Edição digital
Assine já
PUB
Destinos

“Temos de ter a ambição de crescer em valor”

Há três meses à frente da Secretaria de Estado do Turismo [Comércio e Serviços), Nuno Fazenda faz da coesão territorial uma das bandeiras para o futuro do turismo. Ao Publituris, Nuno Fazenda admite que há ”sinais muito positivos do mercado e das empresas que nos permitem encarar 2023 com confiança e com algum otimismo”. Sem se estender em temas como o aeroporto e a TAP, o SETCS salienta que “o objetivo é reforçar a conectividade aérea e aumentar o número de companhias aéreas que escolhem Portugal para fazer ligações e para nos trazer mais pessoas”.

Victor Jorge
Destinos

“Temos de ter a ambição de crescer em valor”

Há três meses à frente da Secretaria de Estado do Turismo [Comércio e Serviços), Nuno Fazenda faz da coesão territorial uma das bandeiras para o futuro do turismo. Ao Publituris, Nuno Fazenda admite que há ”sinais muito positivos do mercado e das empresas que nos permitem encarar 2023 com confiança e com algum otimismo”. Sem se estender em temas como o aeroporto e a TAP, o SETCS salienta que “o objetivo é reforçar a conectividade aérea e aumentar o número de companhias aéreas que escolhem Portugal para fazer ligações e para nos trazer mais pessoas”.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
OnTravel DMC chega à Madeira em março com frota própria
Destinos
Comissário europeu para os Transportes e Turismo quer criar estratégia de turismo sustentável
Destinos
Estudo da TUI confirma que viajar rejuvenesce
Análise
Governo moçambicano autoriza venda de 91% da LAM a empresas estatais
Aviação
Setores ligados ao Turismo acompanham “recuo significativo” na criação de empresas no arranque de 2025
Destinos
Feira Ambiente volta a contar com Mostra de Produtos Portugueses
Destinos
Emirates atualiza datas dos próximos Open Days em Portugal
Aviação
ONU Turismo abre candidaturas para Melhores Vilas Turísticas 2025
Destinos
Ponte da Barca vai contar com dois novos trilhos pedestres
Destinos
Quem disse que não há turistas em Moscovo?
Destinos

Com o setor do turismo a registar o melhor ano de sempre ao nível das receitas, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços destaca a convergência com a estratégia desenhada na ET27. Com a “ambição de crescer em valor”, Nuno Fazenda salienta os apoios que Portugal terá para se desenvolver em várias frentes. Contudo, frisa, “a boa aplicação dos fundos europeus é um desafio que convoca a todos”.

Assumiu o cargo há pouco menos de três meses. Que Secretaria de Estado do Turismo encontrou e já conseguiu dar-lhe um cunho pessoal?
Para começar, dizer que o setor do turismo teve um desempenho excecional nos últimos dez anos, pré pandemia. Crescemos sempre acima dos 10% no que diz respeito a receitas. Depois, houve a paragem de dois anos e a seguir tivemos, novamente, um retomar da atividade turística. O ano de 2022 teve um crescimento, como é sabido, acima do recorde turístico de 2019, mais 15% em receitas turísticas.

E por isso tenho dito e reafirmo, o turismo não é só um sector de excelência, é também um sector de resiliência que tem dado um contributo muito importante para a economia do país. É mesmo a maior atividade económica exportadora. Esse desempenho deve-se ao esforço das empresas, dos trabalhadores, das instituições e políticas públicas que favoreceram o crescimento do turismo.

Políticas públicas que apoiaram o setor do turismo durante uma fase complicada.
Muito difícil. Mas, dito isto, temos que ter a ambição de liderar o turismo do futuro. E quando digo liderar o turismo do futuro, significa um turismo mais sustentável, mais inclusivo, mais tecnológico e mais coeso. E por isso, temos de dar resposta, e esse é um ponto importante, aos desafios do presente, às emergências, mas, ao mesmo tempo, temos que dar resposta aos desafios estruturais do turismo.

Portanto, ter os olhos postos no futuro, isto é, responder ao presente, mas ter os olhos postos no futuro. E por isso mesmo estabelecemos um conjunto de prioridades estratégicas, claras, como o território, pessoas, empresas, dupla transição e reforço da notoriedade de Portugal enquanto destino turístico. Mas há uma marca muito importante que temos de ter, que é concretizar. E neste tempo que estou em funções tenho tido duas preocupações, concretizar e ter os olhos postos no futuro em alterações estruturais.

Concretizar a estratégia
Numa entrevista à sua antecessora, Rita Marques, no WTM em Londres, dizia que, neste momento que se fala muito em repensar o turismo por causa da pandemia, o importante era executar a estratégia. É isso que está a fazer, a executar uma estratégia existente? Ou seja, concretizar?
A questão é muito simples, temos uma estratégia muito clara. Tive o gosto de a coordenar em devido tempo, a Estratégia do Turismo 27 (ET27). E o propósito é concretizar a Estratégia de Turismo 27 que tem desafios muito claros. Temos o desafio da sustentabilidade, temos de ter um desenvolvimento turístico sem pôr em causa os nossos recursos naturais e culturais. Por isso, a sustentabilidade é uma prioridade estratégica. Temos o desafio da coesão territorial, em que queremos ter turismo em todo o território. Temos o desafio das qualificações, por isso, temos uma agenda para as qualificações e para o emprego.

Portanto, as prioridades estratégicas estão claras. O desafio é concretizar e é isso que tenho estado a procurar fazer desde que tomei posse.

Foi um dos responsáveis pela ET27. Essa estratégia foi, no entanto, delineada antes da pandemia. O que alterou nessa estratégia?
Os grandes desafios mantêm-se, os grandes desafios estruturais do turismo estão lá, os desafios da sustentabilidade a que temos que dar resposta, o desafio da coesão territorial também está lá, porque não é algo que se muda de um dia para o outro, o desafio das qualificações das pessoas, está lá, e se a formos ler estão lá os rendimentos, dignificação, valorização dos profissionais do turismo. Outra dimensão é a procura. Quando falamos da procura, qual é o desafio? É conhecer melhor a procura, atrair segmentos que permitam responder a dois outros desafios estratégicos, atenuar a sazonalidade e termos turismo ao longo de todo o território, todo o ano.

Quando desenhámos a ET27 eram consideradas irrealistas. Hoje, felizmente para o país, estamos a convergir para a concretização dessas metas

Portanto, nessa estratégia nada foi alterado. Foi sim, acelerado?
Esse é o meu propósito, acelerar a concretização dos desafios estratégicos da ET27.

Os resultados de 2022, de certa forma, vão ao encontro dessa estratégia, ultrapassando até as melhores expectativas. Mas também sabemos que essas receitas foram alcançadas devido à subida de preços. Acha que essa alta dos preços se vai manter ou terá de haver ajustamentos no futuro ao nível dos preços?
Um desafio que temos inscrito na ET27, para além daqueles que já referi, é crescer em valor. Temos de ter a ambição de crescer em valor, especialmente nos territórios mais consolidados do ponto de vista turístico. É o caso de Lisboa, do Algarve, da Madeira e do Porto. Continuar a crescer mais em valor do que em quantidade. Esse é um modelo que nos interessa, crescer em valor, com sustentabilidade e com inclusão.

Por isso mesmo, estamos também a prosseguir a estratégia de olhar para além dos principais mercados estratégicos prioritários e aí vale a pena ter presente que 80% da nossa procura externa está na Europa. A seguir aos mercados externos da Europa prioritários, temos outros dois mercados muito importantes, caso do Brasil e Estados Unidos da América. Depois temos outros mercados de atuação seletiva como, por exemplo, a Coreia do Sul para o turismo cultural e religioso, México, Austrália, Índia, Israel.

Quer nesses mercados tradicionais, quer nos de atuação seletiva, queremos crescer em valor e crescer em valor também, alcançando produtos turísticos ou potenciando produtos turístico muito importantes para o país como é o caso do enoturismo, turismo literário e também o turismo de natureza que são produtos diferenciadores que nos permitem dar resposta a dois desafios, a coesão territorial e atenuar a sazonalidade, a diversificação de mercados.

Não acredita, por isso, que esta conjuntura de alta de preços possa prejudicar o desempenho de Portugal?
Sim, não prejudica. Acho que Portugal tem tido um desempenho turístico muito importante e não creio que haja esse receio.

Devo dizer-lhe uma coisa muito importante, já que os sinais que tenho tido do contacto com as empresas, para além das estimativas do Banco Portugal apontarem para um crescimento na ordem dos 8,6% em termos de exportações de turismo, são sinais muito positivos. Aliás, tivemos oportunidade de o sentir na FITUR 2023, em Madrid, relativamente às reservas, daquilo que são os sinais do mercado. Temos sinais muito positivos do mercado e das empresas que nos permitem encarar 2003 com confiança e com algum otimismo para o turismo português.

Acredita que este valor, de 27 mil milhões de euros em receitas que está inscrito na ET27, possa ser atingido antes de 2027?
É uma possibilidade. E, sobretudo, importa ter presente o seguinte, quando desenhámos a estratégia (ET27), com essas metas, na altura eram consideradas irrealistas. Hoje, felizmente para o país, estamos a convergir para a concretização dessas metas.

Temos de explicar mais os apoios, explicar mais as regras

Com uma pandemia e uma guerra.
Com uma pandemia e uma guerra. Isso diz bem da força do turismo português. Portugal é um país fortíssimo ao nível do turismo, competimos com os melhores do mundo e competimos com os melhores do mundo, porque, de facto, temos regiões de turismo únicas, com recursos turísticos únicos, porque temos um sector empresarial forte do ponto de vista turístico e temos as nossas gentes, a nossa capacidade de receber bem, excelentes profissionais na área do turismo, e também temos tido políticas públicas que favorecem o crescimento do turismo.

Isso tudo vai ao encontro de uma definição que se ouve há muito tempo que Portugal está no caminho do melhor turismo e não mais turismo.
Claramente, esse é o ponto, melhor turismo, com mais sustentabilidade, com mais inclusão, com mais coesão. Tudo isso faz-nos ter melhor turismo.

As prioridades
Tenho-o acompanhado ao longo destes poucos meses que está no cargo e nas suas intervenções tem focado algumas prioridades. As pessoas, as empresas, o investimento, o território e também a internacionalização da marca Portugal ou de Portugal. Vamos primeiro ao primeiro ponto que são as pessoas. O setor do turismo sofreu um forte impacto com a pandemia e houve um grande êxodo de pessoas. Já se ouviu que o setor do turismo ou da hotelaria, em concreto, deixou de ser “sexy”, mas também questões como o confinamento e o teletrabalho levou ou leva a que as pessoas encarem o trabalho de forma diferente. Tem focado a valorização, os melhores salários, planos de carreira, entre outros. Como atrair essas pessoas novamente para o setor do turismo e como captar novo talento para o setor do turismo?
Esse é um ponto muito importante. Aliás, quando se olha para a ET27, o primeiro desafio são as pessoas. Nós vamos desenvolver e estamos a trabalhar numa agenda para as qualificações e para o emprego no turismo, cujo objetivo é atrair mais pessoas para o setor do turismo e, ao mesmo tempo, também, reforçar as qualificações. Nesse âmbito, há várias medidas que podem concorrer conjugadamente para atrair mais pessoas para o setor do turismo. Evidentemente, uma chave é o aumento dos rendimentos e aqui vale a pena ter presente o esforço que o país tem feito e que de 2015 até hoje aumentámos em 50% o salário mínimo nacional, o salário médio aumentou 29% e olhando para o futuro, houve um acordo de Concertação Social muito positivo, que vai na direção certa, que é melhorar os rendimentos das pessoas. E também, obviamente, na área do turismo.

Por isso quero saudar as empresas que têm ido até mais além do que os valores previstos em sede de Concertação Social.

Uma segunda nota tem a ver também com a valorização daquilo que é a imagem dos profissionais do turismo. Estamos a desenvolver uma campanha para promover e valorizar as profissões do turismo. Uma terceira área tem a ver com conjugar a oferta e a procura, isto é, vamos desenvolver também um projeto para criar uma ligação entre aquilo que são as ofertas de emprego e aquilo que são as procuras de emprego. Juntar o mundo do mercado de trabalho com o mercado das empresas.

Não há essa ligação ou há campo para melhorar essa ligação?
Há espaço para melhorar e é isso que nos compete fazer. Como é que podemos colocar quem procura emprego com quem tem ofertas de emprego para que esse matching seja feito.

A formação, hoje, está de acordo com as necessidades do setor privado?
Diria que em grande medida, sim. Já temos hoje uma boa compatibilidade entre aquilo que é a oferta formativa e as necessidades das empresas. Mas temos que reforçar essa compatibilidade.

Nesse particular, temos previsto melhorar também as condições de formação. Por exemplo, no contexto das Escolas de Hotelaria e Turismo, que são escolas de excelência, que têm uma empregabilidade acima de 90%, temos de continuar a formar mais e melhores profissionais de turismo. E temos que atrair mais gente para as escolas de turismo, que, aliás, viu o número de alunos descer nos últimos anos.

Nesse âmbito vamos ter, também, um plano de investimentos para as escolas nos próximos três anos, que estimamos em cerca de 20 milhões de euros, para melhorar, apetrechar e modernizar ainda mais as nossas escolas de turismo. Temos ótimas escolas, mas há espaço para melhorar, nomeadamente, em algumas dimensões infraestruturais, algumas obras de melhoria na digitalização, e também na eficiência energética.

Estamos a trabalhar no reforço da competitividade fiscal das nossas empresas e temos de trabalhar também na simplificação

E trazer pessoas de fora.
Sim, isso é muito importante. Há um acordo com a CPLP, temos de ser mais ágeis também na emissão de vistos e, claro, queremos e temos uma perspetiva de acolher bem os nossos imigrantes. Nós nos podemos esquecer que 10% das contribuições para a Segurança Social são já de imigrantes. Repare que, em 2015, tínhamos 100.000 pessoas a contribuir para a Segurança Social, hoje são mais de 630.000 pessoas. Ora, isto chama-se inclusão, integração de pessoas.

Nós precisamos de ter, também, mão-de-obra estrangeira, mas integrar, incluir e valorizar.

As próprias Escolas de Hotelaria e Turismo vão ter formação específica para promover a inclusão das pessoas que vêm de fora.

Essa questão de trazer pessoas de fora também coloca outro desafio que é dar condições às pessoas, por exemplo, de habitação. Isso tem que estar também interligado entre os vários ministérios, as várias secretarias de Estado e os diversos municípios.
Sem dúvida. E é por isso que, no contexto do PRR, a segunda maior rubrica é da habitação. É uma prioridade política absoluta. Mais e melhor habitação.

Isso também poderá passar por uma maior flexibilização fiscal para as empresas?
Estamos a trabalhar no reforço da competitividade fiscal das nossas empresas e temos de trabalhar também na simplificação.

E onde temos de simplificar ainda mais é nos apoios. Deixe-me dizer, vamos ter o maior volume de fundos europeus à nossa disposição e temos de ser mais ágeis e simplificar os procedimentos. Mas para além de ter de simplificar, recorrendo à tecnologia, temos também de explicar melhor os apoios. E é por isso mesmo que muitos dos apoios que temos lançado, tenho feito questão que se façam sessões de esclarecimento às instituições.

Quer dizer que muitas vezes os apoios estão lá, mas até as próprias empresas não compreendem como aceder a esse apoio?
Em alguns casos, sim. Temos de explicar mais os apoios, explicar mais as regras. Vamos ter um grande volume de fundos europeus e esses fundos têm de ser explicados para que se as empresas se possam candidatar e apresentar boas candidaturas.

Apontou os fundos que Portugal vai receber e todos sabemos que os balanços das empresas, ao longo destes dois anos, foram severamente atingidos. Portugal irá receber, via PRR, de facto, muito dinheiro para ajudar a economia. Concretamente para o setor do turismo, de que valores estamos a falar?
O que lhe posso dizer é que no contexto do PRR temos uma agenda para a área do turismo, para desenvolver o turismo, para acelerar e transformar o turismo de 151 milhões de euros. É um consórcio que envolve mais de 50 instituições focado em inovação, transição digital e transição energética. Portanto, são três grandes áreas e temos intenção de contratualizar essa agenda rapidamente.

Mas para além da agenda específica para o turismo, temos ainda apoios específicos para a transição digital das empresas onde o turismo se pode candidatar.

Temos também apoios no domínio da eficiência energética, que é muito importante na área do turismo. Depois temos também o domínio das qualificações.

Portanto, ainda que seja de banda larga, a verdade é que o turismo é um beneficiário direto. Eficiência energética, transição digital, qualificações, a que se soma a agenda mobilizadora para a área do turismo.

Mas temos ainda outra componente muito importante para as empresas, que é o reforço da competitividade. E um exemplo concreto são os dois avisos recentemente lançados pelo Banco Português de Fomento, com 400 milhões de euros para apoiar as empresas para a capitalização, para o crescimento das empresas.

Isto são vários exemplos, só no PRR. A isso somamos o Portugal 2030 (PT2030) e aí existem vários sistemas de incentivos para reforço da competitividade das empresas onde o turismo se inclui, mas também para a internacionalização das empresas do turismo. E a verdade é que, face ao Portugal 2020, o 2030 e o PRR terão mais 90% de apoios para as empresas. Isso é um dado muito importante para as empresas no geral e onde se inclui o turismo.

Diria que esta é uma oportunidade única para alavancar, de facto, o setor do turismo para o futuro?
É uma oportunidade muito importante para garantir a sustentabilidade e competitividade do turismo, porque hoje já somos um país de referência no turismo mundial. Mas temos de assegurar que continuamos a ser competitivos e sustentáveis. E é por isso que a competitividade e a sustentabilidade ganha-se na transição digital, na transição climática, na coesão territorial, na sustentabilidade em sentido mais lato. Para isso temos os instrumentos prontos.

Mas a boa aplicação dos fundos europeus é um desafio que convoca a todos. Convoca o Governo, porque tem de definir as grandes prioridades, criar as condições de governação dos fundos europeus, mobilizar os instrumentos de política pública, os avisos.

Criar as ferramentas para concretizar.
Exatamente. Mas depois convoca as instituições que têm de lançar os avisos, analisar os projetos nos prazos que estão previstos, proceder aos pagamentos dentro dos prazos previstos. Mas convoca também os promotores, os públicos e os privados, para construir bons projetos, para os executarem dentro dos prazos, para cumprir as metas com que se comprometeram e que convoca também quem escrutina, aqueles que fiscalizam os fundos. Por isso, isto é um desafio que convoca todos.

Mas dizer também que Portugal tem sido, no contexto europeu, reconhecido como um bom estudo de caso na boa aplicação dos fundos europeus. Vários estudos e relatórios o demonstram.

Portugal tem estado a cumprir com todas as metas e marcos e que a Comissão Europeia, pedido pagamento após pagamento, reconhece e transfere. Essa avaliação positiva acontece porque estamos a cumprir.

Mas como é que responde às empresas quando criticam a morosidade na receção desses apoios?
A questão é muito simples. Não podemos querer que no início do plano estejamos no fim do plano. Há etapas. No início do plano, não podemos ter já os projetos feitos, concretizados e pagos. Não é possível. Estamos no início do PRR e não no fim do PRR. Temos um período de execução.

Por outro lado, os apoios às empresas assentam numa lógica concorrencial, isto é, abre-se um aviso para apoios às empresas, abre-se um concurso, as entidades organizaram as suas estratégias, os seus consórcios definem as prioridades. Depois há um júri que tem de avaliar e depois de avaliar, há a aprovação. Depois segue-se a fase de execução e só quando estamos a executar é que se pode efetivamente pagar. Não podemos ter pagamentos sem obra feita.

O que temos de garantir é que temos bons projetos e que se cumpre a lei na aplicação dos fundos europeus, com agilidade e com simplificação.

Não podemos querer que no início do plano estejamos no fim do plano

Outro tema que também é uma prioridade e que tem sido muito focado é o da coesão territorial, de uma maior aposta no interior. Contudo, o interior tem muitos desafios, chamar empresas e, fundamentalmente, também chamar pessoas para o interior. Na FITUR tivemos a apresentação da Estratégia Transfronteiriça para Portugal e Espanha, mas como diz, agora é preciso concretizar. Que políticas estão a ser colocadas em marcha para que isso seja concretizado? Trata-se de um projeto que pode ser encarado a curto prazo ou terá de ser a médio e longo prazo?
Uma nota prévia, a coesão territorial é um desígnio nacional e o turismo pode dar um contributo muito importante para a coesão territorial. Porquê? Porque o turismo pode e deve ser uma âncora de desenvolvimento do interior. O turismo tem um efeito multiplicador. Quando falamos de atividade turística, falamos de dormidas, de restauração, mas falamos também do agroalimentar, da construção, da cultura, dos transportes, da habitação. Portanto, quando falamos em levar turismo ou ter turismo num determinado território, estamos a falar em dinamizar várias atividades económicas conexas.

Portanto, não se pode só olhar para a Secretaria de Estado do Turismo, mas tem de se olhar para uma multiplicidade de interlocutores do Governo?
O que eu quero dizer é que, se projetarmos e dinamizarmos o turismo no interior, vai suscitar todo um conjunto de atividades económicas conexas. Se nós tivermos mais turismo no interior, vamos ter necessidade de mais oferta hoteleira, mais restauração, mais construção, mais transportes, mais cultura, mais agroalimentar. O efeito multiplicador do turismo é, de facto, muito relevante para a coesão territorial.

Mas qual é o nosso ponto de partida? O nosso ponto de partida é de um país que tem cerca de 90% da procura turística no litoral. E isso deriva daquilo que é os recursos turísticos excecionais que temos no nosso país, nomeadamente no litoral. Ora, nós queremos continuar a ter um turismo em todo o país, mas queremos também que haja mais turismo no interior que também tem esses recursos excecionais.

Portanto, o que eu quero deixar muito claro é que, sem prejuízo da importância estratégica que têm os nossos destinos turísticos mais consolidados, como Algarve, Lisboa, Madeira, Porto, que são nossas bandeiras do turismo, são os nossos cartazes de primeira linha, temos de ter mais políticas para o desenvolvimento turístico do interior, porque o nosso desígnio é termos turismo em todo o território.

Acho que é um objetivo que me parece muito lógico, termos turismo em todo o território e ao longo de todo o ano.

E haver a possibilidade de promover Portugal com mais diversidade em termos de oferta?
Alargar a nossa base de oferta para alargarmos também a nossa base de procura e de mercados. E quando falamos de interior, temos que olhar também para aquilo que é a centralidade do interior português na Península Ibérica. Olhar também para aquilo que o mercado espanhol. Por isso mesmo, os projetos que temos, por exemplo, de ligações transfronteiriças no PRR, são projetos muito importantes. Bragança com Puebla de Sanabria, duplicação do IC 31 Monfortinho, temos Nisa à Extremadura, Alcoutim com a Andaluzia. Essas portas de entrada, a que se soma a de Vilar Formoso e de Valença, são pontes. Os projetos transfronteiriços que estão no PRR são pontes para o futuro desenvolvimento do país.

Depois temos os outros de promoção turística e também de dinamização. Nesse capítulo vamos ter projetos das mais diversas áreas. Vamos querer lançar um programa específico para a valorização turística do território, para os seus recursos turísticos, a preservação e valorização, vamos diferenciar positivamente projetos que contribuam para a afirmação do turismo interior. Dou-lhe o exemplo do “Portugal Events” em que teremos uma diferenciação positiva para projetos que se localizem no interior.

Promoção externa
Outra das prioridades é a internacionalização do destino, da marca Portugal, da visibilidade de Portugal a nível internacional. Registou-se uma consolidação dos mercados tradicionais, mas, fundamentalmente, houve um grande destaque de alguns mercados como os EUA. Isso poderá levar a um afinar das agulhas da promoção externa?
As agulhas da promoção externa estão afinadas e estamos sempre disponíveis para afinar ainda mais.

Temos de estar sempre atentos às mudanças do mercado, ao comportamento desses mercados e às respetivas tendências e, portanto, sim, temos sempre que afinar e melhorar a nossa atuação.

E na verdade, também afinar a internacionalização à conectividade aérea, e aí também estamos a trabalhar para reforçar essa conectividade aérea. Falou no mercado dos EUA, é muito importante, é já o primeiro mercado em Lisboa. Isso diz bem da importância desse mercado.

Mas não nos podemos esquecer que 80% da nossa procura externa está na Europa. Por isso, vamos reforçar a nossa presença nos mercados internacionais, não só porque vamos participar em mais feiras, mas também porque vamos dinamizar e participar em iniciativas internacionais. Vamos ter uma iniciativa em Londres, outra em Washington (EUA), com o Financial Times, no sentido de promover Portugal lá fora, para assegurar a nossa presença internacional.

A coesão territorial é um desígnio nacional e o turismo pode dar um contributo muito importante para a coesão territorial

E Portugal tem conseguido, de facto, diversificar a sua oferta relativamente a estas novas tendências que todos apontam, nomeadamente, esta preocupação com a sustentabilidade?
Este é um ponto muito importante. Nós hoje, de facto, temos um turista mais exigente, mais verde, mais ecológico, mais preocupado com as questões ambientais, que procura experiências mais desafiantes, mais autênticas e, portanto, quer um turismo mais customizado, mais personalizado. Nessa medida, esse é um desafio que se coloca hoje aos destinos e às empresas. Ir ao encontro dessas tendências do turismo, para um turista mais informado, porque também tem acesso a mais informação.

O turista quando visita um destino, já sabe o que procurar, tem pontuações, tem rankings, tem comentários, tem informação do destino, das empresas e dos sítios a visitar. Isso obriga à transformação dos próprios modelos de negócio, das próprias empresas e também na forma como trabalham os destinos turísticos.

E é por isso mesmo que o PRR e aquilo que é, por exemplo, a Agenda para o Turismo e os apoios do PT2030 estão direcionados para dar resposta a essas dimensões. Queremos as nossas empresas mais capacitadas do ponto de vista digital, queremos as nossas empresas com comportamentos ambientais mais sustentáveis, apoiando a sua eficiência energética, a gestão dos resíduos, a gestão da água e queremos também os nossos destinos com mais preservação e valorização dos nossos recursos turísticos. A base de sustentação da atividade turística é o nosso património natural e cultural. E se queremos ser competitivos e sustentáveis, temos de garantir a sustentabilidade destes nossos pontos turísticos.

A conectividade
Contudo, voltando à questão da conectividade, Portugal tem um problema, porque falando da infraestrutura que recebe mais turistas em Portugal, o aeroporto de Lisboa, está com a sua capacidade nos limites. Uma pergunta muito simples, conta ter uma decisão relativamente à nova localização do aeroporto de Lisboa até ao final deste ano?
Isso está a ser analisado por uma Comissão Técnica que foi nomeada, feito também em articulação com os vários parceiros e é por esse estudo que temos que acordar. Evidentemente, e não é matéria discussão, de uma nova solução aeroportuária. Acho que vale a pena ter presente que para o Aeroporto de Lisboa estão previstos, no plano de investimentos da ANA, melhorias para a atual infraestrutura aeroportuária.

Também dizer que no ano passado foram adotadas medidas muito importantes ao nível dos tempos de espera, a implementação de um novo sistema, mais rápido, mais ágil.

Se, por um lado, estamos a ter o respostas de curto prazo, está-se a trabalhar numa futura solução que tem de ser estudada, está a ser estudada para ser o mais consensual e se agir o mais rapidamente.

Mas teme que Portugal possa perder aqui alguma atratividade?
Portugal está num caminho ainda de crescimento, crescimento sustentável e de crescimento em valor. Temos uma rede de estruturas aeroportuárias muito capaz. Temos de melhorar, claramente, a questão de Lisboa e isso é o que está a ser estudado.

Não é a sua pasta, mas agregado ao facto de uma infraestrutura aeroportuária para Lisboa, também temos a questão da TAP e a privatização da TAP. Tem se falado muito em três possíveis interessados – Grupo Lufthansa, Grupo IAG e Air France KLM. Esse dossiê estará para breve ou a sua definição e concretização ainda demorará algum tempo?
Sobre esse dossiê em particular, como diz e bem, está noutra área governativa e, portanto, não quero pronunciar-me.

Mas afeta o turismo?
Com certeza e percebo o alcance da pergunta e a pertinência da mesma. Creio que os colegas que estão com essa área podem responder melhor. Mas há uma coisa que lhe posso dizer, a TAP é uma empresa estratégica para o país por aquilo que é a sua ligação ao mundo, pela diáspora, pelo contributo que tem para o turismo do país.

Dito isto, sendo Portugal um dos destinos turísticos mais competitivos do mundo, um dos destinos mais fortes em termos mundiais na área do turismo, o nosso objetivo é reforçar a conetividade aérea e aumentar o número de companhias aéreas que escolhem Portugal para fazer ligações e para nos trazer mais pessoas.

Espero dar um contributo para que o legado coletivo de um mandato possa deixar um país ainda mais competitivo, mais reconhecido internacionalmente e mais coeso

Até porque hã a questão do hub de Lisboa que poderá, eventualmente, sofrer alguma transferência?
O tema está a ser estudado e muito bem estudado pela área governativa que acompanha esse dossier para garantir todos os interesses do Estado português. E isso estará seguramente acautelado. Quando digo o Estado português falo do país e, também, evidentemente, na sua dimensão turística.

E depois de um ano recorde?
Fechámos o ano de 2002. Como que espera chegar ao final de 2023?
As perspetivas procuro tê-las com base em, por um lado, relatórios ou estudos de previsão e, por outro, também aquilo que o mercado nos diz. E aquilo que o Banco Portugal nos diz é que teremos um crescimento de 8,6% nas exportações de turismo. Por outro lado, aquilo que nos diz o mercado, aquilo que são os sinais que temos das empresas, também eles são sinais positivos, sinais de confiança, de otimismo.

Evidentemente, há sempre um contexto em que não conseguimos prever o futuro face à incerteza externa. Mas os sinais que temos são positivos.

Eu olho para 2023 com confiança e com um otimismo moderado, por força daquilo que são as previsões do Banco Portugal e pelos sinais que as empresas nos dão.

Teme de alguma forma que o conflito que está a decorrer, infelizmente, possa influenciar ou impactar ainda mais o turismo em Portugal?
Esse é um conflito que a todos nos deixa muito tristes do ponto de vista humano e coletivo, enquanto sociedade. Evidentemente que tem também impacto na economia global e particularmente europeia. Mas creio que não é possível estar a fazer previsões face a contextos tão voláteis.

Na última edição do WTM, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo considerava que os responsáveis, tanto nacionais como locais e tanto privados como públicos do universo do turismo, devem deixar um legado. Que legado é que o Nuno Fazenda gostaria de deixar no turismo?
É uma boa pergunta boa. Mas há um legado que queremos deixar, dar um contributo para que Portugal seja um país mais competitivo e mais coeso do ponto de vista turístico. Se no final conseguirmos ter um país que conseguiu fazer algumas transformações ao nível da sua competitividade em termos de destino sustentável, mais coesão, termos turismo em todo o país e ao longo de todo o ano, assente em padrões de sustentabilidade, acho que isso seria algo muito positivo.

Mas nestas coisas não há legados individuais, há legados coletivos. O que espero é poder dar um contributo para que o legado coletivo de um mandato possa deixar um país ainda mais competitivo, mais reconhecido internacionalmente e mais coeso.

Isso faz-se com muito empenho, com humildade, com tempo e com trabalho conjunto.

Como disse no início, resolver os problemas do presente, mas com os olhos postos no futuro e com uma marca que é concretizar.

 

 

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
OnTravel DMC chega à Madeira em março com frota própria
Destinos
Comissário europeu para os Transportes e Turismo quer criar estratégia de turismo sustentável
Destinos
Estudo da TUI confirma que viajar rejuvenesce
Análise
Governo moçambicano autoriza venda de 91% da LAM a empresas estatais
Aviação
Setores ligados ao Turismo acompanham “recuo significativo” na criação de empresas no arranque de 2025
Destinos
Feira Ambiente volta a contar com Mostra de Produtos Portugueses
Destinos
Emirates atualiza datas dos próximos Open Days em Portugal
Aviação
ONU Turismo abre candidaturas para Melhores Vilas Turísticas 2025
Destinos
Ponte da Barca vai contar com dois novos trilhos pedestres
Destinos
Quem disse que não há turistas em Moscovo?
Destinos
PUB
Destinos

OnTravel DMC chega à Madeira em março com frota própria

A partir de 1 de março, a OnTravel DMC começa a operar também na ilha da Madeira, onde vai contar com uma frota própria que inclui viaturas VIP, carrinhas e autocarros.

Publituris

A OnTravel DMC anunciou que, a partir de 1 de março, começa a operar também na ilha da Madeira, onde vai contar com uma frota própria que inclui viaturas VIP, carrinhas e autocarros, informou a DMC, em comunicado.

“Com esta expansão para a ilha da Madeira, a OnTravel DMC passa a ter agora uma oferta mais completa no segmento dos transportes e no segmento de INCOMING para ambos os destinos”, lê-se no comunicado divulgado pela OnTravel DMC, que é já uma referência no setor do turismo dos Açores.

Além da expansão para a Madeira, a OnTravel DMC vai também apostar “na modernização e aumento da sua frota atual na Ilha de São Miguel, nos Açores”, passando a contar com “uma frota total de 18 veículos descaracterizados e do segmento VIP, garantindo uma experiência de qualidade superior aos seus clientes”.

Estas novidades, acrescenta a DMC açoriana, são possíveis graças ao “crescimento sustentável” que a empresa vem a registar e que, no ano passado, trouxe um aumento de 30% ao volume de negócio da OnTravel DMC.

“Este crescimento sustentável, reflete o compromisso da empresa com a excelência e com a dedicação em oferecer um serviço de qualidade, garantindo a confiança dos seus clientes em todos os seus serviços de Incoming, Aluguer de Autocarros e no segmento online B2C, para o destino Açores e Madeira”, refere ainda a OnTravel DMC.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Comissário europeu para os Transportes e Turismo quer criar estratégia de turismo sustentável

O Comissário europeu para os Transportes e Turismo, Apóstolos Tzitzikóstas, pretende realizar consultas alargadas com vista ao desenvolvimento de uma futura estratégia de turismo sustentável, ideia que surgiu depois dos protestos anti-turismo em vários destinos europeus.

Publituris

O Comissário europeu para os Transportes e Turismo, Apóstolos Tzitzikóstas, pretende realizar consultas alargadas com vista ao desenvolvimento de uma futura estratégia de turismo sustentável, ideia que surge depois dos protestos anti-turismo em vários destinos europeus.

“Temos visto residentes a protestar contra a sobrelotação, contra o custo do alojamento e contra a pressão ambiental em alguns destinos-chave”, disse Apóstolos Tzitzikóstas, em declarações à Euronews, numa entrevista durante a cimeira “Destination Europe”, organizada em conjunto pela Euronews e a European Travel Commission (ETC).

Apóstolos Tzitzikóstas referia-se, essencialmente, aos movimentos anti-turismo registados em Espanha, em relação aos quais pretende saber “o que está em causa e como a UE deve agir, partilhar as melhores práticas e recolher dados essenciais para gerir melhor os fluxos”.

Segundo o comissário europeu, a atividade turística deve ser desenvolvida de forma responsável, atraindo visitantes que valorizem experiências autênticas, apoiando as empresas locais e incentivando mais viagens fora da época alta para locais que fiquem “fora dos circuitos habituais”.

“É por isso que, este ano, vamos proceder a consultas alargadas com as partes interessadas. Quero ouvir os que estão no terreno, todos vós, para podermos definir as prioridades certas para a nossa estratégia de turismo sustentável. E o financiamento será, de facto, a chave”, afirmou, acrescentando que a tarefa exigirá “colaboração entre setores, fronteiras e diferentes níveis governamentais”.

A Euronews lembra que Apóstolos Tzitzikóstas foi governador da região turística da Macedónia Central durante 12 anos e presidente do Comité das Regiões Europeu, sendo o primeiro comissário europeu com uma pasta dedicada ao turismo, o que o torna próximo destes temas.

“O turismo é um tema que me é muito caro e que estou empenhado em apoiar com todo o meu coração e toda a minha força”, garantiu Tzitzikóstas, acrescentando que o seu objetivo é “exibir a Europa como um destino de viagem seguro, sustentável e excecional, atraindo viajantes internacionais e nacionais”.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Setores ligados ao Turismo acompanham “recuo significativo” na criação de empresas no arranque de 2025

A descida, segundo a consultora Informa D&B, foi comum à “maior parte dos setores e distritos” e incluiu também os setores ligados ao Turismo, como o Alojamento e Restauração, onde a constituição de novas empresas caiu 17%, e os Transportes, que registou uma “descida significativa” de 25%, em janeiro.

Inês de Matos

O arranque de 2025 ficou marcado por um “recuo significativo na criação de empresas”, avança a Informa D&B, que diz que esta quebra foi identificada “na maior parte dos setores e distritos”, incluindo os setores ligados ao Turismo, como o Alojamento e Restauração e os Transportes.

Os dados do relatório Informa Business by Data, divulgado esta sexta-feira, 7 de fevereiro, revelam que, em janeiro, foram criadas 4 716 novas empresas em Portugal, o que representa uma queda de 16% ou menos 893 constituições face a janeiro de 2024.

A descida, acrescenta a Informa D&B, foi comum à “maior parte dos setores e distritos” e incluiu também os setores ligados ao Turismo, como é o caso do Alojamento e Restauração e dos Transportes.

No caso do Alojamento e Restauração, a descida registada em janeiro na constituição de novas empresas chegou aos 17%, num total de 463 novas empresas criadas, enquanto nos Transportes foi registada uma quebra de 25%, registando-se a constituição de 394 novas empresas.

“Pelo segundo ano consecutivo, o setor dos Transportes regista uma descida significativa no mês de janeiro (-25%; -128 constituições), provocada pela queda na criação de empresas de ‘Atividades de serviços de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor’ (-37%; -144 constituições)”, lê-se na informação divulgada.

No entanto, a Informa D&B diz que “os setores que registam as maiores descidas são também os que habitualmente concentram o maior número de novas empresas”, como é o caso dos Serviços gerais (-24%; -214 constituições) e dos Serviços empresariais (-15%; -135 constituições).

“A quebra nestes dois setores foi transversal a quase todos os seus subsetores, destacando-se o subsetor de ‘Saúde, desporto e bem-estar’ (-22%; -111 constituições) dos Serviços gerais e o subsetor de ‘Apoio às empresas’ (-16%; -117 constituições) dos Serviços empresariais”, acrescenta a Informa D&B.

As únicas exceções às quebras registadas em janeiro foram os setores da Agricultura e outros recursos naturais (+8,9%; +14 constituições) e das Atividades imobiliárias (+9,2%; +45 constituições).

“No primeiro, o aumento registou-se exclusivamente na atividade de ‘Agricultura e pecuária’ (+20%; +26 constituições), já que nos restantes subsetores este indicador desceu. Nas Atividades imobiliárias, quase todos os seus subsetores registam crescimento nas constituições de empresas”, explica a Informa D&B.

A nível geográfico, a Informa D&B realça que “os únicos distritos a registar crescimento na criação de empresas, ainda que ligeiro, foram Viana do Castelo (+3,1%; +3 constituições), Viseu (+2,2%; +3 constituições) e Açores (+40%; +6 constituições)”.

Encerramentos e insolvências descem

Apesar do menor número de empresas criadas no primeiro mês do ano, Janeiro também trouxe notícias positivas, uma vez que se registou o encerramento de 656 empresas, o que representa “um registo abaixo do mês homólogo”, ainda que o setor dos Transportes tenha sido uma exceção.

“Analisando o acumulado dos últimos 12 meses, este indicador atinge os 13 359 encerramentos de empresas, o que corresponde a -13% encerramentos face aos 12 meses anteriores. Neste mesmo período, o setor dos Transportes (+7,6%; +59 encerramentos de empresas) é o único que regista um aumento no número de encerramentos de empresas face ao período homólogo”, explica a consultora.

A descer estiveram ainda as insolvências, uma vez que, em janeiro, “195 empresas iniciaram um processo de insolvência, o que corresponde a uma descida de 8,0% (-17 empresas) face a janeiro do ano passado”.

“Esta descida verifica-se em mais de metade dos setores de atividade, com destaque para as Indústrias (-33%; -21 empresas), o setor que concentra o maior número de empresas com processos de insolvência no mês”, conclui a Informa D&B.

 

 

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
PUB

Feira Ambiente_Créditos Reservados

Destinos

Feira Ambiente volta a contar com Mostra de Produtos Portugueses

A Feira Ambiente, que arranca esta sexta-feira, 7 de fevereiro, em Frankfurt, na Alemanha, vai contar, pela quarta vez, com a Mostra de Produtos Portugueses, iniciativa que reúne 65 empresas nacionais e uma exposição de 300 peças, sob o lema “Made In Portugal Naturally”.

Publituris

A Feira Ambiente, que arranca esta sexta-feira, 7 de fevereiro, em Frankfurt, na Alemanha, vai contar, pela quarta vez, com a Mostra de Produtos Portugueses, iniciativa que reúne 65 empresas nacionais e uma exposição de 300 peças, sob o lema “Made In Portugal Naturally”.

A iniciativa conta com um stand conjunto que pretende “destacar o nome de Portugal e o potencial da Fileira Casa”, o cluster de design e decoração de interiores nacional, que fica localizado no Hall 12.0 C50 do recinto do certame.

Organizado pela NERLEI CCI – Associação Empresarial da Região de Leiria/Câmara de Comércio e Indústria, em parceria com a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), este espaço “pretende reforçar a qualidade, inovação e versatilidade das empresas nos mercados externos” e apresenta um conceito que, “através dos cinco sentidos, leva um pouco de Portugal à maior e mais importante feira mundial de bens de consumo”.

Segundo a NERLEI, a “insígnia “Made In Portugal Naturally” nasceu da necessidade de criar um conceito que refletisse, no mercado global, a identidade do país e das indústrias nacionais, destacando ainda a importância de um futuro mais sustentável”.

“Transversal às diferentes fileiras acompanhadas pela AICEP, este é também o mote da Mostra de Produtos Portugueses, onde ficará patente, além da qualidade e diversidade da produção, a aposta crescente em soluções que garantam um futuro sustentável para as indústrias nacionais”, lê-se num comunicado enviado à imprensa.

O stand conjunto de Portugal e da Fileira Casa apresenta uma “imagem identitária comum” e pretende “proporcionar uma experiência imersiva a todos os visitantes, envolvendo-os, através dos cinco sentidos, na tradição portuguesa”.

“Da diversidade de formas e texturas das cerca de 300 peças em exposição, aos sabores e aromas de produtos típicos, como os pastéis de nata, o vinho e o queijo da Região de Leiria, o espaço complementa-se ainda com a melancolia do fado, abrindo as portas de Portugal a potenciais parceiros de negócio”, acrescenta a informação divulgada.

Segundo Henrique Carvalho, diretor executivo da NERLEI, “para muitas empresas, este é o único palco internacional para apresentarem o seu trabalho e novas coleções”, pelo que a presença “na Feira Ambiente, e em particular a Mostra de Produtos Portugueses enquanto espaço agregador do potencial da produção nacional, é um elemento-chave de uma estratégia de internacionalização que tem dado frutos”.

Como prioridades estratégicas para a participação na Ambiente 2025, a NERLEI CCI destaca a expansão das exportações, associada à exploração de novos mercados. Neste sentido, aumentar a visibilidade das marcas, estabelecer e consolidar parcerias e fechar negócios são objetivos comuns a todos os participantes.

Na edição deste ano, a Feira Ambiente, considerada um dos maiores certames sobre bens de consumo, é dedicada ao tema “Rhythms of Lifestyle”, decorrendo entre 7 e 11 de fevereiro. Na edição de 2024, a Feira Ambiente recebeu 96 mil visitantes, oriundos de 171 países.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

ONU Turismo abre candidaturas para Melhores Vilas Turísticas 2025

A ONU Turismo abriu inscrições para a edição de 2025 de sua iniciativa Best Tourism Villages, um compromisso contínuo da Organização com o avanço do turismo rural como catalisador para oportunidades, desenvolvimento sustentável e inclusão, preservação cultural e crescimento sustentável. As candidaturas encerram a 19 de maio de 2025.

Publituris

Desde o seu início em 2021, a iniciativa ganhou reconhecimento global. Nas quatro edições anteriores, a ONU Turismo recebeu mais de 800 inscrições de mais de 100 países. Hoje, a Rede das Melhores Vilas Turísticas da ONU Turismo inclui 254 membros em todo o mundo: mais de 180 vilas reconhecidas como Melhores Vilas Turísticas e 70 participantes do Programa de Atualização, representando quase 60 países em cinco regiões do mundo.

As Melhores Vilas Turísticas da ONU Turismo celebram destinos rurais onde o turismo serve como um catalisador para oportunidades, preservação cultural e crescimento sustentável

Referindo-se a esta iniciativa, o Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, sublinha que “ao aproveitar os seus ativos únicos, essas vilas criam oportunidades para crescimento económico, salvaguardam tradições locais e promovem uma melhor qualidade de vida para as suas comunidades”.

Os Estados-membros da ONU Turismo são convidados a enviar até oito vilas candidatas por através das suas respetivas administrações nacionais de turismo, e as reconhecidas como Melhores Vilas Turísticas de 2025 serão anunciadas no terceiro trimestre do ano, por ocasião de um evento da ONU Turismo.

Um Conselho Consultivo externo composto por especialistas globais avaliará as inscrições com base em nove áreas principais: Recursos Culturais e Naturais; Promoção e Conservação de Recursos Culturais; Sustentabilidade Económica; Sustentabilidade Social; Sustentabilidade Ambiental; Desenvolvimento do Turismo e Integração da Cadeia de Valor; Governança e Priorização do Turismo; Infraestrutura e Conectividade; Saúde, Segurança e Proteção.

Ao combinar esforços para valorizar e preservar paisagens rurais, diversidade cultural e sistemas de conhecimento, a iniciativa promove estratégias inovadoras de turismo alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Ponte da Barca vai contar com dois novos trilhos pedestres

A freguesia de Oleiros, em Ponte da Barca (Alto Minho), vai contar com dois novos percursos pedestres que unem história, natureza e património, num passo que a Junta considera importante para a valorização do turismo sustentável na região.

Publituris

Os visitantes poderão explorar o PR8 PTB – Trilho de Santo Adrião e o PR7 PTB – Trilho Românico de Oleiros, pensados para proporcionar uma experiência única entre património e natureza.

Os trilhos foram desenvolvidos pela Junta de Freguesia de Oleiros e, como indica, representam um passo importante na valorização do património local e na dinamização do turismo sustentável na região. Ambos os percursos foram homologados pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, são circulares e de dificuldade fácil, convidando todos, desde caminhantes experientes a famílias, a descobrir a riqueza histórica e natural da freguesia.

O PR8 PTB – Trilho de Santo Adrião, com 5,38 km de extensão, leva os visitantes a percorrer um trajeto repleto de referências culturais e arquitetónicas, incluindo casas e fontes centenárias, monumentos históricos e culturais, além de paisagens naturais.

Já o PR7 PTB – Trilho Românico de Oleiros, com cerca de 8 km, explora a herança medieval da região, passando por pontes de origem medieval e antigos centros de produção que marcaram o desenvolvimento da localidade.

Ao longo de ambos os trilhos, os caminhantes poderão contemplar uma biodiversidade rica, com fauna e flora típicas da região.

Além da caminhada inaugural, que decorre no próximo dia 22 de fevereiro, a Junta de Freguesia prevê organizar caminhadas guiadas a partir de março, permitindo aos visitantes aprofundar os seus conhecimentos sobre a história local e o património preservado.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Quem disse que não há turistas em Moscovo?

Moscovo está a registar um aumento significativo do turismo internacional, recebendo cerca de 26 milhões de visitantes anualmente, e o governo da capital russa estima que este número ultrapasse 50 milhões até 2030, com ênfase no incentivo ao turismo proveniente dos Emirados Árabes Unidos.

Publituris

De acordo com Bulat Nurmujanov, vice-presidente do Comité de Turismo da cidade de Moscovo, citado Emirates News Agency, a região do Golfo, especialmente os EAU, está a tornar-se um mercado essencial para a capital da Rússia.

As visitas turísticas dos EAU a Moscou passaram de cinco mil em 2022 para mais de 40 mil nos primeiros nove meses de 2024, o que evidencia o crescente interesse da região pela cidade.

O comité de turismo da capital russa está, ainda segundo a Emirates News Agency, a trabalhar de forma estreita com empresas árabes e operadores turísticos daquela região do Golfo para fortalecer os laços e desenvolver benefícios mútuos para ambas as partes.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Portugal Green Travel assume promoção turística do Museu da Misericórdia de Coimbra

A Portugal Green Travel vai fazer a promoção nacional e internacional do património museológico da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra (SCM) com vista a reforçar o papel da instituição enquanto guardiã de um legado histórico.

Publituris

O acordo, que permite à Portugal Green Travel assumir a promoção turística daquele museu em Coimbra, acaba de ser assinado em cerimónia que contou com a presença de José Manuel de Sousa Vieira, provedor da SCM de Coimbra, Hugo Teixeira Francisco, cofundador e CEO da Portugal Green Travel, José Leandro Campos e Joel Araújo, da direção da SCM de Coimbra, e Raúl Moura Mendes, diretor do Museu.

Este acordo surge num ano simbólico, em que a Santa Casa da Misericórdia de Coimbra celebra o seu 525.º aniversário e o seu museu assinala 25 anos de existência, destacando-se o compromisso de ambas as entidades em valorizar e divulgar o património cultural, material e imaterial da instituição.

O Museu da Misericórdia de Coimbra, instalado no emblemático edifício do antigo Colégio de Santo Agostinho, datado de 1593, é um marco da arquitetura maneirista, projetado pelo arquiteto italiano Filippo Terzi. Conhecido como “Colégio Novo” ou “Colégio da Sapiência”, o edifício integra uma das duas únicas torres visitáveis da cidade, a par da icónica Torre da Universidade de Coimbra.

Este novo protocolo insere o museu na estratégia de dinamização turística da Portugal Green Travel, que já gere outros ativos de relevância na região, como o Seminário Maior de Coimbra e o Castelo da Lousã. A parceria ganha ainda maior destaque após a recente apresentação, na FITUR, do Coimbra Experience HUB, marca dedicada à promoção integrada da região de Coimbra.

Hugo Teixeira Francisco, sublinhou que o objetivo é “aumentar o número de visitantes do Museu da Misericórdia de Coimbra, tanto através de grupos turísticos organizados como de visitantes individuais”, reforçando a integração deste espaço no circuito turístico entre a Universidade de Coimbra e a Baixa da cidade.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

“Não há turismo sobre massacre”, afirma o Presidente do Brasil sobre plano de Trump para Faixa de Gaza

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, afirmou que Donald Trump foi eleito para governar somente os Estados Unidos e que deveria deixar o resto do planeta em paz, condenando a proposta do Presidente dos EUA de transformar a região numa área turística chamada “Riviera do Oriente Médio”.

Publituris

“Cada um governa no seu país, manda no seu país, e deve deixar os outros países em paz”, declarou o Presidente do Brasil, em entrevista conjunta para vários rádios brasileiros.

Para Lula da Silva, o anúncio feito por Trump ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que os EUA vão ocupar a Faixa de Gaza e assumir a administração daquele território palestiniano é uma coisa “incompreensível para qualquer ser humano”. O chefe de Estado brasileiro defendeu que quem tem de administrar e reconstruir Gaza são os próprios palestinianos.

Ao mesmo tempo, Inácio Lula da Silva condenou o plano do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza, que propunha a remoção dos palestinos da região para transformá-la numa área turística chamada “Riviera do Oriente Médio”.

“Tentar normalizar essa ideia absurda, dizer ’vamos tirar o povo palestiniano e construir uma Riviera’. Não. Ninguém vai fazer um lugar bonito sobre milhares de cadáveres de mulheres e crianças”, declarou Lula.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Dino Parque Lourinhã celebra 7 anos com aposta na modernização e desenvolvimento de novos projetos

O Dino Parque Lourinhã, museu ao ar livre dedicado aos dinossauros e animais pré-históricos, celebra o seu 7.º aniversário com um balanço positivo: mais de 1,4 milhões de visitantes desde a inauguração, numa aposta clara na modernização da sua oferta e no desenvolvimento de novos projetos científicos e educativos.

Publituris

É na companhia dos exploradores mais novos que o parque quer celebrar este marco na sua história, que se assinala no próximo dia 9 de fevereiro, com uma oferta especial: as primeiras 50 crianças (até aos 12 anos) poderão visitar o Dino Parque sem pagar bilhete de entrada.

A vertente pedagógica é uma das grandes valências do Dino Parque, que recebe anualmente milhares de alunos de escolas de todo o país. Com visitas guiadas e atividades interativas, o parque proporciona uma experiência imersiva e educativa, permitindo que os mais jovens aprendam sobre a história da Terra de forma lúdica e envolvente.

Destaca-se a parceria de longa data com o Museu da Lourinhã – Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã (GEAL), que tem permitido avanços significativos na paleontologia, nomeadamente através do laboratório de preparação de fósseis, onde os visitantes podem observar de perto o trabalho dos cientistas.

Além desta parceria, o Dino Parque mantém estreitas ligações com diversas universidades e instituições científicas, nomeadamente com a Faculdade de Ciências de Lisboa, com a Universidade de Aveiro, com o Museu Frick Sauriermuseum, na Suíça, ou com o Geoparque Oeste, desde 2024 oficialmente reconhecido como Geoparque Mundial da UNESCO. Esta classificação, concedida pela Rede Global de Geoparques e validada pelo Conselho Executivo da UNESCO, vem sublinhar a relevância geológica e científica deste território, que integra os municípios de Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras.

Contando com o apoio direto do parque temático gerido pela PDL – Parque Dinossauros Lourinhã a diversos projetos de investigação científica, este tem investido na melhoria das condições de investigação no seu laboratório, apoio a jovens investigadores, projetos internacionais e acolhimento de voluntários com o desejo de enveredar pelo caminho da paleontologia. Também já entregou, em forma de contributo, um valor superior a meio milhão de euros desde 2018, cujo destino é exclusivamente a investigação, desde o financiamento de escavações a apoios de natureza diversa, nomeadamente ao nível da preparação de fósseis. Recentemente foi também criada uma residência para investigadores, estagiários e estudantes de paleontologia.

Com um investimento inicial de 5,5 milhões de euros por parte da PDL – Parques Dinossauros da Lourinhã, o parque tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento da região, impulsionado o comércio local, a restauração e a hotelaria.

A celebrar sete anos, o Dino Parque Lourinhã continua com planos de expansão e inovação, apostando na modernização da sua oferta e no desenvolvimento de novos projetos científicos e educativos. “Queremos continuar a surpreender os nossos visitantes e a consolidar o Dino Parque como um centro de referência na educação e na investigação paleontológica”, assegura Rui Ferrão, Marketing Manager do Dino Parque Lourinhã.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.