Junho trouxe “ligeira melhora” na procura por viagens aéreas domésticas e internacionais
De acordo com a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo, a procura global por viagens aéreas registou, em junho, uma descida de 60,1%, continuando a refletir as restrições às viagens internacionais.
Inês de Matos
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A procura por viagens aéreas registou uma “ligeira melhora” no passado mês de junho face ao mês anterior, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, 28 de julho, pela IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo, que sublinha, no entanto, que “procura permanece significativamente abaixo” dos níveis pré-pandemia.
De acordo com a associação, na procura global por viagens aéreas registou-se, em junho, uma descida de 60,1% face a junho de 2019, número que continua a refletir as restrições às viagens internacionais, ainda que, face à quebra de 62,9% registada em maio, traduza “uma pequena melhora”.
Nas viagens internacionais, acrescenta a IATA, a quebra de junho foi de 80,9% em comparação com igual mês e 2019, número que continua a traduzir uma quebra preocupante, mas que, ainda assim, indicou um crescimento face ao mês anterior, quando a descida tinha chegado aos 85,4%, com a associação a destacar que “todas as regiões, com exceção da Ásia-Pacífico, contribuíram para a demanda ligeiramente maior”.
Já a procura por viagens aéreas domésticas desceu 22,4% em junho face a igual período anterior à pandemia, o que também indica um melhor desempenho do mercado doméstico face ao mês de maio, quando a procura por viagens aéreas domésticas apresentava uma descida de 23,7%. Neste caso, acrescenta a IATA, o mercado russo manteve um “crescimento robusto”, ao contrário da China, que voltou a resultados negativos neste indicador.
“Estamos a ver movimento na direção certa, especialmente em alguns mercados domésticos importantes. Mas na situação das viagens internacionais não estamos nem perto de onde precisamos estar. Junho deve ser o início da temporada alta, mas as companhias aéreas estavam voando apenas com 20% dos níveis de 2019. Isso não é uma recuperação, é uma crise contínua causada pela inação do governo ”, lamenta Willie Walsh, diretor geral da IATA.
Por regiões, foi na Ásia-Pacífico que o tráfego internacionais mais caiu, numa descida que chegou aos 94,6% face a junho de 2019 e que manteve praticamente inalterado o resultado do mês anterior, que já tinha apresentado uma quebra de 94,5%, o que leva a IATA a sublinhar que “a região teve as maiores quedas de tráfego pelo décimo primeiro mês consecutivo”, o que foi acompanhado por uma descida de 86,7% na capacidade e de 48,3 pontos percentuais no load factor, que se fixou nos 33,1%, “o menor entre as regiões”.
Na Europa, o tráfego desceu 77,4% em junho, o que representa uma recuperação face à descida de 85,5% que se tinha verificado em maio, ainda que a capacidade tenha descido 67,3% e a taxa de ocupação 27,1 pontos percentuais, para 60,7%.
No Médio Oriente, o tráfego internacional desceu 79,4% em junho, o que também traduz uma recuperação em relação à queda de 81,3% em maio. Já a capacidade caiu 65,3% e a taxa de ocupação (load factor) apresentou uma descida de 31,1 pontos percentuais para 45,3%.
Na América do Norte, a descida de procura internacional por viagens aéreas foi de 69,6%, igualmente com uma recuperação face ao mês anterior, quando o decréscimo era de 74,2%, ainda que também a capacidade tenha descido 57,3%, enquanto a taxa de ocupação desceu 25,3 pontos percentuais para 62,6%.
Na América Latina, a quebra de junho foi de 69,4%, o que também indica uma melhora face à descida de 75,3% no mês anterior, Já a capacidade desceu 64,6% e a taxa de ocupação caiu 11,3 pontos percentuais para 72,7%, que foi a maior taxa de ocupação entre as regiões pelo nono mês consecutivo.
Por fim, em África, o tráfego internacional caiu 68,2% em junho, em relação ao mesmo mês de dois anos atrás, uma melhora em relação à queda de 71,5% em maio em comparação com maio de 2019. Já a capacidade diminuiu 60,0% em relação a junho de 2019 e a taxa de ocupação caiu 14,5 pontos percentuais para 56,5% .
“Apesar do crescente número de pessoas vacinadas e da melhoria da capacidade de teste, estamos muito próximos de perder outra temporada de verão no importante mercado transatlântico”, alerta Willie Walsh, defendendo que os “viajantes vacinados devem ter a sua liberdade de movimento devolvida” e que “um sistema de testes eficiente pode gerir suficientemente os riscos para aqueles que não podem ser vacinados”.