Banco de Portugal vê receitas turísticas a crescer 8,6% em 2023
O Banco de Portugal (BdP) estima que, em 2023, as receitas turísticas cresçam 8,6%, “beneficiando da Jornada Mundial da Juventude que terá lugar em Portugal no terceiro trimestre”.

Inês de Matos
Turismo de golfe pode valer quase 66 mil milhões de dólares até 2035
Herança Judaica na Europa é nova série de “Viagens com Autores” da Pinto Lopes Viagens
Inscrições até 20 de maio: Turismo de Portugal vai “comandar” missão empresarial a Cabo Verde
Tunísia prevê temporada turística “excecional”, segundo o governo
Escolas de Hotelaria e Turismo de Portugal vão colaborar com congéneres do Luxemburgo
Portugal é país convidado de honra na Feira do Livro de Praga 2025
FLOA e GEA Portugal melhoram experiência de compra no setor das viagens com solução Buy Now Pay Later
Turkish Airlines passa a ligar diariamente Sevilha a Istambul a partir de setembro
Ilhas da Macaronésia buscam objetivos comuns na área do turismo
Depois de Espanha turismo de Albufeira mostra-se no mercado norte-americano
O Banco de Portugal (BdP) estima que as receitas turísticas, provenientes dos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, cresçam 8,6% em 2023, “beneficiando da Jornada Mundial da Juventude que terá lugar em Portugal no terceiro trimestre”.
De acordo com o Boletim Económico divulgado esta sexta-feira, 16 de dezembro, pelo BdP, depois de terem crescido “quase 80%” em 2022, devido ao “levantamento das restrições da pandemia e da concretização da procura adiada durante esse período”, as receitas turísticas devem manter a tendência de crescimento nos próximos anos.
“As exportações de turismo crescem quase 80%, beneficiando do levantamento das restrições da pandemia e da concretização da procura adiada durante esse período. Este agregado aproxima-se dos valores pré-pandemia no final de 2022”, lê-se no Boletim Económico do BdP, que traça as perspectivas para a economia portuguesa até 2025.
Depois de um crescimento de 8,6% no próximo ano, as perspectivas do BdP indicam que, em 2024 e 2025, este indicador continue a crescer, ainda que esse crescimento seja “ligeiramente acima da procura externa”.
“Em 2024-25, assume-se que esta componente cresce ligeiramente acima da procura externa”, refere o BdP, que estima também um abrandamento das importações, que devem apresentar “crescimentos gradualmente mais moderados ao longo do horizonte”.
As importações do turismo devem, contudo, levar a um “crescimento mais forte dos serviços, em particular em 2022, refletindo a evolução marcada do turismo de residentes no exterior”.
A abrandar deverá estar também o crescimento da economia nacional, com o BdP a estimar que, em 2023, exista uma subida de 1,5%, enquanto em 2025 deverá ser contabilizado um aumento de 1,9%.
Também o consumo privado deverá desacelerar, crescendo apenas 0,2% em 2023 e 1,0%, em média, em 2024-25, tal como o consumo público, que deverá desacelerar “gradualmente ao longo do horizonte”.
Já o investimento deverá aumentar nos próximos anos, com o BdP a estimar “crescimentos de 2,9% em 2023 e de 4,9%, em média, em 2024-25”, enquanto as exportações devem crescer “em torno de 4% em 2023-25”.
O BdP projeta ainda uma desaceleração da inflação para os três próximos anos, chegando aos 5,8% em 2023, 3,3% em 2024 e 2,1% em 2025, “refletindo menores pressões de origem externa”.
Apesar das melhorias das previsões económicas, o BdP alerta para a incerteza que continua a existir e que pode ter reflexos essencialmente ao nível da inflação, o que se deve particularmente à possibilidade de existirem “repercussões mais adversas do conflito na Ucrânia, em particular, sobre o abastecimento de energia à Europa”.