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1.º quadrimestre de 2021 dita menos 76% de passageiros nos aeroportos nacionais face a 2020

A movimentação de passageiros e aeronaves continua a descer, fazendo com que a diferença relativamente aos valores do período homólogo de 2019 seja assinalável.

Victor Jorge
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1.º quadrimestre de 2021 dita menos 76% de passageiros nos aeroportos nacionais face a 2020

A movimentação de passageiros e aeronaves continua a descer, fazendo com que a diferença relativamente aos valores do período homólogo de 2019 seja assinalável.

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Os aeroportos nacionais movimentaram, no 1.º quadrimestre de 2021, 2,214 milhões de passageiros, correspondendo a uma quebra de 76,7% face ao mesmo período de 2020, período em que os aeroportos de Portugal registaram 9,5 milhões de passageiros (-42,4% face a 2019).

O aeroporto de Lisboa movimentou 49,7% do total de passageiros (1,1 milhões) e registou um decréscimo de 79,8% face aos primeiros quatro meses de 2020. Já os números do aeroporto do Porto ditam indicam 525 mil passageiros, uma quebra de 76,1% face a 2020, enquanto Faro caiu 87,8%, passando de 763 mil para 93 mil passageiros.

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De salientar que, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o aeroporto do Funchal manteve-se como terceiro aeroporto com maior movimento de passageiros neste período (173,0 mil, correspondendo a uma quebra de 71%), superando, assim, o aeroporto de Faro.

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Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais entre janeiro e abril de 2021, os dados do INE mostram que França foi o principal país de origem e de destino dos voos, seguido da Suíça e da Alemanha.

Já no quarto mês de 2021, os aeroportos nacionais registaram um movimento de 739,4 mil passageiros, indicando o INE ser difícil realizar uma comparação com o  mês homólogo de 2020, já que devido à crise pandémica, “não houve praticamente tráfego nos aeroportos”.


Contudo, comparando com abril de 2019, os números do INE indicam que o movimento de passageiros diminuiu 86%.

Em abril de 2021 aterraram nos aeroportos nacionais 6,5 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a uma diminuição de 66,9% face a abril de 2019.

Considerando os passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais em abril de 2021, 62,3% corresponderam a tráfego internacional (85,7% no período homólogo), na maioria provenientes de aeroportos localizados no continente europeu (52,2%).


Relativamente aos passageiros embarcados, 59,8% corresponderam a tráfego internacional (87,7%
no período homólogo), tendo como principal destino aeroportos localizados no continente europeu (51,1%).

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A região que deixou de ser um segredo para tornar-se uma história de sucesso

André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, destacou, no discurso de boas-vindas no evento que marca os 55 anos da região de Turismo do Algarve, os números alcançados neste mais de meio século, mas, sobretudo, “a vontade de afirmar o território pela qualidade e inovação, pela preservação e valorização dos seus recursos naturais e patrimoniais, e pela criação de benefícios económicos para os residentes”.

Victor Jorge

Depois de receber, em 2024, mais de 5,2 milhões de hóspedes (+2,6%), gerar receitas diretas do alojamento turístico de 1,7 mil milhões de euros (+7,3%), do Aeroporto de Faro registar 9,8 milhões de passageiros, e o número de dormidas atingir 20,7 milhões, André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, lançou os “desafios que exigem respostas concretas e eficazes”.

Assim, no início das comemorações do 55.º aniversário do Turismo do Algarve, André Gomes começou por destacar a sustentabilidade, reconhecendo-a como “uma prioridade inegociável”, salientando que o setor do turismo “tem um papel fundamental na preservação dos recursos naturais, fazendo referência ao lançamento do selo de eficiência hídrica ‘Save Water’, que já permitiu uma redução de cerca de 12% no consumo de água nos empreendimentos turísticos”. Esta certificação vai agora, de resto, ser “alargada ao Alojamento Local, à animação turística, às empresas de rent-a-car e à restauração, promovendo um Algarve mais eficiente e responsável”.

Com a transformação do turismo no Algarve a ser guiada “por uma visão estratégica clara objetiva”, o Plano de Marketing Estratégico do Turismo do Algarve (PMETA 2028) estabelece os eixos “fundamentais para o futuro do setor, apostando na estruturação de produtos, na valorização da oferta, no reforço da notoriedade e na gestão da imagem do destino”, frisou André Gomes. Assim, o plano, desenvolvido com o apoio técnico da Universidade do Algarve, pretende ser “a base da atuação da região nos próximos anos” para “afirmar o território pela qualidade e inovação, pela preservação e valorização dos seus recursos naturais e patrimoniais, e pela criação de benefícios económicos para os residentes”.

Além do “Sol&Mar”, que “iniciou e fará sempre parte da história do Algarve”, o presidente do Turismo do Algarve destacou o facto da região ser “cada vez mais, um palco de referência para eventos desportivos de grande dimensão”, dando como exemplo competições como o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, o Mundial de Superbikes, a Volta ao Algarve e o Algarve Granfondo. “A aposta na captação destes eventos e de outros eventos de incentivo ou corporativos, não só reforça a notoriedade internacional da região, como também dinamiza a economia local e alarga a procura turística ao longo do ano”, reconheceu André Gomes.

Pilar fundamental para o crescimento sustentável do Algarve, o presidente do Turismo do Algarve salientou o “reforço” do Aeroporto de Faro como “hub estratégico no turismo nacional e internacional”, indicando que, este verão, contará com 86 rotas para 75 destinos, com uma média de 821 frequências semanais, um crescimento de 8% face ao verão anterior. “Pela primeira vez, o Algarve estará ligado a 22 mercados internacionais”, referiu André Gomes, destacando os três novos mercados: Estados Unidos da América, Finlândia e Islândia.

“A aposta na conectividade transatlântica ganha um novo impulso com o reforço das ligações à América do Norte (Canadá e EUA) e o primeiro voo direto para Nova Iorque (Newark), operado pela United Airlines, que terá início a 17 de maio. Para além desta novidade, serão inauguradas mais duas novas rotas completamente inéditas, Helsínquia, com a Finnair, e Reiquiavique, com a Play Airlines, juntando-se a United Airlines, a Finnair e a Play Airlines à operação do aeroporto”, salientou André Gomes.

Sob a monotorização do Observatório para o Turismo Sustentável do Algarve, o presidente da região de turismo frisou a “contribuição de uma forma responsável para a gestão do território, ao mesmo tempo que registamos através de inquéritos, não só as percepções dos nossos turistas, mas também das nossas empresas e residentes, face àqueles que são os impactos gerados pela atividade turística regional”. Nesse sentido, os resultados destacam uma avaliação amplamente positiva dos visitantes, com especial reconhecimento pela segurança, qualidade ambiental e simpatia dos residentes, com 83,8% dos turistas a manifestarem a intenção de regressar ao Algarve nos próximos cinco anos, enquanto 95,2% afirmam que recomendariam a região a outras pessoas.

A concluir, a iniciativa que marca os 55 anos da Região de Turismo do Algarve foi aproveitada, também, para o lançamento do programa “55 anos, 55 eventos”, que ao longo dos próximos meses levará a todo o território iniciativas culturais, desportivas, enogastronómicas e concertos, refletindo a riqueza e diversidade do Algarve.

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BTL 2025 arranca hoje e até domingo

A edição 2025 da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market arranca hoje, quarta-feira, na FIL – Parque das Nações, até domingo, dia 16 de março, para o que a organização já considera a maior de sempre.

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Mais de 1500 expositores, 50.000m2 de exposição, mais de 100 destinos internacionais e mais de 600 eventos fazem da 35ª Edição da BTL a maior feira organizada em Portugal e a principal plataforma de venda de viagens do país, refere a AIP, organizadora do evento. Relativamente ao programa de Hosted Buyers, este reúne 200 compradores de 44 mercados emissores, promovendo mais de três mil reuniões de negócios em apenas dois dias.

Durante cinco dias, o evento reúne profissionais e público em geral, proporcionando a oportunidade de explorar novas estratégias e estabelecer parcerias. Para os visitantes, a BTL é o local ideal para descobrir novos destinos, aproveitar ofertas exclusivas e garantir as melhores condições na reserva das suas próximas férias.

A inauguração oficial da BTL acontece às 11h00 e será presidida pelo ministro da Economia, Pedro Reis.

Nesta edição, a Feira conta com Cuba como o destino internacional convidado, Leiria como município convidado e Alentejo e Ribatejo como destino nacional convidado.

Destaque-se que a Feira inclui diversas áreas temáticas, como a BTL Cultural, dedicada à promoção da cultura e património dos destinos. Este ano, com o fado como grande protagonista, Cuca Roseta assume o papel de embaixadora.

Adicionalmente, a BTL Emprego, apresenta as melhores oportunidades de carreira no setor do turismo, com entrada gratuita. A BTL Weddings, destaca as tendências para casamentos. Por sua vez, a BTL Wellness, centra-se no turismo de saúde e bem-estar. A BTL LGBTI+, promove a inclusão e diversidade no turismo e, por fim, a BTL Religioso, foca-se no turismo religioso.

Além disso, nos quatro pavilhões da FIL, o programa BTL é distribuído por oito espaços distintos: Auditório AVK, Palco Better by AVK, Palco Wellness, Casa de Fados da Cuca Roseta, Palco Turismo Religioso, Palco BTL Emprego, Centro de Reuniões da FIL e Meeting Room, para além de uma agenda repleta de acontecimentos.

De salientar também o regresso do “Passaporte BTL”, onde os visitantes serão desafiados a explorar os destinos internacionais presentes na feira, com a possibilidade de ganhar quatro mil prémios, incluindo viagens, vouchers, estadias em hotéis e bilhetes para eventos na FIL.

A BTL estará aberta esta quarta e quinta-feiras para profissionais do setor, das 10h00, às 19h00, e na sexta-feira, das 10h00 às 17h00. As portas abrem-se ao público em geral na sexta-feira das 17h00 às 23h00, no sábado, 15 de março, entre as 12h00 e as 23h00, e no domingo das 12h00 às 20h00.

 

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A Comissão Executiva do grupo Newtour: Gonçalo Palma, Carlos Baptista, Tiago Raiano, Mário Almeida
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Newtour (re)organiza-se e coloca internacionalização como prioridade

A Newtour deu a conhecer a nova organização do grupo, bem como algumas novidades quanto ao posicionamento e estratégia para o futuro. Os mercados externos são a grande prioridade de um grupo que, segundo o CEO, Tiago Raiano, se mantém “atento a todas as oportunidades de negócio que possam surgir”, até porque, “o mercado nacional não nos poderá dar muito mais dimensão”. Para 2025, as perspectivas apontam para um crescimento de 15 a 20% na faturação, o que significa que o grupo ultrapassará os 200 milhões de euros no presente exercício.

Victor Jorge

Fundada há 15 anos, a Newtour avançou com um novo organigrama do grupo, com a definição concreta de áreas de atuação e profissionais que as lideram. Assim, a Comissão Executiva do grupo Newtour será composta por Tiago Raiano (CEO da SGPS), Carlos Baptista, Mário Almeida e Gonçalo Palma, que ficarão responsáveis pelas áreas de Distribuição, Aviação e DMC e Operadores, respetivamente.

Tiago Raiano começou por frisar, na conferência de imprensa que juntou a imprensa do trade, que, “passados 15 anos, o setor mudou, o grupo mudou, e mudou muito nos últimos anos, mas os Açores continuam a ser um dos pilares do grupo e sede das nossas empresas”, avançando, desde logo que “é o local onde temos vários investimentos e onde estamos a olhar para um conjunto de outros que queremos fazer”.

Uma “nova” Newtour”
Para fazer face a todos estes desafios, a Newtour apresentou o que será o grupo daqui para a frente. Com o organigrama, como já referido, a colocar Tiago Raiano como CEO do grupo, cabe a Mário Almeida a responsabilidade de liderar a Newtour Aviação (peso de 17% nas contas do grupo) na qual ainda cabem a a Newtour Consolidator, Connect Services Cabo Verde e Newtor Aviação GSSA.

Para o futuro, Mário Almeida deixou a notícia de que a Newtour Aviação vai passar a representar não só companhias aéreas, mas também “outras entidades possíveis de representar, tais como cruzeiros”. Nesse sentido e sem abrir o jogo, até porque o contrato “ainda não está assinado, mas estará para breve”, Mário Almeida deixou a certeza de se tratar de um “parceiro internacional que, por si só, vai aumentar a nossa carteira” e que abrange aviação e cruzeiros.

Na aérea da Distribuição, Carlos Baptista liderará a operação com maior peso (52%) dentro do grupo e que tem marcas como a Bestravel, Travel GEA, Newair, Turanga e GEA Brasil, enquanto Gonçalo Palmo ficará com a Newtour DMC e Newtour Operadores (pesos de 4% e 22%, respetivamente). Na Newtour DMC, a marca Menzel marca presença nos Açores, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe e Tunísia, cinco localizações que “pressupõem a existência de uma empresa local, legalmente constituída e já em funcionamento”, revelou Gonçalo Palma. Tendo iniciado, isoladamente, um processo de internacionalização, o responsável por esta área de negócio dentro da Newtour explicou que “deparamo-nos com barreiras de dimensão para as quais não estávamos preparados”. Assim, com este processo, “não repetimos tarefas nas diversas equipas, temos mais meios, mais tecnologia e não estamos somente com um produto, mas com todos os produtos que apresentamos com a Menzel”. Ou seja, com a Menzel, “construímos uma marca única, uma marca internacional, uma marca que, sob a chapéu do grupo Newtour, nos dá maior variedade e credibilidade nestes mercados”.

Problema de dimensão leva a olhar para fora
Indicando que, com o tempo, o grupo “assumiu outras latitudes e investiu em outras dimensões”, o CEO da Newtour reconheceu, igualmente, que “o que temos hoje é completamente diferente do que temos pela frente, quer seja nos desafios, quer seja na forma como o próprio mercado se posiciona”, conferindo ao setor um cariz “mais tecnológico”, mas também um mercado “cada vez mais sem fronteiras e globalizado”.

Reconhecido foi, igualmente, o “problema de dimensão do mercado nacional” quando comparado com os pares europeus, bem como a estrutura do tecido empresarial “muito fragmentado, com micro e pequenas empresas”, questionando Tiago Raiano o que advirá da privatização da TAP. “A privatização da TAP vai originar no mercado português e na distribuição em Portugal um novo desafio que é a alteração da centralidade de decisão para uma zona europeia de uma companhia que tem sido extremamente relevante para o setor da distribuição em Portugal”, admitindo ainda Tiago Raiano que “a própria distribuição pode ficar um pouco mais periférica e com um conjunto de situações mais difíceis de gerir”, o que leva o CEO da Newtour a reconhecer que “o mercado deveria consolidar”.

“Trabalhamos para que o mercado possa consolidar, como uma forma de nos dar capacidade para competir com outros players, de outra dimensão, que vêm de outros mercados, para ter uma capacidade de investimento completamente diferente, quer ao nível da rentabilidade quer na produtividade do serviço”.

Por isso, não é de estranhar que, enquanto grupo, “estaremos atentos a oportunidades de negócio como tivemos no passado recente, mas achamos que o mercado não está preparado para desequilíbrios nem para estratégias agressivas”.

Assim, a visão de crescimento, pelo menos nos próximos anos, “vai passar por aquilo que são os mercados externos”, referiu Tiago Raiano, com todo o posicionamento e prioridade para os próximos anos a passar claramente pela “internacionalização”, com o objetivo de “garantir os nossos interesses, dos nossos clientes, dos nossos parceiros, mas também como uma forma de contribuirmos para aquilo que é o posicionamento mais defensivo que o mercado poderá ter ou não em relação a esses grandes players europeus e a forma como eles depois se posicionam e têm outras ferramentas para atuar no nosso mercado”.

Em 2025, o grupo Newtour estima ultrapassar os 200 milhões de euros de faturação, um novo crescimento a dois dígitos

Agressividades externas
Reconhecendo que Portugal “não está preparado para posições agressivas”, Tiago Raiano salientou que os mercados europeus têm formas de abordar o mercado da distribuição “muito competitivas”, com base em negócios estruturados de uma forma diferente, “mais verticalizada” e que “muitas vezes aquilo que são as receitas, não são pensadas na unidade de negócio da distribuição, operadores ou das redes que têm, mas sim naquilo que é, por exemplo, a sua componente hoteleira”.

Assim, Tiago Raiano reconhece que esta realidade dá “capacidade para desenvolver estratégias de posicionamento, muitas vezes de preço, diferentes, ou até, se quisermos, de capacidade instalada para o próprio mercado naquilo que distribuem, muito diferente daquela que os operadores e que a distribuição em Portugal, de uma forma geral, têm”.

Não esquecendo que o tecido empresarial em Portugal é “muito fragmentado”, de pequenas agências, grupos pequenos, de pouca dimensão, “se começarmos a pôr em causa a cadeia de valor, quer seja do ponto de vista da rentabilidade, por venda a preços baixos, ou por inundarmos o mercado com excesso de produto”, salientando que “não é um processo exclusivo dos players estrangeiros, mas sim do mercado como um todo”, Tiago Raiano reconhece que “isso leva, efetivamente, que o preço de venda seja mais baixo”, ou seja, “a rentabilidade das agências é mais pequena”.

Admitindo que “no final do dia corremos o risco de ficar todos mais fracos”, o CEO da Newtour salientou que, na distribuição, “nunca podemos ver a um ano, temos de ver sempre numa lógica de três ou quatro anos para ter uma leitura mais clara do que se passa”. E justifica: “se tivermos uma leitura apenas e só no ano corrente, esta será sempre uma leitura enviesada daquilo que é o posicionamento que os diferentes players têm”.

Assim, refere que, enquanto grupo, “temos uma preocupação, sentido de responsabilidade, de não ter práticas que efetivamente possam criar desequilíbrios. Não quer dizer que, pontualmente, alguma empresa não tenha de reagir, mas o mercado deve fluir de uma forma mais tranquila por força daquilo que é a sua dimensão e a própria estrutura em termos de fragmentação”.

200 milhões em 2025
Sobre o futuro, Tiago Raiano deixou a garantia que o grupo “manifestou o interesse desde a primeira hora e nunca desistimos” da SATA, adiantando que “esperamos que possam existir novidades nas próximas semanas sobre esse dossier e existir uma clarificação das posições”.

Quanto ao atual cenário político, com a iminência de novas eleições legislativas e com um processo de privatização da TAP ainda desconhecido, o CEO da Newtour vê este quadro “com preocupação para a TAP e para o país”, admitindo mesmo que “não são boas notícias em ambos os casos”.

Certo é que este tempo de indefinição dá, segundo Tiago Raiano, “tempo para desenvolver processos e investimentos”, reconhecendo que o grupo “está bastante preparado para essa nova realidade” e que “esse foi um dos objetivos que nos levou, efetivamente, a fazer esta reestruturação”.

Ainda no capítulo TAP, Raiano lembrou que a companhia “é gerida por gestores portugueses e por diretores que se relacionam com toda a distribuição” e que “se for adquirida por uma empresa europeia, esse centro de decisão não vai ficar em Portugal”. Por isso, referiu, “ou temos dimensão ou não temos dimensão”, o que por outras palavras, recorda, “todo junto, o mercado português não representa 2% da IATA europeia e, por isso, ou esses movimentos de consolidação de parcerias continuam a ser feitos, ou efetivamente a fragmentação do mercado português torna-o mais permeável”.

Noutro dossier, Carlos Baptista focou a atenção no aeroporto. “Todos os dias que há atraso no aumento de capacidade significa um estrangulamento dos nossos negócios. Vivemos de fluxos de clientes, quer seja de outgoing seja de incoming e, obviamente, que há um impacto no negócio e que o desejável seria que houvesse decisões rápidas sobre esta situação” [Novo Aeroporto de Lisboa – NAL].

Assim e prevendo-se que o NAL só esteja pronto dentro de uma década, o que significa que a capacidade não aumentará, Carlos Baptista admitiu que, por parte da Newtour, o foco estará “numa menor dependência do mercado nacional. O mercado nacional, nos próximos 10 anos, objetivamente, vai ter um estrangulamento, que já está a acontecer, e já vamos sentido isso em várias realidades que se vão agravar”. Assim, reforçou, “para continuarmos a crescer, só há uma hipótese, é crescermos fora das nossas fronteiras”.

Com as contas a ditarem um ano de 2024 com receitas de 180 milhões de euros, um crescimento de 21% face ao ano anterior, Tiago Raiano revelou que as perspectivas são de “manter uma ordem de crescimento na ordem dos dois dígitos”, apontando para objetivos de crescimento “na ordem dos 15 a 20%”. “Achamos que estamos capacitados para fazer isso, não só pelos investimentos que fizemos, mas também porque começamos a estar numa fase que irá traduzir isso mesmo. Quando se arruma uma casa, o grau de otimização e de perceção daquilo que são as zonas que podemos efetivamente rentabilizar e otimizar é completamente diferente”.

Assim, com a barreira dos 200 milhões possível de ser ultrapassada já neste ano de 2025 e com foco na internacionalização, o CEO da Newtour deixou claro que “o grupo não vai deixar de continuar a investir em Portugal”.

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NAV controla um recorde de 917 mil voos, em 2024

A NAV Portugal controlou mais de 917 mil voos no espaço aéreo português durante 2024, constituindo um novo máximo anual, indicando ainda que conseguiu reduzir os atrasos médios por movimento controlado em 14%.

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A NAV Portugal controlou um total de 917.077 voos IFR (Instrument Flight Rules, sigla em inglês) no espaço aéreo português em 2024, correspondendo a um crescimento de 7,5% face a 2023, um novo máximo anual, confirmando a tendência de crescimento sustentado da aviação.

Em comunicado, informa-se da subida do tráfego expressiva em duas Regiões de Informação de Voo (RIV) sob responsabilidade da NAV Portugal. Na RIV de Lisboa, que engloba todo o espaço aéreo de Portugal Continental e Região Autónoma da Madeira, foram controlados 719.180 voos, mais 7% face ao ano anterior, para uma média diária de 1.965 voos. Já na RIV de Santa Maria, que engloba toda a Região Autónoma dos Açores e uma vasta área do Atlântico Norte, o crescimento foi de 9,5%, com 197.897 voos controlados, ou uma média de 541 voos diários.

Relativamente à atividade nas torres de controlo, também foram registados crescimentos, com destaque para Faro, onde o tráfego subiu 4,8%, com um total de 75.555 voos controlados, e Ponta Delgada, onde a subida foi de 6,9%, para 32.419 voos.

No comunicado, indica-se ainda que a NAV Portugal conseguiu reduzir os atrasos médios por movimento controlado em rota, ficando este indicador nos 0,39 minutos, uma redução de 14% face ao registado em 2023, destacando Pedro Ângelo, CEO da NAV Portugal, “a maior fluidez e eficiência na gestão do espaço aéreo”.

 

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Tatiana Martins integra equipa comercial da Soltrópico

Tatiana Martins assume, a partir de agora, o cargo de promotora comercial da zona sul da Soltrópico. Segundo o operador turístico, esta integração visa melhorar ainda mais a resposta e o serviço prestado às agências de viagens portuguesas.

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A profissional, que está na Soltrópico há sete anos na área das reservas, tem, ao longo do seu percurso no operador turístico, demonstrado uma dedicação e competência exemplar, dominando os produtos, sistemas e a programação da empresa de forma notável. Esta experiência, aliada ao seu conhecimento profundo da casa, torna-a a pessoa ideal para continuar a fortalecer a relação com as agências de viagens e assegurar uma resposta mais ágil e eficiente às suas necessidades, indica nota de imprensa do operador turístico do Grupo Newtour.

Tatiana Martins irá iniciar em breve visitas regulares às agências de viagens da zona sul, estabelecendo um contacto mais próximo e proporcionando um apoio direto na promoção dos produtos Soltrópico, refere ainda a mesma nota.

 

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Turismo mundial recupera nível pré-pandemia e manterá crescimento em 2025, indica Turismo da ONU

Segundo o Turismo da ONU (UN Tourism), o turismo mundial recuperou o nível registado antes da pandemia, assinalando 1,4 mil milhões de turistas internacionais, um crescimento de 11% face a 2023. Para 2025, a entidade da ONU estima um crescimento entre os 3 e 5% a nível internacional.

Victor Jorge

De acordo com o último Barômetro do Turismo da ONU (UN Tourism), estima-se que 1,4 mil milhões de turistas viajaram a nível internacional, em 2024, significando uma recuperação (99%) dos níveis pré-pandêmicos e representando um aumento de 11% em relação a 2023, ou seja, 140 milhões a mais de chegadas de turistas internacionais, com os resultados a serem impulsionados por uma “forte procura pós-pandemia, desempenho robusto de grandes mercados emissores e a recuperação contínua de destinos na Ásia e no Pacífico”, diz o Turismo da ONU.

Por regiões, o maior crescimento foi registado no Médio Oriente com um aumento de 32% nas chegadas internacionais face a 2019, mas somente 1% a mais que em 2023, totalizando 95 milhões de turistas internacionais.

O continente africano, com 74 milhões de turistas internacionais, foi a segunda região com maior crescimento, mais 7% face a 2019 e uma evolução de 12% relativamente a 2023.

A Europa, enquanto maior destino turístico mundial registou, em 2024, mais de 747 milhões de chegadas, correspondendo a uma subida de 1% relativamente a 2019 e mais 5% face a 2023. O Turismo da ONU assinala o crescimento de todas as sub-regiões europeias, tendo ultrapassado os níveis pré-pandémicos, exceto os mercados da Europa Central e de Leste, devido aos impactos da guerra na Ucrânia.

As Américas, por sua vez, ainda não recuperaram totalmente, ficando a 97% dos níveis pré-pandémicos (213 milhões de chegadas), embora a região do Caribe e da América Central tenha conseguido ultrapassado os números de 2019. Os dados do Turismo da ONU indicam, no entanto, que a globalidade da região registou um crescimento de 7% face a 2023.

Embora ainda longe dos valores pré-pandémicos (87%), a região da Ásia-Pacífico atingiu os 316 milhões de chegadas internacionais, uma melhoria de 33% face a 2023, contabilizando mais 78 milhões de turistas internacionais.

O secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, refere que, em 2024, “o turismo global completou a sua recuperação da pandemia e, em muitos lugares, as chegadas de turistas e, especialmente, as receitas já estão acima dos níveis de 2019”.

Assim, diz Pololikashvili, “espera-se que o crescimento continue ao longo de 2025, impulsionado por uma forte procura que contribui para o desenvolvimento socioeconómico tanto de destinos maduros quanto emergentes”, referindo ainda a “imensa responsabilidade, como setor, de acelerar a transformação, colocando as pessoas e o planeta no centro do desenvolvimento do turismo”.

Receitas aumentam, mas gasto médio não
Quanto às receitas geradas pelo turismo mundial, as estimativas do Turismo da ONU apontam para “crescimentos robustos”, em 2024, com as receitas a atingirem os 1,6 biliões de dólares (mais de 1,5 biliões de euros), correspondendo a uma subida de 3% face a 2023 e mais 4% do que em 20219.

À medida que o crescimento estabiliza, os dados do Turismo da ONU indicam também que “os gastos médios estão, gradualmente, a regressar aos valores pré-pandémicos”, passando de 1.400 dólares (cerca de 1.350 euros), por chegada internacional em 2020 e 2021, para uns estimados 1.100 dólares (cerca de 1.050 euros), em 2024, ficando, no entanto, acima da média de 1.000 dólares antes da pandemia.

As exportações do turismo (incluindo o transporte de passageiros), por sua vez, atingiu os 1,9 biliões de dólares (acima dos 1,8 biliões de euros), em 2024, ficando 3% acima dos valores de 2019.

Entre os destinos com melhor performance ao nível das receitas turísticas estão, segundo os dados preliminares do Turismo da ONU, o Reino Unido (+40%), Espanha (+36%), França (+27%) e Itália (+23%), crescimentos nos primeiros nove meses de 2024 face a igual período de 2019.

Já relativamente aos gastos efetuados por turistas internacionais, os dados não diferem muito, com a Alemanha e o Reino Unido a liderarem (ambos com +36% face a 2019), seguindo-se os EUA (+34%), Itália (+25%) e França (+11%), embora nada comparado com um dos maiores crescimentos registados a nível mundial que vem da Índia (+81% face a 2019).

2025 mantém-se positivo
Para 2025, o Turismo da ONU prevê um aumento entre 3 a 5% nas chegadas internacionais, face a 2024, “assumindo uma contínua recuperação da Ásia-Pacífico” e “a manutenção de condições económicas globais favoráveis” que incluem “uma continuação no recuo da inflação” e que os conflitos geopolíticos “não se intensifiquem”.

E se os dados do Turismo da ONU apontam para taxas de crescimento estáveis para as chegadas internacionais (+33% em 2023 e +11% para 2024), 64% dos peritos ouvidos pela entidade anteveem um 2025 “melhor” ou “muito melhor”, enquanto 26% estimam um ano de 2025 “igual” a 2024 e só 9% indicam um ano “pior”.

No entanto, os “ventos económicos e geopolíticos contrários” continuam a representar “riscos significativos”, antecipa o Turismo da ONU, sendo que mais de metade dos inquiridos apontam os “altos custos de transporte e alojamento”, além de outros fatores económicos, como a “volatilidade dos preços do petróleo”, como os principais desafios que o turismo internacional enfrentará em 2025. Também os riscos geopolíticos (além dos conflitos que ainda decorrem) são uma “preocupação crescente” entre o painel de especialistas, que os classificou como o terceiro fator mais importante após os económicos, concluindo ainda que os “eventos climáticos extremos” e a “escassez de mão de obra” também são desafios críticos, ocupando o quarto e quinto lugares entre os fatores identificados pelos especialistas.

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PIB turístico representará mais de 13% do PIB total espanhol

O CaixaBank Research estima que o PIB turístico espanhol passará de 12,9%, em 2024, para 13,2% do total da economia, em 2025. Já o gasto médio deverá aumentar para 1.342 euros por pessoa, 245 euros mais que em 2019.

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O serviço de estudos do CaixaBank – CaixaBank Research – estima que o PIB turístico espanhol cresceu 6% em 2024 e prevê um avanço de 3,6% para 2025, representando 13,2% do total da economia, conforme o Relatório Setorial de Turismo apresentado recentemente.

Face a esta previsão de aumento contínuo da procura turística nos próximos anos, o relatório recomenda “a gestão eficiente dos fluxos turísticos” para minimizar os impactos negativos sobre a população local e preservar os recursos naturais e culturais.

De resto, o CaixaBank Research prevê, tal como o ministro da Indústria e Turismo de Espanha, Jordi Hereu, já tinha avançado, que 2024 terminará com 94 milhões de turistas internacionais, um “crescimento muito significativo”. Além disso, o gasto médio por pessoa aumentou para 1.342 euros, 245 euros a mais que em 2019.

A análise do CaixaBank Reserach refere que “o crescimento do turismo foi impulsionado pela procura internacional, que representa 75% do gasto total, enquanto a procura interna teve um avanço mais moderado, apesar de números positivos, pois os espanhóis retomaram suas viagens internacionais”.

A análise destaca ainda que o setor “manteve sua competitividade mesmo com aumentos de preços superiores à média da economia, alinhado com tendências em países concorrentes como Portugal, Grécia e Itália”.

Os números indicam, igualmente, que, em 2024, todos os principais mercados emissores foram recuperados. O Reino Unido, que representa 19,7% das chegadas e 18% dos gastos, voltou aos níveis de 2019 após desafios relacionados ao Brexit e à crise económica pós-pandemia, e mercados de longa distância, como Estados Unidos, América Latina e Ásia, também contribuíram significativamente, com a Ásia a constituir a última a recuperar.

O setor de restaurantes também registou forte desempenho: 62% da receita nacional veio de consumidores locais, apesar de o ticket médio dos turistas estrangeiros ser maior, com um crescimento médio de 20% em 2024, comparado a 10% para residentes.

O relatório salientou a tendência de dessazonalidade, indicando que julho e agosto continuam como os meses mais fortes (23% das chegadas), mas o crescimento fora da alta temporada é “mais expressivo”, concluindo-se que essa tendência é antiga e atualmente é liderada por turistas alemães, britânicos e italianos.

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Até novembro, turismo espanhol bate números de todo o ano de 2023

A atividade turística, em Espanha, bateu novos recordes, apurados que estão os números de novembro pelo Instituto Nacional de Estatística do país. Assim, até novembro de 2024, o número de visitantes e receitas turísticas já ultrapassaram as alcançadas em todo o ano de 2023.

Victor Jorge

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Espanha, o país recebeu, até novembro de 2024, 88,5 milhões de visitantes que geraram 118 mil milhões de euros de receitas para a economia espanhola, ultrapassando, assim, os resultados alcançados em todo o ano de 2023, exercício em que o setor atingiu 85 milhões de turistas e 108 mil milhões de euros de receitas.

Estes valores representam uma subida de 10,7% face aos números alcançados no acumulado (janeiro – novembro) de 2023, enquanto ao nível das receitas a evolução é de 16,7% face ao período homólogo em análise.

Só em novembro, os dados divulgados pelo INE espanhol mostram que o país vizinha recebeu 5,6 milhões de turistas internacionais, correspondendo a uma subida de 10,3% face ao 11.º mês de 2023, sendo que nas receitas, estas totalizaram 7.709 milhões de euros, ou seja, um crescimento de 16% relativamente a novembro de 2023.

Em novembro, cada visitante gastou, em média, 1.361 euros, mais 5,2% do que no ano passado, refletindo a despesa por dia este crescimento, atingindo 178 euros, um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior. A estada média foi de 7,6 dias, ligeiramente superior à de há um ano, que foi de 7,4.

Em termos de mercados emissores, destaque para o Reino Unido que, em novembro, aumentou 5,5% face a igual mês de 2023, totalizando mais de um milhão de turistas. França aparece em segundo lugar, com mais de 750 mil turistas (+17,4%), seguindo-se a Alemanha com 650 mil turistas (+4,4%).

Na análise mensal, destaque para as subidas de mercados como a Itália (+22%, para 369 mil turistas) e Portugal (+21,4%, para 176 mil turistas) e as descidas da Bélgica (-20,8%).

Já no acumulado do ano (janeiro – novembro 2024), também é o Reino Unido que lidera o ranking, com 17,5 milhões de turistas (+7,1%), seguindo-se a França com 12,2 milhões (+11,5%) e Alemanha com 11,3 milhões (+8,5%).

Portugal aparece, nesta análise anual, com um crescimento de 7,5%, o que perfaz um total de 2,76 milhões de turistas portugueses a visitarem Espanha neste período.

Por gastos, os cidadãos do Reino Unido gastaram 1.161 milhões de euros, em novembro, um aumento de 8,7% face a igual mês de 2023. O segundo país em termos de gastos foi a Alemanha, cujos nacionais gastaram 957 milhões de euros nas suas férias em Espanha, um aumento de 20,2% em relação a novembro de 2023. Em terceiro lugar aparece a França, com uma despesa de 582 milhões de euros e um crescimento homólogo de 22%, o que coloca o país como o mercado com o maior aumento percentual de gastos neste mês entre os principais países.

As Ilhas Canárias foram o principal destino dos turistas, em novembro, com 25,6% do total. Seguiram-se a Catalunha (22,2%) e a Andaluzia (13,7%). As Ilhas Canárias receberam mais 8,6% de turistas do que em novembro de 2023, totalizando no mês 1,4 milhões de turistas. O número de turistas que visitaram a Catalunha aumentou 9,7%, totalizando 1,3 milhões de turistas, e mais 8,7% de turistas viajaram até à Andaluzia, perfazendo um total de mais de 777 mil turistas.

Já nos primeiros 11 meses de 2024, a liderança pertence à Catalunha, com 18,7 milhões de turistas (´9,9%), seguindo-se as Ilhas Baleares, com 15,1 milhões (+6,1%) e as Ilhas Canárias, com 13,8 milhões (+9,6%).

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Aeromexico é a companhia mais pontual do mundo

Num ranking estabelecido pela Cirium, a companhia aérea mexicana aparece em primeiro lugar, seguida da Saudi e da Delta Air Lines.

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De acordo com o Cirium On-Time Performance Review 2024, que analisa a atividade das companhias aéreas e aeroportos a nível mundial, o título de campeão da pontualidade vai para a Aeromexico que, dos 196.911 voos, completou 86,70% dentro dos horários estabelecidos.

O ranking da Cirium coloca a Saudi em segundo lugar, com uma taxa de pontualidade de 86,35% – tendo operado 192.560 voos – e em terceiro lugar a Delta Air Lines com 83,46% de pontualidade nos 1.712.529 operados, em 2024.

Do Top 10 do ranking fazem ainda parte, por ordem decrescente, a LATAM Airlines (82,89%), Qatar Airways (82,83%), Azul (82,42%), Avianca (81,80%), Iberia (81,58%), SAS (81,40%) e United Airlines (80,93%).

Este Top 10 das companhias aéreas mais pontuais, em 2024, obtém uma taxa de pontualidade global de 83,04% em 99,42% de voos analisados que somaram perto de 5,5 milhões de voos.

Por regiões, na Europa, a liderança pertence à Iberia Express com 84,69% de taxa de pontualidade, o que lhe dá a “vitória” nas companhias lowcost analisadas. Nos lugares seguintes no continente europeu seguem a também espanhola Iberia (81,58%), SAS (81,40%) e Vueling (81,20%), sendo as únicas a registar taxas de pontualidade acima dos 80%.

Na Ásia-Pacífico, a liderança pertence à JAL (80,90%), seguindo-se a ANA (80,62%), ficando todas as outras companhias com taxas inferiores a 80%.

Na América do Norte, as únicas duas companhias com taxas superiores a 80% de pontualidade foram as já mencionadas Delta Air Lines com 83,46% e United Airlines com 80,93%.

Na América Latina, a Copa Airlines assume o primeiro lugar, com uma taxa de 88,22% com os seus 125 mil voos, não aparecendo no top da classificação global, uma vez tratar-se de uma companhia regional e não global, lugar ocupado pela Aeromexico. Deste ranking latino-americano fazem ainda parte da Carribean Airlines (85,47%), Gol (84,09%), Aerolineas Argentinas (83,06%), LATAM Airlines (82,89%), Azul (82,42%) e Avianca (81,80%).

No Médio Oriente e África, a Cirium dá a liderança a outra companhia com voos regionais, nomeadamente, a FlySafair, com uma taxa de pontualidade de 93,82%, seguindo-se a Oman Air (90,27%) e Royal Jordanian (87,02%). A Saudia aparece neste ranking regional em 5.º lugar, com os já mencionados 86,35%, aparecendo com taxas superiores a 80% ainda a Kuwait Airways (84,63%), Gulf Air (84,11%) e Qatar Airways (82,83%).

Nas companhias lowcosta, a Iberia Express lidera com 84,69%, seguindo-se a Gol (84,09%), Azul (82,42%), Peach Aviation (82,32%) e Vueling (81,20%).

No que diz respeito aos aeroportos, a Cirium dá como vencedor na classificação global ao Riyadh King Khalid International Airport, com uma taxa de pontualidade nas partidas de 86,65%, servindo o aeroporto 115 rotas.

O Top 3 é concluído com o Lima Jorge Chavez International Airport e Mexico City Benito Juarez International Airport com taxas de pontualidade de 84,57% e 84,04%, respetivamente.

Na análise efetuada aos “Grandes Aeroportos”, a liderança pertence à infraestrutura da Arábia Saudita, com o segundo lugar a ser detido pelo Honolulu International Airport, com 85,45%, seguindo-se o Lima Jorge Chavez International Airport.

Nos “Aeroportos Médios”, é o Panama City Tocumen International Airport que lidera com uma taxa de pontualidade de 90,34%, seguindo-se o Brasilia International Airport (88,19%) e Osaka Itami International Airport (88,18%).

Finalmente, nos “Aeroportos Pequenos”, é o Guayaquil Jose Joaquin de Olmedo Intl Airport que ocupa o primeiro lugar, mercê de uma taxa de pontualidade de 91,38%, seguindo-se o Quito Mariscal Sucre International Airport (90,05%) e Cape Town International Airport (89,39%).

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3 milhões de hóspedes e 7,6 milhões de dormidas geram 644 milhões de euros de proveitos totais no turismo, em outubro

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em outubro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3 milhões de hóspedes e 7,6 milhões de dormidas, gerando 644,1 milhões de euros de proveitos totais. No acumulado do ano, na generalidade dos meios de alojamento, ultrapassaram-se as 78 milhões de dormidas, atingindo quase 30 milhões de hóspedes.

Victor Jorge

Em outubro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3 milhões de hóspedes, representando um aumento de 3,8%, face ao mesmo mês de 2023, e 7,6 milhões de dormidas, +2,5% relativamente ao 10.º mês do ano passado, gerando 644,1 milhões de euros de proveitos totais (+9,9%; 11,8% em setembro) e 490,2 milhões de euros de proveitos de aposento (+10,7%; 12,4% em setembro), indicam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Neste 10.º mês de 2024, dos 3 milhões de hóspedes, os residentes nacionais ultrapassaram por pouco o milhão (+3,3), enquanto os não residentes somaram perto de 2 milhões (+4%).

Por regiões, nenhuma superou o milhão de hóspedes, com Lisboa a liderar a tabela, com 808 mil (+3,2%), seguida do Porto com 697 mil (+5,1%) e o Algarve com 515 mil (+0,4%). De resto, todas as regiões registaram aumentos no número de hóspedes no mês de outubro, com destaque para o Centro, única região a crescer a duplo dígito.

Por nacionalidades, os EUA lideraram, pela primeira vez o ranking, com perto de 268 mil hóspedes, seguindo-se o Reino Unido (267 mil) e Espanha (198 mil).

No que diz respeito às dormidas, das 7,6 milhões registadas em outubro, os residentes no estrangeiro somaram 5,7 milhões, correspondendo a uma subida de 3% face a igual período de 2023, com os residentes nacionais a somarem quase 1,9 milhões, representando um crescimento de 1,2% face ao mês homólogo do ano passado.

Por regiões, a liderança pertenceu ao Algarve, com perto de 2,1 milhões de dormidas (+0,4%), seguindo-se Lisboa com 1,8 milhões (+2,2%) e Porto com 1,3 milhões (+4,6%). Em outubro, a única região a registar números negativos foi o Alentejo, com uma descida de 4,4% face ao mesmo mês de 2023, destacando-se os Açores com um aumento de duplo dígito (+10,8%).

Nas dormidas, em outubro de 2024, o Reino Unido lidera com mais de 1,1 milhões, seguindo-se a Alemanha com 720 mil e França com 430 mil.

Todos ganham mais
Nos proveitos totais, dos 644 milhões de euros, 218 milhões tiveram origem na região de Lisboa (+12,1%), seguindo-se o Algarve com 148 milhões (+4,6%) e o Porto com 108 milhões (+9,2%) Aqui, as maiores variações percentuais pertenceram aos Açores (+20,5%), Madeira (+16%) e Centro (+14,6%).

Já nos proveitos dos aposentos, dos 490 milhões de euros totais, 178 milhões tiveram origem em Lisboa (+12,8%), seguindo-se o Algarve com 104 milhões (+6,3%) e o Porto com 85 milhões (+8,7%). Aqui, também as ilhas lideraram as subidas, com os Açores a crescerem 20,7% e a Madeira 17,7%.

O crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de outubro. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,4% e 85,8% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 9,7% e 10,7%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 11,9% nos proveitos totais e 11,1% nos proveitos de aposento (quotas de 9,0% e 10,7%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,5% em ambos), os aumentos foram de 11,4% e 10%, respetivamente.

A caminho de todos os recordes
No acumulado de janeiro a outubro, as dormidas registaram um crescimento de 3,7%, atingindo 71,1 milhões, dando origem a aumentos de 10,6% nos proveitos totais e de 10,7% nos de aposento. Este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 4,8%, enquanto as de residentes registaram um crescimento inferior (+1,2%), revela o INE.

Deste total, os não residentes somaram 17,2 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 6,1% face ao acumulado de 2023, com os residentes a totalizarem 10,3 milhões, uma subida de 2,4% face ao mesmo período em análise.

Lisboa lidera no número de hóspedes nos primeiros 10 meses de 2024, com 7,3 milhões (+4,6%), seguindo-se o Porto com 6,4 milhões (+6,2%) e o Algarve 4,8 milhões (+2,2%). De resto, tal como no mês de outubro, todas as regiões registaram subidas no acumulado do ano.

Nas dormidas, das 71,1 milhões, os não residentes foram responsáveis por perto de 50,5 milhões (+4,8%) com os residentes a contabilizarem 20,6 milhões (+1,2%). Aqui, é o Algarve que lidera com 19,3 milhões de dormidas (+1,8%), seguindo-se Lisboa com 16,8 milhões (+3,7%) e o Porto com 12,3 milhões (+5,8%).

Tal como nos hóspedes, no acumulado do ano, nenhuma região registou um decréscimo nas dormidas.

Analisando todos os tipos de alojamento, Portugal registou nestes primeiros 10 meses de outubro 29,8 milhões de hóspedes (+4,7%) e 78,5 milhões de dormidas (+3,3%).

Nos proveitos totais, dos 6 mil milhões de euros, um aumento de 10,6% face aos primeiros 10 meses de 2023, Lisboa somou 1,755 mil milhões de euros (+11%), o Algarve 1,6 mil milhões de euros (+7,3%) e o Porto 937 milhões de euros (+11%).

Nos proveitos totais, todas as regiões cresceram a duplo dígito, exceto o Algarve.

No que diz respeito aos 4,6 mil milhões de euros dos proveitos dos aposentos acumulados até outubro de 2024 (+10,7%), também Lisboa lidera com 1,4 mil milhões de euros (+10,9%), seguindo-se, novamente, o Algarve com 1,2 mil milhões de euros (+7,9%) e o Porto com 740 milhões de euros (+10,5%).

Rendimentos por quarto melhoram
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 74,9 euros em outubro, registando um aumento de 7,6% (+9,5% em setembro).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (137,2 euros), seguindo-se a RA Madeira (87,2 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na RA Madeira (+15,6%), na Península de Setúbal (+12,2%), na RA Açores (+11,0%) e na Grande Lisboa (+10,4%), enquanto no Alentejo se registou um decréscimo (-3,3%).

Em outubro, este indicador cresceu 8,6% na hotelaria (+10,5% em setembro). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se aumentos de, respetivamente, 4,7% e 3,4% (+5,6% e +10,0%, em setembro, pela mesma ordem).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 118,5 euros (+6,3%, após +8,6% em setembro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (170,9 euros), seguida do Norte (114,4 euros) da RA Madeira (109,7 euros) e do Alentejo (+105,6 euros). Todas as regiões registaram aumentos neste indicador, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido na RA Madeira (+13,9%), na Grande Lisboa (+9,7%) e na RA Açores (+7,6%).

Em outubro, o ADR cresceu em todos os segmentos, +6,2% na hotelaria (+9,2% em setembro), +6,6% no alojamento local (+5,2% em setembro) e +9,8% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,7% em setembro).

No período acumulado de janeiro a outubro de 2024, o RevPAR atingiu 74,2 euros e o ADR 123,5 euros (+6,7% e + 6,5%, respetivamente).

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