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“Portugal está na moda, mas o estar na moda dá muito trabalho”

Banco oficial da BTL desde 2016, o BPI volta a marcar presença no maior evento do turismo em Portugal. Para Pedro Barreto, administrador do banco, é “verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo”, frisando que “é fundamental continuarmos a melhorar a qualidade, porque temos um potencial enorme”.

Victor Jorge
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“Portugal está na moda, mas o estar na moda dá muito trabalho”

Banco oficial da BTL desde 2016, o BPI volta a marcar presença no maior evento do turismo em Portugal. Para Pedro Barreto, administrador do banco, é “verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo”, frisando que “é fundamental continuarmos a melhorar a qualidade, porque temos um potencial enorme”.

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Otimista quanto ao futuro do setor do turismo em Portugal, o administrador do BPI com o pelouro do turismo, Pedro Barreto, salienta que não se pode olhar para a retoma como uma “corrida de 100 metros”. Além do tempo que é preciso dar, o executivo do BPI destaca os desafios que o setor do turismo ainda terá de enfrentar, com os recursos humanos, desburocratização, formação e requalificação à cabeça.

De que forma é que um banco como o BPI olha para o setor do turismo e para as dificuldades e desafios que o setor enfrentou nestes dois anos? É inegável que temos um setor do turismo até março de 2020 e um setor do turismo pós março de 2020.
O setor do turismo é, a par da agricultura, um dos dois setores estratégicos para o BPI. Temos equipas dedicadas a este setor, temos uma oferta dedicada e uma série de eventos importantes. Portanto, é, claramente, um setor em que o banco quer estar, quer apoiar, e quer apoiar de forma crescente.

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Como todos sabemos, foi o setor mais impactado pela pandemia e isso levou a quebras brutais quer do número de hóspedes, quer de receitas. É verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo.

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Confesso que, se me dissessem que o número de visitantes cairia 50% e que as receitas cairiam para menos de metade, iríamos ter uma série de problemas muito sérios.

Na minha opinião, é evidente que houve casos extramente difíceis e graves, mas a situação geral do setor ficou muito acima das minhas expectativas, pela positiva. O trabalho feito foi espetacular, de ajustamento, de melhoria da qualidade, de inovação e até de mudança de atitude acima de tudo.

Lembro-me de uma reunião que tivemos em que participou o Ferran Adrià [conhecido chef catalão, considerado um dos melhores e mais inovadores do mundo, ex-proprietário do restaurante El Bulli agora à frente do Bulli Lab] com uma série de clientes. Na altura, alguém perguntou, relativamente ao setor da restauração, o que é que pensava que, perante esta pandemia, deveríamos, em Portugal, mudar em termos de inovação. E a resposta dele foi muito interessante, salientando que somos muito bons a cozinhar. A questão, segundo Adriá, é de atitude. Dizia ele que, se em Portugal estavam habituados a fechar ao domingo, mas se têm clientes, têm de abrir ao domingo. Se não faziam take away, pois bem, têm de fazer take away. Foi esta adaptação, esta atitude de enfrentar os problemas que mais distinguiu o setor do turismo nestes últimos dois anos.

Foi, então, preciso uma pandemia para o setor, e não diria só do turismo, englobando a restauração, hotelaria, agências e operadores, acordar?
As crises fazem despertar essas mudanças, às vezes estruturais, e penso que o turismo fez isso muito bem.

Felizmente visito muitos clientes e tenho verificado que o aumento da qualidade da nossa oferta, nos últimos dois anos, é absolutamente notável. A melhoria dos procedimentos e dos processos. É fantástico.

Temos um grande desafio que são os recursos humanos. Mas eu acho que o balanço é francamente positivo e muito melhor do que as expectativas iniciais.

Um dos aspetos que mais se fala é, de facto, tentar perceber quando é que este setor volta ao que era, nomeadamente, ao ano de 2019, ano histórico no turismo em Portugal. Eu não vou perguntar quando é que essa retoma se vai dar, mas a minha pergunta é, teme que se possa perder alguma coisa do que se ganhou em termos desses processos, da qualidade, da inovação, ganhos com a pandemia.
Não. Estou muito otimista e tenho falado com vários hoteleiros e há expectativas quanto ao aumento das reservas já a partir de abril.

Acho que vai ser um ano, mesmo tendo um trimestre muito difícil, absolutamente fantástico. A própria Organização Mundial do Turismo (OMT) admite que se possa atingir, já em 2023, os números de 2019, quando anteriormente se apontava somente para 2024.

Sinceramente, acredito que vai ser mais rápido e que conseguimos uma coisa que é muito difícil de conseguir: aumentar a qualidade e termos mais turistas que estão mais tempo em Portugal. Isso é muito importante para captar quem tem capacidade para investir mais em Portugal.

 

É verdadeiramente surpreendente a resiliência do setor do turismo

 

Mas acredita que possamos atingir a tão falada meta do Plano “Reativar o Turismo | Construir o Futuro” de, em 2027, ultrapassar os 27 mil milhões de euros de receitas turísticas e 80 milhões de dormidas?
Estou e sou otimista. Nós portugueses temos qualidades fantásticas como a capacidade de falar línguas, a capacidade de sermos simpáticos, de receber bem, temos um clima absolutamente fantástico – neste momento até bom demais porque não chove e isto pode vir a ser um problema para a agricultura, mas para o turismo é muito bom.

Vamos ter investimentos também na oferta para a terceira idade e vamos, claramente, ser um destino que vai ganhar muitos visitantes por essa via.

Responder às necessidades com tempo
Mas voltando atrás e a um tempo não tão positivo e otimista, quais foram, de facto, as maiores necessidades que uma entidade bancária como o BPI sentiu por parte dos seus clientes?
Acima de tudo, e não se aplica só ao turismo, é preciso dar tempo. Mais do que dar dinheiro, é preciso dar tempo.

Naturalmente, houve uma questão muito importante para resolver e que se prendeu com a questão laboral. Foi muito importante. Agora, o trabalho a fazer está na parte fiscal. Mas lá está, temos de dar tempo. Os projetos que avançaram mesmo antes da pandemia, o que eles precisam é de tempo, porque o potencial está lá, a qualidade está lá, e, muitas vezes, o que não está lá ou não se dá é tempo.

Há que olhar para esta situação não como uma corrida de 100 metros, mas como uma maratona?
Claro. Não pode ser vista como uma corrida de 100 metros, senão muitos ficarão pelo caminho.

E além do fator tempo, é fundamental o fator da comunicação e aqui o trabalho do Turismo de Portugal melhorou imenso e tem feito um excelente trabalho nessa matéria. Portugal está na moda, mas o estar na moda dá muito trabalho. E não é uma coisa que aparece de um dia para o outro, não é uma questão de sorte. Resulta de muito trabalho e os vários stakeholders do setor do turismo têm feito um trabalho fantástico. E é isso que temos de continuar a fazer.

Mas o importante não é só estar na moda, é conseguir manter-se na moda.
Temos de continuar a fazer o que temos feito e melhorar permanente a qualidade.

É impressionante vermos o nível da oferta que temos hoje de restaurantes e de hotéis. E não falo de tudo o que apareceu de novo. É o que já cá estava. Tenho amigos estrangeiros que vêm cá e ficam boquiabertos, porque achavam que iam encontrar um país muito menos desenvolvido, com uma oferta muito menos rica e ficam verdadeiramente encantados.

Exposição excessiva ao turismo?
Relativamente ao banco, o BPI aumentou a exposição às empresas de alojamento e restauração para o nível mais alto. Esta realidade vivida em 2020 e 2021 foi muito diferente em relação ao ano de 2020?
O que fizemos foi manter essa lógica de apoio ao setor, não só pelo lado da oferta, mas muito pelo lado da procura.

Houve vários empresários que estavam a pensar avançar com novos hotéis e que pararam. Pararam para pensar de forma prudente. Agora voltamos a verificar que esses projetos estão novamente a avançar e o banco está totalmente disponível para voltar a apoiá-los como já fazia anteriormente.

Mas o Banco de Portugal colocou a banca como um dos setores com maior probabilidade de incumprimento do crédito. Essa análise, na sua ótica, mantém-se ou é algo que não deve ser visto por esse prisma?
Não. Há um fator que influenciou o Banco de Portugal que foi o tema das moratórias, pois os bancos tiveram um volume muito elevado de moratórias. A verdade é que, por grande mérito das empresas, as moratórias acabaram e não se sente o problema.

Por isso, como em todas as crises, quando temos uma percentagem muito elevada de clientes que pedem moratória, vemos que essas pessoas vão voltar a pagar. Mais uma vez, reforço, precisamos, ou melhor, precisam de tempo e no caso do setor do turismo isso é claro.

Como disse, estou muito otimista já em relação a 2022 e, concluindo, penso que se trata de um setor onde não vamos ter muitos problemas.

Portanto, não teme o desaparecimento de muitos players do setor do turismo?
Sinceramente, acho que isso não vai acontecer. Os problemas que existem, já existiam antes da pandemia. Não são ou foram provocados pela pandemia.

Dou-lhe o exemplo da restauração onde, mal a crise apareceu, houve logo uma série de restaurantes que fecharam, mas outros, empresas familiares, que demonstraram uma grande flexibilidade. Houve logo esse ajustamento da oferta.

 

Acima de tudo, e não se aplica só ao turismo, é preciso dar tempo. Mais do que dar dinheiro, é preciso dar tempo

 

Esse ajustamento era necessário?
Sim, esse ajustamento era necessário, mas não tenho dúvidas que, o que sai desse ajustamento, são empresas mais fortes, de maior qualidade e mais focadas. É fundamental continuarmos a melhorar a qualidade, porque temos um potencial enorme.

Temos um potencial enorme de captar o segmento mais alto do turismo e acho que o estamos a fazer e bem.

O desafio da qualidade
É aí que Portugal deve apostar as “fichas”, nesse segmento mais alto, de qualidade?
Não deve, tem de apostar. E tem de fazê-lo não só externamente como internamente.

Até porque há muitos portugueses que desconhecem ou desconheciam o seu próprio país.
Nas minhas funções, estive durante sete anos à frente da rede balcões, tenho há quatro a banca de empresas, e andava sempre a viajar e garanto-lhe que temos um país fantástico.

Claro que esses destinos têm ainda um longo caminho a percorrer e estão a fazê-lo muito bem. Mas reconheço que ainda estamos no início.

No final do ano passado a diretora da Organização Mundial do Turismo (OMT) para a Europa, Alessandra Priante, dizia que a vantagem de Portugal, neste momento, era ser ainda um destino desconhecido e, por isso, a procura pelo país Portugal, pelo destino Portugal, só tenha um caminho: crescer.
Não tenho dúvidas nenhumas. E isso vai continuar a acontecer. Diria que temos um desafio no número de visitantes, mas temos um desafio e um potencial ainda maior na receita.

O que poderá acontecer é que para o português, Portugal está a ficar mais caro, mas para os turistas estrangeiros, para a qualidade que oferecemos, a relação preço/qualidade é ímpar.

Acredita que isso fará com que o setor do turismo volte a esquecer um bocadinho o turismo interno?
Não, porque há muitos portugueses que não conheciam bem o seu país e a pandemia permitiu conhecerem coisas fantásticas que existem em Portugal.

Mas temos o problema do arranque das viagens de longo curso e das viagens de negócios?
As viagens de um dia para fazer negócios poderão sofrer um pouco, sem dúvida. Mas recordo aquando do ataque às Torres Gémeas que se dizia que as pessoas não iriam viajar mais de avião.

Claro que as empresas não vão deixar os custos voltar ao que eram, já que apareceram alternativas que funcionam. O digital trouxe um ajustamento na forma de olhar para essas viagens de negócios. Lá está novamente o ajustamento.

Posicionamento pró-ativo
Regressando ao BPI, qual foi a solução ou produto mais procurado pelo setor do turismo durante este período de pandemia?
De facto, houve uma inflexão. Houve uma maior procura, e não só pelo setor do turismo, pelas linhas de apoio à economia e que permitiram a clientes e empresas ter créditos mais longos (mais uma vez, o tema de dar tempo) a taxas mais baratas e com um período importante de carência.

Os bancos têm um grande desafio de serem relevantes para os clientes, têm de trazer valor acrescentado. Passou a existir uma especialização e uma segmentação clara da oferta que não havia, de forma tão acentuada, há uns anos. Por isso, lançámos uma equipa dedicada só aos setores da agricultura e turismo e também para a parte do imobiliário.

Os clientes têm o seu dia-a-dia que não permite conhecer todas as linhas de apoio e todos os serviços. Daí termos essas equipas dedicadas para ajudá-los a organizar melhor os seus investimentos.

Dou-lhe o exemplo da agricultura onde o banco apostou a sério há mais de 10 anos. Não era um setor evidente. Agora toda a gente diz que é evidente.

Decidimos investir no turismo ainda antes da pandemia. Com base naquilo que vejo hoje, acho que foram duas decisões absolutamente acertadas.

Atualmente, temos quotas de 20% no setor da agricultura e queremos isso para o turismo.

Isso faz-se com mais produtos, mais soluções, mais serviço, mas também com uma simplificação de oferta. Não é por termos mais produtos, mais serviços que somos relevantes. É por termos uma oferta ajustada ao que o setor precisa e apresentá-la de forma simples.

 

Não é por termos mais produtos, mais serviços que somos relevantes. É por termos uma oferta ajustada ao que o setor precisa e apresentá-la de forma simples

 

E, de certa forma, desburocratizar os processos?
Sem dúvida. Explicar porque é que, quando o Governo lançou as linhas de apoio à economia, o dinheiro não chegava à economia. Não chegava precisamente, porque o processo era muito complexo.

Foram tomadas decisões importantes pelo Governo para simplificar os processos, mas ainda assim, em Portugal exige-se papéis a mais. No caso das linhas para a economia era preciso entregar 17 documentos para uma empresa candidatar-se a uma linha de emergência.

Que, como o nome indica, é de emergência?
Exato. Mantivemos contactos com as autoridades para agilizar processos e mesmo internamente o BP foi proativo e não ficou à espera.

Falou no Governo, Governo esse que toma posse no próximo dia 23 de fevereiro. Se tivesse que indicar algumas medidas a tomar rapidamente para ajudar o setor do turismo, quais seriam?
Desburocratização é absolutamente fundamental. Além disso, formação e requalificação. Também aqui, os cursos existentes são excessivamente longos.

Uma pessoa que queira mudar de vida e queira aprender a trabalhar na área do turismo, demora muito tempo a conseguir essa requalificação.

Essa questão dos recursos humanos é um dos problemas colocados pela pandemia. Como é que olha para essa renovação e/ou requalificação dos quadros?
Vejo-o como um grande desafio. Não existem cursos pensados para o curto prazo.

Temos pessoas muito bem formadas, mas depois a oferta continua a ter salários muito baixos e rapidamente se começa a pensar em ir lá para fora. Há que pensar na questão fiscal.

Viagens sustentáveis
Inovação e sustentabilidade são outros dos temas.
Sim, mas na questão da sustentabilidade até estamos bem. As pessoas, cada vez mais, procuram experiências, turismo inovador e autêntico. No BPI tenho, também, a responsabilidade da sustentabilidade. Acabámos de concluir o nosso Plano Diretor de Sustentabilidade, feito em cooperação, obviamente, com o CaixaBank, e que inclui já uma série de ideias de ajustamentos dos nossos serviços e da nossa oferta. Na nossa comunicação temos perto 120 ideias nesse sentido e, a questão da sustentabilidade vai transformar o mundo.

É uma pena que a Europa esteja sozinha na vanguarda deste tema. Estamos mais avançados que os EUA, por exemplo, e é muito importante que outros países e continentes invistam nesta questão que é um movimento incontornável e imparável.

Há, por exemplo, objetivos muito claros que estão definidos, quais são as metas a atingir pelos bancos.

 

Desburocratização é absolutamente fundamental

 

No BPI analisa-se os projetos também por esse prisma da sustentabilidade?
Claramente. Também aqui vamos ser pró-ativos e, mais uma vez, iremos falar com os nossos clientes no setor do turismo para fazer investimentos no sentido da sustentabilidade quer seja no aproveitamento das águas, na parte energética, minimizar o desperdício.

Diria que é um grande desafio, mas uma grande oportunidade e o banco que está, precisamente, a estruturar muito bem a informação e a preparar-nos para cada um dos principais setores.

As pessoas irão viajar em função da sustentabilidade do destino?
Sem dúvida, principalmente nas camadas mais jovens. Nós temos condições absolutamente excecionais para sermos um dos países que mais vai beneficiar com esta alteração de mentalidade.

O patrocínio do BPI à BTL não é de hoje, vem de 2016. Que tipo de patrocínio é esse e que benefício é que o BPI, de facto, retira do patrocínio à BTL. Como é que o BPI de facto se posiciona naquela que é a maior evento do setor do turismo em Portugal?
Tal como referi, há anos que decidimos apostar em dois setores estratégicos: agricultura e turismo. Na agricultura, estamos na Feira Nacional da Agricultura e na Ovibeja. No turismo, estamos na BTL e é um apoio para manter.

É um local que nos permite estar com os clientes do banco, falar com eles. Não é só ouvir, mas é também aconselhar. Lá está a proatividade. Os bancos têm que ser proativos e as equipas comerciais não podem estar à espera que os clientes entrem pela porta do banco.

Para o BPI o que seria uma BTL de sucesso?
Seria uma BTL com o número de participantes, pelo menos igual, a 2019, com a qualidade que eu tenho visto, com uma oferta muito bem organizada e com os expositores de elevada qualidade. Essa imagem de qualidade é fundamental, do país, dos destinos, das pessoas.

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Confirmado o ano de todos os recordes no turismo

As previsões apontavam para um ano recorde no turismo, em 2024. A confirmação chegou agora com a divulgação dos dados do INE: 31,6 milhões de hóspedes e 80,3 milhões de dormidas. O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, já afirmou que para 2025, as estimativas são de “um crescimento na ordem dos 4% a 5%”.

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico registou 1,9 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas em dezembro de 2024, correspondendo a variações de +3,6% e +2,9%, respetivamente (+14% e +9,6% em novembro de 2024, pela mesma ordem), avançam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As dormidas de residentes registaram, no último mês do ano, um aumento de 0,6% (+22,2% em novembro), correspondendo a 1,6 milhões, enquanto as dormidas dos não residentes registaram um crescimento de 4,4% (o mesmo crescimento que em novembro), totalizando 2,6 milhões.

Já no 4.º trimestre de 2024, as dormidas aumentaram 4,7% (+3% no 3.º trimestre), com as dormidas de residentes a crescerem 6,8% (+1% no 3.º trimestre) e as de não residentes a aumentarem 3,7% (+4% no trimestre anterior).

No que diz respeito ao número de hóspedes no último trimestre de 2024, Portugal somou mais de 7 milhões (mais 400 mil que em igual período de 2023), com os residentes a contabilizarem 2,9 milhões (contra os 2,7 milhões de período homólogo) e os não residentes 4,1 milhões (contra os 3,9 milhões de igual período de 2023).

Em dezembro, os maiores aumentos nas dormidas ocorreram na Madeira (+8,8%) e nos Açores (+4,4%), tendo os únicos decréscimos sido registados no Oeste e Vale do Tejo (-3,0%) e no Centro (-0,3%).

As dormidas de residentes registaram decréscimos na maioria das regiões, tendo sido mais expressivos nos Açores (-11,1%). Em sentido contrário, destacaram-se os crescimentos registados na Madeira (+28,7%) e na Península de Setúbal (9,1%).

Já as dormidas de não residentes registaram crescimentos em todas as regiões, com exceção da Península de Setúbal (-5,6%) e do Oeste e Vale do Tejo (-4,5%). Os aumentos mais expressivos foram observados nos Açores (+28,2%) e no Alentejo (+11,2%).

Os 10 principais mercados emissores, em dezembro, representaram 72,3% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico a manter-se com o maior peso (13,7% do total das dormidas de não residentes em dezembro) e a registar um ligeiro decréscimo de 0,2% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em dezembro (13,2% do total), diminuíram 10%. Seguiu-se o mercado alemão, na 3.ª posição (quota de 11,3%), com um crescimento de 9,2%.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em dezembro, o mercado polaco foi o que registou o maior crescimento (+13,9%), seguindo-se os Países Baixos (+10,4%) e o Canadá (9,9%).

2024: Ano histórico
O ano de 2024, como se estimava, ultrapassou todos os recordes no turismo, com os dados preliminares do INE a indicarem que os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 31,6 milhões de hóspedes e 80,3 milhões de dormidas, refletindo aumentos anuais de 5,2% e 4%, respetivamente.

No conjunto do ano de 2024, as dormidas de residentes aumentaram 2,4% (+1,9% em 2023) e as de não residentes 4,8% (15,1% em 2023). As dormidas de não residentes predominaram (70,3% do total) e atingiram 56,4 milhões, enquanto as realizadas por residentes (29,7% do total) totalizaram 23,9 milhões.

Face a 2023, “acentuou-se a dependência dos mercados externos (69,8% em 2023), atingindo-se o peso mais elevado desde 2018, quando estes mercados representaram 70,4% do total”, revelam os dados do INE.

Nas dormidas, a região do Algarve totalizou 20,7 milhões (+1,9%), seguindo-se Lisboa com 19,4 milhões (+3,7%) e o Norte com 14,1 milhões (+6,4%).

De resto, no conjunto do ano de 2024, todas as regiões registaram crescimento nas dormidas, com os maiores aumentos a ocorrerem nos Açores (+9,3%), no Norte (+6,4%) e na Península de Setúbal (+6,1%).

O Algarve concentrou 25,8% do total das dormidas em 2024, seguindo-se a Grande Lisboa (24,2% do total) e o Norte (17,6%). O principal destino em termos de dormidas dos residentes foi o Norte (21,8% do total das dormidas de residentes), seguido do Algarve (19,6% do total), da Grande Lisboa (14,6% do total) e do Centro (14,5% do total).

As dormidas de não residentes concentraram-se, essencialmente, no Algarve (28,5% do total de dormidas de não residentes) e na Grande Lisboa (28,3% do total).

No Centro e no Alentejo, em 2024, predominaram as dormidas de residentes (67,1% e 66,5%, respetivamente), enquanto nas restantes regiões as dormidas de não residentes foram dominantes. A RA Madeira e Grande Lisboa foram as regiões mais dependentes dos mercados externos (85,3% e 82,0% do total de dormidas em 2024, pela mesma ordem).

Em termos de hóspedes, dos 31,6 milhões, 12,2 milhões foram residentes (+3,5%), e 19,4 milhões foram não residentes (+6,3%). Aqui, a liderança pertence a Lisboa, com 8,5 milhões de hóspedes (+4,9%), seguindo-se o Norte com 7,4 milhões (+6,9%) e o Algarve com 5,3 milhões (+2,6%). Tal como nas dormidas, todas as regiões registaram aumentos no número de hóspedes, com as maiores subidas a acontecerem na Península de Setúbal (+8%), Açores (+7,8%) e Centro (+7,2%).

No conjunto do ano de 2024, o mercado britânico manteve-se como o principal (18,1% do total de dormidas de não residentes) e cresceu 2,7% para 10,2 milhões. Seguiram-se os mercados alemão (11,3% do total) com 6,3milhões, espanhol (9,7% do total) com 5,4 milhões, norte americano (9,2% do total) com 5,2 milhões, e francês (+8% do total) com 4,5 milhões. Ainda entre os principais mercados, o canadiano (+17,1%), o norte-americano (+12,1%) e dos Países Baixos (+8,7%) destacaram-se pelos crescimentos expressivos.

Estada média contradiz crescimento
Em dezembro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,24 noites) continuou a diminuir (-0,7%, após -3,8% em novembro). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,72 noites) e no Algarve (3,35 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Oeste e Vale do Tejo (1,61 noites) e no Centro (1,62 noites).

Na globalidade de 2024, a estada média recuou 1,1%, para 2,54 noites, tendo registado aumentos apenas nas Regiões Autónomas dos Açores (+1,5%) e da Madeira (+1%). A Península de Setúbal e o Centro foram as regiões onde a estada média mais decresceu (-1,7% e -1,4%, respetivamente).

Em dezembro, a estada média dos residentes (1,71 noites) diminuiu 0,2% e a dos não residentes (2,76 noites) decresceu 2,0%.

A estada média dos não residentes foi mais longa que a dos residentes em todas as regiões. A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,23 noites) quer dos residentes (3,26 noites).

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Lufthansa com participação de 10% na airBaltic

O grupo Lufthansa subscreveu 10% da airBaltic por um valor de 14 milhões de euros.

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O Grupo Lufthansa assinou um acordo para receber uma participação convertível equivalente a 10% da companhia aérea estatal letã airBaltic, que será emitida a um preço de subscrição de 14 milhões de euros. Além disso, o Grupo Lufthansa garantirá um lugar no Conselho de Supervisão da airBaltic.

A participação convertível será transformada em ações ordinárias aquando de uma potencial oferta pública inicial (IPO) da airBaltic. A dimensão da participação será determinada pelo preço de mercado da IPO, sendo que a participação do Grupo Lufthansa corresponderá a, no mínimo, 5% da airBaltic.

Esta transação baseia-se no atual acordo de wet lease entre o Grupo Lufthansa e a airBaltic e pretende “reforçar o papel da airBaltic como parceiro estratégico do Grupo Lufthansa”, lê-se no comunicado da Lufthansa. A expansão desta cooperação comercial permitirá ao Grupo Lufthansa “melhorar a qualidade da sua rede e alcançar novos mercados”. Adicionalmente, diz o grupo alemão, está previsto um “desenvolvimento adicional dos serviços de wet lease em conformidade com as expectativas dos clientes”.

O encerramento da transação está previsto para o segundo trimestre deste ano e está sujeito a revisão antitrust.

Recentemente, o acordo de wet lease entre o Grupo Lufthansa e a airBaltic foi prolongado por mais três anos, para além do verão de 2025. Esta parceria permite a alocação flexível de até 21 aeronaves adicionais do eficiente Airbus A220-300 no verão e cinco aeronaves deste modelo no inverno, em vários hubs do Grupo Lufthansa.

O Grupo Lufthansa adianta que, “com as capacidades adicionais da airBaltic, destinos de grande procura dentro das redes de rotas poderão ser servidos de forma ainda mais flexível no futuro”. Ao mesmo tempo, esta expansão “reforça a qualidade e a estabilidade das ligações aos serviços intercontinentais das companhias aéreas do Grupo Lufthansa nos seus hubs”.

De referir que a airBaltic é a companhia aérea nacional e maior transportadora da Letónia, com sede e hub em Riga, operando uma frota de 50 aeronaves Airbus A220.

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Nova Edição: Os nomeados da 13.ª edição dos Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025

A próxima edição do jornal Publituris destaca os nomeados da 13.ª edição dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025”. Com 89 nomeados em 15 categorias, os vencedores serão conhecidos no dia 12 de março, na BTL. Mas há mais: o posicionamento de Macau na Europa, a descoberta de Dakhla, uma viagem a Budapeste, o que se sabe do NAL, a nova área BTL Weddings e um extenso dossier dedicado à formação e recursos humanos.

Publituris

A nova edição do Publituris, a última do mês de janeiro, lança a 13.ª edição dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025”. A já habitual festa do trade do turismo regressa, assim, com os prémios cujos vencedores serão conhecidos no primeiro dia da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025.

Com 89 nomeados, as 15 categorias são: Melhor Operador Turístico, Melhor Agência Corporativa, Melhor Consolidador, Melhor DMC, Melhor Distribuidor B2B, Melhor GSA Aviação, Melhor Sistema Global de Distribuição, Melhor Empresa de Gestão Hoteleira, Melhor Empresa de Software de Gestão Hoteleira, Melhor Startup, Melhor Consultoria e Assessoria em Turismo, Melhor Formação Turismo, Melhor Parceiro Segurador, Melhor Empresa de Organização de Eventos, Melhor Venue para Eventos e Congressos, existindo ainda a categoria de Personalidade do Ano, prémio atribuído diretamente pela redação do Publituris.

Macau
Macau pretende posicionar-se, ou melhor, reposicionar-se no mercado europeu. Para tal, admite Maria Helena Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, os eventos que APAVT e ECTAA irão organizar no território durante 2025 serão “uma boa mostra da nossa oferta”.

Dakhla
Conhecida e apreciada por turistas franceses, há pelo menos cinco anos, agora é a vez de ser descoberta por portugueses e espanhóis. Estamos a falar da controversa região de Dakhla, na da província de Oued Ed Dahab, na parte sul de Marrocos. Estivemos lá juntamente com cerca de 100 agentes de viagens e operadores turísticos portugueses e espanhóis. A aventura de Dakhla começou aqui para Portugal e Espanha, destino que está a ser criado para se converter num ponto nevrálgico do turismo de Marrocos.

Budapeste
A capital da Hungria combina história com modernidade e um sem-fim de monumentos que continuam a fazer desta cidade a Pérola do Danúbio. O Publituris visitou Budapeste, a convite da Eurostars Hotel Company, e conta-lhe tudo o que não pode perder neste destino único, onde a imperatriz Sissi continua a ser figura de proa.

NAL
O Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), entretanto batizado de Aeroporto Luís de Camões, há muito que é uma obra esperada e exigida pelo setor do turismo … e não só. Ficam os pontos principais do que se sabe da proposta/relatório apresentado pela ANA para a construção da nova infraestrutura aeroportuária no Campo de Tiro de Alcochete.

BTL Weddings
Depois da mudança do naming, de BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa para BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, a maior feira do setor do turismo em Portugal apresenta uma nova área dedicada aos casamentos. Para Dália Palma, Gestora Coordenadora da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, o “interesse crescente” por serviços relacionados com casamentos, revelou uma “oportunidade para estruturar esta oferta de forma mais clara e coesa e criar uma área com uma oferta alargada”.

Dossier – Formação e Recursos Humanos
Numa altura em que todo o setor do turismo se debate com escassez de mão de obra, principalmente, qualificada, e tem dificuldades em atrair e reter talentos, estudo “O Perfil do Profissional de Turismo e Hospitalidade — Competências e Formação” recomenda que estratégias que visam o reconhecimento, o desenvolvimento profissional e a promoção do setor como uma área atrativa e positiva são essenciais. Por outro lado, avança que, investir em práticas eficazes de gestão de recursos humanos pode contribuir significativamente para a construção de uma força de trabalho mais comprometida, capacitada e satisfeita, preparada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do setor de Turismo e Hotelaria.

Formação em Turismo: Já nada é o que era
Ainda no dossier, o Publituris falou com quatro profundos conhecedores da área formativa em turismo, em Portugal, que nos ajudam a responder algumas dúvidas Certo é que o turismo mudou e a formação nesta área está longe de ser como era.

Entrevista a Pedro Moita (ESHTE)
Em entrevista ao Publituris, Pedro Moita, pró-presidente, coordenador da licenciatura em direção e gestão hoteleira e coordenador da área científica de ciências da informação e informática da ESHTE (Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril), defende a formação para além da tradicional sala de aula, agregando vários projetos que podem trazer mais-valias aos futuros profissionais desta indústria, e acredita que vai sofrer uma “nova revolução” e que a formação tem, inevitavelmente, de a acompanhar.

Migrantes no turismo
O setor do turismo enfrenta frequentemente escassez de mão de obra qualificada, especialmente em funções operacionais e sazonais. É neste âmbito que nasce o Programa de Formação e Integração de Migrantes no setor do Turismo, que pretende ajudar a colmatar estas lacunas com profissionais motivados e dispostos a adquirir formação, ampliando a base de talentos disponíveis para as empresas turísticas. Esta ação é anunciada pouco depois de um estudo do KIPT CoLAB que revela os perfis, motivações e intenções dos imigrantes no setor de turismo e hotelaria no Algarve, região portuguesa de turismo por excelência.

Opiniões
As opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) – “A responsabilidade empresarial”; António Jorge Costa (IPDT) – “Turismo e Tecnologia: A parceria indispensável para o futuro de Portugal”; Pedro Castro (SkyExpert) – “Um vulcão chamado Trump”; Amaro F. Correia (Atlântico Business School) – “RBU, IA e o Poker”; Jaime Morais Sarmento (Highgate Portugal) – “Recursos Humanos no Turismo: Captação e retenção de talento”; e Sílvia Dias (Savoy Signature) – “Transformar equipas, inspirar resultados”.

Check-in
No “Check-in” desta edição, o Conselho Editorial do Publituris responde às habituais seis questões. Nesta edição existem três sobre o Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), uma sobre a Ryanair, outra relativamente ao novo naming da BTL e finalizamos com uma questão sobre o número de hotéis a abrir em Portugal até 2027. Conheça o que os 15 profissionais responderam relativamente a estas questões de forma global.

Leia a edição completa aqui

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Agenda

AHP debate conectividade aérea

A associação da Hotelaria de Portugal (AHP) organiza um almoço no qual a conectividade aérea do país estará em debate.

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A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) realiza o primeiro Almoço de Associados de 2025 no dia 31 de janeiro, no Dom José Beach Hotel, em Quarteira. Este almoço irá reunir profissionais do setor para debater temas estratégicos para a operação aérea no Aeroporto de Faro e a conectividade aérea do país.

O evento contará com a participação de responsáveis do Turismo de Portugal e da ANA Aeroportos: Francisco Pita, COO, ANA Aeroportos; Filipe Silva, Senior Director, Turismo de Portugal; e Alberto Mota Borges, diretor do Aeroporto de Faro.

Entre os temas em discussão, destacam-se os principais mercados emissores para o Algarve e para Portugal, as rotas e companhias aéreas em operação e os desafios que se colocam à aviação comercial. Além disso, será abordada a articulação entre os aeroportos nacionais e a estratégia da ANA Aeroportos e do Turismo de Portugal para garantir a conectividade aérea.

De referir que o evento é fechado e exclusivo para associados, parceiros da AHP e profissionais do setor do turismo.

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APECATE realiza sessões de formação em IA aplicada à Animação e aos Eventos

Com a Inteligência Artificial a tornar-se uma obrigatoriedade no setor do turismo e eventos, a APECATE irá realizar quatro sessões de formação para preparar profissionais em Lisboa e no Porto.

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Consciente das alterações que a Inteligência Artificial (IA) tem trazido aos diversos mercados, a APECATE vai realizar quatro sessões de formação, em formato presencial, dedicadas à utilização da Inteligência Artificial nos setores da Animação Turística e dos Congressos e Eventos.

Com uma duração total de oito horas, divididas em módulos teóricos e práticos, para cada um dos setores decorrerá uma sessão em Lisboa e outra no Porto. Nos dias 24 e 25 de fevereiro decorrerão as sessões de Lisboa (Mesa Luísa) e nos dias 27 e 28 de fevereiro as sessões do Porto (Associação de Turismo do Porto e Norte).

A criação de prompts direcionados, as ferramentas para cada um dos setores para potenciar a IA e as suas aplicações práticas, são alguns dos módulos que serão ajustados ao setor em questão.

Para a APECATE, “estas formações representam uma oportunidade valiosa para os profissionais da Animação Turística e dos Congressos e Eventos se destacarem num mercado cada vez mais competitivo e dinâmico”.

Mais informações e inscrições poderá ser efetuada no link.

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Distribuição

AERTiCKET reforça equipa de vendas com presença portuguesa

“Um marco significativo no caminho da AERTiCKET rumo à internacionalização”. É desta forma que a empresa classifica o reforço da equipa de vendas. A presença em Portugal está garantida com a integração de Helena Torres.

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A AERTiCKET reforça a sua subsidiária Global Ticket Factory (GTF)com dois especialistas em vendas.

Helena Torres integra a equipe de vendas da GTF, a partir de Lisboa, trazendo experiência em conhecidas agências de viagens online e agregadores, como Kiwi e Mystifly.

Já Ahmed Mansour, ex-gerente de Contas da Hahn Airlines, reforça o consolidador com a experiência e uma ampla rede de contatos na região MEA (Médio Oriente e África), a partir dos escritórios de Berlim.

Para Tim Howe Schröder, diretor-geral da Global Ticket Factory, “a expansão da equipa de vendas da Global Ticket Factory é um marco importante na internacionalização da AERTiCKET”, acrescentando Holger Taubmann, COO do Grupo AERTiCKET, que o “desenvolvimento de parcerias importantes em mercados de alto crescimento é de importância central para fortalecer nossa presença global e oferecer aos nossos clientes serviços de primeira classe em todo o mundo”.

No ano passado, a equipa da Global Ticket Factory gerou mais de 500 milhões em vendas. A GTF concentra-se em grandes players de viagens, operadoras de turismo, bem como redes de agências de viagens que valorizam o conteúdo aéreo internacional, o vasto portfólio de NDC e a combinação de canais de distribuição do grupo AERTiCKET.

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Foto: Depositphotos.com

Destinos

Algarve com avaliação “amplamente positiva” por parte dos turistas

Avaliada que foi a perceção dos turistas na época alta no Algarve, o Observatório para o Turismo Sustentável da região conclui que a grande maioria pretende voltar e recomendaria o Algarve a outras pessoas.

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O Algarve continua a consolidar-se como um destino turístico de excelência, com os turistas a destacar a segurança, qualidade ambiental e simpatia dos residentes.

De acordo com os inquéritos realizados pelo Observatório para o Turismo Sustentável do Algarve (AlgSTO), durante a época alta, 83,8% dos turistas manifestam a intenção de regressar ao Algarve nos próximos cinco anos, enquanto 95,2% afirmam que recomendariam a região a outras pessoas.

As principais motivações para visitarem a região continuam a ser as férias e o lazer, com 90% dos inquiridos a escolherem o Algarve para desfrutar de momentos de descanso, indicando o estudo que a praia, o sol e o mar continuam a ser as atividades mais procuradas, com 39% das escolhas, seguidas pela gastronomia (23%) e pelas excursões e passeios turísticos (16%).

A qualidade dos serviços turísticos também foi reconhecida, com os serviços de alojamento a obterem uma avaliação de 4,31 (numa escala de 1 a 5), destacando-se como os de maior qualidade, seguidos pela restauração (4,19) e a simpatia dos residentes, com uma média de 4,07.

No que ao custo do destino, o Algarve foi considerado um destino de “custo moderado”, com uma média de 3,33 na escala de preços. A avaliação mais alta foi atribuída aos serviços de alojamento (3,53), enquanto as lojas tradicionais e os centros comerciais apresentaram preços mais moderados (3,19 e 3,16, respetivamente).

Para, André Gomes, presidente do Turismo do Algarve “os resultados destes inquéritos são apenas a confirmação do excelente trabalho que temos vindo a desenvolver para promover o Algarve como um destino seguro, sustentável e acolhedor.”, concluindo que “continuamos focados em oferecer aos nossos visitantes uma experiência autêntica, mas sempre equilibrada entre a preservação dos nossos recursos naturais e o crescimento económico da região.”

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Aviação

Eurocontrol geriu perto de 1,8 milhões de voos a partir de Masstricht, em 2024

O centro de controlo de tráfego aéreo de Maastricht geriu perto de 1,8 milhões de voos, sendo que o mês de julho foi o mais movimentado com mais de 172 mil voos.

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O Centro de Controlo de Aéreo de Maastricht da Eurocontrol (MUAC, sigla em inglês) geriu, em 2024, 1.794.971 voos no seu espaço aéreo, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior, referindo que estes dados “demonstram o aumento contínuo da procura por viagens aéreas, bem como a capacidade do MUAC de responder a esse crescimento e fornecer serviços de navegação aérea seguros, eficientes e confiáveis num dos espaços aéreos mais movimentados e complexos da Europa”.

Como previsto, foi durante o verão que o maior volume de tráfego foi registado no espaço aéreo do MUAC. Do início de junho até o final de setembro de 2024, o MUAC geriu 669.774 voos, representando um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os fatores que contribuíram para esse aumento incluem “o típico crescimento sazonal de voos no período de verão, bem como horários adicionais de voos relacionados a grandes eventos desportivos na Alemanha e em França”, avança a Eurocontrol.

Julho foi o mês mais movimentado para o MUAC, com 172.195 voos, com o dia 11 de julho a ser o mais movimentado do ano, com 5.649 voos, coincidindo com o início do período de férias de verão. Esse número ficou ligeiramente abaixo do recorde histórico diário de voos estabelecido em 2018.

Em relação a atrasos, o MUAC registou uma média de 0,20 minutos de atraso por voo ao longo do ano, sendo o clima a principal causa. Esse valor foi inferior à previsão de 0,23 minutos por voo e “está em linha com o ano anterior”, refere a entidade

Refletindo a área de responsabilidade única, que inclui a gestão do espaço aéreo da Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos e noroeste da Alemanha, os cinco principais destinos dos voos no espaço aéreo do MUAC em 2024 foram, respetivamente, Amsterdão, Heathrow, Frankfurt, Paris e Stansted.

Peggy Devestel, diretora do MUAC, adianta que, para 2025, “esperamos superar, pela primeira vez, os níveis de tráfego anteriores à pandemia”, concluindo que os “esforços de planeamento para o próximo ano garantem que estamos bem preparados para os desafios que esse aumento no tráfego trará”.

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Meeting Industry

FITUR supera expectativas com perto de 255 mil visitantes

A 45.ª edição da FITUR fechou portas no passado dia 26 de janeiro, tendo recebido perto de 255 mil visitantes.

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A 45.ª Feira Internacional de Turismo – FITUR, encerrou portas com números que ultrapassaram as expectativas da organização, alcançando quase 255.000 visitantes, com um crescimento significativo nos três primeiros dias, que receberam 155.000 profissionais.

Além destes números de participação, e com um total de nove pavilhões, a FITUR 2025 “consolidou”, segundo a organização “a sua liderança em participação, recebendo mais de 9.500 empresas em 884 stands”, tendo reunido 156 países de todo o mundo, com 101 deles a participar com delegações oficiais. Este grande fluxo também gerou um impacto económico de 445 milhões de euros em Madrid”.

Com o Brasil como país convidado e sob o tema “Orgulho. Somos Turismo”, a FITUR celebrou uma edição “na qual todos os participantes defenderam critérios de sustentabilidade para garantir um crescimento equilibrado e viável no médio e longo prazo, tanto para o planeta quanto para as comunidades locais”, refere a organização. Além disso, “especialistas destacaram como a diversificação, a redução da sazonalidade e a integração de novas ferramentas tecnológicas estão a impulsionar um modelo de turismo inclusivo e competitivo que assegura um futuro mais sustentável para todos”, concluindo ainda a organização da feira de Madrid que “este modelo promove diferentes tipos de turismo que contribuem para esse desenvolvimento, como o turismo desportivo, cinematográfico e linguístico”.

A 46.ª edição da FITURI realiza-se de 21 a 25 de janeiro de 2026 e terá o México como país parceiro.

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SIXT revoluciona mobilidade urbana em Portugal

A SIXT Portugal, líder em soluções inovadoras de mobilidade, acaba de lançar o projeto “First Mover”, um programa pioneiro de micromobilidade apoiado por uma frota de quadriciclos elétricos.

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O projeto “First Mover” posiciona a SIXT como a primeira empresa de rent-a-car no país a oferecer este serviço, unindo sustentabilidade, conveniência e tecnologia de vanguarda.

Com especial foco no segmento de turismo, mas também nos profissionais urbanos e nos jovens – isto, porque os veículos podem ser conduzidos por utilizadores a partir dos 16 anos, desde que possuam carta de motociclo (B1) –, este projeto promove uma alternativa de mobilidade adaptada às necessidades da vida moderna nas cidades.

Micromobilidade, macro versatilidade

Os quadriciclos elétricos da SIXT, fornecidos pela XEV, destacam-se pela versatilidade, inovação tecnológica e sustentabilidade. Com uma autonomia máxima até 150 km, os modelos garantem conforto, segurança e uma capacidade de carga de 180 litros, argumentos idênticos aos de qualquer automóvel citadino convencional, com a vantagem acrescida na facilidade de estacionamento, mesmo nos locais mais desafiantes.

Projetados para alugueres flexíveis e de curta duração, estes veículos oferecem uma experiência de mobilidade económica e sustentável.

Numa fase inicial, os modelos estarão disponíveis para aluguer nas três estações SIXT no centro de Lisboa: Picoas, Estefânia e Tivoli.

Com esta iniciativa, a SIXT reforça a sua posição na vanguarda da inovação em mobilidade, impulsionando a transição para um futuro mais responsável.

 

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