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“Este projeto está concebido e pensado já para a aviação do futuro”

A discussão sobre o novo Aeroporto de Lisboa dura há mais de meio século. Em 2022, foi conhecido o projeto para Santarém, o Magellan 500. Carlos Brazão, líder e promotor do projeto, salienta ao Publituris as diversas vantagens do Magellan 500 para a região e país. Flexível, escalável e adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação, o primeiro voo poderia aterrar ou levantar voo em 2029.

Victor Jorge
Transportes

“Este projeto está concebido e pensado já para a aviação do futuro”

A discussão sobre o novo Aeroporto de Lisboa dura há mais de meio século. Em 2022, foi conhecido o projeto para Santarém, o Magellan 500. Carlos Brazão, líder e promotor do projeto, salienta ao Publituris as diversas vantagens do Magellan 500 para a região e país. Flexível, escalável e adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação, o primeiro voo poderia aterrar ou levantar voo em 2029.

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“Claro que acredito” no Magellan 500 (Aeroporto projetado para a região de Santarém). É desta forma que Carlos Brazão, líder e promotor do Magellan 500 se afirma quanto à possibilidade do projeto ser o escolhido para receber o novo Aeroporto para a região de Lisboa. E admite que “esta localização é tão boa que se nos dissessem que não havia limitação nem de contratos de concessão nem nada, ainda assim seria esta localização escolhida”.

Apresentaram há relativamente pouco tempo o projeto para o Aeroporto de Santarém, Magellan 500 na Comissão Técnica Independente (CTI) para o Aeroporto. Conseguiram perceber ou tiveram alguma reação por parte da CTI?
Tivemos a oportunidade de apresentar o projeto de uma maneira detalhada, mas não seria elegante da nossa parte estar a elaborar sobre as reações que as pessoas tiveram. Correu bastante bem, tivemos a oportunidade de explicar de forma detalhada o projeto, as suas mais-valias e estamos contentes com o que apresentámos.

Acredita no Aeroporto em Santarém?
Claro que acredito. É um projeto que reúne um conjunto único de vantagens, que pode começar pequeno, pode começar rápido, temos uma urgência na capacidade aeroportuária, da expansão da capacidade portuária em Lisboa, é um projeto expansível e de uma forma extremamente flexível. Começa uma pista que não é pequena, terá 3.400 metros, mas que tem seis fases de expansão e que pode ir até três pistas e uma capacidade até 100 milhões de passageiros. Ou seja, pode começar pequeno, rápido, mas é expansível e suportar o aumento que prevemos e que estudos preveem de capacidade para os próximos 40 anos.

O Magellan 500 não é só escalável, mas também é adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação

Rápido, adaptável e flexível
Esse fator da escalabilidade é, de facto, a maior vantagem do projeto?
É uma das vantagens do projeto, mas não é só do projeto, é uma vantagem para Portugal.

A aviação e já nem vamos falar nos próximos 50 anos, mas a aviação nos próximos 20 anos vai continuar a crescer. Todos os estudos indicam isso, da Boeing, da Airbus. Espera-se uma duplicação das frotas mundiais de aviões de 24.000 para 47.000 aviões. Na Europa, espera-se um crescimento das frotas em mais de 70% e o tráfego nesta região, que é o mercado natural de Portugal, o interior europeu, o transatlântico e para África, também vai crescer entre os 2,5 e os 3%. Vai crescer em tudo, vai crescer em todas as geografias, não vai crescer em todas as geografias exceto Portugal, também vai crescer em Portugal. Se não quisermos nos próximos 20, 30, 40 anos sofrer do mesmo mal que sofremos nos últimos 50 e ter uma infraestrutura subdimensionada e termos um país a perder oportunidades da indústria de turismo e termos um turismo permanentemente com aeroportos com falta de capacidade e a perder oportunidades de crescer é de toda a conveniência ter uma infraestrutura verdadeiramente escalável.

Mas deixe-me acrescentar outro ponto. O Magellan 500 não é só escalável, mas também é adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação.

Porque já não se discute o Aeroporto da Portela. É sabido que já não chega e que há necessidade de uma nova infraestrutura?
Absolutamente. Os estudos que fizemos com empresas de consultoria internacional, indicam que a Portela pode ainda ser expandida, mas pode ser expandida e passar dos 31 milhões de 2019 para algo como 38 milhões de passageiros. A partir daí começa a ser realmente difícil. Se formos ver, esse nível de procura já será atingida ainda esta década.

Como os aeroportos são planeados a 20, 30, 40, 50 anos, mais tarde ou mais cedo e, provavelmente, mais cedo do que tarde, vamos precisar de uma nova infraestrutura aeroportuária. Agora podemos escolher uma que nos dá para mais dez ou 15 anos e voltamos e continuamos a discutir o tema, ou escolher uma infraestrutura que pode começar rápido e escalar e tirar do debate nacional os aeroportos.

Três anos para o Magellan 500
Mas relativamente a este projeto de Santarém, quem é que está envolvido?
Pertence a um consórcio que lidero, chamado Magellan 500, que é um nome de código que junta diversas coisas. Quando começámos estávamos no princípio da viagem circum-navegação do Fernão de Magalhães, começámos o projeto em setembro de 2019 e a decisão de o admitir na avaliação estratégica é de setembro de 2022. E a viagem do Fernão Magalhães começa em setembro de 1519 e acaba em setembro de 1522. Portanto, acertámos nos 500 anos em tudo.

Temos o consórcio nacional, Magellan 500, nome do projeto e a empresa veículo que tem os acordos. Depois temos como parceiro do consórcio nacional, o grupo Barraqueiro, líder incontestado de mobilidade terrestre rodoviário, é há mais de 20 anos o único operador ferroviário privado em Portugal, já foi acionista da TAP, já conhece a aviação, tem operações internacionais.

A nível internacional, temos uma série de conversações e uma série de acordos, acordos de confidencialidade, que vão sempre ser necessários dada a dimensão do projeto.

O projeto começou a ser “cozinhado” em setembro de 2019 e acabou em setembro de 2022. Porquê este tempo todo, de três anos, para se dar a conhecer o projeto?
O projeto começou a ser conhecido em julho/agosto de 2022. Três ano, porque é um projeto construído de raiz, sem atalhos, é o tempo que demora realmente a pensar um projeto destes e depois a validá-lo e a fazer os estudos. Nunca quisemos que o projeto fosse conhecido sem estar validado. Ao longo dos três anos, a nossa decisão de raiz era se o projeto não for bom, se o projeto não tiver vantagens diferenciadoras únicas, morre em silêncio. Só avançámos porque achámos que o projeto, de facto, era diferenciador.

Se tivesse havido uma fuga de informação, ao longo destes três anos, teria prejudicado o projeto?
Felizmente, não houve e agora podemos dizer que temos as medalhas de que não houve fugas de informação. Quando começámos a apresentar o projeto, a reação típica era, como é que conseguiram durante dois anos manter o projeto em silêncio? Havia muitos projetos de tentativa, muitos projetos de aspirações a aeroporto e, portanto, se houvesse algum tipo de uma fuga, podia-se pensar que era mais um projeto como esse. Mas, felizmente, conseguimos e garanto-lhe que estiveram umas dezenas de pessoas envolvidas no projeto.

O primeiro voo no Magellan 500
Quanto tempo demoraria esta infraestrutura a estar pronta para receber os primeiros voos a partir do momento em que há uma decisão, é Santarém?
Há um sub-tempo, tempo de construção. Como pode começar numa Fase 1 ou 2A, ou seja, uma pista e capacidade de 10 a 20 milhões de passageiros, estaria pronto para receber o primeiro voo em 2029.

Podemos escolher uma [localização] que dá para mais dez ou 15 anos e voltamos e continuamos a discutir o tema, ou escolher uma infraestrutura que pode começar rápido e escalar e tirar do debate nacional os aeroportos

E foi estudado o impacto ambiental desta infraestrutura?
Tudo foi estudado, os aspetos ambientais, reservas protegidas, áreas protegidas remotas, a orientação das pistas foi estabelecida em função das áreas remotas, dos aspetos ambientais, do ruído, etc. Já fizemos a apresentação prévia não só a organismos da área ambiental, como também, por exemplo, a ONG ambientais e até agora com bastante validação e com reações bastante positivas.

Este é o primeiro projeto, diria, o primeiro aeroporto que não aproveita alguma coisa que já está feita. É desenhado e feito de raiz e é um aeroporto a pensar no cuidado ambiental. Este projeto foi todo desenhado a pensar primeiro nas populações, orografia do terreno e impacto ambiental.

Que mais-valias apresenta este projeto comparado com os outros?
Não quero entrar em comparações. Prefiro falar das vantagens do nosso projeto. É um projeto de rápida construção, é um projeto escalável, portanto junta o facto de começar mais rápido, ser escalável e adaptável. Depois é um projeto muito pensado no ambiente e nas populações. A verdade é que que a Junta de Freguesia onde se situa o Magellan 500, quer as quatro câmaras à volta, são fortíssimas apoiantes do projeto.

Não houve objeções relativamente à localização?
Não, não houve. Ainda recentemente um jornal publicou um artigo onde dois presidentes de Junta de Freguesia e quatro presidentes de Câmara, demonstraram uma coligação total de apoio.

Mas no aspeto ambiente, o Magellan 500 foi desenhado com uma preocupação total, a afinação do sítio, o sítio das pistas, a orientação das pistas, tudo foi pensado em termos de ambiente. Mas daqui a dez anos vai começar a falar-se de aeroportos e de aviação limpa. Ou seja, os aeroportos irão transformar-se em hubs de energia, energia renovável, vai começar a ter a aviação elétrica para a parte regional e para recolher passageiros, vai começar a ter a aviação a hidrogénio e aí estamos a falar de dezenas ou centenas de toneladas de hidrogénio que tem de ser produzido próximo do aeroporto e é pouco compatível com população à volta.

Este projeto está concebido e pensado já para a aviação do futuro.

É um aeroporto pensado não para 2029, mas já muito para além disso?
É um aeroporto pensado para o futuro.

30 minutos até Lisboa
Mas há outra questão que é muitas vezes levantada, que é a distância à grande cidade que este aeroporto irá servir, Lisboa. Este é um dos handicaps deste projeto?
Está a 30 minutos de Lisboa.

Se tiver as infraestruturas montadas?
E estão todas, desde o primeiro dia. Há um ramal de um quilómetro e meio que faz parte da construção inicial do projeto a ligar à Linha do Norte, única linha existente de velocidade elevada existente no país e onde estão previstas obras de melhoramento. Mas todas estas obras estão previstas no PN 2030, nada tem de ser construído de especial para este projeto. Já hoje chega se chega ao local em 30 e poucos minutos e no futuro chega-se em 30 minutos.

Portanto, a questão da distância não é uma questão?
É uma não questão. Todos os aeroportos novos que se constroem, estão fora das cidades.

Por exemplo, o aeroporto de Atenas, a ligação de transporte público mais prática e rápida é um metro e são 40 minutos. Mas o caso mais parecido é Oslo, que também teve um processo de escolha de dois ou três locais e que foi construído em 1999 e está a 62 quilómetros, tem um shuttle ferroviário que faz a distância até à cidade em 25 minutos e, no caso deles, tem uma taxa de utilização transportes públicos de 70%.

Acredita que possa surgir mais alguma localização para um aeroporto nos próximos tempos?
É muito improvável e a razão é técnica, já que dentro da concessão já se discutiram 17 localizações, por isso é improvável. Até porque para surgirem, já tinham surgido.

Fora da concessão, a resposta ainda é mais fácil porque, um dos trabalhos que fizemos, foi descobrirmos um sítio fantástico, mas quisemos validar-nos a nós próprios e pedimos às consultoras que trabalharam connosco para encontrarem sítios alternativos que nos tivessem escapado, juntando o mesmo conjunto de predicados, ou seja, atributos, acessibilidades, etc.. E não há.

Esta localização é tão boa que se nos dissessem que não havia limitação nem de contratos de concessão nem nada, ainda assim seria esta localização escolhida.

Dinheiros privados
Sabe-se que nesta primeira fase não seria necessário um grande investimento, mas de que valores estamos a falar?
O investimento é privado. Se avançar nesta Fase 1, o investimento inicial anda entre os mil milhões e os 1,2 mil milhões de euros, tudo incluído, inclusive os acessos.

Portanto, chave na mão?
Costumo dizer plug and play. É um investimento bastante pequeno quando comparado com os outros valores que ouvimos falar.

As outras fases não divulgamos o investimento, porque à medida que o tráfego aparece, aparece o investimento.

O facto de o projeto não necessitar de investimento público é uma das grandes vantagens?
Temos duas grandes vantagens, uma delas é essa, não necessitar de investimento público, é um projeto privado. A segundo é, podia ser um projeto privado, mas exigir um volume incrível de investimentos públicos para infraestruturas de acesso, é basicamente zero. Não há um centímetro de estrada ou auto-estrada a ser construído e não há um centímetro de infraestrutura ferroviária nova que tenha de ser construída. A única coisa que pedimos é que cumpram o PNI 2030.

Esta localização é tão boa que se nos dissessem que não havia limitação nem de contratos de concessão nem nada, ainda assim seria esta localização

Uma nova centralidade (inter)nacional
Que impacto é que esta infraestrutura teria na região circundante?
Fenomenal. Por partes, ruído, graças a uma localização feliz, disposição das pistas, etc., o número de população afetada é muito baixo. Ponto dois, impacto económico, um estudo da Intervistas de 2015 que também incluiu Portugal, estima que um aeroporto por milhão de passageiros, e o Magellan 500 permiti e absorve 30 milhões de passageiros sem problemas até à Fase 2A, significa 70.000 novos postos de trabalho diretos e indiretos e 100.000 induzidos em toda esta grande região Centro de Portugal. Portanto, estamos a falar de 170.000 postos de trabalho. 100.000 são gigantescamente turismo. É uma nova centralidade, não só nacional como internacional. Obviamente que colocar um projeto destes numa zona como aquelas vai transformar e dinamizar toda aquela região. O projeto tem tanto apoio do ponto de vista local que os quatro presidentes de Câmara tem um entendimento para fazer um plano, uma coisa inovadora, um Plano Diretor intermunicipal para repensar o seu território em função de uma centralidade nacional e internacional.

Magellan 500 permite absorver 30 milhões de passageiros sem problemas até à Fase 2A, significa 70.000 novos postos de trabalho diretos e indiretos e 100.000 induzidos em toda esta grande região Centro de Portugal

Mas sabe perfeitamente que muitas vezes se anda a reboque de vontades políticas. E o que é hoje verdade amanhã pode não ser. Receia que um projeto destes possa sofrer eventualmente uma remodelação ou uma reestruturação em termos de políticas autárquicas ou de Governo central?
Tivemos recentemente eleições autárquicas. Todos os autarcas com quem falámos têm mais cerca de três anos de mandato. Além disso, temos um diálogo permanente com todas as forças políticas. A prova disso é que os acordos foram recentemente revalidados connosco, e isso é público, foram revalidado e aprovados por unanimidade. Ou seja, isto é um projeto que reúne um consenso gigantesco entre todos os partidos.

Na mudança há aspetos positivos e negativos, mas os aspetos positivos superam em larga escala os negativos.

Um estudo recente do World Bank, que analisa o desenvolvimento das NUTS III por indústrias da União Europeia, e este projeto vai situar-se na NUT III da Lezíria do Tejo, considera-a de low income growth, e todas à volta são consideradas de baixo rendimento, exceto Lisboa que é de high income.

Este aeroporto vai ser o aeroporto mais próximo de oito comunidades intermunicipais, que no seu conjunto tem dois milhões de habitantes, mas que, de acordo com os Censos 2021, nos dez anos anteriores perderam 6% da população.

Um projeto destes pode escalar nos próximos 20 ou 30 anos para 30, 40 milhões de passageiros, mais tarde ou mais cedo, começa-se a assumir como um hub internacional, sobretudo para o tráfego transatlântico.

A questão ANA
A realidade é que este projeto está fora da alçada da ANA Aeroportos de Portugal. Isso foi estratégico quando desenharam este projeto?
Foi uma condicionante inicial do projeto. Ou seja, há um contrato de concessão que estabelece uma zona exclusiva de concessão que diz que só o concessionário pode desenvolver projetos. Se queremos fazer um projeto numa perspetiva de economia de investimento privado, não podemos fazê-lo dentro dessa concessão. Estaríamos a amputar o projeto à nascença.

Portanto, procurámos para lá da zona exclusiva de concessão. Por alguma razão o contrato estabelece que nas zonas exclusivas de concessão não se pode construir

Mas nunca tentaram estabelecer um diálogo com a ANA em ver alguma localização dentro desse perímetro para construir em parceria?
Não, qualquer projeto dentro da concessão nunca seria nosso investimento, não seria o nosso empreendimento.

A zona exclusiva do contrato de concessão foi uma condicionante para encontrar o local. Mas as características do local obrigou-nos a encontrar aquele local. Aquele local reúne um conjunto de características tão interessantes que se nos dissessem agora que não há essa condicionante, nós continuaríamos a escolher aquele local.

Não há em mais nenhum sítio em Portugal que tenha aquele tipo de conectividade.

Mas também já foi público uma afirmação sua a dizer que não fecha as portas à ANA.
Sim, isto é um projeto contra ninguém. Isto é um projeto de iniciativa privada, primeiro, porque é uma excelente oportunidade de investimento e de negócio, e segundo, porque é uma excelente solução para o país.

Portanto, também não fecham as portas a ninguém?
Não fechamos as portas a ninguém. Já abrimos essa porta, dissemo-lo em uma ou duas entrevistas, mas a partir de agora queremos manter as coisas entre duas empresas privadas.

Ouvir o setor
Um projeto destes, com este tipo de escala, com esta adaptabilidade, com estas vantagens, com esta apresentação, que tipo de auscultação fizeram para avançar com este projeto, nomeadamente, aos stakeholders do setor de turismo. Falaram com uma Confederação do Turismo de Portugal, AHP, APAVT, empresas de handling, a NAV, companhias aéreas?
O projeto ficou conhecido em agosto e nós temos tido uma prática de transparência proativa. Aceitamos falar com todas as pessoas que quiserem falar connosco sobre o projeto, como nós próprios temos procurado sequencialmente todos os stakeholders explicando-lhes o projeto. Obviamente que é um projeto que é conhecido há quatro meses e, portanto, ainda não conseguimos falar com todos.

Mas não o fizeram antes de desenhar o projeto?
Antes do projeto ser incluído na análise estratégica, apresentamo-lo ao presidente da Confederação do Turismo de Portugal.

Estamos a pedir para ser recebidos em mais três associações para explicar o projeto mais em detalhe: AHRESP, AHP e APAVT.

Este projeto talvez seja o que está mais avançado?
Perguntou três anos porquê? Foram três anos de trabalho. Foi um ano e meio ano até meados de 2020, com a equipa fundadora à procura de um lugar multi-critério. Depois foi um ano, com o nosso parceiro, a Barraqueiro, a montar o acordo de consórcio, montar a estratégia, etc.. Depois, em meados de 2021, em colaboração com um conjunto de consultores internacionais a desenhar o projeto e a partir de meados de 2021 contratámos os consultores, também contratamos uma firma de topo de Direito em Portugal, de Direito Administrativo, depois foram meses e meses de trabalho intenso até abril de 2022 para afinar e validar tudo.

Não vamos pedir ao Estado para aumentar as tarifas aeroportuárias, nem medidas de compensação, não vamos pedir nada

E tudo isto no meio de uma pandemia.
Este projeto tem a estrelinha. O projeto que está aqui hoje não foi como o grupo fundador o pensou. As pistas, o sítio foi ajustado, tudo foi feito até ao ínfimo pormenor, inclusivamente na arquitetura jurídica portuguesa.

Quem é que irá gerir este aeroporto?
Há uma parte importante, que é toda a parte da mobilidade terrestre, da responsabilidade da própria gestão, o grupo Barraqueiro tem essa capacidade. Depois, obviamente, haverá um parceiro internacional, um investidor e um operador para serem parceiros internacionais.

Já estão em conversações?
Ao longo do tempo temos tido sempre conversações.

Este projeto quando foi desenhado, tinha um caderno de encargos, tinha um plano de negócios, Mas entretanto também muita coisa mudou e muita coisa se alterou, nomeadamente, com a guerra. O aumento de custos terá impacto na construção do Magellan 500?
O budget inicial que fizemos já teve em consideração algumas margens. Num plano de negócio há coisas que parecem poder correr melhor e pior. Claro que os custos de construção aumentaram bastante. Mas, do outro lado, a recuperação do turismo está a ser muito mais rápido do que se estava a prever, ou seja, quando eu estiver pronto em 2029, haverá muito mais tráfego na fase inicial e, portanto, a rentabilidade também será outra.

O projeto também foi feito com base nas atuais tarifas aeroportuárias, nas que existiam de 2021 para 2022, e o projeto foi feito com a evolução natural das tarifas aeroportuárias. Não vamos pedir ao Estado para aumentar as tarifas aeroportuárias, nem medidas de compensação, não vamos pedir nada.

Acontece e é público que, neste momento, há uma proposta na ANAC para aumentar as tarifas aeroportuárias de Lisboa em mais de 10%. Lógico que as tarifas deste projeto serão referenciadas a essas tarifas.

Por outro lado, há uma retoma maior do tráfego do que se estava a prever e também as tarifas aeroportuárias estão a subir mais do que estávamos a prever.

O hub Magellan 500
Isto é um aeroporto com todas as companhias. Não há restrições a lowcost?
Um aeroporto é um aeroporto, pistas são pistas e slots são slots. É um aeroporto altamente escalável que na Fase 5 terá 200 posições de estacionamento para aviões.

É preciso olhar também para localização de Portugal, que é na ponta sudoeste da Europa. É o aeroporto com melhor localização para hubing entre quatro continentes, Europa, África e depois América do Norte e do Sul, sendo que e isso foi uma coisa que aprendemos com o nosso parceiro, o grupo Barraqueiro. Portugal é o único destino, o único sítio da Europa que permite que para muitas das localizações na América do Norte e na América do Sul, nomeadamente o Brasil, os aviões façam um voo de ida e volta sistematicamente por dia.

Quando um avião vem de Barajas, a caminho do Brasil, já gastou 40 minutos de combustível e quando vem de Barcelona já gastou 01h15 e quando vem de Paris já gastou quase duas horas de combustível.

A localização de Portugal maximiza a utilização dos aviões e maximiza também as rotas que podem ser feitas com aviões pequenos. Portanto, permitem a uma companhia aérea gerir de uma maneira extremamente flexível a sua frota e tráfego.

Falou da preocupação ambiental relativamente à zona onde o aeroporto irá ficar localizado. E o fator sustentabilidade do próprio aeroporto?
Os aeroportos do futuro vão ser hubs de energias, sobretudo renovável. Hoje em dia, a primeira coisa que nos vem à cabeça que um aeroporto precisa é de combustível, de um pipeline de combustível. No futuro, além do pipeline de combustível, o aeroporto vai ter uma ou duas linhas de alta tensão, de corrente contínua, de muito alta capacidade para levar energia, não só para o funcionamento sustentável do aeroporto como, também, para a aviação elétrica. O crescimento regional na aviação vai ser cada vez mais elétrica, os Teslas dos ares.

Depois vem a questão da aviação a hidrogénio e aí trata-se de levar quantidades prodigiosas de energia renovável para um aeroporto, a partir de água, fazer a eletrólise, ter depósitos gigantescos para armazenar o hidrogénio, porque embora seja comprimido 600 vezes e possua 1/14 da densidade da água e pese muito menos do que o combustível, ocupa muito mais volume em terra.

A CTP colocou um contador na 2.ª Circular para mostrar o valor que a economia portuguesa está a perder com a não decisão da construção do novo aeroporto. Em seu entender, quanto custa efetivamente não ter uma decisão relativamente a esta infraestrutura aeroportuária?
A CTP calculou e provavelmente tem razão. Só há um projeto que garante que nunca mais tinham de colocar cartazes desse tipo, é o nosso.

Mas, como disse uma vez, se olharmos para a previsão de tráfego, o Magellan 500 suporta, sem espinhas, 40 anos ou mais. Se for complementar a Lisboa, é sem limite.

E equaciona a complementaridade com outro aeroporto sem ser Lisboa?
O nosso cenário central é e sempre foi o Aeroporto Humberto Delgado (AHD) continuar a existir. Nunca pensámos no fecho do AHD. A nossa área central de negócios é o Aeroporto Humberto Delgado continuar e até expandir na próxima década, porque tem a pressão para isso acontecer.

O futuro do AHD é uma decisão que há de ser tomada algures no futuro entre os governantes, a Câmara Municipal de Lisboa e a Câmara Municipal de Loures, o concessionário e os eleitores.

O nosso, independentemente do que queiram fazer com o AHD tem capacidade suficiente para o aumento de tráfego.

Se for o Magellan 500, no momento em que seja tomada a decisão, toda a gente irá arregaçar as mangas e toda a gente vai rumar para o mesmo lado para que seja feito o mais rápido possível

Uma questão que também está, não diretamente, mas indiretamente, relacionada com o aeroporto até por causa do hub, prende se com a privatização da TAP. Fala-se da privatização da TAP, há vários interessados, Air France-KLM, Lufthansa, Iberia. Esta questão da privatização de alguma forma interfere ou poderá interferir com o projeto do Magellan 500?
Em nada. Para já, é um tema sobre o qual não queremos nunca dar uma opinião. Basicamente olhamos para a evolução da aviação como uma indústria que vai sempre crescer e, portanto, irá sempre ter o seu crescimento, independentemente de quem venha, a ser o futuro o dono da TAP.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa seria conhecida até ao final de 2023. Acredita nesse timing?
Acredito nesse timing porque há uma urgência, ou melhor, uma situação de premência enorme relativamente à necessidade de decidir sobre expansão da capacidade aeroportuária.

Se for o Magellan 500, no momento em que seja tomada a decisão, toda a gente irá arregaçar as mangas e toda a gente vai rumar para o mesmo lado para que seja feito o mais rápido possível. Se não for em 2028, em 2029. A partir desse momento, todos vai mobilizar-se.

Mas mesmo que haja um atraso e que a decisão seja tomada no princípio de 2024, essa decisão é mais importante, desde que permita que se avance e seja tomada a decisão correta.

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Movimentação de passageiros nos aeroportos nacionais ultrapassa os 8,3 milhões nos dois primeiros meses

Os primeiros dois meses de 2024 ditam um aumento de 4,5% na movimentação de passageiros nos aeroportos nacionais, totalizando mais de 8,3 milhões.

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Em fevereiro de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram 4,3 milhões de passageiros, correspondendo a uma evolução de 7,3% face a fevereiro de 2023.

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram, igualmente, que no início de 2024 continuou a verificar-se máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais. Em fevereiro de 2024, registou-se o desembarque médio diário de 76,6 mil passageiros, valor superior ao registado em fevereiro de 2023 (73,6 mil; +4%).

“O movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado foi, no ano passado, o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”, refere o INE.

No acumulado do ano – janeiro fevereiro – os dados do INE mostram que o número de passageiros nos aeroportos nacionais atingiu os 8,346 milhões, uma subida de 4,5% face aos 7,986 milhões de igual período de 2023 (+68,4% face a janeiro/fevereiro 2022).

Segundo avançam os dados do INE aterraram, em fevereiro, nos aeroportos nacionais 15,7 mil aeronaves em voos comerciais

Em fevereiro de 2024, 82,3% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 1,8 milhões de passageiros (+9%), na maioria provenientes do continente europeu (68,4% do total), correspondendo a um aumento de 7,4% face a fevereiro de 2023.

O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,1% do total de passageiros desembarcados (+21,1%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 81,3% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 1,7 milhões de passageiros (+8,3%), tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (67,9% do total), registando um crescimento de 6,8% face a fevereiro de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (9% do total; +19,5%).

Nos primeiros dois meses de 2024, o aeroporto de Lisboa movimentou 56,1% do total de passageiros (4,7 milhões), +4,2% comparando com os primeiros dois meses de 2023. O aeroporto de Faro registou um crescimento de 8,8% no movimento de passageiros (651,4 mil) e o aeroporto do Porto concentrou 23% do total de passageiros movimentados (1,9 milhões) e aumentou 5,5%.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais nos primeiros dois meses de 2024, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, apesar de ter registado decréscimos no número de passageiros desembarcados e embarcados face ao mesmo período de 2023 (-6,6%; -6,4%). Espanha e Reino Unido ocuparam a 2ª e a 3ª posição, como principais países de origem, e posições inversas como principais países de destino. Alemanha e Brasil ocuparam a 4ª e a 5ª posição.

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A equipa “TEKIA”, da agência Media Travel, foi a vencedora do torneio de bowling que a Turkish Airlines voltou a promover em território nacional e que vai representar Portugal na grande final que vai ter lugar em Antalya, na Turquia, entre 26 e 28 de abril.

A prova, que na versão portuguesa contou com a participação de 24 equipas, decorreu esta quinta-feira, 11 de abril, no Microlândia Club, no Porto, resultando, segundo a companhia aérea de bandeira da Turquia, num “extraordinário momento de convívio e partilha”.

“As 24 equipas competiram pelo pódio e pela oportunidade de representar Portugal na grande final, onde se encontrarão os vencedores dos 76 países onde a competição terá também lugar”, indica a Turkish Airlines, num comunicado enviado à imprensa.

A final da competição vai contar com a participação de equipas de 76 países e tem lugar em Antalya, entre 26 e 28 de abril.

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Grupo Air France-KLM mantém interesse na privatização da TAP

Fonte do grupo Air France-KLM garante que o grupo de aviação continua “muito interessado” na aquisição da TAP, negando as recentes notícias que davam conta de uma desistência devido à instabilidade política em Portugal.

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O Grupo Air France-KLM continua a acompanhar a privatização e está “muito interessado” na compra da TAP, garantiu fonte do grupo de aviação à agência EFE.

O grupo Air France-KLM está a acompanhar a situação em Portugal. Como já dissemos, estamos muito interessados no projeto de privatização da TAP e aguardamos os próximos passos”, disse à EFE fonte da empresa.

A fonte da Air France-KLM garante que o grupo de aviação não desistiu da compra da transportadora aérea nacional, negando assim notícias recentes que davam conta a desistência do negócio, devido à instabilidade política em Portugal.

Recorde-se que o processo de privatização da TAP foi suspenso devido à convocação de eleições antecipadas, devido à queda do XXIII Governo Constitucional, na sequência da demissão do primeiro-ministro António Costa.

No entanto, o programa do novo governo, liderado por Luís Montenegro, prevê que o “processo de privatização do capital social da TAP” seja relançado, ainda que sem avançar quaisquer prazos.

Além da Air France-KLM, também a Lufthansa e o Grupo IAG, que detém a British Airways e a Iberia, manifestaram interesse na aquisição da TAP.

 

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Empresários açorianos preocupados com demissões na SATA

A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) está preocupada com as demissões no Grupo SATA, que surgem numa altura em que se está a finalizar o processo de privatização da Azores Airlines e a iniciar a época alta deste setor.

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A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) está apreensiva com as recentes demissões no Grupo SATA e consideram que esta é “uma altura critica” paro o futuro do grupo de aviação açoriano, que detém a Azores Airlines e a SATA Air Açores.

“A direção da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores manifesta a sua preocupação com as demissões agora verificadas no conselho de administração da SATA, que ocorrem numa altura crítica para o futuro do grupo, tendo designadamente em consideração o processo de privatização da Azores Airlines e o início da época alta deste setor”, lê-se num comunicado de imprensa, citado pela Lusa.

A associação considera que é da “maior relevância a retoma da normalidade” na empresa para que o processo de privatização da Azores Airlines seja cumprido “nos termos definidos pela União Europeia, com os acertos que as circunstâncias atuais exigem”.

A CCIA defende ainda que é “imperativo” que a empresa esteja “em pleno funcionamento no arranque de mais uma temporada crucial do turismo”, que tem sido um dos principais contributos para “a recuperação económica da região”.

Os empresários açorianos assumem-se ainda mais preocupados porque a Ryanair reduziu consideravelmente a sua operação na região com o encerramento da base de Ponta Delgada, o que trouxe  “consequências já bem visíveis” para o setor do transporte aéreo e turístico regional.

“A direção da CCIA entende salientar a importância e a necessidade de estabilidade do funcionamento do transporte aéreo nos Açores”, sublinha o comunicado.

Recorde-se que Teresa Gonçalves, presidente da SATA desde abril de 2023, anunciou esta semana a sua demissão do grupo de aviação açoriano por motivos pessoais.

Entretanto, têm vindo também a surgir rumores que indicam que também Dinis Modesto, administrador financeiro do Grupo SATA, está de saída.

 

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Explora Journeys lança experiências para a Costa do Pacífico e Havaí

As Destination Experiences na Costa do Pacífico e Havaí estão disponíveis até maio de 2024, para dois cruzeiros de nove noites entre Vancouver, no Canadá, e Honolulu, no Havaí.

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A Explora Journeys, marca de luxo do MSC Group, lançou um conjunto de experiências para os seus cruzeiros na América Central, Costa do Pacífico dos EUA e do Canadá e ainda para o Havaí, as Destination Experiences, que estão disponíveis até maio de 2024.

De acordo com um comunicado da Explora Journeys, estas experiências aplicam-se aos cruzeiros de nove noites que a companhia vai promover entre 18 a 27 de abril de 2024 e 27 de abril a 6 de maio de 2024, entre Vancouver, no Canadá, e Honolulu, no Havaí, assim como em sentido contrário, respetivamente.

Nestes cruzeiros, os principais portos de escala são Hilo (Havaí), Honolulu (Oahu, Havaí), Kailua-Kona (Havaí), Nawiliwili (Kauai, Havaí), Los Angeles e São Francisco (EUA) e Panamá.

“Ao embarcarem nestas viagens, os viajantes poderão mergulhar no património, na cultura e na gastronomia locais. Desde residências reais e paisagens vulcânicas a praias arenosas e recifes imaculados, a experiência engloba maravilhas naturais protegidas e locais históricos do Havai e da Costa do Pacífico”, destaca a Explora Journeys, na informação divulgada.

Neste conjunto de experiências estão incluídas várias tradições e costumes locais, a exemplo de uma cerimónia tradicional de Temazcal, um antigo ritual de cura praticado pelos Maias, Aztecas e Toltecas durante milénios, de uma caminhada até ao letreiro de Hollywood em Los Angeles, de observações celestiais em Hilo, no Havaí, ou ainda de visitas guiadas exclusivas no Pearl Harbor Aviation Museum e no USS Missouri Memorial em Honolulu.

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Iberojet, Conversas com o Presidente (Sintra), Viagem à Turquia e Turismo Desportivo na edição 1509 do Publituris

Para esta edição, o jornal Publituris entrevistou António Loureiro, diretor-geral da Iberojet em Portugal. Além disso, falámos com Diamantino Martins, viajámos até à Turquia, conversámos com Basílio Horta, e dedicamos o dossier ao Turismo Desportivo.

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A próxima edição do jornal Publituris faz capa com a entrevista a António Loureiro, diretor-geral da Iberojet em Portugal. Tendo assumido, recentemente, a liderança da companhia aérea do Grupo Ávoris, António Loureiro referiu ao Publituris que o objetivo é “ajudar o mercado português”, mas acima de tudo, “consolidar” a presença e tornar a companhia “mais visível”.

Desbravar destinos para levar aos clientes é o que faz Diamantino Martins, profissional de turismo há vários anos e que fundou a empresa Polis que acabaria, há 10 anos, por vender apenas a área de viagens à Top Atlântico, ficando ligado ao grupo na qualidade de consultor. Além de continuar com a parte dos eventos e algum incomig da Polis, o gosto pelo bem receber levou Diamantino Martins a abraçar um outro projeto, agora no Alentejo que vai ocupar algum tempo, admitindo que “tinha o sonho de um dia ter um hotel, pequenino, mais boutique”.

Nas “Conversas com o Presidente”, o jornal Publituris falou com Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra. Para o autarca que se encontra no segundo e último mandato, “o turismo tem duas vertentes indissociáveis: a económica e a cultural”. EM qualquer uma, segundo Basílio Horta, “só poderá haver um vencedor: Portugal”.

Nas “Capas que fazem História”, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974, trazemos os principais destaques da edição de 15 de abril, ou seja, a última antes da data da revolução.

A viagem realizada à Turquia, a convite da Solférias, permitiu perceber que há muitas “Turquias” numa só. De resto, os agentes de viagens que participaram na famtrip à Turquia ficaram surpreendidos pela positiva com o destino, tendo, inclusivamente, feito diversas recomendações que passam pela visita em circuito pelas diferentes cidades repletas de história e cultura, à incontornável Capadócia, constatando, contudo, que em termos de praias, pelo menos em Antalya, e apesar dos empreendimentos turísticos serem de elevadíssima qualidade, não correspondem àquilo que um bom português gosta.

O “Dossier” desta edição destaca o Turismo Desportivo, ou melhor, a realização de grandes eventos desportivos e a captação de equipas e seleções para efetuarem estágios e preparações que é vista como uma nova forma de dinamizar o turismo global. Segundo os profissionais ouvidos, Portugal tem excelentes condições para o efeito, mas falta promover o destino para jogar neste campeonato.

Além do Pulse Report da guestcentric, numa colaboração com o Publituris, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Silvana Pombo (Highgate Portugal), Bonifácio Rodrigues (professor investigador), Nuno Couceiro (Ameno), e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

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Passageiros de cruzeiros chegam aos 31,7 milhões em 2023 e ultrapassam valores pré-pandemia

Um recente relatório da CLIA – Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros prevê que os números continuem a aumentar nos próximos anos e que, até 2027, o volume global de passageiros de cruzeiros chegue aos 39,4 milhões.

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No ano passado, o volume global de passageiros de cruzeiros chegou aos 31,7 milhões, ultrapassando em 7% os números pré-pandemia, avança a CLIA – Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros.

“Os cruzeiros continuam a ser um dos setores de turismo mais resilientes e de crescimento mais rápido, recuperando mais rapidamente do que as chegadas de turistas internacionais e dando um forte contribuinte para as economias locais e nacionais”, sublinha Kelly Craighead, presidente e executivo-chefe da CLIA.

De acordo com o relatório da CLIA sobre o estado da indústria de cruzeiros em 2024, os EUA foram, no ano passado, o maior mercado emissor de cruzeiristas, com 18,1 milhões de passageiros, seguindo-se a Europa com 8,2 milhões de passageiros.

Já o Reino Unido somou 2,2 milhões de cruzeiristas, o que representa um aumento de 15% face aos 1,9 milhões de passageiros de cruzeiros que tinham sido identificados em 2019.

Em relação ao tipo de cruzeiros, o relatório da CLIA indica que foram os cruzeiros de expedição que mais cresceram entre 2019 e 2023, período durante o qual o número de passageiros que navegam nestes itinerários aumentou 71%.

Os números são positivos e assim devem continuar nos próximos anos, uma vez que a CLIA estima novos aumentos dos passageiros de cruzeiros ao longo dos próximos quatro anos, chegando aos 39,4 milhões de passageiros em 2027.

O relatório da CLIA revela também que o desejo de realizar um cruzeiro está a aumentar, uma vez que, segundo uma pesquisa de março, 82% dos inquiridos que já tinham realizado um cruzeiros disseram que gostariam de voltar a realizar uma viagem deste tipo, enquanto 71% dos viajantes internacionais disseram que estavam a pensar fazer o seu primeiro cruzeiro.

O estudo mostrou ainda que as agências de viagens continuam a ser fundamentais para a venda de cruzeiros, uma vez que 73% dos inquiridos que já realizaram cruzeiros disseram que os agentes de viagens têm um “impacto significativo” na sua decisão de fazer um cruzeiro, principalmente pelo “conhecimento e experiência” que detém neste tema.

A possibilidade de visitar vários destinos numa única viagem e a boa relação custo-benefício são, segundo este estudo, as principais vantagens dos cruzeiros apontadas pelos passageiros.

“O cruzeiro oferece o melhor valor de férias que existe, com experiências incríveis proporcionadas aos hóspedes por uma força de trabalho multinacional talentosa e dedicada de quase 300.000 profissionais marítimos”, destaca Kelly Craighead.

Tal como a procura, também a oferta vai aumentar, com a CLIA a estimar que a capacidade global de cruzeiros cresça pelo menos 10% nos próximos quatro anos, passando de um total de 677 mil camas para 745 mil em 2028, uma vez que existem planos para a chegada de, pelo menos, mais 56 navios, num investimento da indústria que chega aos 38 mil milhões de dólares.

“Com pelo menos 56 novos navios a entrar em operação entre 2024 e 2028, há vastas oportunidades para carreiras em cruzeiros, que apresentam uma impressionante taxa de retenção de funcionários de mais de 80%”, conclui o responsável da CLIA.

 

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Delta Air Lines regressa aos lucros e apresenta resultado positivo de 34,4 M€

Entre janeiro e março, as receitas operacionais da Delta Air Lines cresceram 8% e somaram um total de 12.786 milhões de euros, enquanto as despesas operacionais subiram perto de 1%, totalizando 12.217 milhões de euros.

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A Delta Air Lines regressou aos lucros e, no primeiro trimestre de 2024, apresentou um resultado positivo de 34,4 milhões de euros, valor que compara com o prejuízo de 337,6 milhões de euros apurado em igual período do ano passado.

De acordo com um comunicado da companhia aérea dos EUA, as receitas operacionais cresceram, entre janeiro e março de 2024, 8% e somaram um total de 12.786 milhões de euros, enquanto as despesas operacionais subiram perto de 1%, totalizando 12.217 milhões de euros.

“No trimestre de março obtivemos receitas recorde graças a um desempenho operacional excecional, que permitiu um forte crescimento dos lucros”, congratula-se Ed Bastian, presidente executivo da Delta Air Lines, citado no comunicado divulgado pela companhia aérea.

O responsável espera que seja possível manter os bons resultados também no segundo trimestre do ano, estimando que, entre abril e junho, a Delta Air Lines atinja “resultados recorde”.

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Carnival Corporation atinge atingiu “vários objetivos ambientais para 2030” antes do previsto

A Carnival Corporation divulgou recentemente o seu 14.º Relatório Anual de Sustentabilidade, denominado “Sustainable from Ship to Shore”, que detalha o “progresso significativo” da empresa em seis áreas de sustentabilidade.

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A Carnival Corporation, uma das maiores empresas de cruzeiros do mundo, que detém marcas como a Costa Cruzeiros, Princess Cruises ou Aida Cruises, divulgou recentemente o seu 14.º Relatório Anual de Sustentabilidade, que vem confirmar que a empresa de cruzeiros já atingiu “vários objetivos ambientais” que estavam previstos para 2030.

“A empresa atingiu vários objetivos ambientais para 2030 muito antes do previsto e está adiantada em relação a outros objetivos-chave, como a redução da intensidade de gases com efeito de estufa”, lê-se num comunicado enviado à imprensa.

Denominado “Sustainable from Ship to Shore”, o relatório da Carnival Corporation detalha o “progresso significativo” da empresa em seis áreas de sustentabilidade, incluindo os seus objetivos prioritários de apoio à ação climática para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e de promoção de um modelo de economia circular para reduzir os resíduos.

“Graças aos nossos 160.000 colegas extraordinários, que trabalham todos os dias com paixão e dedicação, 2023 foi um ano de conquistas significativas em toda a linha”, congratula-se Josh Weinstein, CEO e Chief Climate Officer da Carnival Corporation, sublinhando que a empresa obteve “um desempenho financeiro recorde” e recebeu três novos navios, além de ter expandido a sua presença para mais de 800 destinos e transportado 12,5 milhões de hóspedes.

Mas o responsável destaca essencialmente o “compromisso contínuo” estabelecido pela Carnival Corporation de “liderar o caminho para tornar os cruzeiros mais sustentáveis”, de forma a atingir os objetivos para 2030 e chegar às zero emissões poluentes em 2050.

“Uma vez que estamos a avançar tão ativamente em todos os nossos objetivos de sustentabilidade para 2030, estamos a avaliar novos objetivos intermédios na procura de zero emissões de gases com efeito de estufa até 2050”, acrescentou.

É que a Carnival Corporation tem vindo a alcançar “várias metas importantes de desempenho ambiental para 2030 antes do previsto, nas suas áreas de ação climática e economia circular”, que são as principais prioridades do trajeto de sustentabilidade da empresa.

“Por exemplo, através de uma ação climática decisiva e prolongada, a empresa produz mais de 10% menos emissões absolutas de GEE hoje do que em 2011, o seu ano mais alto já registado, apesar de ter aumentado a capacidade em aproximadamente 30% desde então. Além disso, o reforço de um modelo de economia circular levou a reduções significativas no volume e no impacto dos resíduos produzidos em geral”, lê-se também no comunicado divulgado.

A redução em 20% até 2026 da intensidade de GEE – Gases com efeito estufa, a existência de ligação a terra em 64% da sua frota, a redução de 68% nas emissões absolutas de partículas, a redução de 38% no desperdício alimentar por pessoa, a eliminação de cerca de 500 milhões de produtos descartáveis de plástico a bordo e a conclusão da instalação de sistemas de tratamento de águas residuais que abrangem 70% da capacidade da sua frota, são alguns dos destaques do relatório da Carnival Corporation.

“Para além destes pontos, a Carnival Corporation está a progredir constantemente no sentido de cumprir, ou exceder, os seus objetivos de ação climática e economia circular para 2030”, refere ainda a empresa de cruzeiros, explicando que este relatório também inclui “atualizações importantes sobre o programa de gás natural liquefeito (GNL)”, bem como sobre os sistemas avançados de qualidade do ar, sistemas de lubrificação por ar e iniciativas de biocombustíveis.

“Além disso, a empresa está também empenhada em questões de diversidade e inclusão na sua equipa global de 160.000 pessoas e na promoção de um ambiente de trabalho positivo para todos os funcionários. Como parte da sua estratégia de sustentabilidade, a empresa também se foca na promoção do turismo sustentável e na criação de valor partilhado, crescimento mútuo e boa vontade com os seus parceiros de destino e as comunidades locais que visita, tal como referido no relatório”, indica ainda a Carnival Corporation.

O Relatório de Sustentabilidade 2023 da Carnival Corporation foi preparado de acordo com a Universal Standard 2021, da Global Reporting Initiative (GRI), e incorpora a terceira divulgação anual da empresa em linha com o Sustainability Accounting Standards Board (SASB) e a Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD).

O relatório completo pode ser consultado aqui.

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SPAC fica sem direção e vai para novas eleições

Tiago Faria Lopes, atual presidente da direção do SPAC, deverá candidatar-se novamente à liderança da estrutura sindical, cujo atual mandato terminava em novembro.

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A direção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) caiu na sequência da demissão de dois membros, o que vai levar a novas eleições na estrutura sindical, avança o Expresso.

Tiago Faria Lopes, atual presidente da direção do SPAC, deverá candidatar-se novamente à liderança da estrutura sindical, apurou o Expresso, que lembra que o mandato desta direção terminava em novembro.

João Lira Abreu e Nuno Vaz foram os elementos da direção do SPAC que se demitiram.

O Expresso diz que, nos últimos dias, houve a informação de que existia desconforto na direção no SPAC devido à recente Assembleia Geral, onde foi aprovada por uma escassa maioria a suspensão dos aumentos salariais em 2024, uma vez que os custos com trabalhadores quase duplicaram de 2022 para 2023.

 

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