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Travelplan com vendas antecipadas para verão nas Caraíbas

O operador turístico espanhol, Travelplan já disponibiliza no mercado português vendas antecipadas para férias de verão 2022 nas Caraíbas. Os destaques são República Dominicana, México e Cuba.

Carolina Morgado
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O operador turístico espanhol, Travelplan já disponibiliza no mercado português vendas antecipadas para férias de verão 2022 nas Caraíbas. Os destaques são República Dominicana, México e Cuba.

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Carolina Morgado
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28, designadamente, para a República Dominicana (La Romana), México (Cancun) e Cuba, em voos diretos da Iberojet desde Lisboa.

Sete noites em La Romana, no Be Live Collection Canoa (cinco estrelas), na modalidade do tudo incluído, custam746 euros por pessoa em quarto duplo, enquanto para Cancún, no quatro estrelas Occidental Costa Cancún, as mesmas sete noites custam 1.043 euros e é também tudo incluído.

Já para Cuba, o operador turístico oferece um combinado (Havana mais Varadero) com três noites no quatro estrelas Tryp Habana Libre, em regime de alojamento e pequeno-almoço, mais quatro noites no quatro estrelas Be Live Experience Varadero no regime do tudo incluído, ao custo de 1.041 euros por pessoa, em alojamento duplo. Só Varadero, nesta unidade de quatro estrelas e em tudo incluído, sete noites ficam por 888 euros por pessoa.

No entanto, a Travelplan oferece ainda, ao mercado português, pacotes de férias para as Canárias com validade até 30 de abril de 2022, com voos diretos desde Lisboa.

O programa para Tenerife custa 523 euros por pessoa para o quatro estrelas Alexandre Hotel Troya, em sete noites e regime de meia pensão. Para Gran Canaria, o operador turístico sugere sete noites no quatro estrelas Abora Buenaventura By Lopesan Hotels, na modalidade de meia pensão, com o custo de 571 euros por pessoa em quarto duplo.

Mas há mais. Estão também à venda programas de inverno para as Caraíbas com validade até 30 de abril e partidas de Lisboa, via Madrid.

Sete noites em Punta Cana custam 1.015 euros em tudo incluído numa unidade hoteleira de cinco estrelas, em Cancún, num quatro estrelas o preço por pessoa é de 1.082 euros em tudo incluído. A programação para Cuba tem sempre duas opções: combinado Havana e Varadero ou só Varadero. No primeiro caso o preço é de 991 euros por pessoa, e no segundo, e porque está tudo incluído, o custo da viagem é de 962 euros.

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Créditos: Francis Amiand

Alojamento

Mama Shelter Lisboa registou faturação de 6,3M€ até agosto deste ano

A unidade hoteleira pertencente à Ennismore, uma joint-venture com a Accor, tem em vista a diversificação de novos mercados, nomeadamente dos Estados Unidos e Brasil, mas também de novos públicos, com a aposta no segmento de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE).

O Mama Shelter Lisboa, o hotel da capital que se autointitula como um restaurante com quartos por cima, registou entre janeiro e agosto deste ano uma faturação de 6,3 milhões de euros. O valor foi adiantado à imprensa esta quarta-feira, 13 de setembro, por Cristina Cavaco, diretora desta unidade hoteleira, e Afonso Magalhães, diretor de vendas do Mama Shelter Lisboa.

Destes 6,3 milhões de euros, quatro milhões de euros resultaram da componente de alojamento e 2,3 milhões de euros da atividade de Food & Beverage (F&B) do hotel, com os profissionais a enfatizarem o facto de os valores de faturação do alojamento deste ano começarem a “ficar mais nivelados” com os da componente de F&B em relação ao ano passado.

Como indicam, em 2022 o hotel faturou 7,5 milhões de euros, dos quais 3,5 milhões de euros foram gerados pela parte de alojamento e quatro milhões pelo F&B.
Cristina Cavaco atribui o “equilíbrio” da faturação deste ano entre a componente de F&B e o alojamento com o aumento do preço médio em Lisboa. Se em 2022 a tarifa média diária (ADR) do Mama Shelter Lisboa situava-se nos 115 euros, de momento este indicador encontra-se nos 135 euros, de acordo com os valores apontados por Afonso Magalhães.

A expetativa para 2024 é a de que a componente de F&B registe um aumento de 4% face aos resultados finais de 2023 e que o alojamento verifique um aumento de 4,5% a 5% em relação aos mesmos resultados.

Hotel espera captar mais mercado brasileiro e norte-americano

Num momento em que a unidade hoteleira prepara o orçamento anual para 2024, o foco agora prende-se com a captação de novos mercados, nomeadamente dos Estados Unidos da América (EUA) e do Brasil. Atualmente, os EUA representam apenas 5% dos mercados do hotel, abaixo dos 50% de mercado português, 35% de mercado francês e 10% dos mercados inglês e alemão.

A diretora do hotel reconhece que, “em teoria, não somos o típico hotel que o norte-americano vai procurar, porque normalmente procura cinco estrelas” No entanto, Cristina Cavaco é da opinião de que “o que oferecemos como experiência 360º compensa não ter mais duas estrelas, porque acabamos por ter o serviço”.

Para captar este mercado o Mama Shelter Lisboa vai marcar presença em feiras a título individual, nomeadamente na SET the Show – uma feira profissional dedicada às indústrias de entretenimento e viagens que decorre em Nova Orleães de 1 a 3 de novembro de 2023. Para o próximo ano, está também em cima da mesa a participação na Proud Experiences, um evento focado no turismo para a comunidade LGBTQ+ que terá lugar de 5 a 7 de junho de 2024 em Los Angeles.

“A primeira abordagem que tivemos [ao mercado norte-americano] foi positiva, [com a participação na L.E Miami]. Já tivemos alguns pedidos de grupos e individuais para este ano, mas o crescimento foi marginal, de 2%. No entanto, 2% sobre aquilo que temos já é positivo, com uma pequena intervenção. Estamos a estudar o return of investement, o que conseguimos fazer para posicionar o Mama Shleter Lisboa mais próximo do cliente norte-americano: o que querem, o que precisam e o que podemos dar”, afirma Cristina Cavaco.

A unidade hoteleira estará ainda presente na TTG Travel Experience em Rimini, Itália, de 11 a 13 de outubro de 2023, sendo que a unidade também olha com interesse uma possível participação na ILTM Latin America, que decorre de 7 a 10 de maio de 2024 em São Paulo.

“Queremos aumentar a nossa capacidade MICE”

No sentido de diversificar mercados, o Mama Shelter Lisboa segue para 2024 com olhos postos no aumento da sua capacidade para turismo de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE) já que, de momento, só consegue acomodar eventos de 25 a 30 pessoas, de acordo com Cristina Cavaco.

Para o efeito, está prevista a aquisição de um novo espaço, fora do hotel, com capacidade superior a 100 pessoas. Apesar de referir que este espaço ficará próximo da unidade hoteleira, Cristina Cavaco prefere não se focar “naquilo que vamos abrir, potencialmente”, por não ser “uma coisa concreta”. Deixa apenas a garantia de que “é para onde a marca quer ir: queremos aumentar a nossa capacidade MICE”.

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Transportes

TAP e SAS reforçam ligações com acordo ‘codeshare’

A TAP e a SAS assinaram um acordo de ‘codeshare’ que reforça as ligações entre Portugal e a Escandinávia.

A TAP e a SAS (Scandinavian Airlines) assinaram um acordo de codeshare que reforça e aprofunda o acesso à conectividade aérea entre várias cidades de Portugal e da Escandinávia.

Este acordo de codeshare melhora consideravelmente as ligações de e para a Escandinávia, proporcionando ao passageiro uma viagem com um único bilhete e sem descontinuidades, o que torna a experiência de viagem mais confortável e agradável e permite também a oferta de tarifas mais competitivas.

Através deste acordo, a TAP terá o seu código de voo (TP) colocado nas rotas intra-Escandinávia da SAS, nomeadamente Copenhaga/Oslo, Copenhaga/Estocolmo e Oslo/Estocolmo e também, para além dos hubs da SAS, de/para várias outras cidades escandinavas, sempre em ligação com os voos TAP.

Além disso, a SAS colocará o seu código de voo (SK) nas rotas principais da TAP para a Escandinávia, nomeadamente Lisboa/Copenhaga, Lisboa/Estocolmo e Lisboa/Oslo, bem como nas rotas domésticas da TAP, incluindo Porto e Funchal.

De referir que, tanto a SAS como a TAP são membros da Star Alliance.

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Aviação

70% do combustível para aviação deve ser sustentável até 2050

A partir de 2025, pelo menos 2 % do combustível para aviação deve sustentável. Até 2050 esse valor deverá crescer para 70%. O hidrogénio e combustível produzidos a partir de óleos alimentares usados são considerados verdes e haverá um rótulo ecológico da UE para voos a partir de 2025, decidiu hoje o Parlamento Europeu.

Os eurodeputados aprovaram esta quarta-feira, 13 de setembro, uma nova lei para aumentar a adoção de combustíveis sustentáveis, como biocombustíveis avançados ou hidrogénio, no setor da aviação.

As regras relativas aos combustíveis sustentáveis para a aviação – RefuelEU – fazem parte do “pacote Objetivo 55. Este é o plano da UE para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 55 % até 2030, em comparação com os níveis de 1990, e garantir que a UE se torne neutra do ponto de vista climático até 2050.

Com esta decisão, Bruxelas procura incentivar o setor da aviação a utilizar combustíveis de aviação sustentáveis, para reduzir as emissões.

Calendário ambicioso
Os eurodeputados asseguraram um calendário ambicioso para o fornecimento do mix energético da aviação, obrigando os aeroportos e os fornecedores de combustíveis da UE a garantir que, a partir de 2025, pelo menos 2 % dos combustíveis de aviação serão ecológicos. Esta percentagem aumenta de cinco em cinco anos: 6 % em 2030, 20 % em 2035, 34 % em 2040, 42 % em 2045 e 70 % em 2050. Além disso, uma percentagem específica do mix energético da aviação – 1,2 % em 2030, 2 % em 2032, 5 % em 2035 e atingindo progressivamente 35 % em 2050 – deve incluir combustíveis sintéticos, como o e-querosene.

O que é considerado ecológico?
De acordo com as novas regras, a expressão “combustíveis de aviação sustentáveis” vai abranger os combustíveis sintéticos, determinados biocombustíveis produzidos a partir de resíduos agrícolas ou florestais, algas, biorresíduos, óleos alimentares usados ou certas gorduras animais. Os combustíveis reciclados para aviação produzidos a partir de gases de tratamento de resíduos e de resíduos de plástico também são considerados “verdes”.

Os eurodeputados garantiram que os combustíveis à base de alimentos para consumo humano e animal e os combustíveis derivados do óleo de palma e soja não serão classificados como ecológicos, uma vez que não cumprem os critérios de sustentabilidade. Conseguiram também incluir como parte da combinação sustentável de combustíveis o hidrogénio renovável, uma tecnologia promissora que poderá contribuir progressivamente para a descarbonização do transporte aéreo.

Novo sistema de rotulagem
Com o intuito de promover a descarbonização no setor da aviação e de melhor informar o público, os eurodeputados asseguraram que, a partir de 2025, haverá um rótulo da UE para o desempenho ambiental dos voos. As companhias aéreas poderão anunciar os seus voos com um rótulo que indique a pegada de carbono prevista por passageiro e a eficiência esperada em termos de emissões de CO2 por quilómetro. Isto permitirá aos passageiros comparar o desempenho ambiental dos voos operados por diferentes companhias na mesma rota.

O relator do Parlamento, o espanhol José Ramón Bauzá Díaz, afirmou que “este é um passo tremendo rumo à descarbonização da aviação. É chegado o momento de os governos da UE aplicarem as novas regras e ajudarem a indústria a assegurar a implantação eficaz em termos de custos de combustíveis sustentáveis para a aviação em toda a Europa, bem como a cumprir os objetivos da EU”.

“Não há tempo a perder”, salientou Bauzá Díaz, concluindo que, “num mundo complexo e competitivo, acredito plenamente que o ReFuelEU é uma grande oportunidade para posicionar a União Europeia como líder mundial na produção e utilização de combustíveis de aviação sustentáveis”.

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Distribuição

Nortravel disponibiliza especial fim de ano na Madeira em circuito

O operador turístico Nortravel colocou no mercado uma promoção especial fim de ano 2023-2024 na Madeira, num circuito tudo incluído de cinco dias, com partidas de Lisboa e do Porto a 29 e 30 de dezembro.

Um circuito de cinco dias na Madeira, em tudo incluído, visitando o Funchal, Ponta de São Lourenço, Santana, Pico do Areeiro, Cabo Girão, BAM – Centro da Banana da Madeira e Porto Moniz, é uma proposta do operador turístico Nortravel para o fim de ano.

O programa, com partidas de Lisboa e do Porto nos dias 29 e 30 de dezembro, em voos da TAP, custa desde 1.598 euros por pessoa em duplo no Hotel The Views Monumental, de quatro estrelas, e a partir de 1.740 euros por pessoa em alojamento duplo no The Views Baía, também de quatro estrelas, mas que só aceita adultos. Os preços já incluem jantar de réveillon com animação.

No pacote estão também incluídos passagem aérea em classe económica com direito ao transporte de uma peça de bagagem até 23kg, circuito em autocarro de turismo de acordo com o itinerário, acompanhamento de guia local em todas as visitas mencionadas no itinerário, 11 visitas, oito refeições indicadas no itinerário com bebidas incluídas (vinho da casa ou refrigerantes, água mineral e café), todos os pequenos-almoços buffet, seguro Multiviagens Portugal, taxas e IVA.

 

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Alojamento

Taxa de ocupação e estadia média no Algarve em agosto descem face a 2019

Os mercados dos Países Baixos, Espanha, França e Alemanha foram os que mais contribuíram para a descida homóloga, sendo que as principais descidas face a 2019 verificaram-se em Monte Gordo / Vila Real de Santo António, Albufeira e Loulé.

A taxa de ocupação por quarto no Algarve em agosto deste ano fixou-se nos 89,9%, ou seja, 3 pontos percentuais (pp) abaixo da verificada em 2019 e 2,3pp abaixo da verificada em agosto de 2022. Os dados provisórios foram adiantados pela Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) esta terça-feira.

A associação aponta que os mercados que mais contribuíram para a descida homóloga foram os Países Baixos, Espanha, França e Alemanha. Por outro lado, mercados como a Irlanda, Estados Unidos da América, Canadá e Dinamarca registaram as maiores subidas.

As principais descidas face a 2019 verificaram-se em Monte Gordo / Vila Real de Santo António (-3,8pp), Albufeira (-3,9pp) e Loulé (-3,3pp).

Já as maiores subidas em relação a 2019 ocorreram nas zonas de Lagos/ Sagres (3,4pp), Lagoa/ Silves (1,2pp) e Portimão/ Monchique (0,3pp).

Também a estadia média em agosto deste ano no Algarve registou uma descida face a 2019, neste caso de 1,7%, fixando-se numa média de 5,1 noites. As estadias médias mais prolongadas pertenceram ao mercado dos Países Baixos, que registaram uma média de 6,5 noites,  seguido pelo mercado do Reino Unido, com 6,1 noites.

Em comunicado, a AHETA ressalva que, quanto ao mercado nacional, em agosto, a ocupação quarto esteve ao mesmo nível de 2019 (-0,1%).

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Destinos

Governo dos Açores destaca papel central da sustentabilidade na nova versão do PEMTA

A secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, Berta Cabral, destacou o papel central que a sustentabilidade ocupa na nova versão do Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores (PEMTA), e, sobretudo, “no desenvolvimento de toda a cadeia de valor do setor”.

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Berta Cabral, que falava em Ponta Delgada, no encontro do Conselho Consultivo para a Sustentabilidade do Destino Turístico Açores, a que presidiu, disse, citada em notícia publicada na página oficial do Governo Regional, que “a sustentabilidade é o pilar central do desenvolvimento turístico, no qual assentam quatro objetivos estratégicos fundamentais: consolidar internacionalmente os Açores enquanto destino turístico sustentável; reduzir a sazonalidade e distribuir os fluxos turísticos; elevar os padrões de qualidade e gerar mais valor; alavancar a notoriedade junto do consumidor final”.

“Este plano, construído através de um processo de participação bastante alargado, consubstancia a nossa visão para o turismo nos próximos anos, onde a premissa fundamental assenta em ter turismo todo o ano em todas as ilhas”, apontou.

Refira-se que os Açores são a primeira região arquipelágica no mundo com a certificação de “Destino Turístico Sustentável”, tendo garantido o Nível III de Prata e prosseguindo o trabalho com vista a alcançar, em 2024, o Nível Ouro.

No entanto, a governante explicou que atualmente, o destino almeja conquistar o Nível IV ainda este ano, após a auditoria pela entidade certificadora EarthCheck, prevista para outubro. “Atingir o Nível Ouro não é um objetivo associado à superficialidade da ostentação de um selo, é um objetivo crítico pelo simbolismo, pelo poder do exemplo e pelo efeito de mobilização que pode ter”, frisou.

Para Berta Cabral, citada pela mesma fonte, “conseguir esse objetivo será o reconhecimento formal do compromisso convicto, empenhado e diariamente implementado pela Região na defesa intransigente do equilíbrio das nossas dimensões económicas, sociais, ambientais e culturais”, adiantando que “é uma missão que abraçamos com dedicação e entusiasmo, reconhecendo que a sustentabilidade não é um fim, mas um processo de melhoria contínua e sistemática, que tem de ser praticado todos os dias”.

Outro dos instrumentos orientadores do desenvolvimento do setor do turismo é a Cartilha de Sustentabilidade dos Açores, não apenas um guia, mas, segundo a secretária Regional, “um compromisso com princípios e práticas que definem a atuação e o contributo das organizações para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável plasmados na Agenda 2030 – inclui diretrizes para minimizar o impacto ambiental, apoiar as comunidades locais e respeitar a riqueza cultural que define os Açores”.

Referindo-se ao Conselho Consultivo para a Sustentabilidade, disse que este órgão “tem, também, a missão de acompanhar a gestão turística da região e a implementação do novo PEMTA, que define uma nova perspectiva para a evolução do turismo nos Açores até 2030”.

Uma das atribuições deste Conselho Consultivo é o acompanhamento e o envolvimento no processo de certificação dos Açores como “Destino Turístico Sustentável”.

 

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Transportes

Número de passageiros aumenta na Europa. Portugal cresce 10,5% em julho

O tráfego de passageiros atingiu, em julho deste ano, 97% do registado no mesmo mês de 2019. Portugal aparece entre os países que mais cresceu, com destaque para o Funchal onde o tráfego de passageiros aumentou quase 43%.

Victor Jorge

De acordo com os dados do Airports Council Internation (ACI) Europe, o tráfego de passageiros, na Europa, está em franca recuperação. No mês de julho de 2023, o número de passageiros que passou pelos aeroportos europeus ficou a 3% do mesmo mês do ano de 2019, ou seja, atingiu 97% do tráfego pré-pandemia.

Este valor compara com a recuperação já verificada no mês anterior de junho, quando o movimento de passageiros ficou a 5,9% do sexto mês de 2019. Já comparado com o julho de 2022, a ACI Europe anuncia um crescimento de 12,8%.

Relativamente a Portugal, a ACI Europe dá conta que o crescimento registado no movimento de passageiros foi de 10,5% face a julho de 2022, revelando que, face a julho de 2019, o aeroporto de Lisboa cresceu 5,2%, o Porto aumentou em 16,8% e o Funchal viu mais 42,7% passageiros a movimentarem-se no seu aeroporto.

Globalmente, os aeroportos da União Europeia, incluindo Suíça e Reino Unido, ficaram a 4,3% dos números registados em julho de 2019, embora, face ao mesmo mês de 2022, o aumento tenha sido de 12,7%.

As melhores performances foram registadas na Islândia (+16,2%), Croácia (+15,7%), Grécia (+14,8%), Luxemburgo (+10,5%, tal como Portugal), sendo estes os países com crescimentos a duplo dígito, mas ficando todos acima dos valores pré-pandémicos.

Do outro lado, os aeroportos da Finlândia viram o tráfego de passageiros cair 31% face ao mesmo mês de 2022, seguindo-se a Eslovénia (-27,4%), Bulgária (-22,9%), Alemanha (-19,2%) e Suécia (-17,9%). Embora com decréscimos menos acentuados, os aeroportos no Reino Unido (-4,7%) e França (-6,6%) também registaram quebras.

Entretanto, noutros aeroportos – não incluídos na listagem anterior -, o tráfego de passageiros excedeu os valores de julho de 2019 em 3,7%, apesar da perda de trafego na Ucrânia. Comparando com o mês de julho de 2022, a movimentação de passageiros nestes aeroportos aumentou 13,4%.

As performances mais relevantes foram registadas em mercados não pertencentes à União Europeia que capitalizaram a expansão das companhias lowcost. Assim, a Albânia viu o tráfego de passageiros crescer 116,6% face ao mês homólogo de 2022, enquanto o Kosovo evoluiu 41,5%. Também os aeroportos do Uzbequistão, Arménia e Cazaquistão viram o tráfego de passageiros, no mês de julho de 2023, aumentar face ao mesmo mês de 2022, com crescimentos de 72,6%, 70,4% e 66,4%, respetivamente.

A Turquia, com um crescimento de 6,5% também conseguiu ultrapassar os valores de 2019.

Para Olivier Jankovec, diretor-geral da ACI EUROPE, “estes números são sintomáticos de uma mudança de um consumo material para um consumo experiencial, com pessoas a valorizar viagens para lazer e para encontrar amigos e parentes em toda a Europa e noutros destinos. A resiliência da confiança dos consumidores e o dinamismo contínuo na recuperação do tráfego é ainda mais notável considerando a crise do custo de vida e os aumentos recordes nas tarifas aéreas”.

Jankovec é, contudo, cauteloso, e refere que as variações de desempenho entre aeroportos nacionais e de menor dimensão também se tornaram um elemento da nossa recuperação – com 51% dos aeroportos da Europa ainda abaixo do nível pré-pandemia nos volumes de tráfego de passageiros. Essas variações de desempenho refletem uma mistura de fatores – desde o impacto da guerra na Ucrânia até à impressionante, mas expansão seletiva da capacidade das transportadoras de custo ultrabaixo e relativa redução de operadoras de rede, bem como alguma mudança no tráfego doméstico para outros meios de transporte”.

Nos cinco maiores aeroportos europeus, o mês de julho ainda se manteve abaixo dos valores de 2019 (-4,3%), apontando-se “o lento retorno da procura por parte da China” como uma das causas.

Assim, London-Heathrow, com um decréscimo de 1,2% conservou a posição de aeroporto mais movimentado na Europa, o aeroporto de Istambul, com um crescimento de 16,5%, foi a única grande infraestrutura aeroportuária do Top 5 a ultrapassar os valores de 2019.

Em terceiro lugar aparece o aeroporto Paris-Charles de Gaulle (-11,5%), seguindo-se Frankfurt (-13,1%) e Amsterdão-Schiphol (-10,6%).

Por grupos, os aeroportos com capacidade entre 10 e 25 milhões de passageiros foram os que maior descida registaram (-8,8%), sendo que os aeroportos com capacidade entre 5 e 10 milhões de passageiros foram os que mais cresceram (+6,9%).

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Alojamento

Grupo Endutex abre as portas do primeiro hotel Moov em Lisboa

O Hotel Moov Lisboa Oriente é a quinta unidade hoteleira do grupo Endutex em Portugal e a maior do portfólio. A inauguração oficial está prevista para 28 de setembro.

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O grupo Endutex prepara-se para inaugurar a 28 de setembro o novo Hotel Moov Lisboa Oriente. Localizado no Parque das Nações, esta é a maior unidade de alojamento do Endutex em Portugal, como o grupo indicou em comunicado, e representou um investimento de 12 milhões de euros, além de ter criado mais de 30 postos de trabalho.

A nova unidade hoteleira conta com 180 quartos de três tipologias, distribuídos por seis pisos, bem como espaços comuns e de lazer “divididos em várias áreas”, que permitem descansar, trabalhar ou até ter reuniões informais, de acordo com o grupo. Já a esplanada exterior com uma área verde é apontada como o melhor local “para relaxar e receber eventos”.

Esta é já a quinta unidade hoteleira do grupo Endutex em Portugal e, além de ser a maior unidade do portfólio, apresenta também o pequeno-almoço buffet mais completo das cinco unidades, com ” diferentes tipos de pão, bolos, compotas e charcutaria”, bem como “panquecas com diferentes toppings, iogurtes com granola, muesli e sementes, águas aromatizadas e opções glúten free e vegan”.

A escolha pelo Parque das Nações para a localização deste hotel, “num dos principais centros de negócios e entretenimento de Lisboa”, é justificado pelo Endutex com a necessidade de preencher a lacuna desta localização com “soluções a preço justo”, oferecendo assim “uma solução de alojamento prática, cómoda e económica para quem viaja em trabalho, mas também em lazer”.

“Estamos junto a uma das entradas principais da cidade, numa zona conhecida pelo grande movimento de passageiros que chegam do aeroporto, mas também da estação ferroviária e rodoviária, onde a procura ainda é maior que a oferta. Por outro lado, sentimos que há poucas soluções a preço justo, pelo que queremos preencher essa lacuna”, afirma André Ferreira, administrador da Endutex.

A proximidade da Feira Internacional de Lisboa, bem como do Altice Arena, é outro dos motivos apontados a atratividade da morada do novo Moov.

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APAVT renova presença no digital

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) acaba de renovar a sua presença no mundo digital, lançando um novo website com mais funcionalidades e um visual mais moderno e intuitivo.

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A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) renovou o website, com mais funcionalidades e um visual mais moderno e intuitivo.

A nova plataforma, na sua área B2C, integra um mapa de localização de todos os membros, permitindo ao cliente encontrar mais facilmente uma agência aderente ao Provedor do Cliente. A breve prazo, os clientes, além da geografia, poderão também fazer procuras utilizando como filtros as credenciais de sustentabilidade e da certificação “Checked by DECO”.

Na área B2B, os associados têm acesso exclusivo a um vasto conjunto de informações importantes para a sua atividade, desde circulares, estudos, protocolos, eventos e congresso, incluindo todo o histórico, além, naturalmente, da sua própria ficha e conta corrente.

O novo site, que tem versões em português e inglês, inclui também, pela primeira vez, uma página dedicada ao segmento de turismo recetivo (Incoming); na área pública (B2C) apresenta uma chamada de atenção aos visitantes acerca das características dos associados da APAVT neste domínio, e na área B2B, integra vasta informação especificamente adequada a este segmento de atividade.

Outra novidade é uma página dedicada ao tema da Sustentabilidade, onde serão divulgadas informações, guidelines e iniciativas que a associação está a levar a cabo neste domínio.

Esta solução, sendo mais moderna, teve a preocupação de manter as funções a que os associados já estão habituados, incorporar as melhorias já mencionadas e dotar a APAVT e os associados de uma solução que nos permita evoluir com o mercado e as necessidades identificadas.

Carlos Baptista, diretor da APAVT, refere que “o novo site é apenas a montra de toda uma evolução tecnológica, que acaba por ser mais importante, se bem que menos visível. Preocupou-nos a modernidade de todo o sistema integrado, que permitirá comunicação mais próxima e maior produtividade. Em final de mandato, satisfeitos por atingirmos mais um dos objetivos propostos”.

O site, que foi desenvolvido pela ThinkOpen com base em tecnologia da odoo, permite a todo o momento a integração de novas aplicações que vão surgindo no mercado, apresentando também uma mais fácil integração com as nossas redes sociais.

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“O objetivo é tornar a APAL numa associação forte e mobilizadora”

Voltar a colocar Albufeira como principal destino turístico nacional é a prioridade de Desidério Silva, presidente da APAL – Agência de Promoção de Albufeira, que foi eleito em janeiro e que, em entrevista ao Publituris, faz um balanço positivo dos primeiros meses de mandato e revela o calendário de ações que a associação tem previsto para 2023.

Inês de Matos

De regresso ao Turismo, Desidério Silva, antigo presidente da Câmara Municipal de Albufeira e da Região de Turismo do Algarve, foi eleito, em janeiro, presidente da APAL – Agência de Promoção de Albufeira, cargo que não é remunerado e ao qual diz que só aceitou candidatar-se para ajudar a renovar a associação e contribuir para valorizar a marca Albufeira.

Em entrevista ao Publituris, o responsável faz um balanço positivo dos primeiros meses de mandato, ao longo dos quais já foi possível aumentar o número de sócios e o capital da associação, e revela o calendário de ações previsto para este ano, que inclui mercados como o norte-americano, de forma a atrair mais e melhores turistas para um município que já liderou o turismo nacional, mas que tem vindo a perder dormidas, muito por culpa da imagem de destino de animação noturna que ainda perdura e que a APAL também pretende ajudar a inverter.

É um nome bem conhecido do Turismo nacional, foi presidente da Câmara Municipal de Albufeira e presidente da Região de Turismo do Algarve. Porque decidiu, agora, aceitar este desafio de presidir à APAL?
É realmente um grande desafio, uma grande aventura. Fui desafiado a assumir a presidência da APAL – Agência de Promoção de Albufeira, uma associação que eu tinha criado enquanto autarca, em 2004, e, portanto, ao ter assumido a instituição dessa associação, é evidente que, ao fim deste tempo, quando me foi colocada esta questão pelo presidente da Câmara Municipal de Albufeira, não poderia recusar.

É uma área que conheço bem, desde logo pela experiência que tive enquanto autarca e também enquanto presidente da Região de Turismo do Algarve e, portanto, fui criando alguma experiência que espero que possa contribuir para o objetivo, que é a valorização de Albufeira enquanto destino turístico. Essa é a minha prioridade, até porque esta posição não é remunerada, é claramente um serviço público.

Vai aproveitar essa experiência para voltar a colocar Albufeira como principal destino turístico nacional?
Essa é a prioridade. Felizmente, estive muito tempo ligado a um município que liderava o turismo nacional, estive também ligado a uma região que liderava o turismo nacional. Por isso, fui desafiado a dar uma ajuda ao turismo de Albufeira.

Houve eleições livres, liderei uma lista candidata e fui eleito em janeiro e a partir daí assumi claramente este objetivo de valorização de Albufeira enquanto destino turístico. E, desde então, a APAL tem vindo a crescer.

Quando tomei posse, a 10 de janeiro, a APAL tinha 166 associados, neste momento, temos mais 40 associados, e aumentámos o capital social da associação em mais cerca de 30 mil euros. Isto permite que a associação tenha uma capacidade de resposta muito mais forte e objetiva.

Também tivemos uma reunião com a escola de Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve no sentido de realizarmos uma avaliação daquilo que a APAL representa em termos do número de associados, de empregabilidade, mas também daquilo que é o tecido económico e a faturação dos associados. No fundo, queremos saber aquilo que a associação representa num município que tem nove milhões de dormidas todo o ano. Nada se pode fazer sem que exista, primeiro, uma avaliação.

Aquilo que pretendo fazer não é numa base pessoal, é no sentido global do concelho. Já tive o meu tempo e as minhas prioridades, agora, a prioridade é mesmo Albufeira

Como encontrou a ‘casa’ quando chegou à liderança da APAL?
Não posso dizer que encontrei em mau estado, mas, nos últimos anos, nomeadamente face à pandemia e a outros fatores, havia necessidade de se imprimir outra dinâmica à APAL. Não está em causa a capacidade dos anteriores dirigentes, até porque as pessoas que estavam na APAL têm outras atividades, eu já estou noutra fase e aquilo que esta equipa pretende é renovar e dar uma força nova à associação.

Desde que cheguei à APAL, a minha prioridade tem sido procurar unir a equipa e mostrar que não estou aqui só por estar. O maior exemplo é que, em poucos meses, consegui atrair mais de 40 sócios e, portanto, isto dá o exemplo de que todos temos de trabalhar no mesmo sentido.

Não pretendo destacar o meu papel, até porque não tenho objetivos quantificáveis, e o que peço é apenas que a equipa da APAL me ajude a atrair novos sócios e a criar mais orçamento, até porque temos um plano de atividades para este ano que prevê ainda deslocações aos Países Baixos, a Paris, a Nova Iorque e a Boston, e quanto mais orçamento tivermos, mais ações poderemos fazer. Depois, queremos fazer também conferências em novembro e, em abril de 2024, para assinalar o 20 aniversário da APAL.

Portanto, o objetivo é tornar a APAL numa associação forte e mobilizadora, capaz de contribuir para resolver os problemas do município e as suas fragilidades, que devem ser corrigidas e melhoradas.

E que avaliação faz destes primeiros meses de mandato?
Em poucos meses, aumentámos o número de associados e o capital social, e temos vindo também a fazer outro trabalho, nomeadamente de identificação dos associados, porque uma associação como a APAL não pode servir apenas para pagar as quotas, deve também mostrar o papel dos seus associados, a sua pujança económica e a sua capacidade na oferta turística do concelho de Albufeira.

Estes são alguns dos pontos em que estamos a trabalhar e que têm valido, por parte dos meus colegas, uma reação muito positiva tendo em conta aquilo que estamos a fazer nestes últimos seis meses.

Portanto, sim, o balanço que fazemos deste mandato, até agora, é positivo, quer pelo aumento do número de sócios, quer pelo aumento do valor da verba dos associados e daquilo que são as ações previstas numa base dinâmica em termos de promoção.

Mas temos ideias mais objetivas e aquilo que me parece importante é o município perceber que a marca Albufeira só pode ser valorizada através dessas ações, que não sejam politizadas, porque aquilo que pretendo fazer não é numa base pessoal, é no sentido global do concelho. Já tive o meu tempo e as minhas prioridades, agora, a prioridade é mesmo Albufeira.

Há uma vasta oferta ligada ao turismo de natureza, mas que não tem sido suficientemente projetada, de forma a ser valorizada como deveria. E a APAL também tem a competência e obrigação de dar a conhecer esta oferta

Sol e Praia e animação noturna
Falou nos problemas que Albufeira tem e, de facto, os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que Albufeira é um dos poucos municípios do país que tem vindo a perder dormidas. Qual é a estratégia da APAL para ajudar a reverter esta realidade?
Em primeiro lugar, é preciso ter em conta o tipo de oferta que temos, se a oferta for uma oferta barata, não vamos ter o turismo que pretendemos, que é um turismo de qualidade.

Depois, temos de ter, obviamente, muito cuidado naquilo que é a forma como tratamos os clientes e isto tem muito a ver com a questão dos bares e com a conotação mais negativa que muitas vezes se associa a Albufeira. Mas, se houver um regulamento, uma postura e uma atitude mais forte por parte do município, criando regras e sensibilizando os empresários para essa postura, acredito que podemos encontrar formas de reduzir e minimizar essa parte mais negativa.

Em Albufeira, temos alguns dos melhores hotéis do Algarve e recebemos, também, os melhores turistas do Algarve, mas, normalmente, aquilo que é mediatizado e de que mais se fala é dessa parte negativa e isso também é algo que queremos inverter.

Por outro lado, a Câmara Municipal de Albufeira deve apostar mais na valorização da marca e no que está por baixo do chapéu da marca Albufeira, nomeadamente no mercado nacional, mas também no mercado espanhol e a nível internacional. Ou seja, aquilo que se deve fazer é agarrar em alguns eventos que marquem claramente a diferença entre Albufeira e os outros municípios. Lembro-me do que já fizemos em Albufeira e da projeção que Albufeira teve e acredito que é altura de voltar a mudar o conceito dos espetáculos e eventos que Albufeira promove porque o importante num destino não é a perceção que temos dele, é a perceção que os outros têm do destino e é por isso que acho que temos de inverter isto, criando uma perceção lá para fora de que Albufeira é um bom destino turístico porque temos muita coisa boa que, no fundo, não é promovida e divulgada. É isso que precisamos de inverter e a que estamos atentos no âmbito da APAL.

E que ações tem a APAL previstas ainda para este ano, para promover e dar a conhecer o destino Albufeira nos mercados estrangeiros?
Após o verão, vamos voltar a realizar ações para promover Albufeira. Já temos iniciativas previstas para setembro e, em outubro, vamos à feira de turismo de Paris, a IFTM, bem como aos Países Baixos, Nova Iorque e Boston, até ao final do ano.

Em novembro, queremos fazer uma sessão de conferências e, mais para o final do ano, vamos também realizar uma ação para os empresários da APAL relativa ao fim-de-ano. Depois, vamos aproveitar os meses de janeiro e fevereiro, que são mais parados a nível turístico, para promover algumas ações e, em abril, queremos fazer o 20.º aniversário da APAL com uma conferência, com alguma dinâmica e projeção nacional.

Portanto, temos um conjunto de ações que queremos promover, além daquelas que vamos procurando diariamente e que nos têm permitido também ter novos sócios e mais capital. Isto é muito importante porque quanto mais capital a APAL tiver, muito mais promoção poderemos fazer.

É por isso que procuramos capitalizar também essa componente para que a marca Albufeira possa ser cada vez mais reforçada e valorizada. Porque uma coisa é certa, os outros municípios também vão procurar realizar ações no sentido de mostrar uma oferta diferenciada e é isso que justifica que, numa pesquisa no Google, Albufeira já não apareça em primeiro lugar, como acontecia no passado. Este é um diagnóstico que está feito, agora precisamos de trabalhar para inverter esta realidade e a APAL é claramente uma associação que tem essa finalidade e é nessa fase da inversão que temos estado a trabalhar.

Fizemos uma ação no Canadá, no ano passado, e resultou muito bem. Como o mercado canadiano se começa a consolidar em Albufeira, este ano, a aposta é nos EUA

E que outros produtos tem Albufeira vindo a desenvolver ou tem potencial para desenvolver, uma vez que a imagem do município continua muito associada ao Sol e Praia?
Albufeira tem muito potencial e tem vindo a apostar no turismo de natureza e nas atividades ligadas ao turismo de natureza, como os tours de bicicleta ou os percursos pedestres e o hiking. Neste âmbito, Albufeira é candidata à ONU por causa do Geoparque Algarvensis, que inclui o concelho de Albufeira, juntamente com os concelhos de Loulé e Silves, num projeto que procura valorizar a componente de interior.

Portanto, há uma vasta oferta ligada ao turismo de natureza, mas que não tem sido suficientemente projetada, de forma a ser valorizada como deveria. E a APAL também tem a competência e obrigação de dar a conhecer esta oferta que é ainda desconhecida e de introduzir estas vertentes no processo de promoção.

Depois, também temos uma gastronomia importantíssima e, se virmos bem, neste território de 30 quilómetros de praia, temos uma cadeia hoteleira que é do melhor que existe.

Acredito que se estas coisas positivas forem projetadas com a dimensão que têm, acabarão por ser um sucesso, mas, infelizmente, o que acontece muitas vezes é que as situações menos positivas, que acontecem basicamente em dois espaços, acabam por ter mais mediatismo.

Albufeira chega aos EUA
E como está a diversificação de mercados para Albufeira, a APAL tem procurado diversificar os mercados que pretende atrair e nos quais é feita a promoção de Albufeira?
Exatamente, essa é uma preocupação e é por isso que, este ano, temos procurado participar em várias ações. Além de termos estado em Lisboa, na BTL, estivemos também no Porto, em Vigo, em Sevilha, temos os Países Baixos, Paris, Nova Iorque e Boston, a Extremadura espanhola e, tendo capital, vamos procurar chegar também ao Luxemburgo e Alemanha. Estes são os mercados que temos capacidade de trabalhar este ano, além, é claro, do mercado inglês, que continua a ser prioritário e por causa do qual estivemos já em Belfast e em Dublin.

Falou em ações em Nova Iorque e em Boston, nos EUA. Como está o mercado americano em Albufeira, já tem alguma representatividade?
Como sabemos, o mercado americano, no contexto nacional, está a subir e obviamente que está a subir porque Lisboa e Porto se tornaram marcas muito fortes para estes turistas. Mas a dimensão deste mercado, para a escala do Algarve ou de Albufeira, ainda é pequena. Contudo, sabemos que já temos, em Albufeira, muito mercado canadiano e americano mesmo sem nunca termos feito nenhuma ação de promoção nos EUA. Ainda não foi comigo, mas fizemos uma ação no Canadá, no ano passado, e resultou muito bem. Como o mercado canadiano se começa a consolidar em Albufeira, este ano, a aposta é nos EUA. Queremos mostrar que existimos também em Boston e em Nova Iorque.

Apesar de ter ainda pouca expressão, o mercado americano é sempre importante por várias razões, desde logo pela parte económica, mas também pela possibilidade de crescimento, enquanto mercado emergente que ainda é para Albufeira. Sabemos que, pelos números que representa, este é um mercado importante, onde temos de ir e onde temos de fazer esse esforço para mostrar que existimos.

No final, gostava de deixar a certeza de que fiz tudo ao meu alcance para recuperar uma associação que é importante por aquilo que ela representa para o turismo de Albufeira

Em relação aos restantes mercados, o britânico continua a ser o principal e não têm existido alterações no ranking de mercados mais importantes para Albufeira?
Exatamente, o mercado britânico continua a ser o mais importante, seguido do mercado espanhol, que é um mercado de proximidade e que, por isso, é um mercado extremamente importante, como é, aliás, o mercado nacional. Não abdicamos nunca do mercado nacional nem do mercado espanhol, não achamos que o mercado britânico ou outros cheguem para Albufeira e acreditamos que não podemos preterir estes mercados em função de outros porque sabemos o quanto eles são importantes e o quão foram importantes nos momentos de crise. Nessas alturas, aquilo que se chama de turismo de proximidade foi fundamental.

Por isso, temos de continuar a ter uma atenção muito especial ao mercado nacional e ao mercado espanhol, sabendo que mercados como o britânico, o francês, o holandês ou o mercado do Benelux têm uma importância muito grande e que também não podemos, obviamente, descurar.

Para terminar, queria apenas perguntar-lhe como espera chegar ao fim deste mandato, ou seja, no final, que balanço gostaria de poder fazer?
Gostaria que dissessem que acabei por voltar para recuperar a instituição, que deixei o dobro dos sócios que a APAL tinha e o dobro do orçamento, ou seja, do capital que a associação tinha. Em resumo, no final, gostava de deixar a certeza de que fiz tudo ao meu alcance para recuperar uma associação que é importante por aquilo que ela representa para o turismo de Albufeira, não só ao nível do número de dormidas, mas também pela sua importância para o tecido económico do município, nomeadamente em termos de empregabilidade e do desenvolvimento desta cidade.

Sobre o autorInês de Matos

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