Companhias aéreas norte-americanas perdem quase 100 MM$ em 2020
Se a descida no número de passageiros nacionais transportados pelas companhias aéreas dos EUA, em 2020, foi significativa, a descida nos passageiros internacionais foi dramática.
Victor Jorge
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As companhias aéreas norte-americanas perderam, em 2020, cerca de 118 mil milhões de dólares em receitas, o equivalente a 98 mil milhões de euros, face ao ano anterior, representando, assim, uma quebra de 47% relativamente a 2019.
Os dados agora divulgados pela TradingPlatforms indicam, naturalmente, a pandemia da COVID-19 como principal causa para esta quebra histórica, depois das receitas operacionais das linhas aéreas norte-americanas registarem subidas constantes desde 2015.
Os números revelam receitas de 248 mil milhões de dólares (cerca de 205 mil milhões de euros), para o ano de 2019, e uma descida para 130 mil milhões de dólares, correspondendo ao valor mais baixo no período que vai de 2004 a 2020.
Em termos de lucros líquidos, as companhias aéreas dos EUA registaram um valor negativo de 24,6 mil milhões de dólares, um decréscimo de 256% face a 2019 quando os lucros líquidos ascenderam a 15,7 mil milhões de dólares.
A Trading Platforms destaca, aliás, que as perdas das companhias aéreas dos EUA são ainda maiores do que as registadas no período da recessão vivida em 2008 e 2009, quando as perdas totalizaram 18,1 mil milhões de dólares.
Em termos de passageiros, os números divulgados indicam que as companhias transportaram, em 2019, 926 milhões de passageiros, dos quais 811 milhões nacionais e 115 milhões internacionais. Já em 2020, o número total de passageiros transportados caiu 60% para “apenas” 369 milhões de pessoas.
O transporte de passageiros nacionais decresceu quase 500 milhões para 335 milhões de passageiros, com a quebra do número de passageiros internacionais a ser ainda maior: -90% para 34 milhões de passageiros.
Rex Pascual, editor da TradingPlatforms, refere que, depois do setor da aviação ter sido afetado pela pandemia, “mais de um ano depois do vírus ter tomado a economia global como refém, ainda resta muita incerteza sobre como será o ‘novo normal’ e o que isso significa para o futuro das viagens aéreas”.