Aeroporto de Lisboa: Costa rejeita alterar “um investimento estrutural” por causa da pandemia
O primeiro-ministro garante que o governo vai continuar a trabalhar para que não haja atrasos na execução do novo aeroporto na região de Lisboa.
Carina Monteiro
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António Costa considerou esta segunda-feira, dia 28 de setembro, que o novo Aeroporto de Lisboa não deve sofrer alterações por causa da conjuntura atual. Durante o discurso de abertura da V Cimeira da Confederação do Turismo de Portugal, o primeiro-ministro garantiu que o governo vai continuar a trabalhar “com o município da Moita e com a ANA Aeroportos para que nada justifique atrasos na execução daquilo que é o projeto necessário para podermos ter um novo aeroporto na região de Lisboa com capacidade de responder àquilo que voltará a ser a procura no período pós-COVID”.
Para Costa, não se pode “alterar um investimento estrutural por causa de uma conjuntura adversa como aquela que estamos a viver”. “Se este é um investimento que há mais de 50 anos se considera prioritário, creio que não há-de ser uma pandemia que justificará alterar aquilo que já era necessário há 50 anos”.
António Costa mostrou confiança na recuperação do turismo no pós-COVID, uma vez que Portugal foi considerado, por três anos consecutivos, o melhor destino turístico do mundo, algo que, na opinião do primeiro-ministro, não se alterará. Porém, António Costa reconheceu que o problema está em chegar ao pós-COVID.
Nesse sentido, anunciou que o governo está a preparar a flexibilização do quadro legal da medida de apoio à retoma (que substitui o lay off simplificado), de forma “a ajustar a medida àquilo que é a realidade da evolução da economia, em particular à evolução do setor do turismo” .
O governo está também a trabalhar “para incluir, no Orçamento de Estado para o próximo ano, um programa de apoio à procura que permita aos clientes poder recuperar parte do IVA pago nos serviços de restauração e turismo em novas compras” nestes setores, anunciou António Costa.
“A prioridade, desde o início desta crise, tem sido preservar ativos e os recursos humanos qualificados que foram cruciais à qualificação do setor do turismo de Portugal. Este exercício é marcado por uma enorme incerteza”, referiu. Para o primeiro-ministro, “a maior ou menor procura do turismo tem tido pouco a ver com a realidade concreta da pandemia em cada destino” ou com os corredores abertos, mas sim com um problema essencial chamado confiança”.
António Costa prometeu diálogo permanente e uma relação de confiança entre o setor privado e o Estado para “atravessar com a maior estabilidade possível este período”.
“Precisamos de um setor turístico sólido, robusto, capaz de continuar a acolher os turistas que nos procuram como o melhor destino turístico do mundo, mas precisamos também que as finanças públicas recuperem a robustez que tinham em 2019, em que pela primeira vez tivemos um excedente orçamental”, considerou.
A pensar no futuro, o primeiro-ministro recordou que, entre as diferentes medidas que têm vindo a ser desenhadas no Quadro de Recuperação e Resiliência, há um conjunto de ações que “são particularmente importantes para o turismo, nomeadamente aquelas que dizem respeito ao financiamento de projetos no âmbito da transição digital e da transição climática”. Para António Costa, as empresas devem “aproveitar esta ocasião de menor procura para fazer investimentos, que no pós-COVID terão efeitos benéficos”.
Por fim, o primeiro-ministro disse que é preciso continuar a fazer investimentos. “Como sinal de confiança vamos abrir, já em outubro, sete concursos no âmbito do Programa REVIVE Natureza e 19 até ao final do ano, também no âmbito deste programa”.
Costa anunciou, ainda, que no âmbito do turismo sustentável, será lançado em outubro “um novo plano de sustentabilidade para o setor, assim como um conjunto de atividades de promoção interna e externa do Turismo de Portugal”.