Palma de Maiorca é o primeiro porto espanhol a limitar número de cruzeiros por dia
O porto de Palma de Maiorca é um dos primeiros no Mediterrâneo, depois de Dubrovnik, na Croácia, a limitar o número de navios de cruzeiros que, por dia, podem atracar na cidade.
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O porto de Palma de Maiorca, em Espanha, tornou-se esta quinta-feira, 5 de maio, no primeiro porto espanhol a limitar o número de cruzeiros por dia a um máximo de três, numa medida que garante que, por semana, o número de cruzeiristas na ilha não ultrapassa os oito mil.
De acordo com o jornal espanhol Hosteltur, a medida passou a ser aplicada desde esta quinta-feira, depois de um acordo entre o Governo das Baleares e a CLIA – Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros, que prevê a limitação dos cruzeiros que podem atracar na cidade de forma compatibilizar o turismo com a proteção cultural e do meio ambiente, e a sua convivência com os residentes.
A informação avançada em Espanha diz que o acordo entre o executivo regional e a CLIA prevê que a limitação do número de cruzeiros que chegam ao porto de Palma de Maiorca se mantenha até 2026 e que, dos três navios que vão poder atracar diariamente, apenas um deles tenha capacidade para mais de cinco mil passageiros.
Apesar do acordo, esta temporada, Palma de Maiorca ainda vai poder receber quatro navios por dia, mas apenas em data específicas e num total de 18 dias por ano, desde que o número de cruzeiristas por dia não ultrapasse os oito mil.
O Hosteltur lembra que este acordo, que terá sido alcançado em dezembro passado, é o culminar de um processo de negociações que se arrastou por cerca de dois anos e que procurava encontrar um novo modelo de sustentabilidade para o turismo de cruzeiros.
No entanto, realça o jornal espanhol, a limitação de cruzeiros no porto de Palma de Maiorca veio abrir um precedente nos portos do Mediterrâneo, onde apenas o porto de Dubrovnik, na Croácia, tinha já um limite de cruzeiros diários.
Para Fernando Valdés, secretário de Estado do Turismo espanhol, este é um “acordo histórico”, que vai “possibilitar a convivência de quem desembarca em Palma, para que possa desfrutar duma cidade maravilhosa, e de quem mora em Palma, sem que os seus cidadãos neguem a riqueza gerada pelo turismo”.
O Hosteltur lembra que a indústria dos cruzeiros gera, por ano, receitas de cerca de 500 milhões de euros nas Baleares e emprega mais de quatro mil pessoas.