota global que soma mais de 13.000 viaturas, o único handicap apontado por João Marques Alves é não ter nenhum ponto de contacto no interior do aeroporto de Lisboa, situação que admite “será solucionada com a comunicação que iremos fazer junto de quem quer viajar e chega a Portugal”.

Claudio Miscia, embaixador de Itália em Portugal na apresentação da Sicily by Car na sede, no Prior Velho

O embaixador de Itália em Portugal enfatizou a presença de visitantes italianos no nosso país, mas também dos italianos que já residem em Portugal, “o que demonstra o bem que se sentem neste país”. Claudio Miscia salientou, de resto, que, “se há 10 anos viviam em Portugal não mais de 3.000 italianos, atualmente, esse número multiplicou-se por 10, já que são mais de 30.000 os italianos que residem em Portugal. Ora, isso quer dizer alguma coisa”.

Além da expansão prevista para o nosso país, a Sicily by Car anunciou, também, a expansão da operação para Ibiza (Espanha), que terá início a 1 de janeiro de 2025.

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Embarque e desembarque no Funchal no inverno: MSC Cruzeiros com oferta de crédito a bordo

A MSC Cruzeiros oferece um crédito a bordo de 100€ para os passageiros que viajam de Lisboa e do Porto que adquiram o pacote especial cruzeiro e voos para determinados itinerários no inverno 2024/2025 com embarque e desembarque no Funchal.

Os passageiros que irão viajar de Lisboa ou do Porto, caso adquiram o pacote especial cruzeiro e voos, a MSC Cruzeiros oferece um crédito a bordo para realizar este novo itinerário para as iIlhas Canárias, com saída e chegada ao Funchal a bordo do MSC Opera.

Entre 3 de novembro de 2024 e 20 de março de 2025, estão programados um total de 21 cruzeiros em direção às Canárias, podendo-se escolher entre itinerários de nove, oito, sete ou seis noites para Santa Cruz de Tenerife (Ilha de Tenerife), Arrecife (capital de Lanzarote), Las Palmas (na Gran Canaria), Puerto del Rosário (em Fuerteventura) e Santa Cruz de La Palma (a capital de La Palma).

Esta oferta é limitada, pelo que os passageiros podem desde já efetuar a sua reserva para garantir os melhores camarotes e aproveitarem a possibilidade de ter tudo incluído.

 

 

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Gipsyy e Alsa assinam parceria para operar rotas internacionais desde a Península Ibérica

A parceria entre a Gipsyy e a Alsa arranca esta terça-feira, 10 de setembro, com o início da operação conjunta nas rotas Madrid-Lisboa e Madrid-Porto.

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A Gipsyy e a Alsa assinaram uma parceria estratégica para comercializar e operar
conjuntamente rotas de autocarros desde a Península Ibérica até vários países
europeus, cujo início acontece esta terça-feira, 10 de setembro, com o arranque da operação conjunta nas rotas Madrid-Lisboa e Madrid-Porto.

De acordo com um comunicado enviado à imprensa, a perspectiva passa por estender a parceria a outras rotas internacionais, sendo as viagens realizadas em modernos autocarros de dois andares, equipados com Wi-Fi e pontos de carga USB, que oferecem “o menor tempo de viagem do mercado”.

“Com esta aliança, os passageiros entre Espanha e Portugal poderão desfrutar de várias vantagens, como a ampliação dos destinos disponíveis e um aumento da frequência dos serviços, melhorando as opções de viagem. Além disso, a integração dos sistemas de venda de bilhetes e atendimento ao cliente facilitará as conexões entre diferentes rotas”, lê-se no comunicado divulgado pelas duas empresas.

Segundo Nuno Oliveira, CEO da Gipsyy, “esta aliança cria a maior e mais abrangente rede de mobilidade rodoviária entre Portugal e Espanha, conectando dezenas de cidades e regiões com maior eficiência, conforto e economia para os viajantes”.

“A combinação da experiência, tecnologia e redes da Gipsyy e da Alsa permitirá oferecer benefícios diretos aos passageiros e melhorar a experiência de viagem”, acrescenta o responsável da Gipsyy.

Já Borja Bermúdez, diretor de Linhas Internacionais da Alsa, assinala que, com a união
das forças da Alsa e da Gipsyy, os passageiros passam a ter “mais opções, maior flexibilidade e melhores conexões”.

“Em resumo, um serviço de qualidade superior. Esta aliança tem um enorme potencial comercial para criar a maior e mais completa rede de transporte entre a Península Ibérica e a Europa”, refere ainda Borja Bermúdez.

Recorde-se que a Gipsyy é uma plataforma de mobilidade digital que facilita as viagens rodoviárias em Portugal e Espanha, oferecendo uma opção cómoda e acessível para deslocações entre cidades e destinos turísticos, enquanto a Alsa é considerada a empresa líder no setor espanhol de transporte de passageiros por estrada.

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Grupo Norwegian transporta mais de 2,7 milhões de passageiros em agosto

Em agosto, o grupo norueguês Norwegian aumentou em 10% o total de passageiros transportados face a igual mês de agosto.

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Em agosto, a Norwegian transportou 2.369.469 passageiros, enquanto a Widerøe transportou 340.955 passageiros. Em conjunto, as duas companhias do grupo norueguês transportaram um total de 2.710.424 passageiros, registando-se uma tendência positiva, com um crescimento de passageiros de 10% em relação a agosto do ano passado. A ocupação média da Norwegian aumentou 11% em comparação com o mesmo período do ano passado.

“Tivemos um aumento significativo da capacidade ano após ano, ao mesmo tempo que melhorámos tanto a ocupação média como o rendimento a partir de agosto de 2023”, frisa Geir Karlsen, CEO da Norwegian.

Em agosto, a Norwegian operou com uma taxa de regularidade, definida como a percentagem de voos realizados em relação aos voos programados, de 99,5%. A pontualidade, definida como a percentagem de voos que partem até 15 minutos depois da hora prevista, foi de 76,5%, menos 5,9% do que em agosto do ano passado. No entanto, 95,9% dos voos chegaram ao seu destino até 60 minutos após a hora prevista de chegada. A companhia aérea operou uma média de 86 aeronaves em agosto.

A Widerøe também teve um bom desempenho em agosto, com um aumento de 8% no número de passageiros.

Um mês forte para reservas
A Norwegian também está a registar fortes reservas antes da época de inverno. O lançamento de novas rotas interessantes, para além de uma rede de ligações já extensa, sugere uma época de inverno agitada para a Norwegian.

“A campanha de vendas de inverno da Norwegian foi bem recebida pelos nossos clientes. Estamos satisfeitos por ver que o ritmo das reservas continua no outono e no inverno através de uma boa combinação de rotas já populares e de novos destinos. As pontes de outono estão a começar a ficar bastante movimentadas, com muitos destinos populares a encherem rapidamente”, salienta Geir Karlsen.

A companhia aérea regional – Widerøe – também regista um bom ritmo de reservas para os próximos meses em toda a sua rede.

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Transporte aéreo de passageiros continuou a crescer no 2.º trimestre com aumento de 4,8%

Os aeroportos nacionais movimentaram 19,3 milhões de passageiros no 2.º trimestre, aumento de 4,8% face ao mesmo período de 2023 e que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), manteve a tendência que já se vinha a registar nos três primeiros meses do ano, quando o aumento foi de 5,9%.

Inês de Matos

No segundo trimestre de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram 19,3 milhões de
passageiros, número que traduz um aumento de 4,8% face ao mesmo período de 2023 e que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), manteve a tendência que já se vinha a registar nos três primeiros meses do ano, quando o aumento dos passageiros movimentados nos aeroportos nacionais foi de 5,9%.

Os dados do INE, divulgados esta sexta-feira, 6 de setembro, mostram que os aeroportos nacionais receberam, entre abril e junho, 66,3 mil aeronaves em voos comerciais, o que representa uma subida de 2,0% face ao trimestre homólogo de 2023, superando o aumento registado no trimestre anterior, que tinha sido de 1,2%.

“O número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente no 2º trimestre de 2024, mantiveram-se, em média, acima dos valores registados no trimestre homólogo. O mês de junho foi o que registou o maior desembarque médio diário de passageiros nos aeroportos nacionais (cerca de 113 mil
passageiros; +5,5%)”, revela o comunicado divulgado pelo INE.

Por aeroportos, foi em Lisboa que se concentrou a maior parte dos passageiros, com a infraestrutura a ser responsável por 47,8% do movimento total de passageiros, o que representa um total de 9,2 milhões de passageiros e um aumento de 5,1% face ao mesmo período de 2023.

Já o aeroporto do Porto registou, segundo o INE, o “segundo maior volume de passageiros movimentados do país”, representando 22,6% do total e 4,4 milhões de passageiros, num aumento de 4,8% face a período homólogo do ano passado.

No aeroporto de Faro, foram ainda movimentados 3,1 milhões de passageiros, o que representa 16,2% do total e um crescimento de 1,8% face aos mesmos três meses do ano passado.

Na Madeira, foi ainda registado o movimento de 1,3 milhões de passageiros, num aumento de 6,3% face ao segundo trimestre de 2023, enquanto em Ponta Delgada houve um aumento de 12,7% comparativamente ao mesmo período do ano passado, num total de 771,6 mil passageiros movimentados.

Maioria dos passageiros correspondeu a tráfego internacional

Os dados do INE mostram que, no segundo trimestre de 2024, a maioria dos passageiros movimentados nos aeroportos nacionais correspondeu a tráfego internacional, que representou 82,0% do tráfego total, somando 15,8 milhões de passageiros, num aumento de 5,3% comparativamente a período homólogo do ano passado.

“O peso do movimento internacional ascendeu a 95,2% em Faro, 88,5% em
Lisboa e 86,7% no Porto”, especifica o INE, na informação divulgada esta sexta-feira, 6 de setembro.

 

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Privatização da Azores Airlines será concluída “em breve” mas não este ano

O vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, adianta que o processo só deverá ser retomado em 2025 mas diz que “muito em breve as tutelas das Finanças e dos Transportes tratarão de dar seguimento à privatização da Azores Airlines.

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O Governo Regional dos Açores pretende retomar a privatização da Azores Airlines “em breve”, ainda que não seja possível concluir o processo este ano, avança a Lusa, que cita o vice-presidente do executivo regional, Artur Lima.

“As indicações do senhor presidente do Governo é para que o assunto seja retomado, seja feita uma análise. Agora, depressa e bem não há quem. Este ano, naturalmente, não é possível”, afirmou o governante regional, à margem da leitura do comunicado do Conselho de Governo, que se reuniu em Vila do Porto, na ilha de Santa Maria.

Questionado hoje sobre o processo de privatização, o governante adiantou que “muito em breve, as tutelas das Finanças e dos Transportes tratarão de dar seguimento a esse processo”, que será “objeto de uma análise profunda”, em que serão equacionadas “todas as hipóteses”.

A Lusa recorda que, em maio, o executivo açoriano cancelou o concurso de privatização da Azores Airlines e anunciou o lançamento de um novo concurso, alegando que a companhia estava avaliada em mais 14 milhões de euros do que no início do processo.

Quando anunciou o cancelamento do concurso, Artur Lima, porta-voz do Conselho de Governo, disse que o executivo pretendia “iniciar brevemente o novo processo de privatização da Azores Airlines”, mas lembrou que a região tinha até 2025 para concluir o processo, como acordado com a Comissão Europeia.

“Temos tempo de lançar um novo concurso de privatização e, como temos tempo e temos uma companhia mais valiosa, podemos lançar um concurso de privatização melhor, que melhor defenda os Açores e que sirva os interesses dos Açores”, explicou Artur Lima, em maio.

Entretanto, o único consórcio admitido, a Newtour/MS Aviation, interpôs uma providência cautelar contra a decisão do Governo Regional dos Açores.

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Explora Journeys inaugura segundo navio a 15 de setembro

O EXPLORA II, o segundo navio da Explora Journeys, vai ser inaugurado numa cerimónia em Civitavecchia, Itália, e conta com Rosalba Giugni, fundadora e presidente da Fundação Marevivo, como madrinha.

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O EXPLORA II, o segundo navio da Explora Journeys, a marca de luxo do MSC Group, vai ser inaugurado a 15 de setembro, em Civitavecchia, perto de Roma, Itália, contando com Rosalba Giugni, fundadora e presidente da Fundação Marevivo, como madrinha.

Num comunicado enviado à imprensa, a Explora Journeys adianta que a cerimónia de nomeação acontece depois da “entrega do EXPLORA II do construtor naval ao armador, a 12 de setembro, no estaleiro Fincantieri em Sestri Ponente, perto de Génova, Itália”.

Segundo a companhia de cruzeiros de luxo, a cerimónia vai contar com uma mistura de “tradições marítimas e momentos glamorosos, incluindo espetáculos, entretenimento vibrante e delícias culinárias que celebram o ‘Ocean State of Mind’”.

A cerimónia vai contar também com a presença da madrinha do navio, Rosalba Giugni, fundadora e presidente da Fundação Marevivo, uma organização não partidária de conservação ambiental comprometida com a preservação dos ambientes marinhos e que foi fundada em 1985.

“É uma honra ter a Rosalba Guigni como madrinha do novo e magnífico navio de luxo da Explora Journeys, simboilizando a dedicação do MSC Group e da nossa MSC Foundation em preservar a beleza natural dos oceanos que são fundamentais para as nossas viagens pelo mundo. O seu compromisso com a conservação marinha e a proteção do mar faz dela uma inspiração para todos nós. A paixão de Rosalba pelo mar estende-se à divulgação científica e à defesa pública, tornando-a uma madrinha adequada para o EXPLORA II”, afirma Pierfrancesco Vago, Executive Chairman da Cruise Division do MSC Group.

No dia seguinte à inauguração, o EXPLORA II parte para a sua viagem inaugural, que vai ter a duração de sete noites e que tem como destino Terragona, em Espanha, incluindo escalas em Sorrento, Lipari (Ilhas Eólias), Trapani (Sicília) e Siracusa (Sicília), em Itália, assim como em Valletta, Malta.

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Barcelona vai ter “aumento substancial” da taxa turística para cruzeiristas de curta duração

O jornal espanhol Hosteltur diz que há um acordo entre as autoridades catalãs e municipais para o aumento do valor para passageiros que ficam na cidade até 12 horas. Atualmente, este valor está nos quatro euros por passageiro.

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A taxa turística que é cobrada aos cruzeiristas que desembarcam em Barcelona e ficam poucas horas na cidade deverá sofrer um “aumento substancial” em breve, avança o jornal espanhol Hosteltur, que diz que há um acordo entre as autoridades catalãs e municipais para o aumento do valor, que atualmente está no quatro euros por passageiro.

O Hoteltur revela que o presidente da Generalitat da Catalunha, Salvador Illa, e Jaume Collboni, autarca da capital catalã, já terão chegado a um acordo que prevê a eliminação  do limite da sobretaxa municipal turística para passageiros de cruzeiros que fiquem até 12 horas na cidade.

“Uma tributação substancialmente mais elevada vai ajudar-nos a controlar a procura de cruzeiros com escalas de duração inferior a 12 horas, que são aqueles que fazem uso mais intensivo da cidade e criam mais tensões nos espaços públicos”, afirma Jaume Collboni, autarca de Barcelona.

Esta alteração deverá, contudo, ter de ser ainda especificada no próximo projeto de orçamento, até porque não foi, por enquanto, avançado qualquer valor para as escalas de curta duração.

Além do aumento da taxa turística para passageiros de cruzeiros que fiquem até 12 horas na cidade, os responsáveis mostram-se também disponíveis para um debate mais alargado sobre a tributação turística em geral em Barcelona, o que deverá acontecer no âmbito da negociação dos próximos orçamentos.

Jaume Collboni explica a intenção de aumentar esta taxa com o facto de Barcelona ter recebido, no ano passado, 1,6 milhões de visitantes de cruzeiros e de ter novas perspectivas de crescimento para 2024, para valores que, segundo o autarca, “não são aceitáveis” para a cidade, pelo que o aumento da taxa procurará evitar esse crescimento.

“Defendemos que Barcelona tem que ser um porto base para cruzeiros e temos que limitar muito, muito a atividade de escalas de cruzeiros”, acrescenta o presidente da autarquia de Barcelona.

No primeiro semestre de 2024, o porto de Barcelona contabilizou 323 escalas de navios de cruzeiro, 83% deles com Barcelona como base, face aos 79% registados em todo o ano de 2023.

 

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TAP lança campanha que oferece bagagem extra em voos entre Portugal, Moçambique e Angola

A nova campanha promocional da TAP é válida para vendas até 29 de março de 2025 e aplica-se a viagens dentro do range do sistema entre Portugal, Moçambique e Angola, sem período especifico de viagem.

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A TAP lançou uma nova campanha promocional que oferece condições especiais de bagagem de porão aos passageiros que viajem entre Portugal, Moçambique e Angola, informou a companhia aérea de bandeira nacional, em comunicado.

De acordo com a TAP,  a nova campanha promocional é válida para vendas até 29 de março de 2025 e aplica-se a viagens dentro do range do sistema, sem período especifico de viagem.

Desta forma, nas tarifas Brands Executive/Top Executive, passa a ser possível transportar até três volumes de bagagem, num máximo de 32 quilos para malas de porão, enquanto na Brands Classic/Plus, que também prevê o transporte de três volumes, o limite é de 23 quilos. Já a tarifa Brand Basic contempla dois volumes, até 23 quilos.

“Com bagagem extra, os passageiros podem levar e trazer mais lembranças, presentes e recordações, tornando ainda mais memoráveis as viagens”, sublinha ainda a TAP, na informação divulgada.

 

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