IATA: Mercado doméstico recupera em abril mas viagens internacionais continuam estagnadas
Apesar de ter havido subidas no mercado doméstico, a procura internacional caiu 87,3%, mantendo-se inalterada face ao mês anterior, diz a IATA.

Inês de Matos
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A procura global por viagens aéreas registou uma descida de 65,4% no passado mês de abril face a igual mês de 2019, quebra que, ainda assim, representa uma melhoria face ao decréscimo de 66,9% registado em março e que, segundo a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo, se deve ao melhor desempenho do mercado doméstico, que apresentou uma tendência de recuperação em vários países em todo o mundo.
De acordo com um comunicado divulgado esta quarta-feira, 9 de junho, pela IATA, “a procura por viagens domésticas melhorou em abril de 2021 em comparação com o mês anterior, embora tenha permanecido muito abaixo dos níveis pré-pandémicos, enquanto a recuperação nas viagens internacionais de passageiros se manteve estagnada face às imposições do governo e às restrições às viagens”.
Os mais recentes dados da IATA mostram que, em abril, a procura por viagens internacionais ficou 87,3% abaixo do registado em igual mês de 2019, ano que a IATA continua a usar como referência, uma vez que a pandemia da COVID-19 veio distorcer as comparações entre 2020 e 2021, o que manteve praticamente inalterado o resultado negativo de 87,8% do passado mês de março.
Já a procura por viagens aéreas domésticas registou uma descida de 25,7% face a igual mês de 2019, o que indica uma melhoria significativa face ao mês de março, quando o tráfego aéreo doméstico global tinha descido 31,6%, numa recuperação que, aponta a IATA, foi comum à grande maioria dos mercados, com exceção do Brasil e da Índia, enquanto a China e Rússia apresentaram mesmo crescimento face aos níveis de procura pré-pandemia.
“A forte recuperação contínua nos mercados domésticos diz-nos que quando as pessoas têm liberdade para voar, elas aproveitam. Infelizmente, essa liberdade ainda não existe na maioria dos mercados internacionais. Quando isso acontecer, estou confiante de que veremos um ressurgimento semelhante na procura”, considera Willie Walsh, diretor geral da IATA.
Por regiões, foi na Ásia-Pacífico que o tráfego aéreo internacional mais desceu, caindo 94.4% em abril, depois de, em março, já ter descido 94,9%, tendo mesmo sido a região com a quebra mais acentuada pelo nono mês consecutivo e com o load factor mais reduzido entre todas as regiões do mundo, indicador que sofreu uma quebra de 47,7 pontos percentuais para 33,5%.
Na Europa, o tráfego aéreo internacional reduziu 87.7% em abril, permanecendo “praticamente inalterado” à descida de 88,2% que já tinha sido registada em março. Já a capacidade caiu 78,2% e a taxa de ocupação desceu 37,3 pontos percentuais para 48,4%.
No Médio Oriente, a descida do tráfego aéreo internacional chegou aos 82.9% em abril, enquanto na América Latina houve uma quebra de 81.1% e, em África, a descida foi de 78.3%. A América do Norte foi a região onde o tráfego internacional menos caiu, registando, ainda assim, uma descida de 77.9%, mas como melhoria face à quebra de março, que tinha chegado aos 80.9%.
Para que o cenário se altere até ao pico do verão, Willie Walsh volta a apelar aos governos de todo o mundo para que harmonizem e flexibilizem os requisitos de viagem, uma vez que, aponta o responsável, existem atualmente que permitem gerir os riscos sanitários, sem fechar as viagens.
“A maioria das políticas dos governos, hoje, contempla apenas o encerramento das fronteiras. Depois de um ano e meio de COVID-19, há dados suficientes para que os governos possam gerir os riscos da COVID-19 sem proibições gerais de viagens”, sublinha o responsável, que dá como exemplo os estudos que indicam que os viajantes vacinados representam um baixo risco de contágio e que a realização de testes antes da partido minimiza grande parte dos riscos associados aos viajantes que ainda não receberam a vacina.