Assine já
Destinos

“Temos de ter a ambição de crescer em valor”

Há três meses à frente da Secretaria de Estado do Turismo [Comércio e Serviços), Nuno Fazenda faz da coesão territorial uma das bandeiras para o futuro do turismo. Ao Publituris, Nuno Fazenda admite que há ”sinais muito positivos do mercado e das empresas que nos permitem encarar 2023 com confiança e com algum otimismo”. Sem se estender em temas como o aeroporto e a TAP, o SETCS salienta que “o objetivo é reforçar a conectividade aérea e aumentar o número de companhias aéreas que escolhem Portugal para fazer ligações e para nos trazer mais pessoas”.

Victor Jorge
Destinos

“Temos de ter a ambição de crescer em valor”

Há três meses à frente da Secretaria de Estado do Turismo [Comércio e Serviços), Nuno Fazenda faz da coesão territorial uma das bandeiras para o futuro do turismo. Ao Publituris, Nuno Fazenda admite que há ”sinais muito positivos do mercado e das empresas que nos permitem encarar 2023 com confiança e com algum otimismo”. Sem se estender em temas como o aeroporto e a TAP, o SETCS salienta que “o objetivo é reforçar a conectividade aérea e aumentar o número de companhias aéreas que escolhem Portugal para fazer ligações e para nos trazer mais pessoas”.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
Turismo do Centro posiciona-se “aqui, entre nós”
Destinos
Turismo de Portugal lança nova campanha para promover país nos mercados de proximidade
Homepage
“Territórios do Interior devem ser uma prioridade na promoção turística”, defende Nuno Fazenda
Destinos
“A ideia de qualificar a experiência é hoje um objetivo global”
Destinos

Com o setor do turismo a registar o melhor ano de sempre ao nível das receitas, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços destaca a convergência com a estratégia desenhada na ET27. Com a “ambição de crescer em valor”, Nuno Fazenda salienta os apoios que Portugal terá para se desenvolver em várias frentes. Contudo, frisa, “a boa aplicação dos fundos europeus é um desafio que convoca a todos”.

Assumiu o cargo há pouco menos de três meses. Que Secretaria de Estado do Turismo encontrou e já conseguiu dar-lhe um cunho pessoal?
Para começar, dizer que o setor do turismo teve um desempenho excecional nos últimos dez anos, pré pandemia. Crescemos sempre acima dos 10% no que diz respeito a receitas. Depois, houve a paragem de dois anos e a seguir tivemos, novamente, um retomar da atividade turística. O ano de 2022 teve um crescimento, como é sabido, acima do recorde turístico de 2019, mais 15% em receitas turísticas.

E por isso tenho dito e reafirmo, o turismo não é só um sector de excelência, é também um sector de resiliência que tem dado um contributo muito importante para a economia do país. É mesmo a maior atividade económica exportadora. Esse desempenho deve-se ao esforço das empresas, dos trabalhadores, das instituições e políticas públicas que favoreceram o crescimento do turismo.

Políticas públicas que apoiaram o setor do turismo durante uma fase complicada.
Muito difícil. Mas, dito isto, temos que ter a ambição de liderar o turismo do futuro. E quando digo liderar o turismo do futuro, significa um turismo mais sustentável, mais inclusivo, mais tecnológico e mais coeso. E por isso, temos de dar resposta, e esse é um ponto importante, aos desafios do presente, às emergências, mas, ao mesmo tempo, temos que dar resposta aos desafios estruturais do turismo.

Portanto, ter os olhos postos no futuro, isto é, responder ao presente, mas ter os olhos postos no futuro. E por isso mesmo estabelecemos um conjunto de prioridades estratégicas, claras, como o território, pessoas, empresas, dupla transição e reforço da notoriedade de Portugal enquanto destino turístico. Mas há uma marca muito importante que temos de ter, que é concretizar. E neste tempo que estou em funções tenho tido duas preocupações, concretizar e ter os olhos postos no futuro em alterações estruturais.

Concretizar a estratégia
Numa entrevista à sua antecessora, Rita Marques, no WTM em Londres, dizia que, neste momento que se fala muito em repensar o turismo por causa da pandemia, o importante era executar a estratégia. É isso que está a fazer, a executar uma estratégia existente? Ou seja, concretizar?
A questão é muito simples, temos uma estratégia muito clara. Tive o gosto de a coordenar em devido tempo, a Estratégia do Turismo 27 (ET27). E o propósito é concretizar a Estratégia de Turismo 27 que tem desafios muito claros. Temos o desafio da sustentabilidade, temos de ter um desenvolvimento turístico sem pôr em causa os nossos recursos naturais e culturais. Por isso, a sustentabilidade é uma prioridade estratégica. Temos o desafio da coesão territorial, em que queremos ter turismo em todo o território. Temos o desafio das qualificações, por isso, temos uma agenda para as qualificações e para o emprego.

Portanto, as prioridades estratégicas estão claras. O desafio é concretizar e é isso que tenho estado a procurar fazer desde que tomei posse.

Foi um dos responsáveis pela ET27. Essa estratégia foi, no entanto, delineada antes da pandemia. O que alterou nessa estratégia?
Os grandes desafios mantêm-se, os grandes desafios estruturais do turismo estão lá, os desafios da sustentabilidade a que temos que dar resposta, o desafio da coesão territorial também está lá, porque não é algo que se muda de um dia para o outro, o desafio das qualificações das pessoas, está lá, e se a formos ler estão lá os rendimentos, dignificação, valorização dos profissionais do turismo. Outra dimensão é a procura. Quando falamos da procura, qual é o desafio? É conhecer melhor a procura, atrair segmentos que permitam responder a dois outros desafios estratégicos, atenuar a sazonalidade e termos turismo ao longo de todo o território, todo o ano.

Quando desenhámos a ET27 eram consideradas irrealistas. Hoje, felizmente para o país, estamos a convergir para a concretização dessas metas

Portanto, nessa estratégia nada foi alterado. Foi sim, acelerado?
Esse é o meu propósito, acelerar a concretização dos desafios estratégicos da ET27.

Os resultados de 2022, de certa forma, vão ao encontro dessa estratégia, ultrapassando até as melhores expectativas. Mas também sabemos que essas receitas foram alcançadas devido à subida de preços. Acha que essa alta dos preços se vai manter ou terá de haver ajustamentos no futuro ao nível dos preços?
Um desafio que temos inscrito na ET27, para além daqueles que já referi, é crescer em valor. Temos de ter a ambição de crescer em valor, especialmente nos territórios mais consolidados do ponto de vista turístico. É o caso de Lisboa, do Algarve, da Madeira e do Porto. Continuar a crescer mais em valor do que em quantidade. Esse é um modelo que nos interessa, crescer em valor, com sustentabilidade e com inclusão.

Por isso mesmo, estamos também a prosseguir a estratégia de olhar para além dos principais mercados estratégicos prioritários e aí vale a pena ter presente que 80% da nossa procura externa está na Europa. A seguir aos mercados externos da Europa prioritários, temos outros dois mercados muito importantes, caso do Brasil e Estados Unidos da América. Depois temos outros mercados de atuação seletiva como, por exemplo, a Coreia do Sul para o turismo cultural e religioso, México, Austrália, Índia, Israel.

Quer nesses mercados tradicionais, quer nos de atuação seletiva, queremos crescer em valor e crescer em valor também, alcançando produtos turísticos ou potenciando produtos turístico muito importantes para o país como é o caso do enoturismo, turismo literário e também o turismo de natureza que são produtos diferenciadores que nos permitem dar resposta a dois desafios, a coesão territorial e atenuar a sazonalidade, a diversificação de mercados.

Não acredita, por isso, que esta conjuntura de alta de preços possa prejudicar o desempenho de Portugal?
Sim, não prejudica. Acho que Portugal tem tido um desempenho turístico muito importante e não creio que haja esse receio.

Devo dizer-lhe uma coisa muito importante, já que os sinais que tenho tido do contacto com as empresas, para além das estimativas do Banco Portugal apontarem para um crescimento na ordem dos 8,6% em termos de exportações de turismo, são sinais muito positivos. Aliás, tivemos oportunidade de o sentir na FITUR 2023, em Madrid, relativamente às reservas, daquilo que são os sinais do mercado. Temos sinais muito positivos do mercado e das empresas que nos permitem encarar 2003 com confiança e com algum otimismo para o turismo português.

Acredita que este valor, de 27 mil milhões de euros em receitas que está inscrito na ET27, possa ser atingido antes de 2027?
É uma possibilidade. E, sobretudo, importa ter presente o seguinte, quando desenhámos a estratégia (ET27), com essas metas, na altura eram consideradas irrealistas. Hoje, felizmente para o país, estamos a convergir para a concretização dessas metas.

Temos de explicar mais os apoios, explicar mais as regras

Com uma pandemia e uma guerra.
Com uma pandemia e uma guerra. Isso diz bem da força do turismo português. Portugal é um país fortíssimo ao nível do turismo, competimos com os melhores do mundo e competimos com os melhores do mundo, porque, de facto, temos regiões de turismo únicas, com recursos turísticos únicos, porque temos um sector empresarial forte do ponto de vista turístico e temos as nossas gentes, a nossa capacidade de receber bem, excelentes profissionais na área do turismo, e também temos tido políticas públicas que favorecem o crescimento do turismo.

Isso tudo vai ao encontro de uma definição que se ouve há muito tempo que Portugal está no caminho do melhor turismo e não mais turismo.
Claramente, esse é o ponto, melhor turismo, com mais sustentabilidade, com mais inclusão, com mais coesão. Tudo isso faz-nos ter melhor turismo.

As prioridades
Tenho-o acompanhado ao longo destes poucos meses que está no cargo e nas suas intervenções tem focado algumas prioridades. As pessoas, as empresas, o investimento, o território e também a internacionalização da marca Portugal ou de Portugal. Vamos primeiro ao primeiro ponto que são as pessoas. O setor do turismo sofreu um forte impacto com a pandemia e houve um grande êxodo de pessoas. Já se ouviu que o setor do turismo ou da hotelaria, em concreto, deixou de ser “sexy”, mas também questões como o confinamento e o teletrabalho levou ou leva a que as pessoas encarem o trabalho de forma diferente. Tem focado a valorização, os melhores salários, planos de carreira, entre outros. Como atrair essas pessoas novamente para o setor do turismo e como captar novo talento para o setor do turismo?
Esse é um ponto muito importante. Aliás, quando se olha para a ET27, o primeiro desafio são as pessoas. Nós vamos desenvolver e estamos a trabalhar numa agenda para as qualificações e para o emprego no turismo, cujo objetivo é atrair mais pessoas para o setor do turismo e, ao mesmo tempo, também, reforçar as qualificações. Nesse âmbito, há várias medidas que podem concorrer conjugadamente para atrair mais pessoas para o setor do turismo. Evidentemente, uma chave é o aumento dos rendimentos e aqui vale a pena ter presente o esforço que o país tem feito e que de 2015 até hoje aumentámos em 50% o salário mínimo nacional, o salário médio aumentou 29% e olhando para o futuro, houve um acordo de Concertação Social muito positivo, que vai na direção certa, que é melhorar os rendimentos das pessoas. E também, obviamente, na área do turismo.

Por isso quero saudar as empresas que têm ido até mais além do que os valores previstos em sede de Concertação Social.

Uma segunda nota tem a ver também com a valorização daquilo que é a imagem dos profissionais do turismo. Estamos a desenvolver uma campanha para promover e valorizar as profissões do turismo. Uma terceira área tem a ver com conjugar a oferta e a procura, isto é, vamos desenvolver também um projeto para criar uma ligação entre aquilo que são as ofertas de emprego e aquilo que são as procuras de emprego. Juntar o mundo do mercado de trabalho com o mercado das empresas.

Não há essa ligação ou há campo para melhorar essa ligação?
Há espaço para melhorar e é isso que nos compete fazer. Como é que podemos colocar quem procura emprego com quem tem ofertas de emprego para que esse matching seja feito.

A formação, hoje, está de acordo com as necessidades do setor privado?
Diria que em grande medida, sim. Já temos hoje uma boa compatibilidade entre aquilo que é a oferta formativa e as necessidades das empresas. Mas temos que reforçar essa compatibilidade.

Nesse particular, temos previsto melhorar também as condições de formação. Por exemplo, no contexto das Escolas de Hotelaria e Turismo, que são escolas de excelência, que têm uma empregabilidade acima de 90%, temos de continuar a formar mais e melhores profissionais de turismo. E temos que atrair mais gente para as escolas de turismo, que, aliás, viu o número de alunos descer nos últimos anos.

Nesse âmbito vamos ter, também, um plano de investimentos para as escolas nos próximos três anos, que estimamos em cerca de 20 milhões de euros, para melhorar, apetrechar e modernizar ainda mais as nossas escolas de turismo. Temos ótimas escolas, mas há espaço para melhorar, nomeadamente, em algumas dimensões infraestruturais, algumas obras de melhoria na digitalização, e também na eficiência energética.

Estamos a trabalhar no reforço da competitividade fiscal das nossas empresas e temos de trabalhar também na simplificação

E trazer pessoas de fora.
Sim, isso é muito importante. Há um acordo com a CPLP, temos de ser mais ágeis também na emissão de vistos e, claro, queremos e temos uma perspetiva de acolher bem os nossos imigrantes. Nós nos podemos esquecer que 10% das contribuições para a Segurança Social são já de imigrantes. Repare que, em 2015, tínhamos 100.000 pessoas a contribuir para a Segurança Social, hoje são mais de 630.000 pessoas. Ora, isto chama-se inclusão, integração de pessoas.

Nós precisamos de ter, também, mão-de-obra estrangeira, mas integrar, incluir e valorizar.

As próprias Escolas de Hotelaria e Turismo vão ter formação específica para promover a inclusão das pessoas que vêm de fora.

Essa questão de trazer pessoas de fora também coloca outro desafio que é dar condições às pessoas, por exemplo, de habitação. Isso tem que estar também interligado entre os vários ministérios, as várias secretarias de Estado e os diversos municípios.
Sem dúvida. E é por isso que, no contexto do PRR, a segunda maior rubrica é da habitação. É uma prioridade política absoluta. Mais e melhor habitação.

Isso também poderá passar por uma maior flexibilização fiscal para as empresas?
Estamos a trabalhar no reforço da competitividade fiscal das nossas empresas e temos de trabalhar também na simplificação.

E onde temos de simplificar ainda mais é nos apoios. Deixe-me dizer, vamos ter o maior volume de fundos europeus à nossa disposição e temos de ser mais ágeis e simplificar os procedimentos. Mas para além de ter de simplificar, recorrendo à tecnologia, temos também de explicar melhor os apoios. E é por isso mesmo que muitos dos apoios que temos lançado, tenho feito questão que se façam sessões de esclarecimento às instituições.

Quer dizer que muitas vezes os apoios estão lá, mas até as próprias empresas não compreendem como aceder a esse apoio?
Em alguns casos, sim. Temos de explicar mais os apoios, explicar mais as regras. Vamos ter um grande volume de fundos europeus e esses fundos têm de ser explicados para que se as empresas se possam candidatar e apresentar boas candidaturas.

Apontou os fundos que Portugal vai receber e todos sabemos que os balanços das empresas, ao longo destes dois anos, foram severamente atingidos. Portugal irá receber, via PRR, de facto, muito dinheiro para ajudar a economia. Concretamente para o setor do turismo, de que valores estamos a falar?
O que lhe posso dizer é que no contexto do PRR temos uma agenda para a área do turismo, para desenvolver o turismo, para acelerar e transformar o turismo de 151 milhões de euros. É um consórcio que envolve mais de 50 instituições focado em inovação, transição digital e transição energética. Portanto, são três grandes áreas e temos intenção de contratualizar essa agenda rapidamente.

Mas para além da agenda específica para o turismo, temos ainda apoios específicos para a transição digital das empresas onde o turismo se pode candidatar.

Temos também apoios no domínio da eficiência energética, que é muito importante na área do turismo. Depois temos também o domínio das qualificações.

Portanto, ainda que seja de banda larga, a verdade é que o turismo é um beneficiário direto. Eficiência energética, transição digital, qualificações, a que se soma a agenda mobilizadora para a área do turismo.

Mas temos ainda outra componente muito importante para as empresas, que é o reforço da competitividade. E um exemplo concreto são os dois avisos recentemente lançados pelo Banco Português de Fomento, com 400 milhões de euros para apoiar as empresas para a capitalização, para o crescimento das empresas.

Isto são vários exemplos, só no PRR. A isso somamos o Portugal 2030 (PT2030) e aí existem vários sistemas de incentivos para reforço da competitividade das empresas onde o turismo se inclui, mas também para a internacionalização das empresas do turismo. E a verdade é que, face ao Portugal 2020, o 2030 e o PRR terão mais 90% de apoios para as empresas. Isso é um dado muito importante para as empresas no geral e onde se inclui o turismo.

Diria que esta é uma oportunidade única para alavancar, de facto, o setor do turismo para o futuro?
É uma oportunidade muito importante para garantir a sustentabilidade e competitividade do turismo, porque hoje já somos um país de referência no turismo mundial. Mas temos de assegurar que continuamos a ser competitivos e sustentáveis. E é por isso que a competitividade e a sustentabilidade ganha-se na transição digital, na transição climática, na coesão territorial, na sustentabilidade em sentido mais lato. Para isso temos os instrumentos prontos.

Mas a boa aplicação dos fundos europeus é um desafio que convoca a todos. Convoca o Governo, porque tem de definir as grandes prioridades, criar as condições de governação dos fundos europeus, mobilizar os instrumentos de política pública, os avisos.

Criar as ferramentas para concretizar.
Exatamente. Mas depois convoca as instituições que têm de lançar os avisos, analisar os projetos nos prazos que estão previstos, proceder aos pagamentos dentro dos prazos previstos. Mas convoca também os promotores, os públicos e os privados, para construir bons projetos, para os executarem dentro dos prazos, para cumprir as metas com que se comprometeram e que convoca também quem escrutina, aqueles que fiscalizam os fundos. Por isso, isto é um desafio que convoca todos.

Mas dizer também que Portugal tem sido, no contexto europeu, reconhecido como um bom estudo de caso na boa aplicação dos fundos europeus. Vários estudos e relatórios o demonstram.

Portugal tem estado a cumprir com todas as metas e marcos e que a Comissão Europeia, pedido pagamento após pagamento, reconhece e transfere. Essa avaliação positiva acontece porque estamos a cumprir.

Mas como é que responde às empresas quando criticam a morosidade na receção desses apoios?
A questão é muito simples. Não podemos querer que no início do plano estejamos no fim do plano. Há etapas. No início do plano, não podemos ter já os projetos feitos, concretizados e pagos. Não é possível. Estamos no início do PRR e não no fim do PRR. Temos um período de execução.

Por outro lado, os apoios às empresas assentam numa lógica concorrencial, isto é, abre-se um aviso para apoios às empresas, abre-se um concurso, as entidades organizaram as suas estratégias, os seus consórcios definem as prioridades. Depois há um júri que tem de avaliar e depois de avaliar, há a aprovação. Depois segue-se a fase de execução e só quando estamos a executar é que se pode efetivamente pagar. Não podemos ter pagamentos sem obra feita.

O que temos de garantir é que temos bons projetos e que se cumpre a lei na aplicação dos fundos europeus, com agilidade e com simplificação.

Não podemos querer que no início do plano estejamos no fim do plano

Outro tema que também é uma prioridade e que tem sido muito focado é o da coesão territorial, de uma maior aposta no interior. Contudo, o interior tem muitos desafios, chamar empresas e, fundamentalmente, também chamar pessoas para o interior. Na FITUR tivemos a apresentação da Estratégia Transfronteiriça para Portugal e Espanha, mas como diz, agora é preciso concretizar. Que políticas estão a ser colocadas em marcha para que isso seja concretizado? Trata-se de um projeto que pode ser encarado a curto prazo ou terá de ser a médio e longo prazo?
Uma nota prévia, a coesão territorial é um desígnio nacional e o turismo pode dar um contributo muito importante para a coesão territorial. Porquê? Porque o turismo pode e deve ser uma âncora de desenvolvimento do interior. O turismo tem um efeito multiplicador. Quando falamos de atividade turística, falamos de dormidas, de restauração, mas falamos também do agroalimentar, da construção, da cultura, dos transportes, da habitação. Portanto, quando falamos em levar turismo ou ter turismo num determinado território, estamos a falar em dinamizar várias atividades económicas conexas.

Portanto, não se pode só olhar para a Secretaria de Estado do Turismo, mas tem de se olhar para uma multiplicidade de interlocutores do Governo?
O que eu quero dizer é que, se projetarmos e dinamizarmos o turismo no interior, vai suscitar todo um conjunto de atividades económicas conexas. Se nós tivermos mais turismo no interior, vamos ter necessidade de mais oferta hoteleira, mais restauração, mais construção, mais transportes, mais cultura, mais agroalimentar. O efeito multiplicador do turismo é, de facto, muito relevante para a coesão territorial.

Mas qual é o nosso ponto de partida? O nosso ponto de partida é de um país que tem cerca de 90% da procura turística no litoral. E isso deriva daquilo que é os recursos turísticos excecionais que temos no nosso país, nomeadamente no litoral. Ora, nós queremos continuar a ter um turismo em todo o país, mas queremos também que haja mais turismo no interior que também tem esses recursos excecionais.

Portanto, o que eu quero deixar muito claro é que, sem prejuízo da importância estratégica que têm os nossos destinos turísticos mais consolidados, como Algarve, Lisboa, Madeira, Porto, que são nossas bandeiras do turismo, são os nossos cartazes de primeira linha, temos de ter mais políticas para o desenvolvimento turístico do interior, porque o nosso desígnio é termos turismo em todo o território.

Acho que é um objetivo que me parece muito lógico, termos turismo em todo o território e ao longo de todo o ano.

E haver a possibilidade de promover Portugal com mais diversidade em termos de oferta?
Alargar a nossa base de oferta para alargarmos também a nossa base de procura e de mercados. E quando falamos de interior, temos que olhar também para aquilo que é a centralidade do interior português na Península Ibérica. Olhar também para aquilo que o mercado espanhol. Por isso mesmo, os projetos que temos, por exemplo, de ligações transfronteiriças no PRR, são projetos muito importantes. Bragança com Puebla de Sanabria, duplicação do IC 31 Monfortinho, temos Nisa à Extremadura, Alcoutim com a Andaluzia. Essas portas de entrada, a que se soma a de Vilar Formoso e de Valença, são pontes. Os projetos transfronteiriços que estão no PRR são pontes para o futuro desenvolvimento do país.

Depois temos os outros de promoção turística e também de dinamização. Nesse capítulo vamos ter projetos das mais diversas áreas. Vamos querer lançar um programa específico para a valorização turística do território, para os seus recursos turísticos, a preservação e valorização, vamos diferenciar positivamente projetos que contribuam para a afirmação do turismo interior. Dou-lhe o exemplo do “Portugal Events” em que teremos uma diferenciação positiva para projetos que se localizem no interior.

Promoção externa
Outra das prioridades é a internacionalização do destino, da marca Portugal, da visibilidade de Portugal a nível internacional. Registou-se uma consolidação dos mercados tradicionais, mas, fundamentalmente, houve um grande destaque de alguns mercados como os EUA. Isso poderá levar a um afinar das agulhas da promoção externa?
As agulhas da promoção externa estão afinadas e estamos sempre disponíveis para afinar ainda mais.

Temos de estar sempre atentos às mudanças do mercado, ao comportamento desses mercados e às respetivas tendências e, portanto, sim, temos sempre que afinar e melhorar a nossa atuação.

E na verdade, também afinar a internacionalização à conectividade aérea, e aí também estamos a trabalhar para reforçar essa conectividade aérea. Falou no mercado dos EUA, é muito importante, é já o primeiro mercado em Lisboa. Isso diz bem da importância desse mercado.

Mas não nos podemos esquecer que 80% da nossa procura externa está na Europa. Por isso, vamos reforçar a nossa presença nos mercados internacionais, não só porque vamos participar em mais feiras, mas também porque vamos dinamizar e participar em iniciativas internacionais. Vamos ter uma iniciativa em Londres, outra em Washington (EUA), com o Financial Times, no sentido de promover Portugal lá fora, para assegurar a nossa presença internacional.

A coesão territorial é um desígnio nacional e o turismo pode dar um contributo muito importante para a coesão territorial

E Portugal tem conseguido, de facto, diversificar a sua oferta relativamente a estas novas tendências que todos apontam, nomeadamente, esta preocupação com a sustentabilidade?
Este é um ponto muito importante. Nós hoje, de facto, temos um turista mais exigente, mais verde, mais ecológico, mais preocupado com as questões ambientais, que procura experiências mais desafiantes, mais autênticas e, portanto, quer um turismo mais customizado, mais personalizado. Nessa medida, esse é um desafio que se coloca hoje aos destinos e às empresas. Ir ao encontro dessas tendências do turismo, para um turista mais informado, porque também tem acesso a mais informação.

O turista quando visita um destino, já sabe o que procurar, tem pontuações, tem rankings, tem comentários, tem informação do destino, das empresas e dos sítios a visitar. Isso obriga à transformação dos próprios modelos de negócio, das próprias empresas e também na forma como trabalham os destinos turísticos.

E é por isso mesmo que o PRR e aquilo que é, por exemplo, a Agenda para o Turismo e os apoios do PT2030 estão direcionados para dar resposta a essas dimensões. Queremos as nossas empresas mais capacitadas do ponto de vista digital, queremos as nossas empresas com comportamentos ambientais mais sustentáveis, apoiando a sua eficiência energética, a gestão dos resíduos, a gestão da água e queremos também os nossos destinos com mais preservação e valorização dos nossos recursos turísticos. A base de sustentação da atividade turística é o nosso património natural e cultural. E se queremos ser competitivos e sustentáveis, temos de garantir a sustentabilidade destes nossos pontos turísticos.

A conectividade
Contudo, voltando à questão da conectividade, Portugal tem um problema, porque falando da infraestrutura que recebe mais turistas em Portugal, o aeroporto de Lisboa, está com a sua capacidade nos limites. Uma pergunta muito simples, conta ter uma decisão relativamente à nova localização do aeroporto de Lisboa até ao final deste ano?
Isso está a ser analisado por uma Comissão Técnica que foi nomeada, feito também em articulação com os vários parceiros e é por esse estudo que temos que acordar. Evidentemente, e não é matéria discussão, de uma nova solução aeroportuária. Acho que vale a pena ter presente que para o Aeroporto de Lisboa estão previstos, no plano de investimentos da ANA, melhorias para a atual infraestrutura aeroportuária.

Também dizer que no ano passado foram adotadas medidas muito importantes ao nível dos tempos de espera, a implementação de um novo sistema, mais rápido, mais ágil.

Se, por um lado, estamos a ter o respostas de curto prazo, está-se a trabalhar numa futura solução que tem de ser estudada, está a ser estudada para ser o mais consensual e se agir o mais rapidamente.

Mas teme que Portugal possa perder aqui alguma atratividade?
Portugal está num caminho ainda de crescimento, crescimento sustentável e de crescimento em valor. Temos uma rede de estruturas aeroportuárias muito capaz. Temos de melhorar, claramente, a questão de Lisboa e isso é o que está a ser estudado.

Não é a sua pasta, mas agregado ao facto de uma infraestrutura aeroportuária para Lisboa, também temos a questão da TAP e a privatização da TAP. Tem se falado muito em três possíveis interessados – Grupo Lufthansa, Grupo IAG e Air France KLM. Esse dossiê estará para breve ou a sua definição e concretização ainda demorará algum tempo?
Sobre esse dossiê em particular, como diz e bem, está noutra área governativa e, portanto, não quero pronunciar-me.

Mas afeta o turismo?
Com certeza e percebo o alcance da pergunta e a pertinência da mesma. Creio que os colegas que estão com essa área podem responder melhor. Mas há uma coisa que lhe posso dizer, a TAP é uma empresa estratégica para o país por aquilo que é a sua ligação ao mundo, pela diáspora, pelo contributo que tem para o turismo do país.

Dito isto, sendo Portugal um dos destinos turísticos mais competitivos do mundo, um dos destinos mais fortes em termos mundiais na área do turismo, o nosso objetivo é reforçar a conetividade aérea e aumentar o número de companhias aéreas que escolhem Portugal para fazer ligações e para nos trazer mais pessoas.

Espero dar um contributo para que o legado coletivo de um mandato possa deixar um país ainda mais competitivo, mais reconhecido internacionalmente e mais coeso

Até porque hã a questão do hub de Lisboa que poderá, eventualmente, sofrer alguma transferência?
O tema está a ser estudado e muito bem estudado pela área governativa que acompanha esse dossier para garantir todos os interesses do Estado português. E isso estará seguramente acautelado. Quando digo o Estado português falo do país e, também, evidentemente, na sua dimensão turística.

E depois de um ano recorde?
Fechámos o ano de 2002. Como que espera chegar ao final de 2023?
As perspetivas procuro tê-las com base em, por um lado, relatórios ou estudos de previsão e, por outro, também aquilo que o mercado nos diz. E aquilo que o Banco Portugal nos diz é que teremos um crescimento de 8,6% nas exportações de turismo. Por outro lado, aquilo que nos diz o mercado, aquilo que são os sinais que temos das empresas, também eles são sinais positivos, sinais de confiança, de otimismo.

Evidentemente, há sempre um contexto em que não conseguimos prever o futuro face à incerteza externa. Mas os sinais que temos são positivos.

Eu olho para 2023 com confiança e com um otimismo moderado, por força daquilo que são as previsões do Banco Portugal e pelos sinais que as empresas nos dão.

Teme de alguma forma que o conflito que está a decorrer, infelizmente, possa influenciar ou impactar ainda mais o turismo em Portugal?
Esse é um conflito que a todos nos deixa muito tristes do ponto de vista humano e coletivo, enquanto sociedade. Evidentemente que tem também impacto na economia global e particularmente europeia. Mas creio que não é possível estar a fazer previsões face a contextos tão voláteis.

Na última edição do WTM, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo considerava que os responsáveis, tanto nacionais como locais e tanto privados como públicos do universo do turismo, devem deixar um legado. Que legado é que o Nuno Fazenda gostaria de deixar no turismo?
É uma boa pergunta boa. Mas há um legado que queremos deixar, dar um contributo para que Portugal seja um país mais competitivo e mais coeso do ponto de vista turístico. Se no final conseguirmos ter um país que conseguiu fazer algumas transformações ao nível da sua competitividade em termos de destino sustentável, mais coesão, termos turismo em todo o país e ao longo de todo o ano, assente em padrões de sustentabilidade, acho que isso seria algo muito positivo.

Mas nestas coisas não há legados individuais, há legados coletivos. O que espero é poder dar um contributo para que o legado coletivo de um mandato possa deixar um país ainda mais competitivo, mais reconhecido internacionalmente e mais coeso.

Isso faz-se com muito empenho, com humildade, com tempo e com trabalho conjunto.

Como disse no início, resolver os problemas do presente, mas com os olhos postos no futuro e com uma marca que é concretizar.

 

 

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
Destinos

Reclamações sobre turismo aumentam 46% no trimestre face a 2019, revela o Portal da Queixa

No primeiro trimestre deste ano as reclamações dos consumidores dirigidas ao setor do turismo aumentaram 46% face ao mesmo período de 2019, revela o Portal da Queixa. Companhias aéreas e sites de reserva de viagens lideram as queixas motivadas por problemas com reembolsos e cancelamentos, atrasos nos voos e mau atendimento.

As companhias aéreas e os sites de reserva de viagens geraram 67% do total das queixas dos consumidores dirigidas ao setor do turismo no primeiro trimestre deste ano, que quando comparado com o mesmo período de 2019, registou um aumento de 47%.

Entre os principais motivos de reclamação, segundo o Portal da Queixa, estão problemas com o reembolso e cancelamentos, atrasos nos voos e mau atendimento. eDreams, TAP e Ryanair são as marcas mais reclamadas.

Segundo os dados aferidos, no primeiro trimestre de 2023, os consumidores portugueses registaram 1.003 reclamações no Portal da Queixa, e em 2019, o número foi apenas 672.

Entre as subcategorias do setor com o maior volume de reclamações recebido, estão as companhias aéreas (37%); os sites de reserva de viagens (30%); os sites de reserva de alojamento (9%), as agências de viagens (6%); e os aeroportos (3%).

Os principais motivos de reclamação apresentados pelos consumidores relacionam-se com reembolsos/cancelamentos, a gerar 39% das queixas recebidas. Os atrasos nos voos acolhem 22% das reclamações e o mau atendimento absorve 20%. Os problemas com a bagagem ocupam uma fatia de 15%.

No Top 5 das entidades do setor com o maior número de reclamações no período em análise está no topo da tabela a eDreams com 230 reclamações; segue-se a TAP com 173 queixas; a Ryanair com 68; a Easyjet a somar 49 e o Booking com 45.

A análise permitiu ainda concluir que as cinco entidades registam um baixo nível de performance no Portal da Queixa, no que se refere à resolução dos problemas reportados pelos consumidores.

No que diz respeito ao melhor índice de satisfação os dados analisados apontam a STP Airways, a Destinia, a Traventia e a Dellasol, nas respetivas categorias.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Destinos

Festival Internacional de Chocolate de Óbidos acolheu mais de 120 mil visitantes

O Festival Internacional de Chocolate de Óbidos, que decorreu sextas, sábados e domingos, de 10 a 26 de março, e teve como tema principal a Banda Desenhada, recebeu mais de 120 mil visitantes.

“O Festival Internacional de Chocolate de Óbidos é, sem dúvida, um marco nos eventos a nível nacional, sendo, nesta época do ano, um dos acontecimentos que mais público atrai para a região, capitalizando economicamente o concelho e o Oeste.” É desta forma que o presidente da Câmara Municipal de Óbidos fala deste evento que, este ano, foi visitado por mais de 120 mil pessoas.

Filipe Daniel, citado na nota publicada na página oficial da autarquia, está “muito satisfeito” principalmente “pelo crescimento em conteúdos e da oferta que o Festival proporcionou em 2023”.

O autarca, em hora de balanço, enalteceu o facto de o evento ter “mais esculturas, mais chefs, mais receitas, mais produtos em chocolate e mais formação”. “Fizemos ainda mais e melhor e isso só nos pode deixar satisfeitos e confiantes para o futuro”, garante Filipe Daniel, explicando que, “mais importante do que ter muitas pessoas a visitarem Óbidos, é ter pessoas que saem daqui felizes, com um sorriso na cara e com vontade de voltar”. “Trabalhamos os nossos eventos precisamente para que as pessoas tenham boas experiências, independentemente de onde vêm e do que procuram”, diz, explicando que é, por isso, que “Óbidos tem eventos para todos os gostos e para muitos públicos”.

Citado numa nota, o administrador da empresa municipal Óbidos Criativa (organizadora do festival), Ricardo Duque, destacou “o crescimento dos conteúdos ligados à gastronomia e à pastelaria, nomeadamente com o aparecimento de vários programas temáticos nos media, e a importância que os chefs têm como influenciadores, fazem com que o festival acompanhe estas tendências”, explicou Ricardo Duque, acrescentando que a organização está “já a pensar em como trabalhar para continuar a surpreender”, quer os visitantes quer os profissionais que participam no festival.

O evento, orçado em 250 mil euros, usou 25 toneladas de chocolate, contou com a presença de várias personalidades nacionais e internacionais do mundo da pastelaria e doçaria e uma equipa técnica de 57 chefs de pastelaria e bombonaria, tendo tido ainda uma forte componente formativa.

O certame contou, também com uma exposição de esculturas e a criação de esculturas ao vivo, várias demonstrações e apresentações de produtos. Relativamente à Corrida do Chocolate, que já vai na quarta edição, estiveram presentes cerca de 850 atletas.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal lança inquéritos para monitorizar evolução turística

Os inquéritos do Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal (OTSCP) aos empresários do turismo da região visam “monitorizar de forma sistemática a evolução da atividade na região”.

O Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal (OTSCP) lançou um conjunto de inquéritos às empresas do setor do Turismo, com o objetivo de “monitorizar de forma sistemática a evolução da atividade na região”, segundo comunicado da Turismo Centro de Portugal (TCP).

Até sexta-feira, 31 de março, encontra-se a decorrer o inquérito mensal “Atividade Económica” referente ao mês de janeiro, um dos quatro que estão disponíveis na plataforma do OTSCP, sendo que, nas segundas quinzenas de abril e maio, vai ter lugar a recolha de dados relativa a fevereiro e março, respetivamente.

Além do inquérito mensal, o OTSCP desafia os empresários a participar em outros três formulários estatísticos: “Caracterização da Empresa”, a preencher uma só vez, e passível de atualização futura; “Expectativas”, que consiste numa pergunta anual a ser respondida no primeiro semestre de cada ano; e “Ambiente e Responsabilidade Social”, um inquérito anual a ser respondido também durante o primeiro semestre de cada ano.

“As empresas que participarem receberão mensalmente, como contrapartida, um Relatório sobre a Atividade Económica das Empresas do Centro de Portugal, cujo valor será proporcional ao nível de adesão das empresas durante a recolha de dados”, acrescenta o comunicado divulgado pela TCP.

Os inquéritos em curso inserem-se no SMAT – Sistema de Monitorização da Atividade Turística do Centro de Portugal, um sistema próprio de produção estatística para a atividade turística que o OTSCP está a instituir na região, e que é compatível com o modelo ETIS – European Tourism Indicator System, que estabelece as diretrizes da União Europeia para a monitorização da atividade turística.

Após estar instituído, o SMAT vai proporcionar “aos agentes económicos do Centro de Portugal dados rigorosos e detalhados da atividade turística, em tempo útil, tornando possível a produção de relatórios mensais, semestrais e anuais”.

“A monitorização do Turismo a nível regional é um instrumento fundamental para garantir a competitividade e a sustentabilidade do setor no Centro de Portugal. Ao avançar com estes inquéritos e com o SMAT, o Observatório torna-se um elemento decisivo para o conhecimento integrado do setor do Turismo na região”, considera Pedro Machado, presidente da TCP.

O acesso à plataforma do OTSCP realiza-se através das credenciais das empresas e está disponível aqui, sendo possível a recuperação da password e a criação de novo registo. Para qualquer esclarecimento, está ainda disponível o e-mail [email protected].

A TCP diz ainda que “a plataforma foi concebida de modo a garantir a proteção dos dados confidenciais dos inquiridos, nomeadamente o anonimato das empresas”.

Criado pela TCP, o OTSCP tem o objetivo de monitorizar o turismo na região, em especial os seus impactos económicos, sociais, culturais e ambientais. Desta forma, constitui um apoio fundamental à tomada de decisão de todos os protagonistas da atividade turística na região, fornecendo informação de valor às empresas e organizações.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Museu do Romantismo na Madeira deverá abrir ao público em 2024

O Museu do Romantismo, no Monte, deverá ficar concluído no final do ano e abrir ao público em 2024. As obras estão já numa fase final e o investimento ascende a cerca 3,3 milhões de euros, 85% dos quais suportados pelo FEDER.

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, que visitou no início da semana a antiga casa do Imperador da Áustria, no Monte, garantiu que até ao final do ano o Governo Regional vai devolver o local à comunidade abrindo o Museu do Romantismo.

Na ocasião, Miguel Albuquerque disse, segundo notícia publicada na página oficial do Governo Regional, tratar-se de dinheiro “muito bem investido”, porque quando estiver pronto o Museu vai permitir, aos visitantes, “ter uma amostragem viva da História da Madeira nos últimos dois séculos”.

O líder madeirense explicou que “estarão aqui várias das personalidades que marcaram a história da Madeira, os nossos visitantes mais emblemáticos, enfim tudo o que está ligado à história do cosmopolitismo madeirense”, salientando ainda que “ali estará também plasmada a nossa intrínseca identidade, a interação muito forte entre a modernidade e os tempos mais antigos”.

Miguel Albuquerque destacou ainda as ótimas condições do jardim do Museu do Romantismo, sublinhando que o mesmo “tem ótimas condições para realizar um conjunto de eventos”. Neste sentido, anunciou que “a ideia será organizar, todos os anos, aqui, um festival de Música Romântica, bem como abrir a Quinta a um conjunto de eventos culturais”.

O investimento envolve a reconstrução integral da Quinta e do espaço envolvente e de todas e as pequenas construções que ali existem. O imóvel foi adquirido pelo Governo Regional nos anos oitenta.

Recorde-se que o Museu do Romantismo da Madeira tem por objetivo dar a conhecer a Madeira do século XIX, desde a formação do seu destino turístico, aos viajantes ilustres que pela ilha passaram e ao modo particular da vivência da cultura romântica europeia, que descobre na Madeira exotismos, perfeitamente integráveis no seu contexto temporal.

O museu vai, assim, desenvolver um programa científico, baseado no conceito da reconstituição de uma grande casa ou quinta madeirense do século XIX, com todas as suas valências, funcionais e estéticas, muito próximas ao gosto inglês, então dominante, e na origem da própria casa, e de uma estética desenvolvida pelos designados Wine Merchants, assim como da arte no tempo do Madeira Wine Trade.

A Quinta do Monte é atualmente conhecida por Quinta dos Jardins do Imperador referência ao Imperador Carlos de Áustria, último Imperador da Áustria-Hungria que ali viveu com a sua família, exilado entre 1921 e 1922, acabando por ali falecer.

As primeiras referências a esta propriedade datam de 1784, estando registado como um prédio rústico de aproximadamente seis hectares.

De referir que a Quinta desde sempre foi uma referência pela sua vegetação exuberante, património edificado e foi motivo para a realização de diversos trabalhos artísticos de variadas áreas.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Destinos

eDreams diz que portugueses voltam a escolher Paris para viagens na Páscoa

Paris volta a ser o destino de eleição dos portugueses nesta Páscoa, segundo dados recolhidos pela agência de viagens online, eDreams. Entre as restantes cidades mais reservadas encontram-se Funchal, Ponta Delgada, Barcelona, Londres e Amesterdão.

Publituris

Uma pesquisa levada a cabo pela plataforma da eDreams, que analisou os resultados das reservas de viagens a realizar durante o período da Páscoa de 2023, revela que Paris é o destino predileto dos portugueses, tal como aconteceu no ano passado.

Entre os destinos preferidos encontram-se ainda Funchal (Madeira), Ponta Delgada (Açores), Barcelona (Espanha), Londres (Reino Unido) e Amesterdão (Países Baixos).

A eDreams indica, por outro lado, que este ano se verificou um aumento de 30% na procura de viagens para a Páscoa por parte dos portugueses, em comparação com o ano passado.

Já no que diz respeito aos turistas que vão chegar a Portugal neste período, virão maioritariamente da França, Alemanha, Espanha, Suíça e Reino Unido.

As reservas analisadas pela empresa foram efetuadas entre 1 de setembro de 2022 e 15 de março de 2023.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Mais viagens e mais gastos marcam tendências dos viajantes em 2023

Um relatório da American Express Travel aponta as tendências de viagens que marcam o 2023. 75% dos viajantes reconhecem que as redes sociais os inspiraram a viajar para um destino específico; as viagens com motivações em gastronomia estão a ganhar popularidade entre os viajantes mais jovens; Oito em cada dez querem apoiar as comunidades locais nas férias este ano.

Publituris

Mais de 50% das pessoas pesquisadas pela American Express Travel dizem que farão mais viagens em 2023 do que no ano passado e 50% planeiam gastar mais dinheiro.

Oito em cada dez jovens da Geração Z e Millennials preferem investir numas férias de sonho do que num bem de luxo e são quatro as tendências que vão marcar as festas de fim de ano este ano.

O relatório é baseado em pesquisas com viajantes dos Estados Unidos, Austrália, Canadá, México, Japão, Índia e Reino Unido.

Filmes, programas de TV e medias sociais populares estão a inspirar as pessoas a viajar para lugares que veem no ecrã. Assim, 64% concordam que se sentiram inspirados a viajar para um destino depois de vê-lo na TV, no noticiário ou em um filme, e o percentual sobe para 70% no caso da Geração Z e Millennials.

Por outro lado, 75% dos viajantes entrevistados concordam que as redes sociais os inspiraram a viajar para um destino específico, enquanto 46% da Geração Z e Millennials reconhecem que foram influenciados pelo Instagram. No geral, 48% das pessoas querem viajar para um lugar que possam exibir nas redes sociais.

Outra tendência que se observa este ano é a escolha de destinos com base na gastronomia, seja para visitar os melhores restaurantes ou para fazer aulas de cozinha. De facto, 81% dos entrevistados dizem que experimentar comidas e culinárias locais é a parte da viagem que eles mais desejam.

A pesquisa da American Express Travel revela que 85% dos viajantes desejam visitar lugares onde possam realmente experimentar a cultura local e 78% estão interessados ​​em apoiar as comunidades locais nas suas férias de 2023.

Uma grande maioria (89%) quer viajar para destinos que nunca visitou antes e 68% querem visitar lugares pouco conhecidos antes de se tornarem populares.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Governo lança “Agenda para as profissões do turismo” com 20 medidas e o objetivo de aumentar em 20% os profissionais do setor

Segundo o Ministério da Economia e do Mar, esta agenda “tem como grande ambição tornar Portugal o destino de referência para estudar e trabalhar no setor do turismo”.

Publituris

O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, apresentou esta segunda-feira, 27 de março, a “Agenda para as profissões do turismo”, iniciativa que contempla 20 medidas e que visa aumentar “em 20% a população empregada no setor”.

Num comunicado enviado à imprensa pelo Ministério da Economia e do Mar, explica-se que este documento “é uma agenda estratégica, com 20 medidas, que visa aumentar em 10% os profissionais de turismo com o ensino secundário e superior, crescer 15% no número de estudantes em Turismo em todos os níveis de ensino e incrementar em 20% a população empregada no setor”.

Entre as 20 medidas incluídas na “Agenda para as profissões do turismo”, destaque para o Plano Nacional para a Modernização e Especialização da Rede de Escolas Hotelaria e Turismo, para a concretização da Academia Internacional de Turismo e para o lançamento do Atlas – Programa de benefícios para os profissionais de turismo.

Além destas iniciativas, esta agenda estratégica prevê também “a majoração do financiamento a empresas com boas práticas laborais e de formação, reforço da formação para acelerar a dupla transição – climática e digital – e a internacionalização de empresas e marcas”, estando ainda pensadas “campanhas para a valorização das profissões do Turismo”.

De acordo com o Ministério da Economia e do Mar, “a Agenda para as Profissões do Turismo é um documento aberto, em contínua construção, que tem como grande ambição tornar Portugal o destino de referência para estudar e trabalhar no setor do turismo”.

“Valorizar os profissionais do setor é essencial para termos mais e melhor turismo. Investir nas pessoas, no aumento das suas qualificações, rendimentos e reconhecimento, é uma aposta estratégica para preparar o futuro de uma atividade em crescimento. Esta é também uma agenda com ação para fazer face aos desafios presentes. Para o alcance dos objetivos e das metas apresentadas nesta Agenda será fundamental a mobilização e envolvimento de todos”, explica Nuno Fazenda, citado na informação divulgada.

Além de Nuno Fazenda, a sessão de apresentação desta agenda contou com a presença do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, da ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e do ministro da Educação, João Costa, tendo ainda incluído um painel de debate composto por diferentes profissionais do setor.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Praia de Verandinha na ilha da Boavista, Cabo Verde

Destinos

Cabo Verde com recorde de mais de 835 mil turistas em 2022

Os hotéis cabo-verdianos receberam em 2022 um recorde de 835.945 turistas, quase 31% dos quais do Reino Unido, e mais de quatro milhões de dormidas, segundo dados anunciados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país.

Publituris

De acordo com o relatório de Movimentação de Hóspedes em Cabo Verde em 2022, com as estatísticas do turismo produzidas pelo INE, o número de hospedes ultrapassou no ano passado o recorde anterior, que foi de 819.308 turistas em 2019, antes da pandemia de covid-19, e cresceu ainda 394% face aos 169.068 turistas em 2021.

Já nas dormidas, o recorde continua a ser o registado em 2019, com 5.117.403, sendo as 4.088.412 dormidas de 2022 um aumento de 387% face a 2021, mas ainda abaixo do verificado em 2016 (4.092.551 dormidas).

A análise por tipo de estabelecimentos indica que os hotéis continuam a ser os estabelecimentos hoteleiros mais procurados, representando 94,0% do total das entradas, seguindo-se as residenciais (2,6%), as pensões (1,6%) e os hotéis-apartamentos (1%).

A ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde, continuou a liderar a procura, com 61,8% do total das entradas, seguida da Boa Vista com 21,0% e Santiago com 9,3%.

O principal mercado emissor de turistas para Cabo Verde em 2022 foi o Reino Unido, com 258.422, equivalente a 30,9% do total das entradas, seguido da Alemanha com 11,5%, Países Baixos com 10,5%, Portugal com 10,5% e França com 5,6%. O total de cabo-verdianos a procurar unidades hoteleiras em Cabo Verde no ano passado representou também 5,6% do total, totalizando 46.647 pessoas.

Relativamente às dormidas, Reino Unido com 35,3% também liderou, seguido da Alemanha com 12,6% e dos Países Baixos com 10,5%. Os turistas britânicos lideraram igualmente no tempo de estadia, com uma média de 5,6 noites.

“As dormidas dos residentes no Reino Unido distribuíram-se principalmente pelas Ilhas da Boa Vista (50,0%) e do Sal (49,6%). Os hotéis foram os tipos de estabelecimento mais procurados pelos ingleses, representando cerca de 99,8%”, refere o INE.

Os 88.141 turistas portugueses distribuíram-se principalmente pelas ilhas do Sal (77,2%), da Boa Vista (11,6%) e Santiago (7,2%), preferindo igualmente os hotéis como o principal meio de alojamento, representando 98,2%.

Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19. Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística.

Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo baixou em junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, entretanto, voltou a rever, para mais de 8% e já no final do ano para 10 a 15%.

Crédito foto: https://pt.depositphotos.com/

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Entre os destinos mediterrânicos, só Turquia e Egito recuperam no ‘outbound’ alemão

Apesar da recuperação do mercado ‘outbound’, as preferências dos alemães para o período entre março e junho na bacia mediterrânica vai para a Turquia e Egito. Portugal recupera, mas continua no vermelho.

Publituris

As reservas no mercado alemão, para o período entre 1 de março e 30 de junho, centram-se em destinos como a Turquia e o Egito, revelam os dados recolhidos pela Mabrian. Na bacia mediterrânica, são estes dois destinos os preferidos do outbound alemão, sendo que são os únicos que recuperam face ao mesmo período de 2019.

A Turquia, segundo os dados da Mabrian, recupera quase 20% (19,35%) face ao período pré-pandémico, indicando a consultora que, para o período em análise, existem já mais de 3,5 milhões de lugares reservados. No que diz respeito ao Egito, os números mostram uma recuperação de 9,66%, face a 2019, com 590 mil lugares reservados.

Portugal aparece com um decréscimo de 2,76%, quando comparado com o mesmo período de 2019, apontando a Mabrian reservas de 940 mil lugares de 1 de março a 30 de junho. Já na comparação com o ano de 2022, Portugal fica somente a 1,49%.

A maior descida, face a 2019, pertence à Tunísia, com uma queda de 18,17%, recuperando, no entanto, face a 2022, com mais 1,84%.

Espanha aparece como líder nas reservas, com mais de cinco milhões, mas com uma quebra de 12,90% face a 2019. Comparando, contudo, os números deste ano com os de 2022, o país vizinho recupera 0,61%.

Face a 2019, França e Itália também mostram números no vermelho, com 25,23% e 26,26%, respetivamente, mas colocam-se em campo positivo quando comparado com 2022: França com mais 5,42% e Itália com mais 5,16%.

No que diz respeito às reservas já efetuadas pelos alemães para estes dois países, Itália tem, para o período analisado, mais de 2,6 milhões de reservas feitas, enquanto França aparece com 1,46 milhões.

Em campo negative, tal como Portugal, aparece a Grécia. Se na comparação com 2019 os números indicam uma descida de 2,76%, já numa análise com 2022, a quebra é mais acentuada, situando-se 10,52% abaixo dos níveis pré-pandémico.

Carlos Cendra, director of Sales&Marketing da Mabrian, refere que”, embora ninguém esperasse que os níveis regressassem já aos de 2019 e a realidade fosse igual ao período pré-pandémico, nalguns mercados estamos a registar um regresso a números idênticos. Contudo, no caso da Alemanha, isto não está a acontecer, com a recuperação a acontecer de forma desigual e lenta”.

O responsável da Mabrian admite que esta realidade esteja a ser influenciada pelas condições económicas e sociais, o caos verificado nas viagens em 2022, entre outros fatores”, concluindo que, “não há só menos viagens como os destinos estão a recuperar a velocidades diferentes e alguns estão a ser ultrapassados nas preferências dos alemães”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

TCP apresentou programas estruturais em Assembleia Geral em Aveiro

A Assembleia Geral da TCP, que decorreu no Teatro Aveirense, em Aveiro, serviu para aprovar o relatórios de atividades e de gestão e contas da entidade regional de turismo de 2022.

Publituris

A Turismo Centro de Portugal (TCP) apresentou sexta-feira, 24 de março, o Programa Regional de Ecoturismo e o Programa Centro Sustentável, “dois programas estruturais” para a região, que foram apresentados durante a Assembleia Geral da entidade regional de turismo, que decorreu em Aveiro.

Numa nota informativa enviada à imprensa, a entidade regional de turismo explica que o Programa Regional de Ecoturismo foi apresentado por José Mendes, CEO da IDTour, enquanto o Programa Centro Sustentável foi dado a conhecer por Patrícia Araújo, diretora da Biosphere Portugal, tratando-se de duas iniciativas em que a TCP está “diretamente envolvida”.

Além destes programas, a Assembleia Geral, que decorreu no Teatro Aveirense, em Aveiro, e serviu para aprovar o relatórios de atividades e de gestão e contas de 2022, aprovou também a adesão da AITI – Associação Ibérica de Turismo Interior à TCP, tendo contado ainda com uma apresentação de resultados, por parte de Pedro Machado, presidente da TCP.

“O que temos para apresentar são resultados francamente positivos, que devem inspirar a confiança desta Assembleia e premiar o trabalho das equipas”, realçou Pedro Machado, destacando a recuperação da confiança dos mercados, depois de dois anos particularmente difíceis, assim como os proveitos da atividade turística, que foram os melhores de sempre na região Centro de Portugal.

A Assembleia Geral da TCP contou ainda com a apresentação das principais iniciativas desenvolvidas no ano passado por parte dos vários núcleos orgânicos da TCP, cujos chefes apresentaram ainda os “resultados mais importantes desse período”.

A terminar esta Assembleia Geral, Anisabel Santos, diretora do Departamento Administrativo e Financeiro da TCP, deu ainda a conhecer os resultados financeiros do exercício de 2022.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.