Assine já
Destinos

Perspetivas promissoras para o turismo europeu, admite ETC

Depois de um bom ano de 2022, a ETC antecipa uma continuação na recuperação das viagens em 2023. Embora reconheça que as viagens de longa distância sejam as que mais tempo demorarão a recuperar, o mercado norte-americano manterá um crescimento significativo.

Victor Jorge
Destinos

Perspetivas promissoras para o turismo europeu, admite ETC

Depois de um bom ano de 2022, a ETC antecipa uma continuação na recuperação das viagens em 2023. Embora reconheça que as viagens de longa distância sejam as que mais tempo demorarão a recuperar, o mercado norte-americano manterá um crescimento significativo.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
Custo de vida como principal barreira para viagens de longo-curso
Destinos
ETC e Google juntam-se para fortalecer recuperação do turismo europeu
Análise
Europa lidera retoma do setor do turismo a nível internacional
Destinos
WTTC e ETC alertam para a falta de 1,2 milhões de empregos e impactos negativos na recuperação do turismo
Destinos

As perspetivas para as viagens na Europa são promissoras, apesar das pressões globais, como inflação alta, guerra na Ucrânia e consequente crise energética, e a iminente recessão económica. Os dados mais recentes da European Travel Commission (ETC), divulgado no relatório “European Tourism: Trends & Prospects”, indicam uma recuperação de 75% dos volumes de viagens de 2019 para a Europa em 2022, antecipando que essa forte recuperação continue até 2023, embora a um ritmo mais lento.

Olhando para o futuro, prevê-se que as viagens internacionais para a Europa atinjam níveis pré-pandémicos em 2025, enquanto as viagens domésticas recuperarão totalmente em 2024.

No relatório, Luís Araújo, presidente da ETC, afirma que, “olhando para 2023, esperamos que o setor do turismo na Europa continue a sua forte recuperação”. Luís Araújo refere ainda que, “como as viagens de curta distância na Europa estão a recuperar, a atenção da indústria do turismo agora volta-se para as chegadas de longa distância”, salientando que, “como boas notícias, podemos esperar o tão aguardado retorno dos visitantes da Ásia-Pacífico nos próximos meses”.

O presidente da ETC refere ainda que, “à medida que a indústria enfrenta os muitos desafios deste ano, é vital que o setor continue recetivo à procura do consumidor, melhorando a experiência do visitante no destino e visando mercados e segmentos menos afetados pela desaceleração económica”.

A tão desejada recuperação
Apesar das perspetivas económicas mais sombrias, a recuperação das viagens na Europa persistiu no final de 2022, apoiada por uma forte procura reprimida. O excesso de poupanças durante a pandemia provavelmente estendeu a temporada de verão, pois os viajantes estavam ansiosos para sair e viajar após três anos de restrições devido à pandemia. do Covid-19.

Os dados acumulados do ano, em comparação com 2019, mostram que quase um em cada dois destinos reportados recuperou mais de 80% das suas chegadas estrangeiras pré-pandémicas. No geral, os destinos do sul do Mediterrâneo registaram a recuperação mais rápida no final do ano. Os preços altos estimularam a atratividade de destinos mais acessíveis, com os turistas a visitar a Türkiye (-2%) para beneficiar de uma lira mais fraca. Luxemburgo (-4%), Sérvia (-6%), Grécia (-6%) e Portugal (-7%) também estão a aproximar-se dos níveis de 2019, revelam os dados da ETC.

O impacto da reabertura asiática
As viagens de longa distância têm sido um ponto fraco relevante até o momento na recuperação pós-pandêmica, apontando a ETC “os maiores custos associados a viagens para o exterior, maior hesitação relacionada às preocupações de segurança da COVID-19 e à reabertura mais lenta dos países da Ásia-Pacífico” como principais causas. No entanto, os dados de reservas tiveram um “pequeno aumento” em meados do ano passado, em grande parte originários das regiões do Sudoeste do Pacífico e Sul da Ásia.

“Como a região da Ásia-Pacífico reabriu amplamente no segundo semestre de 2022, é provável que a procura de viagens da região para a Europa recupere em 2023”, prevê a ETC. Em particular, notícias encorajadoras chegaram em dezembro com o fim do período de três anos da política “zero-Covid ” na China. Os especialistas preveem um retorno gradual dos viajantes chineses à Europa a partir do segundo trimestre de 2023, embora permaneçam “barreiras significativas”. “Após o anúncio surpresa, a logística para restaurar as rotas de voo para reconectar a China ao resto do mundo exigirá tempo”, admite a ETC, salientando ainda que “a maioria dos viajantes chineses precisará adquirir um visto para viajar e muitos podem precisar renovar seus passaportes”.

Viagens transatlânticas continuarão em alta
No que diz respeito às viagens transatlânticas, a ETC espera que estas “continuem a fazer contribuições significativas para os destinos europeus”. Os EUA lideram a recuperação das viagens de longa distância para a Europa, graças a restrições de viagens curtas e menos intensas e à força do dólar em relação ao euro. Com base nos dados acumulados do ano, quase um em cada quatro destinos relatados viu as chegadas nos EUA excederem os níveis de 2019. As chegadas deste mercado para a Europa estão 25% abaixo dos níveis de 2019, em 2022, e devem recuperar 82% dos volumes de 2019, em 2023. O Canadá está a registar um desempenho semelhante aos EUA, embora um pouco mais fraco, antecipando a ETC que as chegadas do Canadá à Europa fiquem 28 % abaixo dos níveis de 2019, em 2023.

O crescimento da América do Norte, no entanto, pode desacelerar em 2023, pois as perspetivas económicas apontam para uma recessão moderada devido a desafios associados à inflação, mercados de trabalho e confiança de consumidores e empresas, entre outros.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
Destinos

Portugueses entre os que demonstram mais interesse nas reservas antecipadas para a Páscoa

Apesar das contrariedades económicas e de possíveis disrupções devido a greves, os europeus estão a ávidos de regressar às viagens e nesta Páscoa os números da Sojern indicam uma crescente evolução nas reservas. Portugueses e britânicos estão entre os que contam mais reservas antecipadas.

Com muitos europeus ansiosos pelas férias da Páscoa, há incerteza quanto ao impacto que as diversas greves em todo o Continente poderão ter no planeamento das viagens. Juntamente com a crise do custo de vida, que está sendo descrita como “a maior ameaça para as empresas de viagens em 2023”, a Sojern salienta, numa análise realizada recentemente, que este cenário “pode causar preocupação para a indústria do turismo sobre o que está por vir para a Páscoa de 2023 e além”.

No entanto, em função dos dados que conseguiu recolher, a Sojern refere que os viajantes europeus estão a mostrar “resiliência contra esses obstáculos e parecem dispostos a tornar realidade os seus sonhos de viagem na Páscoa”, frisando que os viajantes estão a reservar mais viagens para a Páscoa de 2023 face ao mesmo época festiva de 2022, apesar de todos os contratempos como as greve e inflação.

Reservas europeias viagens outbound para a Páscoa, % variação vs 2022

Ao olhar para os planos de viagens dos europeus para a Páscoa para 2023, França e Suíça parecem hesitar mais em reservar com antecedência, com reduções nas reservas em comparação com 2022 de 32% e 10%, respetivamente. No entanto, os viajantes originários de Portugal e do Reino Unido estão a demonstrar grande interesse em planear as férias da Páscoa antes do feriado, com aumentos ano a ano nas reservas de 60% e 49%, respetivamente.

Como um todo, as viagens de saída de países europeus parecem dar sinais de otimismo, com 80% dos mercados de origem a exibir um aumento na procura de viagens na Páscoa pelo menos um mês antes do período de viagem em comparação com 2022. “Esse aumento significativo indica que muitos europeus estão a procurar fugir, apesar das greves e interrupções de viagens”, refere a Sojern.

Paris, Londres, Dubai e Nova Iorque lideram destinos dos europeus na Páscoa
As reservas de voos e as pesquisas de hotéis para a Páscoa destacam que há procura e intenção de viagens para uma variedade de destinos globais. Nova Iorque está no topo da lista de reservas de voos com 7% das reservas até o momento, e Londres segue de perto com 6%. Quando se trata de buscas por hotéis, Londres também aparece com 9% do total de intenções de viagem, com Paris a ocupar a primeira posição com 11%.

Embora Nova Iorque seja o destino mais popular para reservas de voos em geral, apenas um outro destino fora da Europa, Dubai, está entre os vinte principais destinos da Páscoa em reservas de voos. “Sem surpresa, ao dividir os insights por duração da viagem, fica claro que os destinos de longa distância são muito mais populares para quem deseja viajar por mais de uma semana”, refere a Sojern na sua análise.

Foto crédito: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos

Praia de Verandinha na ilha da Boavista, Cabo Verde

Destinos

Cabo Verde com recorde de mais de 835 mil turistas em 2022

Os hotéis cabo-verdianos receberam em 2022 um recorde de 835.945 turistas, quase 31% dos quais do Reino Unido, e mais de quatro milhões de dormidas, segundo dados anunciados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país.

Publituris

De acordo com o relatório de Movimentação de Hóspedes em Cabo Verde em 2022, com as estatísticas do turismo produzidas pelo INE, o número de hospedes ultrapassou no ano passado o recorde anterior, que foi de 819.308 turistas em 2019, antes da pandemia de covid-19, e cresceu ainda 394% face aos 169.068 turistas em 2021.

Já nas dormidas, o recorde continua a ser o registado em 2019, com 5.117.403, sendo as 4.088.412 dormidas de 2022 um aumento de 387% face a 2021, mas ainda abaixo do verificado em 2016 (4.092.551 dormidas).

A análise por tipo de estabelecimentos indica que os hotéis continuam a ser os estabelecimentos hoteleiros mais procurados, representando 94,0% do total das entradas, seguindo-se as residenciais (2,6%), as pensões (1,6%) e os hotéis-apartamentos (1%).

A ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde, continuou a liderar a procura, com 61,8% do total das entradas, seguida da Boa Vista com 21,0% e Santiago com 9,3%.

O principal mercado emissor de turistas para Cabo Verde em 2022 foi o Reino Unido, com 258.422, equivalente a 30,9% do total das entradas, seguido da Alemanha com 11,5%, Países Baixos com 10,5%, Portugal com 10,5% e França com 5,6%. O total de cabo-verdianos a procurar unidades hoteleiras em Cabo Verde no ano passado representou também 5,6% do total, totalizando 46.647 pessoas.

Relativamente às dormidas, Reino Unido com 35,3% também liderou, seguido da Alemanha com 12,6% e dos Países Baixos com 10,5%. Os turistas britânicos lideraram igualmente no tempo de estadia, com uma média de 5,6 noites.

“As dormidas dos residentes no Reino Unido distribuíram-se principalmente pelas Ilhas da Boa Vista (50,0%) e do Sal (49,6%). Os hotéis foram os tipos de estabelecimento mais procurados pelos ingleses, representando cerca de 99,8%”, refere o INE.

Os 88.141 turistas portugueses distribuíram-se principalmente pelas ilhas do Sal (77,2%), da Boa Vista (11,6%) e Santiago (7,2%), preferindo igualmente os hotéis como o principal meio de alojamento, representando 98,2%.

Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19. Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística.

Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo baixou em junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, entretanto, voltou a rever, para mais de 8% e já no final do ano para 10 a 15%.

Crédito foto: https://pt.depositphotos.com/

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Transportes

TAAG reforça ligação entre Luanda e Lisboa e passa a 14 voos semanais

A TAAG vai adicionar uma nova frequência na ligação entre Luanda e Lisboa, passando a contar com 14 ligações semanais.

Publituris

A Linhas Aéreas de Angola (TAAG) vai adicionar uma nova frequência na ligação entre Luanda e Lisboa que, a partir de terça-feira, 28 de março, passará a contar com 14 ligações semanais, anunciou hoje a transportadora angolana.

O aumento da frequência visa “agregar mais opções de mobilidade” aos passageiros e clientes e “face ao crescimento da procura de mercado”, refere a TAAG, em comunicado.

A partir de terça-feira, 28 de março, a TAAG providenciará dois voos por dia, com saída de Luanda às 12H40 (saída diurna) e 23H45 (saída noturna).

“Portugal é um dos destinos preferenciais e a porta de entrada da Europa para diversos passageiros, entre turistas, famílias e tecido empresarial oriundo de Angola, África e América do Sul. Paralelamente, Angola posiciona-se como um hub importante para receber e redirecionar tráfego vindo de Portugal para os diversos destinos TAAG no hemisfério sul”, indica a empresa.

Segundo a transportadora aérea, “em 2023, e tendo como referência os meses completos de janeiro e fevereiro, foram transportados na rota Luanda-Lisboa-Luanda 39.306 passageiros.

Este valor representa mais do que o dobro dos 18.798 passageiros transportados no período homólogo do ano passado.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Transportes

Projeto do novo aeroporto em Santarém apresentado em sessão pública

Depois de apresentado às entidades oficiais, os promotores do Magellan 500 dão a conhecer, publicamente, o projeto do novo aeroporto para Santarém.

Victor Jorge

O Convento de S. Francisco recebe, no próximo dia 11 de abril, a partir das 9h00, a sessão pública de apresentação do projeto para a construção do novo aeroporto em Santarém, que culminará com a assinatura de um acordo de cooperação intermunicipal entre os municípios de Santarém, Golegã, Alcanena e Torres Novas, com vista à congregação de esforços daquelas autarquias para o planeamento do território para a nova cidade aeroportuária.

Depois da sessão para as entidades oficiais, esta é a forma de ficar a conhecer mais pormenores sobre o Magellan 500 Airport, um projeto criado e desenvolvido ao longo de três anos por um consórcio de empresas privadas nacionais em colaboração com agentes locais, entre os quais o Município de Santarém.

A Resolução do Conselho de Ministros nº 89/2022, de 29 de setembro de 2022, incluiu o Magellan 500 Airport, que considerou ser “um projeto de iniciativa privada promovido fora da atual concessão”, em duas das cinco opções estratégicas alternativas da Avaliação Estratégica para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa. Esta posição do Estado reforçou o empenho dos parceiros na consumação do projeto, que é agora apresentado publicamente em Santarém.

De acordo com os promotores deste projeto, esta infraestrutura permitirá, também, servir uma vasta região que, além de Santarém, compreende territórios da Área Metropolitana de Lisboa, Oeste, Coimbra, Leiria/Fátima, Alto Alentejo, Beira Baixa e a Península de Setúbal, consolidando o Magellan 500 Airport como um “contributo único para a região Centro de Portugal e para a coesão territorial do país”.

Como parte dos estudos do projeto ao longo destes últimos três anos foram desenvolvidos, ainda na saída da pandemia, previsões de tráfego para a região de Lisboa, conjuntamente com uma empresa internacional especializada, indicando os autores do Magellan 500 que “os resultados são consistentes com as previsões de evolução da aviação comercial”. A procura da região Centro de Portugal, incluindo a capital do país, poderá atingir os 50 milhões de passageiros em 2039 e chegar aos 100 milhões em 2063, sendo que em 2018 este número se fixou nos 28,9 milhões de passageiros.

Recorde-se que em entrevista publicada no Publituris, Carlos Brazão, líder e promotor do Magellan 500, afirmou que se trata de um projeto “flexível, escalável e adaptável à nova realidade e ao novo paradigma da indústria da aviação”, admitindo que o primeiro voo poderia “aterrar ou levantar voo em 2029”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Agenda

Turismo e património cultural em debate na Portucalense

O “Turismo na Atualidade” e o “Património Cultural e a Guerra” estarão em debate nesta iniciativa da Universidade Portucalense.

Publituris

A Universidade Portucalense (UPT) organiza esta terça-feira, 28 de março, a conferência “Turismo na Atualidade”, que tem como objetivo principal proporcionar um melhor entendimento sobre os processos de planeamento e gestão nas áreas do Turismo, Hotelaria e Restauração, Marketing Digital e Sustentabilidade e Alterações Climáticas, com enfoque especial na cidade do Porto.

O evento contará com a presença de especialistas das diferentes áreas, que partilharão as suas experiências e perspetivas, o que irá permitir uma melhor compreensão do contexto atual do setor do Turismo na cidade invicta.

Nesta conferência estarão também presentes mais de 70 alunos e diversos professores da Profitecla, parceira da UPT na organização desta ação, que irão assistir a palestras e debates sobre os desafios e oportunidades do setor do Turismo, as tendências de Marketing Digital e o papel da Sustentabilidade e das Alterações Climáticas no desenvolvimento turístico.

Durante a tarde, decorre a mesa-redonda “O Património Cultural e a Guerra em Debate”, onde se irá debater sobre as implicações do conflito armado no património cultural, a destruição ocorrida nos últimos anos, a (in)operância das convenções de salvaguarda, entre outros assuntos.

Os convidados desta conversa são Orlando Sousa, da Direção Regional da Cultura do Norte e ICOMOS, Tiago Lopes, Professor auxiliar do Departamento de Direito da UPT e comentador residente na CNN Portugal para a Diplomacia e Relações Internacionais, e Fernando Azevedo, da Direção Regional de Cultura do Norte e membro do Conselho de Administração da ICOMOS.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Entre os destinos mediterrânicos, só Turquia e Egito recuperam no ‘outbound’ alemão

Apesar da recuperação do mercado ‘outbound’, as preferências dos alemães para o período entre março e junho na bacia mediterrânica vai para a Turquia e Egito. Portugal recupera, mas continua no vermelho.

Publituris

As reservas no mercado alemão, para o período entre 1 de março e 30 de junho, centram-se em destinos como a Turquia e o Egito, revelam os dados recolhidos pela Mabrian. Na bacia mediterrânica, são estes dois destinos os preferidos do outbound alemão, sendo que são os únicos que recuperam face ao mesmo período de 2019.

A Turquia, segundo os dados da Mabrian, recupera quase 20% (19,35%) face ao período pré-pandémico, indicando a consultora que, para o período em análise, existem já mais de 3,5 milhões de lugares reservados. No que diz respeito ao Egito, os números mostram uma recuperação de 9,66%, face a 2019, com 590 mil lugares reservados.

Portugal aparece com um decréscimo de 2,76%, quando comparado com o mesmo período de 2019, apontando a Mabrian reservas de 940 mil lugares de 1 de março a 30 de junho. Já na comparação com o ano de 2022, Portugal fica somente a 1,49%.

A maior descida, face a 2019, pertence à Tunísia, com uma queda de 18,17%, recuperando, no entanto, face a 2022, com mais 1,84%.

Espanha aparece como líder nas reservas, com mais de cinco milhões, mas com uma quebra de 12,90% face a 2019. Comparando, contudo, os números deste ano com os de 2022, o país vizinho recupera 0,61%.

Face a 2019, França e Itália também mostram números no vermelho, com 25,23% e 26,26%, respetivamente, mas colocam-se em campo positivo quando comparado com 2022: França com mais 5,42% e Itália com mais 5,16%.

No que diz respeito às reservas já efetuadas pelos alemães para estes dois países, Itália tem, para o período analisado, mais de 2,6 milhões de reservas feitas, enquanto França aparece com 1,46 milhões.

Em campo negative, tal como Portugal, aparece a Grécia. Se na comparação com 2019 os números indicam uma descida de 2,76%, já numa análise com 2022, a quebra é mais acentuada, situando-se 10,52% abaixo dos níveis pré-pandémico.

Carlos Cendra, director of Sales&Marketing da Mabrian, refere que”, embora ninguém esperasse que os níveis regressassem já aos de 2019 e a realidade fosse igual ao período pré-pandémico, nalguns mercados estamos a registar um regresso a números idênticos. Contudo, no caso da Alemanha, isto não está a acontecer, com a recuperação a acontecer de forma desigual e lenta”.

O responsável da Mabrian admite que esta realidade esteja a ser influenciada pelas condições económicas e sociais, o caos verificado nas viagens em 2022, entre outros fatores”, concluindo que, “não há só menos viagens como os destinos estão a recuperar a velocidades diferentes e alguns estão a ser ultrapassados nas preferências dos alemães”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Transportes

“Não é altura para brincar com o dinheiro dos portugueses”, diz Sérgio Monteiro a propósito da privatização da TAP

O ex-secretário de Estado das Infraestruturas do Governo de Passos Coelho, Sérgio Monteiro, que uma injeção pública na TAP implicaria sempre “dor” e que era “crítico privatizar” a companhia aérea.

Publituris

“Uma injeção pública vem sempre com dor, dinheiro, cortes nos salários e redução das condições de vida. Daí era crítico privatizar”, afirmou o ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, que falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, realizada esta sexta-feira, 24 de março, .

“Não queiramos envolver dinheiro público, quando tínhamos acabado de sair de um memorando de entendimento. Nunca é altura de brincar com o dinheiro dos portugueses. Uma injeção de fundos públicos estava fora de questão”, apontou.

Neste sentido, vincou que o processo de privatização era, na altura, uma “urgência imensa”, tendo em conta que a empresa vivia, “como vive hoje”, num quadro de dificuldade de capitalização.

O antigo governante, ouvido a requerimento do PS sobre o processo de privatização da TAP, lembrou que, à data, a companhia devia combustível à Galp, taxas aeroportuárias à ANA, bem como a pequenos fornecedores e agências de viagens.

“Só não incumpriu no contrato com a Airbus porque escalonou os pagamentos”, sublinhou.

Sérgio Monteiro, que agradeceu ter sido chamado ao parlamento, recordou que o processo de privatização da TAP foi feito de acordo com a lei-quadro, que tem regras e enquadramento próprio, nomeadamente a necessidade de se obterem, previamente avaliações independentes.

Vincando que logo à partida ficou claro que a companhia tinha uma “necessidade urgente de capitalização”, o antigo secretário de Estado notou que foi nomeada uma comissão independente que fiscalizou todos os atos do processo.

Neste âmbito, conforme adiantou, formalizaram-se convites a mais de 40 entidades, a maioria do setor da aviação, da Europa, Ásia, África, América, Médio Oriente e Extremo Oriente.

No entanto, apenas oito aceitaram assinar o acordo de confidencialidade e três demonstraram estar “verdadeiramente interessadas” em olhar para o processo, que disse ter sido elogiado por todas as instituições, como o Tribunal de Contas.

Para Sérgio Monteiro, o Governo optou pelo “caminho mais difícil”, tendo em conta que na altura todos os concorrentes, como a Lufthansa ou a Ibéria, queriam comprar apenas o transporte aéreo da companhia.

“Se tivéssemos o caminho fácil, teríamos privatizado apenas o lucro. Recusámos este caminho por respeito aos portugueses”, notou, acrescentando que o resultado prático deste processo foi viabilizar uma empresa com “importância estratégica”, melhorando em 692 milhões de euros as contas da Parpública.

A privatização da TAP foi, assim, para o executivo de Passos Coelho, “o melhor para o futuro da empresa, dos seus trabalhadores e, sobretudo, dos portugueses”.

Porém, garantiu que este processo não significou que o Governo “virou as costas à empresa”, até porque o Estado “não podia demitir-se da fiscalização”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

Solférias, Exoticoonline, Sonhando e Alto Astral lançam operação especial Maceió para o Verão

Os voos desta operação dos quatro operadores terão início a 27 de julho e serão operados pela companhia Hi Fly.

Publituris

Solférias, Exoticoonline, Sonhando e Alto Astral acabam de anunciar o lançamento da operação especial de verão para Maceió, Brasil.

Os voos diretos Lisboa-Maceió, operados pela companhia Hi Fly, serão realizados às terças-feiras, com a primeira partida a acontecer a 27 de julho, indicando-se que a última partida está marcada para 22 de agosto.

Esta operação, realizada pelos quatro operadores a atuar no mercado português dá “continuidade ao sucesso que foram as operações especiais de Fim de Ano e Páscoa para o Brasil”, referem em comunicado.

O programa contempla uma estadia de 7 noites – 8 dias, com os preços a iniciarem-se nos 1.792 euros, por pessoa em duplo, no Hotel Vila Galé Alagoas 5*, em regime de tudo-incluído.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Redes sociais, gastronomia, bem-estar e comunidades locais influenciam viagens em 2023

O mais recente “2023 Global Travel Trands Report” da American Express Travel destaca a influência das redes sociais, gastronomia, bem-estar e comunidades locais nas viagens para 2023.

Victor Jorge

A American Express Travel acaba de lançar o “2023 Global Travel Trands Report”, onde destaca quatro tendências globais que inspiram as pessoas a viajar em 2023.

A análise, baseada em dados de pesquisa de viajantes dos Estados Unidos da América, Austrália, Canadá, México, Japão, Índia e Reino Unido, adianta que mais da metade (52%) dos inquiridos admitem planear fazer mais viagens este ano do que no ano passado e metade (50%) preveem gastar mais dinheiro em viagens em 2023 do que em 2022.

O relatório da American Express Travel destaca ainda que 84% da Geração Z e Millennials dizem preferir fazer férias de sonhos do que comprar um novo item de luxo e 79% concordam que viajar é uma importante prioridade no orçamento pessoal.

“As férias são preciosas e os viajantes estão a dar prioridade a viagens personalizadas, construídas em torno das suas paixões, desde o planeamento de férias inteiras para uma única reserva de jantar até a obtenção do vídeo perfeito para o TikTok”, refere Audrey Hendley, presidente da American Express Travel.

Das conclusões retiradas do relatório, a American Express Travel destaca que filmes, programas de TV e redes sociais estão a inspirar as pessoas a viajar para lugares que veem nos ecrãs dos diversos dispositivos, especialmente, nas gerações mais novas. Assim, 75% dos inquiridos admitem terem sido influenciados pelas redes sociais a viajar para determinado destino, com 70% da comunidade pertencente à Geração Z e Millennials a referirem que foram inspirados a visitar um destino depois de o ver ou descobrir numa série de televisão, notícia ou filme, baixando a percentagem quando se aborda a relevância do Instagram.

O peso do segmento gastronómico parece, igualmente, ganhar peso, com 81% dos ouvidos pela American Express Travel a concordam que “experimentar comidas e gastronomia local” está no topo das prioridades.  é a parte da viagem que eles mais desejam, sendo que 66% da Geração Z e Millennials admitem terem influenciados, grande parte, pelo que veem nas redes sociais. Destaque, também, para o facto de quase metade dos inquiridos (47%) indicaram que planearam a sua viagem para visitar um restaurante em específico.

Também o bem-estar está nas prioridades dos turistas para as suas viagens, afirmando 73% dos ouvidos que a próxima viagem tem como objetivo melhorar a saúde mental, física e emocional. As gerações mais jovens – Geração Z e Millennials – afirmam mesmo que reservam os hotéis com base na oferta de spas e serviços wellness.

Por fim, o “2023 Global Travel Trands Report” refere ainda que um dos objetivos dos turistas para 2023 passa por descobrir locais “escondidos” e apoiar as comunidades locais que visitam, indicando 85% que pretendem visitar um local onde poderão “experienciar verdadeiramente a cultura local”, enquanto 78% dizem-se interessados em viajar para destinos que apoiem as comunidades locais.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Transportes

Base Ryanair na Madeira: uma visão da SkyExpert 365 dias depois

Depois do início das operações a 29 de março de 2022 e oficialmente inaugurada a 14 de abril, Pedro Castro, diretor da SkyExpert Consulting, refere que o balanço é “sem dúvida positivo”.

Victor Jorge

Com início das operações a 29 de março e oficialmente inaugurada a 14 de abril, o Publituris colocou três perguntas ao diretor da SkyExpert Consulting, Pedro Castro, relativamente ao início da base da Ryanair na Madeira.

Que balanço faz do 1.º ano da base da Ryanair na Madeira?
Do lado do Turismo da Madeira e da criação de empregos diretos ligados à aviação, o balanço é sem dúvida positivo. O aeroporto da Madeira cresceu a dois dígitos a partir de abril de 2022 quando a Ryanair abriu a sua base e isto depois de um período pré-pandémico de estagnação no aeroporto – não se vislumbrava um crescimento significativo, pelo contrário. Com a Ryanair, passaram a chegar à ilha mais turistas oriundos de novos mercados, com preços e voos mais acessíveis que colocam a Madeira a um nível mais competitivo, nomeadamente em relação às Canárias. Por outro lado, a Ryanair traz um tipo de turista individual que estimula outro tipo de atividades e que ajuda a equilibrar a dependência da Madeira por relação aos touroperadores estrangeiros. Houve naturalmente também a criação e fixação de pilotos, tripulantes e outros empregos diretos no setor aéreo na ilha.

É mais difícil para mim dar uma resposta tão simples sobre a Ryanair: a análise custo-oportunidade que a empresa fez significa que está sempre à procura do aeroporto europeu onde poderá tirar melhor partido financeiro com esses mesmos aviões. Seria necessário ter mais dados financeiros para verificar se esta conta é, de facto, positiva do lado da companhia aérea e se é melhor do que ter estes aviões noutros aeroportos.

Com exceção do Porto, o próximo verão não será marcado por grandes mudanças na operação da Ryanair. De que forma é que isso pode afetar o crescimento em 2023?
É verdade e é um pouco surpreendente. Olhando para trás, a Ryanair raramente abre uma base num aeroporto para onde nunca tenha voado, como foi o caso da Madeira. O aumento das frequências do Porto é feito com os aviões baseados no Porto e está diretamente relacionado com a oportunidade criada pelo abandono da rota Porto-Funchal pela Transavia. Ou seja, a Ryanair não identificou outra oportunidade para crescer na Madeira nos próximos seis meses nem mesmo com aviões de outras bases, mantendo a mesma oferta de voos. Isto pode estar relacionado com os desafios operacionais do aeroporto que, por questões de vento e meteorologia, fecha com uma frequência maior do que a desejada.

Estas disrupções são graves para qualquer companhia, mas para as companhias de baixo-custo que têm departamentos comerciais e de atendimento ao cliente muito racionados, este tipo de situação afeta-as ainda mais. Mas vejo oportunidades para a Ryanair crescer em voos mais curtos como para Espanha, Canárias e até Marrocos. O Algarve, claro, porque não tem voos diretos para a Madeira. Já os Açores estão excluídos devido ao regime protecionista em vigor nestas ligações.

Acredita que outras companhias poderão inspirar-se na Ryanair e criar uma base na Madeira?
Acredito que o Governo Regional deve utilizar todos os mecanismos possíveis para pressionar o Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, a fazer um “upgrade” rápido e urgente dos radares que medem o vento na Madeira. Isto não é uma competência regional e o governo da República arrasta inexplicavelmente este tema que é muito mais simples de resolver do que o novo aeroporto de Lisboa, tem um impacto potencial imediato muito maior, mas que não goza da mesma cobertura mediática e cai no esquecimento.

De resto, penso que o Governo Regional prossegue eficazmente o seu trabalho em atrair novas companhias e novas rotas para a Madeira, sendo que conseguir uma base é sempre o auge mais desejado por qualquer região. Temos de compreender, porém, que existem poucas companhias com esta flexibilidade em criar bases noutros aeroportos – nem a companhia pública, onde os Madeirenses colocaram cerca de 100 milhões de euros, consegue fazê-lo.

Existe também a questão do aeroporto do Porto Santo: parece-me essencial dar uma atenção especial ao Inverno e evitar que se repita o que aconteceu em 2020 e 2021 em que a ilha ficou sem voos diretos para o Continente. Em 2022, a easyJet garantiu esses voos diretos para Lisboa duas vezes por semana, mas com horários pouco convenientes para o posicionamento do destino como “escapadela” de fim de semana, com voos aos domingos que saiam da ilha às 09h30. Sem isso, o destino perde uma grande oportunidade da qual depende para se manter aberto durante todo o ano e para se afirmar.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.