Ministro admite que integração num grande grupo pode ser única maneira de “assegurar a viabilidade” da TAP
Num debate na Assembleia da República, Pedro Nuno Santos afirmou que, para o Governo, sempre foi claro que, num mercado globalizado e competitivo, a “TAP não conseguiria sobreviver, a médio prazo, sozinha”.
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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, admitiu esta quinta-feira, 13 de outubro, que a integração da TAP num grande grupo de aviação “pode ser mesmo a única maneira de assegurar a viabilidade de uma empresa estratégica para o país”.
Durante um debate na Assembleia da República sobre a privatização da TAP, Pedro Nuno Santos afirmou que, para o Governo, sempre foi claro que, num mercado tão fortemente globalizado e competitivo, a “TAP não conseguiria sobreviver, a médio prazo, sozinha”.
“A integração da TAP num grupo criaria sinergias importantes e traria resiliência para enfrentar a volatilidade tão característica da aviação. Esta pode ser mesmo a única maneira de assegurar a viabilidade de uma empresa estratégica para o país”, acrescentou o governante, citado pela Lusa.
No entanto, Pedro Nuno Santos defende que a abertura do capital da TAP “será decidida no tempo e no modo que melhor defenda o interesse nacional”.
Depois de criticas à anterior privatização da TAP, feita pelo Governo de Pedro Passos Coelho, o ministro das Infraestruturas e da Habitação garantiu que, com o atual Governo, a privatização da TAP terá de assegurar condições para que a empresa seja mais competitiva, sustentável e que permita a expansão do ‘hub’ de Lisboa, que classificou como “o maior ativo da aviação nacional”.
Pedro Nuno Santos criticou ainda o maior partido da oposição por continuar a ser “incapaz de assumir uma posição clara” em relação à intervenção na TAP, sem dizer qual seria a sua solução para resolver a emergência que a companhia aérea enfrentou durante a pandemia.
“A nacionalização da empresa em 2020 teria de ser feita mesmo que a TAP fosse, à altura, totalmente privada. A intervenção pública não foi feita para a empresa ficar do lado do Estado, ela foi feita para garantir que a empresa não fechava. O que estava em causa não era ter uma TAP pública ou uma TAP privada, o que estava em causa era a sobrevivência ou a falência da TAP”, reiterou.