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Turistas britânicos querem gastar mais em compras em Portugal
Com a saída, a 1 de janeiro de 2021, da União Europeia, os turistas britânicos mostram uma forte vontade de fazer compras no exterior se puderem ser reembolsados do IVA.
Victor Jorge
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Com a saída do Reino Unido da UE concluída em plena pandemia – a 1 de janeiro de 2021 – e com a normalização da circulação entre os dois países 9% dos turistas britânicos consideram Portugal o destino mais popular em 2021 – mais 5 pontos do que 2019 – e mostram uma forte vontade de fazer compras no exterior, com 60% a afirmarem mesmo que irão gastar mais em loja se puderem ser reembolsados do IVA.
A recente pesquisa feita pela da Global Blue mostra ainda que o Reino Unido é um dos principais mercados emissores de turismo para Portugal, com mais de 2,1 milhões de hóspedes britânicos registados em 2019.
Nesse mesmo ano, as compras feitas em lojas, em Portugal, por estes turistas atingiram os 79 milhões de euros, nos sectores de Moda, Acessórios e Retalho Não Especializado.
Considerando que os produtos em Portugal já são, em média, 5 a 10% mais baratos do que no Reino Unido, a vantagem adicional oferecida pelo Tax Free shopping vai constituir um atrativo muito importante para os turistas britânicos, cujo poder de compra permite antecipar um aumento de vendas em loja de até 20%, sendo, por isso, uma grande oportunidade para os comerciantes nacionais poderem maximizar as suas receitas em loja.
Para Renato Lira Leite, managing director da Global Blue, “a recente elegibilidade dos turistas britânicos para compras Tax Free e a tão esperada reabertura das fronteiras e ligações aéreas, são uma excelente notícia para os setores do turismo de compras e do comércio em Portugal”.
De resto, o responsável pela operação da Global Blue no nosso país, admite que “o Reino Unido deverá tornar-se rapidamente numa das mais importantes nacionalidades no Turismo de Compras em Portugal”. Por isso, conclui Renato Leite, “é imperativo que as diversas entidades oficiais do Turismo incorporem este elemento na comunicação do destino aumentando, dessa forma, a sua competitividade e atratividade”.
Recorde-se que, desde o primeiro dia deste ano, os turistas britânicos residentes em Inglaterra, Escócia e País de Gales são classificados como cidadãos residentes fora da UE e estão, por isso, sujeitos aos mesmos critérios de elegibilidade de qualquer outra nacionalidade extracomunitária.