Receitas da TAP no 1.º semestre caem 73,6% face a mesmo período pré-pandemia
Reconhecendo que a atividade “manteve-se bastante afetada pelos efeitos da pandemia e consequentes restrições à mobilidade”, a TAP revela prejuízos de 493,1 milhões de euros no 1.º semestre de 2021.

Victor Jorge
Turismo de golfe pode valer quase 66 mil milhões de dólares até 2035
Herança Judaica na Europa é nova série de “Viagens com Autores” da Pinto Lopes Viagens
Inscrições até 20 de maio: Turismo de Portugal vai “comandar” missão empresarial a Cabo Verde
Tunísia prevê temporada turística “excecional”, segundo o governo
Escolas de Hotelaria e Turismo de Portugal vão colaborar com congéneres do Luxemburgo
Portugal é país convidado de honra na Feira do Livro de Praga 2025
FLOA e GEA Portugal melhoram experiência de compra no setor das viagens com solução Buy Now Pay Later
Turkish Airlines passa a ligar diariamente Sevilha a Istambul a partir de setembro
Ilhas da Macaronésia buscam objetivos comuns na área do turismo
Depois de Espanha turismo de Albufeira mostra-se no mercado norte-americano
As receitas da TAP no 1.º semestre de 2021 atingiram 383,1 milhões de euros, correspondendo a um decréscimo de 40,7% face ao mesmo período de 2020 e 73,6% abaixo de igual semestre de 2019, anuncia a companhia aérea em comunicado.
No mesmo documento, a TAP revela que “a segmentação desta rubrica apresenta uma queda nas receitas de passageiros de 305,2 milhões de euros (-55,9% Year over Year, ou seja, uma variação face ao período homólogo do ano anterior), conduzindo o valor do 1.º semestre de 2021 para 240,3 milhões de euros”.
Já quanto aos resultados líquidos nestes primeiros seis meses de 2021, a TAP indica prejuízos de 493,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 88,8 milhões quando comparado com o período homólogo, admitindo a TAP, no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que a atividade neste período “manteve-se bastante afetada pelos efeitos da pandemia e consequentes restrições à mobilidade”.
Quanto aos custos operacionais totais, estes ascenderam a 760,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2021, correspondendo a um decréscimo de 313,1 milhões de euros (-29,2%) quando comparado com o mesmo período de 2020, explicando a TAP esta performance pela redução material nas seguintes rubricas: “custos com combustível (-40,4%), custos operacionais de tráfego (-43,7%), custos com pessoal (-8,6%), e depreciações e amortizações (-20,8%)”.
Esta redução, avança a companhia nacional, “é o resultado das medidas de restruturação executadas, nomeadamente da diminuição do quadro de colaboradores – desde 31 de dezembro de 2020 um total de 1.302 colaboradores saiu da empresa, o que representa uma redução de 16% na força de trabalho -, e da negociação dos acordos com os sindicatos através dos quais se definiram revisões salariais”.
Apesar destes números, e reconhecendo que a atividade da companhia “esteja ainda abaixo dos níveis pré-pandemia”, a TAP diz que existem “sinais positivos de recuperação da sua atividade”.
A companhia aérea admite, de resto, que o aumento de capital de 462 milhões de euros, “quase compensou o resultado líquido negativo do semestre”, salientando que este aumento de capital, subscrito pela República Portuguesa através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, fez com que “o capital social da TAP aumentou de 41,5 milhões de euros para 503,5 milhões de euros”.
No que diz respeito aos passageiros transportados nestes primeiros seis meses, a TAP revela ter transportado mais de 1,321 milhões de passageiros, menos 56% face aos mais de 3 milhões transportados em igual período de 2020.
Já no que se refere ao 2.º trimestre, a TAP refere receitas de 233,2 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 83,2 milhões de euros face ao trimestre anterior de 2021 (+55%), enquanto os custos operacionais de 382,8 milhões de euros representam um ligeiro aumento face ao 1.º trimestre. A empresa salienta que “a segmentação destes custos mostra tendências importantes nas rubricas mais relevantes: crescimento nas rubricas dos custos com fuel e custos de tráfego (+58,3% e +31,1%, respetivamente), o que reflete o aumento da atividade e, por outro lado, observa-se já um forte decréscimo nos custos com pessoal (-30,4%) com a saída de 722 colaboradores durante o 2.º trimestre de 2021”. 2T21.
No que se refere aos passageiros, a TAP indica um crescimento de 136,1% no 2.º trimestre face ao trimestre anterior e de quase 23 vezes relativamente ao número do período homólogo do ano anterior.
Já relativamente às decisões da Comissão Europeia, nada sobre um “possível futuro”, antes referências ao que já foi decidido: re-aprovação do auxílio de emergência de 1,2 mil milhões de euros; e a notificação, por parte do Governo português, à autoridade europeia de um auxílio à reestruturação de 3,2 mil milhões de euros, referindo a TAP no comunicado, “com o objetivo de financiar um plano de reestruturação da TAP SGPS”.