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Nova Zelândia abre fronteiras a turistas vacinados de cerca de 60 países

A abertura das fronteiras implica a realização de dois testes rápidos à COVID-19, no primeiro e quinto dias.

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A abertura das fronteiras implica a realização de dois testes rápidos à COVID-19, no primeiro e quinto dias.

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A Nova Zelândia abriu esta segunda-feira (2 de maio) as fronteiras a turistas vacinados contra a COVID-19 provenientes de países com isenção de visto.

Um total de 43 voos com cerca de nove mil passageiros oriundos de dezenas de países vão partir de e para Auckland, no norte do país, durante o dia, de acordo com a chefe executiva do aeroporto desta cidade neozelandesa, Carrie Hurihanganui.

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“Tem sido fantástico. Vemos realmente aqueles momentos emocionantes nos filmes em que as pessoas se voltam a reunir com a família e os amigos após um longo período de dois anos”, disse a responsável em declarações a Rádio Nova Zelândia.

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Depois da chegada ao aeroporto de Auckland, os turistas vão poder circular livremente no país, sem quarentena, embora devam submeter-se a dois testes rápidos à COVID-19, no primeiro e quinto dias, de acordo com a nova política estabelecida pelas autoridades.

No caso de um resultado positivo, os infetados têm de cumprir um período de isolamento de sete dias, sendo responsáveis pelas despesas.

Os estrangeiros que não estão vacinados continuam proibidos de entrar no país oceânico a menos que sejam portadores de uma isenção, concedida em casos raros, ou que tenham o estatuto de refugiados.

A Nova Zelândia mantém um plano de reabertura faseada, que teve início em fevereiro e deverá estar concluído em outubro.

A restritiva política fronteiriça, que impôs uma quota diária de entrada muito limitada, foi um duro golpe para a economia do país, especialmente para o setor do turismo, que antes da pandemia representava quase 6% do produto interno bruto (PIB).

 

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“Crescimento do Porto e Norte pode acontecer com a construção de uma segunda pista e aumento da aerogare”

No arranque das comemorações dos 30 anos da criação da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, o Publituris falou com Luís Pedro Martins que assume a liderança da associação e da Entidade Regional de Turismo. Certo é que a criação da associação trouxe mais à região Norte, salientando Luís Pedro Martins que, para o futuro, é preciso investir. Até lá, admite, é preciso olhar para os aeroportos do Porto e Faro.

Victor Jorge

Foi a 26 de março de 1995 que foi fundada a Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal.

Em entrevista ao Publituris, Luís Pedro Martins, presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), bem como da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, recordou a evolução da região ao longo das últimas três décadas. E se em 1995, o Norte registava 2,4 milhões de dormidas (95,6% das quais de turistas nacionais), atualmente, a região regista 14,1 milhões de dormidas anuais (+487% face a 1995), com um aumento de 858% nas dormidas de turistas estrangeiros.

E se há 30 anos o Porto recebia pouco mais de 400 mil movimentos de passageiros no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, hoje são 16 milhões. Por isso, e para que o crescimento possa acontecer, terá de apostar-se na “construção de uma segunda pista e no aumento da aerogare”. Além disso, e uma vez que o Novo Aeroporto de Lisboa só estará pronto, segundo aposta Luís Pedro Martins, “não antes de 15 anos”, há que olhar para os dois aeroportos a Norte e a Sul.

As comemorações dos 30 anos da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal arrancaram no dia 26 de março. Que importância teve, tem e terá a associação para o turismo do Porto e Norte?
Foi, de facto, há 30 anos que se fundou a Associação de Turismo do Porto e Norte, primeiro como Convention Bureau. Uma associação que nasceu pela visão do presidente da Câmara do Porto da altura, Fernando Gomes, que iniciou com a sua vereadora da Cultura e Turismo, Manuela de Melo, que acabou por ser a primeira presidente da associação, este caminho e que perceberam a importância de o Porto apresentar-se como um destino internacional para captar os mercados externos.

Na altura, o Porto ainda era curto, era curto para se poder apresentar nas grandes feiras internacionais. Tanto o Fernando Gomes como a Manuela de Melo tiveram o cuidado de primeiro ir a Berlim, a Madrid, a grandes feiras internacionais, conhecer o terreno e perceberam que apenas o município não chegava. Então constituíram a associação chamando municípios vizinhos, mas também, e achei muito interessante essa ideia inicial, as empresas. E não só as empresas per si, mas também as associações de empresas, a Associação Comercial do Porto, a Associação de Comerciantes, a hotelaria, restauração, e foi assim que, de facto, nasceu este primeiro projeto, ganhando escala logo numa leitura muito interessante. Ou seja, a região iria precisar de um Porto, de facto, forte e que se posicionasse internacionalmente, mas também, em boa verdade, o Porto iria precisar de levar outros argumentos para além do Porto, de levar também o Minho, o Douro e Trás-os-Montes.

Foi assim que se iniciou esta caminhada, que foi evoluindo, foram entrando sempre cada vez mais associados, a Câmara presidindo durante muitos anos, até há pouco tempo, em 2019, em que num Memorando de Entendimento com a Entidade Regional de Turismo, e a convite do presidente da Câmara Municipal de Porto, Rui Moreira, se achou que estavam criadas as condições para podermos criar algo que unisse as duas entidades, e convidar o presidente da Entidade Regional de Turismo para presidir às duas entidades, mantendo-se a Câmara Municipal, desde sempre, como vice-presidente.

 

A associação ajudou, por um lado, a estruturar produto turístico, a organizar, a qualificar, a formar, mas também a desafiar as empresas a que cuidassem, para além daquilo que ofereciam em termos de produto, muito do serviço, da forma como recebiam os turistas

 

Que mais valias trouxe a associação ao longo destes 30 anos?
A verdade é que a associação ajudou, por um lado, a estruturar produto turístico, a organizar, a qualificar, a formar, mas também a desafiar as empresas a que cuidassem, para além daquilo que ofereciam em termos de produto, muito do serviço, da forma como recebiam os turistas. Aproveitaram para também perceber que era preciso cuidar da cidade e que a associação lutasse no panorama nacional, junto do Governo para algumas infraestruturas, que hoje olhamos para elas e parece-nos que estiveram aqui desde sempre, mas não é verdade. Se recuarmos 30 anos, o Porto tinha um aeroporto, como dizia Fernando Gomes, um “apeadeiro”, uma estrutura muito pequenina.

Essa luta foi muito importante para termos um aeroporto que é o aeroporto que temos hoje, mas também outras infraestruturas. Percebeu-se, desde cedo, que era preciso uma ligação à Galiza e essa ligação depois foi feita. A questão do metropolitano que, na altura, não estava previsto chegar ao aeroporto e hoje percebe-se que seria um erro. Lutaram e conseguiram.

Ou seja, houve logo um conjunto de medidas que a associação ajudou a refletir e ajudou o próprio município, ou melhor, ajudou a motivar o município para que realizasse também essas lutas. E hoje percebemos que foram lutas, e neste caso das infraestruturas que abordei, fundamentais.

Recordo apenas um número: há 30 anos o Porto recebia pouco mais de 400 mil movimentos de passageiros no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Hoje são 16 milhões. Há 30 anos o Porto tinha 30% de turistas internacionais. Hoje inverteu-se completamente a situação e temos 60% de turistas internacionais.

 

Há 30 anos o Porto tinha 30% de turistas internacionais. Hoje inverteu-se completamente e temos 60% de turistas internacionais

 

A procura pelo Porto e Norte
E o que procuram esses turistas internacionais na região Porto e Norte?
Julgo que os turistas, todos em geral, veem no Porto e em Portugal alguns atributos que nos vão diferenciando de muitos dos nossos concorrentes. Desde logo, a questão da segurança. Apesar de não vendermos segurança, pode até ser ofensivo para aqueles que não a têm neste momento, sabemos que é um atributo, sabemos que é uma das razões pelas quais somos sempre preferidos.

Mas depois há algo que é muito importante e interessante num país tão pequeno, que é a diversidade. E se há região que, de facto, comprova essa diversidade, é o Porto e Norte.

Nós temos tempo para a diversidade nesta região, quando a percorremos. Em cerca de 30 minutos, conseguimos mudar de paisagem, conseguimos mudar de vinhos, conseguimos mudar de gastronomia, de arquitetura. Só não mudamos uma coisa, as pessoas e a forma como elas acolhem quem visita a região. Isso é transversal à região do Norte e, em boa verdade, é transversal ao país.

Somos, de facto, um país com muita diversidade. Durante muitos anos, e era um erro, Portugal vendia apenas Madeira, Algarve e Lisboa. E foi fácil perceber que a partir do momento que o Turismo de Portugal passou a vender também o Porto e Norte, o Centro, o Alentejo, os Açores, que houve uma explosão do turismo. Porquê? Passámos a oferecer muito mais, deixou de ser apenas a praia e o golfe e passámos a ser um destino que vende enoturismo, turismo religioso, termalismo, turismo industrial, touring cultural. Ou seja, surgiram também com estas regiões um sem número de outros produtos que alargaram bastante este cardápio que Portugal hoje oferece ao mundo.

E quais são os desafios que a região do Porto e Norte tem agora pela frente?
Bom, os desafios são, por um lado, continuar a distribuir os turistas pela região, perceber que não somos estes quilómetros quadrados que estão aqui à volta do aeroporto, mas que são 21 mil quilómetros quadrados. Felizmente temos muito ainda para onde distribuir turistas, temos sub-destinos como o Douro, o Minho, Trás-os-Montes, ainda com muito para crescer. Portanto, a missão é conseguir uma melhor distribuição destes turistas, percebendo que o setor do turismo, embora nem todos concordem, tem um peso e uma força importante, nomeadamente, em territórios onde já outros setores desistiram.

O setor do turismo não só não desiste, como investe, e ao investir está a garantir postos de trabalho, garante um reforço da economia desses territórios. É importantíssimo que o turismo continue este trabalho nesses territórios.

E a ligação entre a Associação e a Entidade Regional de Turismo?
A ligação neste momento é boa e é fácil, uma estrutura, produto turístico, a outra promove-o internacionalmente. E se cada um fizer a sua parte bem feita, os resultados continuam a surgir. Por isso é que sou um defensor, numa expressão bem popular, cada macaco no seu galho, e quando falamos em promoção internacional, saibamos todos qual é o papel de cada um.

Penso que Portugal tem nas suas Agências de Promoção Externa e no Turismo de Portugal duas entidades fantásticas que se articulam muito bem entre si, que fazem bem esse caminho. Nada contra o que municípios ou CIM’s possam fazer em território nacional, nada contra que o possam fazer no mercado alargado.

Há uma feira que já todos admitimos em que isso acontece, que é a FITUR, tudo bem. Agora, estamos a falar de um setor cada vez mais profissional e quando estamos a falar em promoção nas grandes feiras internacionais ou junto dos nossos grandes mercados, aí a coisa tem de ser, de facto, muito profissional, fazer por quem sabe fazer e saber responder nessa promoção a quatro ou cinco questões que o secretário de Estado do Turismo [Pedro Machado], de uma forma muito simples, insiste em apresentá-las. E são elas, saber vender o quê [produtos], depois saber vender onde [mercados], saber vender por quanto [valor] e saber vender com quem [agências de promoção]. Se isto acontecer, juntando a vantagem de sermos um setor que vive em paz, e vai dando resultados dessa paz, mesmo na pandemia o setor soube organizar-se, cooperar e depois sair em grande força, é e será uma fórmula de sucesso. Já passaram muitos secretários de estado do Turismo, de partidos diferentes, PS, PSD, PP, mas em boa verdade este setor é um exemplo como quem chega resiste à tentação de dizer, tudo que está para trás está mal feito, e agora que cheguei eu sou melhor e vou fazer coisas fantásticas. Não, tem-se aproveitado o que se fez para trás e tem-se acrescentado. E acho que isso tem trazido, de facto, grandes resultados ao setor e, por sua vez, à economia, um setor que alguns insistem em dizer que representa muito no PIB, mas porque percebem, talvez, mal a capacidade de arrastamento que este setor tem.

 

Felizmente temos muito ainda para onde distribuir turistas, temos sub-destinos como o Douro, o Minho, Trás-os-Montes, ainda com muito para crescer

Mas quais são os mercados que o Porto e Norte tem e/ou vai/quer apostar?
Temos de continuar a apostar num trabalho que tem sido feito desde 2019. Recordo a posição dos EUA que eram apenas o sexto mercado nessa altura, mas que por força deste trabalho grande de investimento no mercado, também no Canadá, passaram para segundo mercado na região neste curto espaço de tempo.

Apostar mais ainda no Canadá. Achamos que podemos continuar a crescer no mercado canadiano, mercado muito importante também para nós.

São mercados diferentes?
São mercados muito semelhantes, embora no Canadá exista um conceito muito interessante, talvez devido a temperaturas mais agrestes quando comparado com os EUA. Cada vez mais começamos a registar uma tendência por parte dos canadianos, que é procurar a Europa durante o inverno no Canadá, nomeadamente, pessoas que já estão reformadas, que já o podem fazer, preferem passar o inverno na Europa e depois regressar novamente ao Canadá. Isso é uma grande oportunidade para nós.

Depois continuar a investir no Brasil e agora, finalmente, um olhar do Turismo de Portugal e também das regiões para mercados como o México ou Argentina.

Isto falando do lado do Ocidente. Do outro lado, queremos que 2025 seja, de facto, um grande ano de promoção na Ásia-Pacífico e, desde logo, vamos juntos, todos, para uma presença muito importante em Osaka e, a partir de Osaka, podemos, então, participar com o Turismo de Portugal e com as regiões, com as agências, para prolongar essa estadia no Japão, mas passá-la também para a Coreia do Sul e depois temos ainda explorar Singapura e a China.

Mas são mercados que vão levar mais tempo?
São mercados que têm estado a levar mais tempo, mas penso que os resultados vão surgir, porque são mercados muito importantes, não só pela sua dimensão, mas também pelo seu poder de compra.

Uma questão de ligações
Para isso também é preciso haver ligações aéreas que tragam turistas para o Porto e Norte?
Do lado dos EUA estamos a resolver essa questão e hoje já não é apenas um exclusivo da TAP. Acho importante que a TAP veja o que está a acontecer. Temos agora a Air Canada a voar para o Porto em 2025, numa ligação a Toronto. Temos também a United Airlines que vai permanecendo e bem na região, mas também já temos a companhia brasileira Azul com ligações diretas a São Paulo e também ao Recife. Temos uma grande, excelente, novidade para 2026, que estamos a tentar antecipar, mas pelo menos está fechado para 2026, que é a maior companhia de aviação do mundo, a Delta Air Lines, a fazer a ligação JFK, e reforço, não é Newark, é JFK – Porto.

Temos a Ethiopian Airlines que, quem desconhece, acha estranho porque é uma companhia africana, quem conhece sabe que é a maior companhia africana e que pode também servir outros mercados, e estamos agora a tentar esse reforço.

Há uma companhia que voa para aquelas latitudes e que está a crescer imenso no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que é a Turkish Airlines. Recordo que neste momento estamos com 14 voos por semana para Istambul. Importante também saber que para a Turkish acabou a questão de verão ou inverno IATA, é uma operação anual, o que é uma boa notícia. E poderá crescer ainda mais, segundo a indicação que temos.

Temos algumas companhias que passaram a voar para Lisboa e que também nos servem, nomeadamente a Coreia do Sul, com a Korean Air, que estamos a tentar atrair também para o Porto. Já vieram cá, ao mais alto nível, concretamente, o vice-presidente da companhia, conheceu a região, gostou da região, mas quis fazer, e bem, uma primeira experiência a partir de Lisboa, e ao que sabemos, a operação está a correr bastante bem. Pode ser que isso os anime a também querer uma entrada no Porto.

 

Este aeroporto [Porto] pode ajudar a servir o país durante estes próximos 15 anos, porque não tenho a menor dúvida que não será antes disso, e todos já nos mentalizámos, que é o tempo até estar pronto o Novo Aeroporto de Lisboa. Tem de haver alternativas

 

Mas o Aeroporto Francisco Sá Carneiro tem capacidade para acolher mais voos, mais companhias, mais frequências?
Aí temos um tema importante. O Aeroporto Francisco Sá Carneiro, até à altura da pandemia, estava a crescer 10% ao ano. Isto já é razão mais do que suficiente para merecer um olhar muito atento. Vem a pandemia, o aeroporto, como todos os outros, perdeu tudo. Só que este aeroporto, num ano, recuperou rigorosamente tudo aquilo que tinha perdido com a pandemia. Num ano apenas!

E no ano seguinte, cresce 18%. Agora não está a crescer a 18%, mas cresceu quase 8%. Mas em boa verdade, este aeroporto, que tenha ideia, não há um documento e ninguém quer assumir qual é o número mágico, mas tenho ideia que estaria pensado para cerca de 15 milhões de passageiros. A verdade é que fez 15.900.000 este ano [2024]. Um aeroporto que já atrai mais de 30 companhias e tem mais de 100 rotas.

Um aeroporto que sozinho faz 16 milhões de passageiros quando os três aeroportos vizinhos na Galiza, os três aeroportos juntos, fizeram 5 milhões. Ou seja, há um conjunto de políticas a rever, porque os dados são visíveis e concretos. Dizem-me que há um estudo que permite ao aeroporto crescer até à capacidade de 40 milhões de passageiros sem ter de se deslocalizar, o que é bom, sabendo que vivemos num país onde a localização de um aeroporto demorou “apenas” 50 anos. Portanto, é bom sinal perceber que estamos longe de que nos aconteça o mesmo, mas é claro que isso não acontece sem investimento, sem obra.

Já percebemos que nalgumas horas de ponta já há constrangimento do lado terra, não do lado ar, mas o lado terra é também importante para um bom desempenho do aeroporto, isso, o crescimento do Porto e Norte pode acontecer com a construção de uma segunda pista e um aumento da aerogare. as chegadas ao aeroporto, o estacionamento, os parques, aí já há momentos, de facto, complicados. Por isso, o crescimento do Porto e Norte pode acontecer com a construção de uma segunda pista e um aumento da aerogare.

Mas está previsto, há conversações?
Não sabemos, estamos à espera. Gostaríamos de conhecer e temos desafiado para que se torne público, se é que existem de facto esses projetos. Sabemos que está a ser feita uma obra, neste momento, na única pista que existe. Está a ser feita uma obra interessante e que, justiça seja feita, nomeadamente ao diretor do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Rui Alves, está a ser feita sem impacto, durante a madrugada e não temos tido, de facto, relatos de impactos. Mas trata-se de uma obra de manutenção, de melhoramento daquela infraestrutura.

Nós falamos em algo diferente, estamos a falar em ampliar a infraestrutura, porque a capacidade de atração do aeroporto é evidente e também é evidente outra coisa: este aeroporto pode ajudar a servir o país durante estes próximos 15 anos, porque não tenho a menor dúvida que não será antes disso, e todos já nos mentalizámos, que é o tempo até estar pronto o Novo Aeroporto de Lisboa. Tem de haver alternativas.

Ainda há pouco tempo ouvia o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, dizer, e com razão, que sabemos que, para além da infraestrutura aeroporto, são precisas outras infraestruturas, nomeadamente, vias de acesso, a ponte, que é obrigatória, mas que ninguém sabe onde vai ser localizada. Sabemos o tempo que demoramos e discussões de localizações e de impactos ambientais e de tudo o resto. Portanto, imagine-se a discussão que ainda está por se abrir. Até, de facto, a infraestrutura estar construída, 15 anos é a minha aposta.

O Porto poderia, por isso funcionar quase como um aeroporto satélite?
Diria mais: Porto e Faro. Temos dois aeroportos, ainda por cima, com esta vantagem de um estar localizado a Norte e outro a Sul. Quem fala destas questões com responsabilidade, tem também de puxar pelo aeroporto de Faro.

Porquê? Porque conseguiríamos aqui o pleno, que era permitir que os mercados, nomeadamente, os de longa distância, que vêm para mais dias, que sabemos que não querem passar uma semana nem 15 dias no Porto, que sabemos que gostam de percorrer o país, mas que têm o constrangimento de regressar ao aeroporto de origem, mas poder entrar pelo Norte, percorrer o país, passando por Lisboa, terminando no Algarve, e partirem de lá, ou ao contrário, entrar pelo Algarve e depois saírem pelo Norte, isso seria excelente.

Agora temos estas duas infraestruturas que necessitam de investimento e se houver investimento vão ajudar bastante o país.

Costumo dizer sempre, em tom provocatório, que os 300 km que demora chegar a Lisboa para apanhar uma ligação, são exatamente os mesmos que demora a chegar ao Porto. Curioso, mas a geografia é assim, são 300 km para lá e são 300 km para cá.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Receitas turísticas crescem 3,7% em fevereiro e já somam mais de 3MM€ em 2025

As receitas turísticas voltaram a crescer em fevereiro, somando 1481,90 milhões de euros, aumento de 3,7% face a fevereiro de 2024 que contribuiu para que, no acumulado de 2025, este indicador ultrapasse já os três mil milhões de euros, na primeira vez em que este resultado é alcançado nos dois primeiros meses do ano, segundo dados do Banco de Portugal (BdP).

Inês de Matos

As receitas provenientes da atividade turística voltaram a crescer em fevereiro, somando 1481,90 milhões de euros, valor que corresponde a um aumento de 3,7% ou 52,62 milhões de euros face ao resultado de fevereiro de 2024, segundo dados do Banco de Portugal (BdP).

Os números divulgados pelo BdP esta quarta-feira, 16 de abril, mostram que as receitas turísticas de fevereiro, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, ficaram 3,9% abaixo do valor registado em janeiro, que tinha sido de 1542,15 milhões de euros, ainda que apresentem um crescimento de 3,7% comparativamente a mês homólogo do ano passado.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que resultam dos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, cresceram em fevereiro, somando 331,24 milhões de euros, o que representa um crescimento de 1,7% face aos 325,72 milhões de euros apurados no mesmo mês do ano passado.

E também neste indicador o crescimento de fevereiro foi menor em comparação com o registado no primeiro mês do ano, verificando-se uma queda de 3,5% face aos 343,20 milhões de euros apurados nas importações turísticas de janeiro.

Já o saldo da rubrica Viagens e Turismo chegou aos 1150,65 milhões de euros em fevereiro, 4,3% acima dos 1103,56 milhões de euros contabilizados no mesmo mês de 2024, ainda que também este indicador reflita uma descida de 4% face aos 1198,95 milhões de euros apurados em janeiro deste ano.

Acumulado desde janeiro cresce 6,2% e já ultrapassa os 3MM€

Os números dos dois primeiros meses de 2025 indicam que as receitas turísticas estão a crescer e já ultrapassam os três mil milhões de euros, naquela que é a primeira vez na história em que este valor é alcançado nos dois primeiros meses do ano.

Os dados do BdP mostram que o valor das receitas turísticas dos dois primeiros meses do ano chega aos 3024,05 milhões de euros, já que os 1481,90 milhões de euros de fevereiro se somam aos 1542,15 milhões de euros de janeiro, o que resulta num crescimento de 6,2% face aos 2848,06 milhões de euros registados nos dois primeiros meses de 2024..

Tal como as receitas turísticas, também nas importações do turismo há um crescimento no acumulado dos dois primeiros meses de 2025, já que este indicador somou 656,96 milhões de euros em janeiro e fevereiro, o que traduz um ligeiro aumento de 0,6% face aos 653,09 milhões de euros apurados nos dois primeiros meses do ano passado.

A mesma tendência apresenta o saldo acumulado das Viagens e Turismo, que chega aos 2349,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 7% comparativamente aos 2194,97 milhões de euros de janeiro e fevereiro de 2024.

O BdP destaca o crescimento do saldo da rubrica Viagens e Turismo como fundamental para o excedente da balança de serviços nos dois primeiros meses de 2025, que chegou aos 504 milhões de euros e foi “justificado maioritariamente pela evolução do saldo dos serviços técnicos, relacionados com o comércio e outros serviços fornecidos por empresas (+176 milhões de euros), e das viagens e turismo (+155 milhões de euros)”.

 

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TAP adota pagamentos flexíveis da Klarna

Com esta parceria, a TAP Air Portugal torna-se a primeira companhia aérea da Europa Ocidental a lançar os produtos BNPL da rede Klarna.

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A TAP Air Portugal e a rede de pagamentos e comércio Klarna, baseada numa plataforma de Inteligência Artificial, estabeleceram uma parceria que vai permitir aos passageiros em Portugal reservar voos com mais flexibilidade.

A partir de agora, os clientes que comprem bilhetes em www.flytap.com podem optar pelo pagamento da viagem através da rede Klarna, escolhendo logo se preferem pagar em três vezes – dividindo o custo da sua reserva em três prestações iguais e sem juros – ou se preferem um pagamento único.

Alexandre Fernandes, diretor da Klarna para Portugal e Espanha, refere que este é “a uma forma mais inteligente de reservar a próxima viagem com a TAP”. O responsável da Klarna adianta ainda, em comunicado, que “como companhia aérea líder em Portugal, a TAP liga os viajantes ao mundo e a Klarna está aqui para os ligar a uma melhor forma de pagar, podendo agora escolher Klarna no checkout para pagamentos flexíveis e sem juros”.

Do lado da TAP, Renato Inácio, diretor Sénior de Corporate Finance da companhia aérea, considera que, “mais uma vez, a TAP está a liderar o caminho da inovação, oferecendo aos clientes soluções de pagamento de viagens de ponta, fiáveis e sem falhas. Esta parceria com a Klarna aumenta a nossa flexibilidade de pagamento, permitindo que os clientes escolham a opção que melhor se adapta às suas necessidades”.

Renato Inácio destaca ainda o facto de a TAP estar “entre as primeiras companhias aéreas europeias a integrar os serviços da Klarna, reafirmando a posição da TAP como pioneira na transformação digital no sector aéreo e o nosso compromisso contínuo em proporcionar uma experiência de viagem mais acessível e centrada no cliente”.

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Empresas turísticas atingidas pela tempestade Martinho vão ter apoios de 5M€

O regulamento específico da “Linha de Apoio ao Investimento de Reposição das Empresas Turísticas 2025 – Tempestade Martinho”, com uma dotação de cinco milhões de euros, assegurada exclusivamente por receitas próprias do Turismo de Portugal, foi publicado esta quinta-feira em Diário da República.

Esta linha de apoio destina-se a fazer face ao investimento necessário para recuperação e reabilitação dos ativos empresariais na área do turismo danificados, total ou parcialmente, pela tempestade ocorrida em Portugal entre os dias 18 e 20 de março deste ano, e a reposição da normal atividade económica das empresas.

Entre os dias 18 e 20 de março do corrente ano, Portugal sofreu as consequências de uma tempestade de forte intensidade, denominada tempestade Martinho, que provocou danos significativos no território continental nacional, incluindo nas empresas cujos ativos, pela natureza da respetiva atividade, se encontram mais expostos a este tipo de intempéries, indica o documento. Nesse âmbito, encontram-se as empresas do turismo, seja porque umas desenvolvem já a sua atividade no exterior, seja porque outras dispõem de espaços e de ativos localizados no exterior dos respetivos estabelecimentos, como é o caso dos estabelecimentos de restauração, fortemente atingidos por aquela tempestade.

Podem candidatar-se a estes apoios micro, pequenas e médias empresas que exerçam atividades turísticas, que sofreram danos com a tempestade de março, “podendo aceder até um apoio máximo de 50 mil euros por empresa, ou 85% das despesas para reabilitar o seu negócio”, refere o regulamento.

A apresentação de candidaturas terá de ser formalizada por via eletrónica junto do Turismo de Portugal, que tem um prazo de 20 dias úteis para dar uma resposta.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Festivais de música sobem ao palco como ativo para o turismo em Portugal

A Natureza, o Oceano, o Sol, o Património, a Cultura, os Sabores, o Bem-estar e a Diversidade são os “cabeças de cartaz” da nova campanha “Portugal Music Festivals Headliners” do Turismo de Portugal. Esta nova campanha pretende posicionar Portugal como um destino de eleição para os amantes de música, bem como, nas palavras do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, “distribuir os fluxos turísticos por todo o território”.  

Victor Jorge

Portugal sobe ao palco com o lançamento da campanha internacional “Portugal Music Festivals Headliners” numa iniciativa que pretende o país como um destino de eleição para os amantes de música.

Na apresentação da nova campanha, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal (TdP), esta nova campanha “traz uma nova capacidade para mobilizar e distribuir os fluxos turísticos por todo o país, por todo o território”, salientando também que tem o propósito de “dinamizar as economias locais”. Além disso, salientou Carlos Abade, esta nova campanha “vem reforçar o programa Portugal Events, destinado a estimular a realização de eventos em todo o território, tornando o destino mais competitivo internacionalmente”.

Com um conceito visual e narrativo inspirado na linguagem dos festivais, a campanha destaca os “cabeças de cartaz” que Portugal possui, como sejam, a Natureza, o Oceano, o Sol, o Património, a Cultura, os Sabores, o Bem-estar e a Diversidade.

Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, reforçou estes “cabeças de cartaz” com o facto de “existirem em todo o território nacional” e, por isso, fazer sentido destacá-los. “Quem viaja procura experiências irrepetíveis e os festivais de música proporcionam isso mesmo”, referindo ainda que, em Portugal, “temos festivais únicos”, admitindo, no entanto, que “temos de criar novas histórias e histórias diferentes e os festivais podem criar essas histórias”.

De resto, tanto Carlos Abade como Lídia Monteiro reforçaram a ideia de que os festivais de música contribuem para um “melhor turismo” além de “terem a capacidade de cativar novos e públicos diferentes”, salientando o presidente do TdP que o objetivo é de os turistas “ficarem mais tempo e aumentar a estadia média”, já que é “importante para a economia global, mas também e fundamentalmente para as economias locais”.

Presente no evento de apresentação desta nova campanha, Álvaro Covões, Fundador e diretor-geral da Everything Is New, dinamizadora, entre outros, do NOS Alive, reforçou a “importância a dar aos festivais de música”, dando como exemplo o festival que se realiza em Algés e que atrai entre 80 a 90 nacionalidade diferentes todos os anos.

“A campanha é importante para o país todo”, reforçando Álvaro Covões a relevância dos “conteúdos em tudo o que é cultura”, considerando-os “fundamentais para o destino”.

No final, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, destacou o facto de “o turismo é uma indústria de pessoas para pessoas, com pessoas. Ora, os festivais de música são isso mesmo, um produto feito de pessoas para pessoas, com pessoas”.

Pedro Machado reconheceu, no entanto, que “os locais mais remotos onde se realizam os festivais também têm a responsabilidade de dar a conhecer e promover o seu território junto de quem já os conhece, mas, principalmente, quem os desconhece”.

Focada no público internacional, a campanha será promovida nos principais mercados estratégicos, que registam simultaneamente maior afinidade e interesse com Portugal e com os Festivais de música, com destaque para o Reino Unido, Espanha, Alemanha e Países Baixos.

Os meios digitais são o veículo de difusão da campanha, estando também previstas ativações em Connected TV e em plataformas de música como o Spotify. Na plataforma Spotify a campanha contará com uma playlist “VisitPortugal”, onde se podem ouvir os sons mais simbólicos dos ativos turísticos naconais. Serão também utilizados testemunhos de músicos e artistas que vivem em Portugal para reforçar e amplificar as histórias sobre o cartaz de experiências turísticas.

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Eduardo Jesus junta Ambiente e Cultura ao Turismo no XVI Governo Regional da Madeira

Depois das eleições de 23 de março para a Região Autónoma da Madeira, Eduardo Jesus mantém-se à frente da Secretaria Regional do Turismo, juntando-lhe o Ambiente e a Cultura no XVI Governo Regional da Madeira.

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O setor do Turismo na Região Autónoma da Madeira continuará sob a liderança de Eduardo Jesus, que foi reconduzido no cargo de secretário Regional de Turismo, Ambiente e Cultura no XVI Governo Regional, confirmando esta nomeação a continuidade de uma estratégia integrada e sustentada que tem marcado os últimos anos de governação, consolidando a Madeira como um destino de excelência a nível nacional e internacional.

“A renovação da confiança política em Eduardo Jesus, agora à frente de uma secretaria que reúne as áreas do Turismo, Ambiente e Cultura, sinaliza a aposta do Executivo madeirense numa visão mais ampla para o desenvolvimento do setor. Esta junção reforça a sinergia entre a valorização ambiental, a riqueza cultural e o crescimento do turismo, pilares essenciais de uma oferta diferenciadora e autêntica”, pode ler-se numa nota de imprensa enviada às redações.

Com uma carreira consolidada na área do turismo e um profundo conhecimento das dinâmicas regionais, Eduardo Jesus é licenciado em Organização e Gestão de Empresas e possui uma vasta experiência no setor público e privado. Antes de assumir funções governativas, foi presidente da Delegação da Madeira da Ordem dos Economistas, membro do Conselho Económico e Social da Região e dirigente em várias instituições ligadas ao desenvolvimento económico e turístico do arquipélago. Assumiu pela primeira vez a pasta do Turismo em 2015, tendo desde então liderado a sua transformação e crescimento sustentável, mesmo perante os desafios impostos pela pandemia.

Eduardo Jesus sublinha que esta continuidade permite “dar seguimento a um trabalho que tem vindo a posicionar a Madeira como destino de referência, não apenas pelo seu produto turístico, mas pelo equilíbrio entre o que oferece e a forma como preserva os seus valores ambientais e culturais”.

“Assumir novamente a tutela do Turismo, agora integrada com o Ambiente e a Cultura, representa uma oportunidade extraordinária para reforçar uma abordagem transversal e coesa. Esta união permite não só enriquecer a experiência de quem nos visita, como também garantir que o desenvolvimento do turismo contribui efetivamente para a preservação dos nossos recursos naturais e património identitário. É esta visão de crescimento sustentado que queremos continuar a promover, com a Madeira no centro das boas práticas internacionais”, afirma o secretário Regional.

De referir que, em 2023, Eduardo Jesus recebeu o Prémio Personalidade do Ano nos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL”.

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“Vê Portugal” apresenta-se como verdadeiro fórum das regiões

De 2 a 4 de junho, todos os caminhos do turismo vão dar a Anadia para o 11.º Fórum do Turismo Interno “Vê Portugal”, evento que fica marcado pela participação e contributo direto de todas as Entidades Regionais de Turismo (ERT) do Continente.

Victor Jorge

Sob o mote “O Turismo Interno na Estratégia Turismo 2035”, o Velódromo de Anadia irá receber, de 2 a 4 de junho, a 11.ª edição do Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”.

Esta edição fica marcada pelo contributo e participação de todas as cinco Entidades Regionais de Turismo do Continente (além do Centro, estarão Porto e Norte, Lisboa, Alentejo e Ribatejo e Algarve) que, segundo referiu a organização ficaram com a responsabilidade de preparar os temas e convidar os respetivos oradores e oradoras.

Além do fórum, o Vê Portugal terá, igualmente, reuniões B2B entre suppliers e buyers, numa dinâmica que, segundo explicou Sílvia Ribau, diretora de Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção Turística na Turismo Centro de Portugal, pretende “incentivar parcerias e o cross-selling entre as partes, bem como espelhar os produtos regionais e a diversificação da oferta existente”.

Assim, explicou Sílvia Ribau, do lado dos suppliers “queremos juntar agentes da oferta turística sub-região de Aveiro”, dando como exemplo os empreendimentos turísticos, empresas de animação turística, restaurantes, unidades de enoturismo e outras entidades”, enquanto do lado dos buyers a intenção é congregar operadores turísticos nacionais, agentes de viagens e DMC)”. Até porque, segundo explicou Sílvia Ribau, “nota-se que a compra é ainda feita muito diretamente e, por isso, queremos também envolver as agências de viagem para olhar e partilhar a oferta da região ao mesmo tempo que queremos incentivar o tecido empresarial a participar e dar a conhecer os seus produtos”.

Quanto ao programa do Vê Portugal, como referido, cada região de turismo ficou com a responsabilidade de escolher e organizar o respetivo painel. Assim, a região do Porto e Norte de Portugal terá como tema “Enoturismo: Como um ativo incontornável do Turismo Interno”.

Neste painel, Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), explicou que se trata de um produto “cada vez mais forte e onde todas as regiões têm uma oferta valiosa e vasta”.

Além disso, disse Luís Pedro Martins, “há que contrapor algumas falsas notícias de que o enoturismo não estar devidamente organizado”, destacando que “já existem muitas entidades e organizações a organizar este setor, desde logo, a começar pelo Turismo de Portugal”.

Descendo para o Centro de Portugal, cabe a Rui Ventura, novo presidente da ERT do Turismo do Centro de Portugal, moderar o painel com o tema “Produtos, Mercados e Estratégia: Caminhos para a internacionalização”, focando que “é importante trazer embaixadores e responsáveis do AICEP para a discussão enquanto agentes de promoção do destino Portugal”.

A região de Lisboa levará até à Anadia um painel por muitos considerado surpreendente: “Turismo de Natureza na região de Lisboa”. Carla Salsinha, presidente da ERT Lisboa, salientou importância de dar a conhecer outros destinos de natureza dentro da região, tirando Lisboa, Cascais ou Sintra, dando como exemplo os tours noturnos na Tapada de Mafra ou o rio Tejo.

Mais a Sul, no Alentejo e Ribatejo, Pedro Beato, vice-presidente da ERT da região, apresentou o painel “A Paisagem – O Ativo Turístico do Alentejo”, cuja moderação ficará, tal como todas as outras a cargo do presidente da respetiva ERT, José Santos.

Neste aspeto, Pedro Beato destacou quão importante é “combater a ‘floresta de vidro’ que está a desenvolver-se ou a permitir que se desenvolva no Alentejo”, concluindo que “não podemos ter centenas e centenas de hectares cheios destas ‘florestas’ que prejudicam enormemente o território e o desenvolvimento turístico da região”.

Por último, André Gomes, presidente da ERT do Algarve, ficará com a responsabilidade de moderar o debate “Importância do Mercado Interno na Atividade Turística Nacional”, admitindo que “muitas vezes esquecemo-nos da importância do mercado nacional para o Algarve e não só”.

O encerramento dos painéis junta todos os presidentes das ERT que moderaram os respetivos debates, mas desta vez, com moderação do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, que pretende ser um espaço de síntese e alinhamento, mas também de compromisso coletivo, no qual as entidades regionais assumem, em conjunto, o papel de agentes ativos na definição e implementação da Estratégia Turismo 2035.

De referir ainda que a 11.ª edição do Vê Portugal terá um programa de atividades – “Conhecer para Promover Anadia” – preenchido com visitas ao Museu do Vinho da Bairrada, Museus das 2 Rodas, Aliança Underground Museu e Quinta do Encontro, além do já tradicional Jantar Oficial, onde a Turismo do Centro homenageia personalidades que se destacaram no setor turístico regional e nacional.

De referir que as inscrições para a 11.ª edição do Vê Portugal já estão abertas no respetivo site.

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Aviação

Porto e Faro entre os aeroportos com mais tráfego na Vinci Airports no 1.º trimestre

Nos três primeiros meses de 2025, o tráfego nos aeroportos da Vinci Airports cresceu 6% face ao mesmo período de 2024, somando perto de 73 milhões de passageiros. A nível nacional, o destaque em termos de crescimento do tráfego foi para os aeroportos do Porto e Faro.

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Os aeroportos do Porto e de Faro foram os que registaram o tráfego mais elevado em Portugal no primeiro trimestre do ano, avança a Vinci Airports, concessionária da ANA Aeroportos de Portugal, revelando que, entre janeiro e março, foram registados perto de 73 milhões de passageiros nas infraestruturas aeroportuárias geridas pela empresa.

“Quase 73 milhões de passageiros passaram pelos aeroportos da rede VINCI Airports no primeiro trimestre de 2025, 4 milhões a mais que em 2024 (+6%)”, lê-se num comunicado da Vinci Airports, que explica que o crescimento foi “impulsionado principalmente pela Ásia e pelo regresso do tráfego com a China a níveis acima dos níveis pré-Covid”.

Entre os destaques encontram-se os aeroportos portugueses geridos pela Vinci Airports, que apresentaram, nos três primeiros meses de 2025, um crescimento do tráfego de 2,4%, sendo que, tendo apenas em conta o mês de março, a subida do tráfego foi de 2,0%.

“Em Portugal, os aeroportos do Porto e de Faro registaram níveis elevados de tráfego, graças ao aumento das ofertas da Ryanair e da Transavia”, refere a Vinci Airports, num comunicado divulgado esta quarta-feira, 16 de abril.

Na informação divulgada, a Vinci Airports sublinha o “aumento significativo do tráfego na Europa”, principalmente “em aeroportos que beneficiam do dinamismo das companhias aéreas de baixo custo”, como é o caso de Portugal.

No entanto, esta afirmação também é válida para as  infraestruturas aeroportuárias do México e do Chile, onde o crescimento estabilizou em fevereiro e março, enquanto na Ásia foi o tráfego com a China que “acelerou fortemente”, tendo mesmo superado e permanecido acima dos níveis pré-Covid, pela primeira vez, o que levou a aumentos particularmente no Japão.

“O tráfego nos aeroportos de Kansai, com rotas para a China, foi impulsionado pelos feriados do Ano Novo Chinês e atingiu em janeiro mais de 35% acima dos níveis de 2019. O tráfego regional também continua muito dinâmico (Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong), assim como o tráfego doméstico japonês”, acrescenta a Vinci Airports.

Tal como no Japão, também no Camboja o tráfego com a China conheceu uma trajetória ascendente, sendo que também aqui “foi o principal impulsionador do crescimento neste trimestre”.

“O bom desempenho deste trimestre também é explicado pelo recorde de público em diversas plataformas da rede, associado ao dinamismo das companhias aéreas de baixo custo”, refere ainda a Vinci Airports, explicando que, no México, por exemplo, o tráfego atingiu novos recordes neste trimestre (+30% em relação a janeiro de 2019).

A nível europeu, também o aeroporto de Budapeste continuou “a registar excelentes resultados”, o que resulta do “dinamismo da Ryanair, easyJet e especialmente da Wizz Air nas rotas europeias e para o Médio Oriente”.

Já o tráfego entre a Europa e Cabo Verde continua a acelerar, com a abertura de novas rotas diretas da easyJet e da Transavia, a partir de Lisboa, Porto, Nantes e Londres Gatwick, com a operadora aeroportuária a sublinhar que, em Nantes, neste trimestre, “o tráfego subiu pela primeira vez acima dos níveis pré-Covid, beneficiando do reforço das ofertas da EasyJet, Volotea e Ryanair em destinos domésticos e na região do Mediterrâneo”.

Mas houve mais crescimentos a nível europeu, já que também no aeroporto de Edimburgo o tráfego “cresceu rapidamente”, o que se deveu essencialmente “às rotas para as principais cidades europeias e destinos no sul da Europa (Espanha, Itália, Holanda)”.

“O aumento acentuado do tráfego em Londres Gatwick em janeiro, impulsionado tanto por voos de curta distância (domésticos, sul da Europa) quanto por voos internacionais de longa distância (Oriente Médio, Ásia), estabilizou- se no final do trimestre. Em Belgrado , o tráfego está ligeiramente acima do nível de tráfego do primeiro trimestre de 2024, que já estava em níveis recordes (+56% neste trimestre em relação a 2019)”, refere também a Vinci Airports.

Na América do Sul, o mercado internacional regional também continuou “a contribuir significativamente para o crescimento do tráfego em Santiago do Chile”, ainda que, neste caso, isso se tenha devido “ao aumento da capacidade de diversas companhias aéreas, especialmente a LATAM (+13%)”, enquanto no Brasil é “a vitalidade do mercado doméstico” que está “a suportar o crescimento do tráfego na Amazónia e em Salvador da Bahia”.

Já na República Dominicana o tráfego foi penalizado neste trimestre pela estratégia de atribuição de frota da Arajet e pela desaceleração do mercado americano, associada à incerteza económica.

 

 

 

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Transportes

Europcar Mobility Group tem novo CEO e assume funções a partir de 1 de maio

Sebastian Birkel assume funções como novo CEO do Europcar Mobility Group a partir de 1 de maio de 2025, e mostra-se entusiasmado com o novo desafio e por se juntar “a um dos players mais históricos do setor”.

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O Europcar Mobility Group tem um novo CEO, cargo que passa a ser assumido por Sebastian Birkel, que entra em funções a 1 de maio de 2025, informou o grupo de soluções de mobilidade, em comunicado.

“Com a chegada de Sebastian Birkel, o Europcar Mobility Group ganha um gestor de topo com experiência internacional, reconhecido pela sua bem-sucedida reorganização do negócio da SIXT na América do Norte, entre outros marcos relevantes”, destaca o grupo na informação divulgada.

Com 42 anos, Sebastian Birkel vai suceder a Olivier Baldassari  no Europcar Mobility Group depois de liderar o Profection Group e de ter passado por várias empresas internacionais, a exemplo da SIXT América do Norte, onde esteve durante cinco anos, mais de três dos quais como CEO & Presidente.

Na SIXT América do Norte, Sebastian Birkel “liderou o desenvolvimento operacional e a recuperação da operação naquela região, estabelecendo com sucesso a marca SIXT num mercado altamente competitivo e assegurando um crescimento rentável”.

Após a experiência na América do Norte, o próximo CEO do Grupo Europcar Mobility assumiu a responsabilidade pelas áreas de aquisição global de viaturas, contabilidade e controlo de gestão do Grupo, integrando o conselho executivo da SIXT.

Mais recentemente, o responsável desempenhou ainda funções de CEO do Profection Group, um prestador internacional de serviços de recursos humanos e gestão imobiliária, que conta com mais de 30.000 colaboradores.

Sebastian Birkel iniciou a sua carreira em 2007 na Roland Berger, onde prestou apoio estratégico a empresas em processos de reestruturação.

“Estamos muito satisfeitos por contar com Sebastian Birkel como novo líder do Europcar Mobility Group. Face aos desafios atuais, traz consigo a combinação ideal de competência operacional, visão estratégica e experiência internacional. Com o seu know-how, irá certamente conduzir o Grupo num caminho de crescimento sustentável. Bem-vindo ao comando do Europcar Mobility Group”, afirma Christian Dahlheim, presidente do Conselho de Supervisão do Europcar Mobility Group e CEO da Volkswagen Financial Services AG.

Já Sebastian Birkel mostra-se entusiasmado com o novo desafio e por se juntar “a um dos players mais históricos do setor”, revelando que a sua prioridade passa por “orientar” o grupo, ao mesmo tempo que pretende potenciar os seus “pontos fortes para construir um futuro sustentável”.

Com a entrada de Sebastian Birkel, o Conselho de Administração do Europcar Mobility Group passa a ser composto, a partir de 1 de maio, pelo novo CEO, assim como por Joachim Hinz, novo Chief Financial Officer, que conta com 25 anos de experiência internacional no setor automóvel e de mobilidade e que é proveniente da SEAT, e ainda Olivier Baldassari, que vai continuar ligado ao grupo como Chief Operating Officer.

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Turismo

Portal da Queixa soma mais 24% de reclamações no turismo no primeiro trimestre

Sites de Reservas de Viagens e Companhias Aéreas são as subcategorias mais visadas. Segundo dados do Portal da Queixa, Ryanair e TAP lideram volume de reclamações nas companhias aéreas.

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No primeiro trimestre de 2025, o setor do turismo foi alvo de mais de 1.500 reclamações, verificando-se uma subida de 24%, face ao mesmo período de 2024, indicam os dados do Portal da Queixa. Os consumidores queixam-se sobretudo de problemas relacionados com os sites de Reservas de Viagens e Companhias Aéreas, com Ryanair e TAP a liderarem as queixas.

Nesta época de férias da Páscoa, em que os milhares de portugueses planeiam viajar, o Portal da Queixa informa os consumidores sobre quais são os principais constrangimentos que estão a assolar, este ano, o setor do turismo, quais as entidades com mais reclamações e que marcas têm o melhor Índice de Satisfação na plataforma.

A análise efetuada à categoria Hotéis, Viagens e Turismo, entre os dias 1 de janeiro e 31 de março, revela que o número de reclamações dirigidas ao setor (1.585) registou um aumento de 24%, em comparação com o primeiro trimestre de 2024, quando se observaram 1.270 queixas.

Segundo os dados aferidos, entre as subcategorias mais reclamadas estão os sites de Reservas de Viagens (58,2%) e Companhias Aéreas (18,8%). Em terceiro lugar estão os sites de Reservas de Alojamento (10,2%). Seguem-se os Marketplaces – Viagens, Produtos e Serviços (6%) e as Agências de Viagens a acolheram 3,4% das reclamações. Já os Hotéis e Cadeias Hoteleiras somaram 1,4% das ocorrências.

Os principais motivos de reclamação dos consumidores dirigidos ao setor de Turismo são: a cobrança indevida, tema reportado em 53.6% dos casos. Abrange reclamações sobre cobranças ou débitos não autorizados, erros de faturação, cobranças abusivas ou em duplicado, renovação automática indevida, e outras inconsistências relacionadas com pagamentos.

Seguem-se a falta de qualidade do serviço/atendimento (12,9%) e as dificuldades com a execução dos reembolsos (12%).

Já os problemas com o voo e bagagem (cancelamento ou atraso de voos, extravio, danos ou atrasos na entrega de bagagens, e dificuldades com processos de check-in e embarque) geraram 8% das reclamações. Na origem de 3,3% das ocorrências esteve a insatisfação com os produtos e serviços.

Entre as companhias aéreas, a Ryanair e a TAP mantêm o pódio das marcas mais reclamadas, com a companhia britânica a absorver 26% das reclamações e a operadora nacional a recolher 25%. Seguem-se a aasyJet (13,3%), a STP Airways (3,67%), a Vueling (3,67%) e a SATA (3%).

No campo oposto, relativamente às entidades com melhor Índice de Satisfação (IS) – uma avaliação da responsabilidade dos consumidores –, destacam-se com elevada performance os sites de Reservas de Alojamentos: Traventia (com 85,2 em 100 pontos), Airbnb (83,3), eDreams (81,3) e Destinia (77,6).

Nas Agências de Viagens: a melhor pontuação vai para a Rickytravel com um IS pontuado em 83,1, a Top Atlântico com 74 de IS e a IBS Portugal com 70,8. Já nos Marketplaces – Viagens, Produtos e Serviços, sobressai o Odisseias com um IS de 63,4.

Na análise de Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, a reputação do setor tem sido colocada em causa pela falta de apoio ao cliente, pela desorganização e incapacidade de resolução, bem como pela desinformação e pela apatia dos reguladores.

“Constatámos que as reclamações dirigidas aos vários intervenientes do setor do Turismo têm vindo a aumentar, desde os agentes de viagens, sites de reservas, companhias aéreas e as cadeias hoteleiras, pelos mais variados motivos, contudo, muitos consumidores apontam a desinformação e a falta de apoio ao cliente como principais motivos, o que revela a desorganização e incapacidade de resolução de problemas, colocando em causa a confiança e a reputação do setor. Infelizmente, continuamos a assistir à apatia dos reguladores, que são impotentes face às ofertas publicadas na internet, nomeadamente nas reservas em plataformas digitais, que devem ser combatidas através de ações que incrementem a literacia digital dos consumidores.”, conclui Pedro Lourenço.

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