TAP, Galp e ANA – Aeroportos de Portugal juntam-se para desenvolver combustível sustentável para a aviação
Parceria já permitiu realizar o primeiro voo em Portugal com recurso ao SAF – Combustível Sustentável para a Aviação, que ligou Lisboa a Ponta Delgada e foi operado num aparelho A321neo.

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A TAP, a Galp e a ANA – Aeroporto de Portugal estabeleceram uma parceria para desenvolver e fornecer SAF – Combustível Sustentável para a Aviação, no âmbito da qual foi já realizado o primeiro voo em Portugal com este tipo de combustível, que ligou Lisboa a Ponta Delgada.
A parceria foi anunciada na passada sexta-feira, 22 de julho, e o primeiro voo com este tipo de combustível foi realizado num aparelho A321neo e incorporou 39% de matéria de origem renovável (HEFA), o que permitiu uma redução de emissões de 7,1 ton CO2eq, o que representa uma diminuição de 35% das emissões totais de CO2.
“Inaugura-se assim uma nova era da aviação em Portugal com combustíveis mais sustentáveis fornecidos pela Galp, alinhada com o enquadramento europeu em matéria de obrigatoriedade de incorporação SAF na aviação”, destaca um comunicado conjunto enviado à imprensa pela TAP, Galp e ANA – Aeroportos de Portugal.
Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP; Andy Brown, CEO da Galp; e Thierry Ligonnière, CEO da ANA – Aeroportos de Portugal, assinaram a parceria, que está em “linha como o pacote climático Fit for 55 da Comissão Europeia, o qual inclui a iniciativa legislativa ‘RefuelEU Aviation’ que visa aumentar a oferta e a procura de SAF na União Europeia e a sua utilização em 2% até 2025, 5% até 2030 e 63% até 2050”.
Numa primeira fase deste protocolo, o SAF utilizado nos voos da TAP vai ser fornecido pelo operador líder na produção de combustível de aviação sustentável, a Neste, que produz o SAF a partir de matérias-primas de origem sustentável, incluindo óleo de cozinha usado e gordura animal.
O comunicado divulgado lembra que o SAF oferece “um desempenho semelhante ao dos tradicionais e pode ser utilizado nos mesmos motores que o combustível fóssil, mas com uma pegada de carbono significativamente menor, com uma redução de emissões que pode ir até 80%”, sendo que, além da descarbonização, permite também potenciar a economia circular, aumentar a independência energética e a segurança do abastecimento.