Governo lança programa com escolas de turismo para ajudar a orientar nómadas digitais
De acordo com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, este programa vai colocar as 12 escolas de turismo do país a ajudar os nómadas digitais a escolherem a melhor localização para se poderem instalar em Portugal.

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O governo está a preparar um programa que visa orientar os nómadas digitais que se queiram instalar no país e que vai colocar as 12 escolas de turismo que existem no país a ajudar estes viajantes a escolherem a melhor localização para se poderem instalar em Portugal.
A informação foi avançada esta sexta-feira, 4 de novembro, pela secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, durante a Web Summit, que voltou a decorrer no Parque das Nações, em Lisboa.
Estamos a preparar um programa nas nossas escolas de turismo – e temos 12 espalhadas por Portugal – e, basicamente, a ideia é ajudar a decisão destes nómadas digitais, informando sobre as potencialidades do país, qual será a melhor localização para se poderem instalar”, explicou Rita Marques.
A governante deu o exemplo do surf, considerando que os nómadas digitais interessados neste desporto de ondas podem escolher destinos como Peniche ou a Nazaré, ambos no centro do país, explicando que o papel das escolas de turismo passará por “facilitar a decisão” dos nómadas digitais.
Rita Marques espera que estas medidas possam atrair “mais nómadas digitais não só para as grandes cidades, mas também para o interior” do país, que “tem potencialidades extraordinárias para viver e trabalhar”.
Durante a sua intervenção no painel “A Ascensão do Nómada Digital”, Rita Marques vantagens defendeu ainda as vantagens do novo regime de entrada de nómadas digitais em Portugal, invocando a importância de “atrair jovens para Portugal” e considerando que os nómadas digitais são um grupo que “pode impulsionar a economia”.
A secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços sublinhou ainda que este não é um regime dedicado apenas a estrangeiros, mas também a cidadãos portugueses que foram para o estrangeiro, e que o objetivo do Governo não é vender o país apenas a estrangeiros.
“Não estamos a vender o país apenas a estrangeiros, mas a portugueses que trabalham em empresas americanas e canadianas e que podem trabalhar a partir de Portugal”, acrescentou.
Relativamente às criticas que o programa tem recebido, uma vez que tem sido associado à subida dos preços da habitação, Rita Marques considerou apenas que o Governo “tem de estar atento e criar políticas públicas que façam sentido”, dando a entender que, no futuro, podem ser atribuídos benefícios aos nómadas digitais que se desloquem para zonas do interior ou menos centrais do país.
Durante a participação na Web Summit, Rita Marques falou ainda sobre a greve que os tripulantes de cabine da TAP agendaram para 8 e 9 de dezembro, considerando que esta paralização vai “com certeza” impactar o turismo.
“A TAP é um parceiro fundamental para o turismo (…) e todo o setor privado do turismo tem apoiado a TAP”, concluiu, assinalando que o direito à greve “está consagrado” na legislação e mostrando-se convencida que será possível chegar a um “discurso harmonizado e apaziguador para resolver os problemas dos trabalhadores”.