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“Portugal está na moda, mas o estar na moda dá muito trabalho”

Banco oficial da BTL desde 2016, o BPI volta a marcar presença no maior evento do turismo em Portugal. Para Pedro Barreto, administrador do banco, é “verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo”, frisando que “é fundamental continuarmos a melhorar a qualidade, porque temos um potencial enorme”.

Victor Jorge
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“Portugal está na moda, mas o estar na moda dá muito trabalho”

Banco oficial da BTL desde 2016, o BPI volta a marcar presença no maior evento do turismo em Portugal. Para Pedro Barreto, administrador do banco, é “verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo”, frisando que “é fundamental continuarmos a melhorar a qualidade, porque temos um potencial enorme”.

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Otimista quanto ao futuro do setor do turismo em Portugal, o administrador do BPI com o pelouro do turismo, Pedro Barreto, salienta que não se pode olhar para a retoma como uma “corrida de 100 metros”. Além do tempo que é preciso dar, o executivo do BPI destaca os desafios que o setor do turismo ainda terá de enfrentar, com os recursos humanos, desburocratização, formação e requalificação à cabeça.

De que forma é que um banco como o BPI olha para o setor do turismo e para as dificuldades e desafios que o setor enfrentou nestes dois anos? É inegável que temos um setor do turismo até março de 2020 e um setor do turismo pós março de 2020.
O setor do turismo é, a par da agricultura, um dos dois setores estratégicos para o BPI. Temos equipas dedicadas a este setor, temos uma oferta dedicada e uma série de eventos importantes. Portanto, é, claramente, um setor em que o banco quer estar, quer apoiar, e quer apoiar de forma crescente.

Como todos sabemos, foi o setor mais impactado pela pandemia e isso levou a quebras brutais quer do número de hóspedes, quer de receitas. É verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo.

Confesso que, se me dissessem que o número de visitantes cairia 50% e que as receitas cairiam para menos de metade, iríamos ter uma série de problemas muito sérios.

Na minha opinião, é evidente que houve casos extramente difíceis e graves, mas a situação geral do setor ficou muito acima das minhas expectativas, pela positiva. O trabalho feito foi espetacular, de ajustamento, de melhoria da qualidade, de inovação e até de mudança de atitude acima de tudo.

Lembro-me de uma reunião que tivemos em que participou o Ferran Adrià [conhecido chef catalão, considerado um dos melhores e mais inovadores do mundo, ex-proprietário do restaurante El Bulli agora à frente do Bulli Lab] com uma série de clientes. Na altura, alguém perguntou, relativamente ao setor da restauração, o que é que pensava que, perante esta pandemia, deveríamos, em Portugal, mudar em termos de inovação. E a resposta dele foi muito interessante, salientando que somos muito bons a cozinhar. A questão, segundo Adriá, é de atitude. Dizia ele que, se em Portugal estavam habituados a fechar ao domingo, mas se têm clientes, têm de abrir ao domingo. Se não faziam take away, pois bem, têm de fazer take away. Foi esta adaptação, esta atitude de enfrentar os problemas que mais distinguiu o setor do turismo nestes últimos dois anos.

Foi, então, preciso uma pandemia para o setor, e não diria só do turismo, englobando a restauração, hotelaria, agências e operadores, acordar?
As crises fazem despertar essas mudanças, às vezes estruturais, e penso que o turismo fez isso muito bem.

Felizmente visito muitos clientes e tenho verificado que o aumento da qualidade da nossa oferta, nos últimos dois anos, é absolutamente notável. A melhoria dos procedimentos e dos processos. É fantástico.

Temos um grande desafio que são os recursos humanos. Mas eu acho que o balanço é francamente positivo e muito melhor do que as expectativas iniciais.

Um dos aspetos que mais se fala é, de facto, tentar perceber quando é que este setor volta ao que era, nomeadamente, ao ano de 2019, ano histórico no turismo em Portugal. Eu não vou perguntar quando é que essa retoma se vai dar, mas a minha pergunta é, teme que se possa perder alguma coisa do que se ganhou em termos desses processos, da qualidade, da inovação, ganhos com a pandemia.
Não. Estou muito otimista e tenho falado com vários hoteleiros e há expectativas quanto ao aumento das reservas já a partir de abril.

Acho que vai ser um ano, mesmo tendo um trimestre muito difícil, absolutamente fantástico. A própria Organização Mundial do Turismo (OMT) admite que se possa atingir, já em 2023, os números de 2019, quando anteriormente se apontava somente para 2024.

Sinceramente, acredito que vai ser mais rápido e que conseguimos uma coisa que é muito difícil de conseguir: aumentar a qualidade e termos mais turistas que estão mais tempo em Portugal. Isso é muito importante para captar quem tem capacidade para investir mais em Portugal.

 

É verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo

 

Mas acredita que possamos atingir a tão falada meta do Plano “Reativar o Turismo | Construir o Futuro” de, em 2027, ultrapassar os 27 mil milhões de euros de receitas turísticas e 80 milhões de dormidas?
Estou e sou otimista. Nós portugueses temos qualidades fantásticas como a capacidade de falar línguas, a capacidade de sermos simpáticos, de receber bem, temos um clima absolutamente fantástico – neste momento até bom demais porque não chove e isto pode vir a ser um problema para a agricultura, mas para o turismo é muito bom.

Vamos ter investimentos também na oferta para a terceira idade e vamos, claramente, ser um destino que vai ganhar muitos visitantes por essa via.

Responder às necessidades com tempo
Mas voltando atrás e a um tempo não tão positivo e otimista, quais foram, de facto, as maiores necessidades que uma entidade bancária como o BPI sentiu por parte dos seus clientes?
Acima de tudo, e não se aplica só ao turismo, é preciso dar tempo. Mais do que dar dinheiro, é preciso dar tempo.

Naturalmente, houve uma questão muito importante para resolver e que se prendeu com a questão laboral. Foi muito importante. Agora, o trabalho a fazer está na parte fiscal. Mas lá está, temos de dar tempo. Os projetos que avançaram mesmo antes da pandemia, o que eles precisam é de tempo, porque o potencial está lá, a qualidade está lá, e, muitas vezes, o que não está lá ou não se dá é tempo.

Há que olhar para esta situação não como uma corrida de 100 metros, mas como uma maratona?
Claro. Não pode ser vista como uma corrida de 100 metros, senão muitos ficarão pelo caminho.

E além do fator tempo, é fundamental o fator da comunicação e aqui o trabalho do Turismo de Portugal melhorou imenso e tem feito um excelente trabalho nessa matéria. Portugal está na moda, mas o estar na moda dá muito trabalho. E não é uma coisa que aparece de um dia para o outro, não é uma questão de sorte. Resulta de muito trabalho e os vários stakeholders do setor do turismo têm feito um trabalho fantástico. E é isso que temos de continuar a fazer.

Mas o importante não é só estar na moda, é conseguir manter-se na moda.
Temos de continuar a fazer o que temos feito e melhorar permanente a qualidade.

É impressionante vermos o nível da oferta que temos hoje de restaurantes e de hotéis. E não falo de tudo o que apareceu de novo. É o que já cá estava. Tenho amigos estrangeiros que vêm cá e ficam boquiabertos, porque achavam que iam encontrar um país muito menos desenvolvido, com uma oferta muito menos rica e ficam verdadeiramente encantados.

Exposição excessiva ao turismo?
Relativamente ao banco, o BPI aumentou a exposição às empresas de alojamento e restauração para o nível mais alto. Esta realidade vivida em 2020 e 2021 foi muito diferente em relação ao ano de 2020?
O que fizemos foi manter essa lógica de apoio ao setor, não só pelo lado da oferta, mas muito pelo lado da procura.

Houve vários empresários que estavam a pensar avançar com novos hotéis e que pararam. Pararam para pensar de forma prudente. Agora voltamos a verificar que esses projetos estão novamente a avançar e o banco está totalmente disponível para voltar a apoiá-los como já fazia anteriormente.

Mas o Banco de Portugal colocou a banca como um dos setores com maior probabilidade de incumprimento do crédito. Essa análise, na sua ótica, mantém-se ou é algo que não deve ser visto por esse prisma?
Não. Há um fator que influenciou o Banco de Portugal que foi o tema das moratórias, pois os bancos tiveram um volume muito elevado de moratórias. A verdade é que, por grande mérito das empresas, as moratórias acabaram e não se sente o problema.

Por isso, como em todas as crises, quando temos uma percentagem muito elevada de clientes que pedem moratória, vemos que essas pessoas vão voltar a pagar. Mais uma vez, reforço, precisamos, ou melhor, precisam de tempo e no caso do setor do turismo isso é claro.

Como disse, estou muito otimista já em relação a 2022 e, concluindo, penso que se trata de um setor onde não vamos ter muitos problemas.

Portanto, não teme o desaparecimento de muitos players do setor do turismo?
Sinceramente, acho que isso não vai acontecer. Os problemas que existem, já existiam antes da pandemia. Não são ou foram provocados pela pandemia.

Dou-lhe o exemplo da restauração onde, mal a crise apareceu, houve logo uma série de restaurantes que fecharam, mas outros, empresas familiares, que demonstraram uma grande flexibilidade. Houve logo esse ajustamento da oferta.

 

Acima de tudo, e não se aplica só ao turismo, é preciso dar tempo. Mais do que dar dinheiro, é preciso dar tempo

 

Esse ajustamento era necessário?
Sim, esse ajustamento era necessário, mas não tenho dúvidas que, o que sai desse ajustamento, são empresas mais fortes, de maior qualidade e mais focadas. É fundamental continuarmos a melhorar a qualidade, porque temos um potencial enorme.

Temos um potencial enorme de captar o segmento mais alto do turismo e acho que o estamos a fazer e bem.

O desafio da qualidade
É aí que Portugal deve apostar as “fichas”, nesse segmento mais alto, de qualidade?
Não deve, tem de apostar. E tem de fazê-lo não só externamente como internamente.

Até porque há muitos portugueses que desconhecem ou desconheciam o seu próprio país.
Nas minhas funções, estive durante sete anos à frente da rede balcões, tenho há quatro a banca de empresas, e andava sempre a viajar e garanto-lhe que temos um país fantástico.

Claro que esses destinos têm ainda um longo caminho a percorrer e estão a fazê-lo muito bem. Mas reconheço que ainda estamos no início.

No final do ano passado a diretora da Organização Mundial do Turismo (OMT) para a Europa, Alessandra Priante, dizia que a vantagem de Portugal, neste momento, era ser ainda um destino desconhecido e, por isso, a procura pelo país Portugal, pelo destino Portugal, só tenha um caminho: crescer.
Não tenho dúvidas nenhumas. E isso vai continuar a acontecer. Diria que temos um desafio no número de visitantes, mas temos um desafio e um potencial ainda maior na receita.

O que poderá acontecer é que para o português, Portugal está a ficar mais caro, mas para os turistas estrangeiros, para a qualidade que oferecemos, a relação preço/qualidade é ímpar.

Acredita que isso fará com que o setor do turismo volte a esquecer um bocadinho o turismo interno?
Não, porque há muitos portugueses que não conheciam bem o seu país e a pandemia permitiu conhecerem coisas fantásticas que existem em Portugal.

Mas temos o problema do arranque das viagens de longo curso e das viagens de negócios?
As viagens de um dia para fazer negócios poderão sofrer um pouco, sem dúvida. Mas recordo aquando do ataque às Torres Gémeas que se dizia que as pessoas não iriam viajar mais de avião.

Claro que as empresas não vão deixar os custos voltar ao que eram, já que apareceram alternativas que funcionam. O digital trouxe um ajustamento na forma de olhar para essas viagens de negócios. Lá está novamente o ajustamento.

Posicionamento pró-ativo
Regressando ao BPI, qual foi a solução ou produto mais procurado pelo setor do turismo durante este período de pandemia?
De facto, houve uma inflexão. Houve uma maior procura, e não só pelo setor do turismo, pelas linhas de apoio à economia e que permitiram a clientes e empresas ter créditos mais longos (mais uma vez, o tema de dar tempo) a taxas mais baratas e com um período importante de carência.

Os bancos têm um grande desafio de serem relevantes para os clientes, têm de trazer valor acrescentado. Passou a existir uma especialização e uma segmentação clara da oferta que não havia, de forma tão acentuada, há uns anos. Por isso, lançámos uma equipa dedicada só aos setores da agricultura e turismo e também para a parte do imobiliário.

Os clientes têm o seu dia-a-dia que não permite conhecer todas as linhas de apoio e todos os serviços. Daí termos essas equipas dedicadas para ajudá-los a organizar melhor os seus investimentos.

Dou-lhe o exemplo da agricultura onde o banco apostou a sério há mais de 10 anos. Não era um setor evidente. Agora toda a gente diz que é evidente.

Decidimos investir no turismo ainda antes da pandemia. Com base naquilo que vejo hoje, acho que foram duas decisões absolutamente acertadas.

Atualmente, temos quotas de 20% no setor da agricultura e queremos isso para o turismo.

Isso faz-se com mais produtos, mais soluções, mais serviço, mas também com uma simplificação de oferta. Não é por termos mais produtos, mais serviços que somos relevantes. É por termos uma oferta ajustada ao que o setor precisa e apresentá-la de forma simples.

 

Não é por termos mais produtos, mais serviços que somos relevantes. É por termos uma oferta ajustada ao que o setor precisa e apresentá-la de forma simples

 

E, de certa forma, desburocratizar os processos?
Sem dúvida. Explicar porque é que, quando o Governo lançou as linhas de apoio à economia, o dinheiro não chegava à economia. Não chegava precisamente, porque o processo era muito complexo.

Foram tomadas decisões importantes pelo Governo para simplificar os processos, mas ainda assim, em Portugal exige-se papéis a mais. No caso das linhas para a economia era preciso entregar 17 documentos para uma empresa candidatar-se a uma linha de emergência.

Que, como o nome indica, é de emergência?
Exato. Mantivemos contactos com as autoridades para agilizar processos e mesmo internamente o BP foi proativo e não ficou à espera.

Falou no Governo, Governo esse que toma posse no próximo dia 23 de fevereiro. Se tivesse que indicar algumas medidas a tomar rapidamente para ajudar o setor do turismo, quais seriam?
Desburocratização é absolutamente fundamental. Além disso, formação e requalificação. Também aqui, os cursos existentes são excessivamente longos.

Uma pessoa que queira mudar de vida e queira aprender a trabalhar na área do turismo, demora muito tempo a conseguir essa requalificação.

Essa questão dos recursos humanos é um dos problemas colocados pela pandemia. Como é que olha para essa renovação e/ou requalificação dos quadros?
Vejo-o como um grande desafio. Não existem cursos pensados para o curto prazo.

Temos pessoas muito bem formadas, mas depois a oferta continua a ter salários muito baixos e rapidamente se começa a pensar em ir lá para fora. Há que pensar na questão fiscal.

Viagens sustentáveis
Inovação e sustentabilidade são outros dos temas.
Sim, mas na questão da sustentabilidade até estamos bem. As pessoas, cada vez mais, procuram experiências, turismo inovador e autêntico. No BPI tenho, também, a responsabilidade da sustentabilidade. Acabámos de concluir o nosso Plano Diretor de Sustentabilidade, feito em cooperação, obviamente, com o CaixaBank, e que inclui já uma série de ideias de ajustamentos dos nossos serviços e da nossa oferta. Na nossa comunicação temos perto 120 ideias nesse sentido e, a questão da sustentabilidade vai transformar o mundo.

É uma pena que a Europa esteja sozinha na vanguarda deste tema. Estamos mais avançados que os EUA, por exemplo, e é muito importante que outros países e continentes invistam nesta questão que é um movimento incontornável e imparável.

Há, por exemplo, objetivos muito claros que estão definidos, quais são as metas a atingir pelos bancos.

 

Desburocratização é absolutamente fundamental

 

No BPI analisa-se os projetos também por esse prisma da sustentabilidade?
Claramente. Também aqui vamos ser pró-ativos e, mais uma vez, iremos falar com os nossos clientes no setor do turismo para fazer investimentos no sentido da sustentabilidade quer seja no aproveitamento das águas, na parte energética, minimizar o desperdício.

Diria que é um grande desafio, mas uma grande oportunidade e o banco que está, precisamente, a estruturar muito bem a informação e a preparar-nos para cada um dos principais setores.

As pessoas irão viajar em função da sustentabilidade do destino?
Sem dúvida, principalmente nas camadas mais jovens. Nós temos condições absolutamente excecionais para sermos um dos países que mais vai beneficiar com esta alteração de mentalidade.

O patrocínio do BPI à BTL não é de hoje, vem de 2016. Que tipo de patrocínio é esse e que benefício é que o BPI, de facto, retira do patrocínio à BTL. Como é que o BPI de facto se posiciona naquela que é a maior evento do setor do turismo em Portugal?
Tal como referi, há anos que decidimos apostar em dois setores estratégicos: agricultura e turismo. Na agricultura, estamos na Feira Nacional da Agricultura e na Ovibeja. No turismo, estamos na BTL e é um apoio para manter.

É um local que nos permite estar com os clientes do banco, falar com eles. Não é só ouvir, mas é também aconselhar. Lá está a proatividade. Os bancos têm que ser proativos e as equipas comerciais não podem estar à espera que os clientes entrem pela porta do banco.

Para o BPI o que seria uma BTL de sucesso?
Seria uma BTL com o número de participantes, pelo menos igual, a 2019, com a qualidade que eu tenho visto, com uma oferta muito bem organizada e com os expositores de elevada qualidade. Essa imagem de qualidade é fundamental, do país, dos destinos, das pessoas.

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Fotogaleria da 8.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris (Lisboa)

Depois de Coimbra e Vila Nova de Gaia, a 8.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris terminou em Lisboa.

Depois de Coimbra e Vila Nova de Gaia foi a vez de Lisboa receber o último dia do RoadShow das Viagens do Publituris no Eurostars Universal Lisboa a 30 de março de 2023.

A 8.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris foi marcada pelo crescimento em todos os parâmetros. Se em número de expositores, a edição de 2023 contou com 45 presenças, ao nível dos agentes que visitaram as três cidades – Coimbra (Vila Galé Coimbra), Vila Nova de Gaia (Hilton Porto Gaia) e Lisboa (Eurostars Universal Lisboa) – esse número ficou muito perto dos 400.

Já em termos de interações entre agentes e expositores, se na edição de 2022 se realizaram 3.890 interações, nesta edição de 2023 – que decorreu entre 28 3 30 de março – foram contabilizadas 8.265.

Recordamos a lista dos expositores que estiveram presentes na 8.ª edição do RoadShow do Publituris.

4TOURS – Your Travel Partner
Abreu Online
Air France/KLM
APG GSA
Associação de Turismo de Sintra
Avis
Bedsonline
Belive Hotels
Benidorm Tourism Board
Câmara Municipal de Alenquer
Canarias Island Tourism
Domes Lake Resorts
Emirates, Turismo do Dubai
Europcar
Eurostars Hotels & Resorts
Formentera Tourism Board
Grupo Açorsonho
Grupo Ávoris
Grupo PHC Hotels
Ilha Verde
In Azores
In Sure Broker
Latam Airlines
Loja de Cruzeiros
MAWDY
MGM Muthu Hotels
MSC
Picos de Aventura
Poland Tourism Board
Região de Turismo da Madeira
Região de Turismo do Centro de Portugal
Robisson Hotels
Rota da Bairrada
SATA Air Azores
Senhora da Rosa, Tradition and Nature Hotel
TAAG – Linhas Aéreas de Angola
TAP Air Portugal
The Editory Collection Hotels
Turangra
Un Mundo de Cruceros
Unlock Boutique Hotels
VA Tour Operador
Visit Qatar, Qatar Airways
Wotels Hub

O evento contou com o patrocínio da Turismo do Centro de Portugal e teve como parceiros a IVU, Eurostars Hotels & Resorts, Hilton Porto Gaia, GR8, IberoBus, e ainda o apoio da APAVT.

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A 2.ª paragem do RoadShow das Viagens do Publituris foi em Vila Nova de Gaia.

Depois de Coimbra, o RoadShow das Viagens do Publituris de 2023 rumou a Vila Nova de Gaia para receber os agentes no Hilton Porto Gaia.

Veja a fotogaleria do evento que visitou Vila Nova de Gaia no dia 29 de março de 2023.

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Fotogaleria da 8.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris (Coimbra)

Coimbra foi a primeira cidade a receber a 8.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris.

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Alojamento turístico supera números pré-pandémicos

Os números neste início de 2023 são animadores para o turismo nacional, com as dormidas e hóspedes a subirem face a fevereiro de 2020. Há mercados – Polónia, EUA, Irlanda, Itália, Suíça – a crescer a dois dígitos.

O setor do alojamento turístico registou 1,7 milhões de hóspedes e 4 milhões de dormidas em fevereiro de 2023, correspondendo a crescimentos de 33% e 38,5%2, respetivamente (+71,4% e +74,1% em janeiro de 2023, pela mesma ordem), revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta sexta-feira, 31 de março.

Os níveis atingidos em fevereiro de 2023 foram superiores aos observados em fevereiro de 2020, quando ainda não havia efeitos da pandemia, com crescimentos de 4,3% nos hóspedes e 5,9% nas dormidas.

Dormidas sobem face a fevereiro de 2020
O mercado interno foi responsável por 1,4 milhões de dormidas, no segundo mês de 2023, correspondendo a uma subida de 19% face a período homólogo de 2022, enquanto a subida dos mercados externos foi superior, +51%), totalizando 2,7 milhões de dormidas.

Face a fevereiro de 2020, observaram-se aumentos de 4,9% nas dormidas de residentes e 6,5% nas de não residentes.

Nos primeiros dois meses do ano, as dormidas aumentaram 52,9 (+27,2% nos residentes e +70,6% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2020, as dormidas cresceram 6,1% (+7% nos residentes e +5,6% nos não residentes).

Mercados a crescer a dois dígitos
A totalidade dos 17 principais mercados emissores registou aumentos em fevereiro, tendo representado 86,1% das dormidas de não residentes.

Face a fevereiro de 2020, as dormidas de residentes no Reino Unido (16,9% do total das dormidas de não residentes em fevereiro) aumentaram 2,2%, enquanto os mercados alemão (quota de 11,3%) e espanhol (quota de 10,2%) decresceram 4,9 e 2,6%, respetivamente.

Comparando com fevereiro de 2020, o INE evidencia os crescimentos dos mercados polaco (+58,9%), norte americano (+49,6%), irlandês (+32,8%), italiano (+25,2%) e suíço (21,9%). Os maiores decréscimos observaram-se nas dormidas de hóspedes suecos (-28,5%), dinamarqueses (-11,0%) e brasileiros (-7,6%).

Em fevereiro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões, com Lisboa a concentrar 30,8% das dormidas, seguindo-se o Algarve (19,5%), o Norte (17,2%) e a Madeira (15,3%).

Comparando com fevereiro de 2020, os principais crescimentos registaram-se na Madeira (+14,6%), Lisboa (+12%) e Norte (+11,3%), enquanto no Algarve e Açores se registaram decréscimos (-6,8% em ambos).

Relativamente às dormidas de residentes, face a fevereiro de 2020, a Madeira (+76,3%) continuou a destacar-se, seguindo-se o Norte (+5,7%) e Lisboa (+4,9%). Neste mês, ao contrário do anterior, observaram-se diminuições no Algarve (-10,4%), Alentejo (-1,8%) e Açores (-1,6%), face a 2020.

Nas dormidas de não residentes, os principais crescimentos verificaram-se no Norte (+16,6%) e Lisboa (+14,5%) e, em sentido contrário, observaram-se diminuições nos Açores (-15,5%), Algarve (-5,9%) e Centro (-2,8%).

Estadia média sobe nos nacionais, mas cai nos não residentes
As dormidas na hotelaria (82,3% do total) aumentaram 39,9% (+2,5% face a fevereiro de 2020), enquanto as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,7% do total) cresceram 34,5% (+23,8% face a fevereiro de 2020) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 2,9%) aumentaram 21,5% (+36,0% comparando com fevereiro de 2020).

Em fevereiro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,45 noites) aumentou 4,1% (+1,6% em janeiro). A estada média dos residentes (1,76 noites) aumentou 2,7% e a dos não residentes (3,06 noites) diminuiu 1,3%. Os valores mais elevados verificaram-se na Madeira (4,49 noites) e Algarve (3,96 noites).

Quanto à taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (36,6%), esta aumentou 7,5 p.p. em fevereiro (+11,0 p.p. em janeiro) e ficou acima do valor observado em fevereiro de 2020 (35,2%).

As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (58,9%) e Lisboa (46,9%), correspondendo também aos maiores acréscimos neste indicador (+15,2 p.p. e +11,7 p.p., respetivamente).

A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (45,7%) aumentou 10 p.p. em fevereiro (+14,0 p.p. em janeiro) e ficou acima do valor observado no mês homólogo de 2020 (44%).

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Transavia aumenta em 12% os lugares em Portugal para este Verão

Transavia propõe 1,65 milhões de lugares em Portugal este Verão, um acréscimo de 12% face a período idêntico de 2022.

A Transavia vai a oferecer um total de 1,65 milhões de lugares no mercado português este Verão, um aumento de 12% de/para Portugal quando comparado com idêntico período de 2022.

Com um total de 1,57 milhões de passageiros transportados de/para Portugal o ano passado, a subsidiária low-cost do grupo Air France-KLM prevê que os serviços de Lisboa, Porto e Faro para Amesterdão-Schiphol, mas também do Porto, de Lisboa e Faro para Paris-Orly, se mantenham como as rotas de maior desempenho em 2023, o que se reflete nos lugares alocados este Verão.

“Na sequência dos robustos resultados de tráfego atingidos em 2022, superando, uma vez mais, a marca dos 1,5 milhões de passageiros transportados de/para o mercado, com o Porto, Lisboa e Faro a manterem-se o top3 de destinos preferidos dos nossos”, afirma Nicolas Hénin, Chief Commercial Officer da Transavia France.

Com uma frota total de 115 aviões a operar de/para França e os Países Baixos, a low-cost da Air France-KLM prossegue a sua expansão na Europa e na bacia do Mediterrâneo, incluindo de/para Portugal.

Destaque ainda para a manutenção da operação do serviço anual entre Faro e Bruxelas (Bélgica), inaugurada em junho de 2022.

Sublinha-se ainda que a companhia aérea vai receber ainda este ano o seu primeiro Airbus A320neo, um novo avião que reduz as emissões de CO2 em 15%.

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Rota Lisboa-Tires em jato privado é a segunda da Europa em intensidade carbónica

A rota Lisboa-Tires (Cascais)/Tires-Lisboa em jato privado foi, em 2022, a segunda com maior intensidade carbónica na Europa, com 108,68 quilos de CO2 por quilómetro, segundo dados divulgados pela Greenpeace, em Bruxelas.

De acordo com um estudo da organização não-governamental (ONG) ambiental Greenpeace, a rota entre Lisboa e Tires — a mais curta no país – subiu uma posição, de 2021 para 2022, na tabela da intensidade carbónica ao registar emissões de 108.68 quilos de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro, num total de 118 voos de jatos privados para percorrer a distância de 20.37 quilómetros entre o aeroporto da capital e o aeródromo dos arredores de Lisboa.

No topo da tabela da intensidade carbónica, que analisa rotas com mais de dez voos por ano, está a rota entre Farnborough e Blackbushe, no Reino Unido, com 13 voos registados em 2022 para percorrer 7,41 quilómetros e que produziu 240,23 quilos de CO2 por quilómetro.

De Portugal partiram no ano passado 7.994 jatos privados, um aumento de 81% face a 2021, e que emitiram um total de 65,32 toneladas de CO2 (mais 98% que no ano anterior), o que resulta numa média de 8,2 toneladas de CO2 por quilómetro, o equivalente a 32.000 quilómetros num carro a gasolina.

Faro mantém-se o aeroporto com maior número de voos em jatos privados, tendo registado 2.684 voos, sendo Londres o principal destino, e a rota com maior número de voos a que parte e chega a Lisboa.

Lisboa e Porto estão, respetivamente, em segundo e terceiro lugar com 1.784 e 1.521 voos, sendo Londres o principal destino em ambos os casos.

O número de voos em jato privado aumentou, no mesmo período, 64% na Europa e as emissões de CO2 mais do que duplicaram, segundo a Greenpeace.

Em 2022, revela a ONG, França, Reino Unido e Alemanha lideraram a tabela de voos em jatos privados, sendo Nice (França), Paris e Genebra (Suíça) os três principais destinos.

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Groundforce Portugal renova Certificação da IATA até 2025

Após a realização de uma auditoria em contexto de intensa retoma operacional, a Groundforce Portugal volta a ser certificada pela IATA – Safety Audit for Ground Operations (ISAGO).

A Groundforce Portugal foi novamente distinguida com a certificação para a sede da empresa – ISAGO Headquarters. Esta certificação internacionalmente validada atesta o cumprimento das normas de segurança operacional e as melhores práticas para organização e gestão (ORM), carregamento de aeronaves (LOD), movimentação de passageiros e bagagens (PAB), movimentação da carga de aeronaves (HDL), operações em pista de aeronaves (AGM), bem como movimentação de carga e correio (CGM).

Com a certificação válida por dois anos, com renovação prevista em março de 2025, Emanuel Taborda, diretor de Segurança e Qualidade da Groundforce Portugal, salienta que, “conquistar uma vez mais esta certificação ISAGO é extremamente importante para a nossa empresa, em particular na conjuntura social e laboral que atravessamos”.  “Profundamente empenhados em fornecer o mais alto nível de qualidade de serviço e padrões de segurança aos nossos clientes e aos nossos trabalhadores”, o responsável pela segurança e qualidade da empresa frisa ainda “o papel fundamental que desempenhamos na retoma do turismo e da economia nacional, que se deve também à confiança na nossa atividade”.

A auditoria ISAGO é também uma ferramenta que agiliza os procedimentos internos ao estabelecer um conjunto uniforme de normas, incidindo a avaliação, adicionalmente, sobre os sistemas de gestão e monitorização implementados na sede do prestador de serviços em terra, bem como a consistência no nível de operação das escalas.

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Panoramic summer landscape of Italian countryside with field of wheat. Stunning evening scene of Italy, Europe. Beauty of nature concept background.

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Parceria entre OMT e FAO para valorização das comunidades rurais

A importância do turismo para o desenvolvimento económico e a preservação das comunidades rurais foi destacada pelos responsáveis da OMT e FAO.

Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT) e Qu Dongyu, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), reuniram-se em Roma (Itália) tendo em vista a intensificação da colaboração entre as duas entidades para aumentar a contribuição do turismo para o desenvolvimento rural.

Depois de, em setembro de 2020, as duas agências da ONU terem assinado um Memorando de Entendimento, a OMT pretende trabalhar em estreita colaboração com a FAO em torno de uma determinação compartilhada para impulsionar o desenvolvimento inclusivo e tornar o turismo uma fonte de emprego e oportunidade para as áreas rurais.

Ambos os líderes reconheceram os objetivos e métodos comuns de vários projetos-chave como, por exemplo, os Património de Importância Global (GIAHS, sigla em inglês), a iniciativa de “Vilas/Aldeias Digitais” da FAO, e as Melhores Vilas/Aldeias Turísticas da OMT, que reconhecem os destinos rurais que estão a aproveitar o poder do turismo como fonte de desenvolvimento e oportunidade. Ao mesmo tempo, os dois responsáveis por estas organizações identificaram a necessidade de “impulsionar o desenvolvimento e a implementação de programas de capacitação para melhorar o potencial turístico dos GIAHS e o projeto piloto das Vilas/Aldeias Digitais”.

Olhando para o futuro, Pololikashvili enfatizou a importância do turismo gastronómico para o desenvolvimento, principalmente em África, e o papel das cadeias de valor da produção local e do património em todo o continente.

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Portugueses entre os que demonstram mais interesse nas reservas antecipadas para a Páscoa

Apesar das contrariedades económicas e de possíveis disrupções devido a greves, os europeus estão a ávidos de regressar às viagens e nesta Páscoa os números da Sojern indicam uma crescente evolução nas reservas. Portugueses e britânicos estão entre os que contam mais reservas antecipadas.

Com muitos europeus ansiosos pelas férias da Páscoa, há incerteza quanto ao impacto que as diversas greves em todo o Continente poderão ter no planeamento das viagens. Juntamente com a crise do custo de vida, que está sendo descrita como “a maior ameaça para as empresas de viagens em 2023”, a Sojern salienta, numa análise realizada recentemente, que este cenário “pode causar preocupação para a indústria do turismo sobre o que está por vir para a Páscoa de 2023 e além”.

No entanto, em função dos dados que conseguiu recolher, a Sojern refere que os viajantes europeus estão a mostrar “resiliência contra esses obstáculos e parecem dispostos a tornar realidade os seus sonhos de viagem na Páscoa”, frisando que os viajantes estão a reservar mais viagens para a Páscoa de 2023 face ao mesmo época festiva de 2022, apesar de todos os contratempos como as greve e inflação.

Reservas europeias viagens outbound para a Páscoa, % variação vs 2022

Ao olhar para os planos de viagens dos europeus para a Páscoa para 2023, França e Suíça parecem hesitar mais em reservar com antecedência, com reduções nas reservas em comparação com 2022 de 32% e 10%, respetivamente. No entanto, os viajantes originários de Portugal e do Reino Unido estão a demonstrar grande interesse em planear as férias da Páscoa antes do feriado, com aumentos ano a ano nas reservas de 60% e 49%, respetivamente.

Como um todo, as viagens de saída de países europeus parecem dar sinais de otimismo, com 80% dos mercados de origem a exibir um aumento na procura de viagens na Páscoa pelo menos um mês antes do período de viagem em comparação com 2022. “Esse aumento significativo indica que muitos europeus estão a procurar fugir, apesar das greves e interrupções de viagens”, refere a Sojern.

Paris, Londres, Dubai e Nova Iorque lideram destinos dos europeus na Páscoa
As reservas de voos e as pesquisas de hotéis para a Páscoa destacam que há procura e intenção de viagens para uma variedade de destinos globais. Nova Iorque está no topo da lista de reservas de voos com 7% das reservas até o momento, e Londres segue de perto com 6%. Quando se trata de buscas por hotéis, Londres também aparece com 9% do total de intenções de viagem, com Paris a ocupar a primeira posição com 11%.

Embora Nova Iorque seja o destino mais popular para reservas de voos em geral, apenas um outro destino fora da Europa, Dubai, está entre os vinte principais destinos da Páscoa em reservas de voos. “Sem surpresa, ao dividir os insights por duração da viagem, fica claro que os destinos de longa distância são muito mais populares para quem deseja viajar por mais de uma semana”, refere a Sojern na sua análise.

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Praia de Verandinha na ilha da Boavista, Cabo Verde

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Cabo Verde com recorde de mais de 835 mil turistas em 2022

Os hotéis cabo-verdianos receberam em 2022 um recorde de 835.945 turistas, quase 31% dos quais do Reino Unido, e mais de quatro milhões de dormidas, segundo dados anunciados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país.

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De acordo com o relatório de Movimentação de Hóspedes em Cabo Verde em 2022, com as estatísticas do turismo produzidas pelo INE, o número de hospedes ultrapassou no ano passado o recorde anterior, que foi de 819.308 turistas em 2019, antes da pandemia de covid-19, e cresceu ainda 394% face aos 169.068 turistas em 2021.

Já nas dormidas, o recorde continua a ser o registado em 2019, com 5.117.403, sendo as 4.088.412 dormidas de 2022 um aumento de 387% face a 2021, mas ainda abaixo do verificado em 2016 (4.092.551 dormidas).

A análise por tipo de estabelecimentos indica que os hotéis continuam a ser os estabelecimentos hoteleiros mais procurados, representando 94,0% do total das entradas, seguindo-se as residenciais (2,6%), as pensões (1,6%) e os hotéis-apartamentos (1%).

A ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde, continuou a liderar a procura, com 61,8% do total das entradas, seguida da Boa Vista com 21,0% e Santiago com 9,3%.

O principal mercado emissor de turistas para Cabo Verde em 2022 foi o Reino Unido, com 258.422, equivalente a 30,9% do total das entradas, seguido da Alemanha com 11,5%, Países Baixos com 10,5%, Portugal com 10,5% e França com 5,6%. O total de cabo-verdianos a procurar unidades hoteleiras em Cabo Verde no ano passado representou também 5,6% do total, totalizando 46.647 pessoas.

Relativamente às dormidas, Reino Unido com 35,3% também liderou, seguido da Alemanha com 12,6% e dos Países Baixos com 10,5%. Os turistas britânicos lideraram igualmente no tempo de estadia, com uma média de 5,6 noites.

“As dormidas dos residentes no Reino Unido distribuíram-se principalmente pelas Ilhas da Boa Vista (50,0%) e do Sal (49,6%). Os hotéis foram os tipos de estabelecimento mais procurados pelos ingleses, representando cerca de 99,8%”, refere o INE.

Os 88.141 turistas portugueses distribuíram-se principalmente pelas ilhas do Sal (77,2%), da Boa Vista (11,6%) e Santiago (7,2%), preferindo igualmente os hotéis como o principal meio de alojamento, representando 98,2%.

Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19. Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística.

Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo baixou em junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, entretanto, voltou a rever, para mais de 8% e já no final do ano para 10 a 15%.

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