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Análise

Pandemia acelera transição digital das empresas turísticas

Se por um lado o setor do turismo está a recorrer mais à tecnologia nestes novos tempos, as empresas tecnológicas estão também a adaptar-se e a criar novas soluções.

Carina Monteiro
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Pandemia acelera transição digital das empresas turísticas

Se por um lado o setor do turismo está a recorrer mais à tecnologia nestes novos tempos, as empresas tecnológicas estão também a adaptar-se e a criar novas soluções.

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Muito antes da pandemia da Covid-19 já se falava da transição digital da economia. Mas, num mundo que, de repente, mudou de hábitos de consumo e trabalho, e em que o distanciamento social é agora a palavra de ordem, o digital ganhou terreno num curto espaço de tempo e a digitalização passou forçosamente a fazer parte do dia-a-dia das empresas, nomeadamente as turísticas. A expressão transição digital mais não é do que “apostar na transformação de um negócio”, definiu recentemente, numa entrevista ao Publituris, Filipa Xavier de Basto, partner no Grupo Your, que presta serviços integrados no apoio à gestão das empresas. “A digitalização não se resume ao fim do papel, vai muito além disso. Altera o papel do colaborador, o conhecimento que a empresa tem sobre os seus clientes, o seu modo de funcionamento e até mesmo a sua relação com fornecedores e parceiros. Permitindo aumentar a produtividade das equipas, dando-lhes tempo para se dedicarem ao que realmente importa e aumentando assim a eficiência das empresas”, afirmou na altura.

No caso do turismo, e tendo em conta a opinião das empresas contactadas para este artigo, o período da pandemia veio acelerar o processo de digitalização das empresas, sobretudo no contacto com os seus clientes. “O processo de transição digital e a aposta na tecnologia já era uma necessidade bastante clara para o mercado do turismo, seja para ganhar competitividade, seja para melhoria do serviço ao cliente – que é chave para o sucesso nesta área”, aponta Pedro Seabra. Para o CEO e partner da Viatecla, empresa que desenvolve software para o turismo, “esta nova realidade veio tornar claro que sem meios digitais e processos bem digitalizados ficamos muito limitados na nossa operação e na capacidade de resposta e trabalho das equipas. Essa aceleração foi forçada, mas precisa de ser apoiada com estratégia e formação das pessoas”. Segundo Pedro Seabra, as soluções tecnológicas que terão maior procura, do ponto de vista das operações, são as que garantam “rigor e segurança nos processos, controlo do que está a acontecer e uma rápida e eficaz resposta ao cliente”.

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Em relação às empresas de distribuição (agências de viagens, operadores turísticos, etc), em particular, o responsável da Viatecla acredita que “tanto o canal mobile, como os ambientes de negócio B2C e B2B, precisarão de um foco maior no cliente, tanto no aumento da capacidade de diferenciação e controlo do produto, como na gestão da comunicação precisa e dos elos de contacto com o cliente para lhe dar bom apoio e acompanhamento”.

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João Taborda, responsável de vendas da TTS – Travel Technology & Solutions, reconhece um aumento da procura nesta fase, um sinal de que a pandemia veio acelerar a necessidade das empresas apoiarem o seu negócio com tecnologia. “Estes últimos meses têm sido de alto volume de trabalho comercial, com muito interesse por parte das agências de viagens, inclusive de mercados que eram um pouco reticentes à adopção de novas tecnologias disruptivas, como as que a TTS fornece”. Soluções que permitem aos agentes de viagens terem flexibilidade de trabalhar “anytime, anywhere” viram “um aumento substancial de procura” durante a transição para o teletrabalho, refere João Taborda, que acredita que este é “um processo que não terá volta atrás”. “Esta nova tendência tem sido validada pelos painéis de especialistas na nossa série de Webinars “TTS Talks | Around the World”, que estão a planear manter os seus agentes de viagens com a flexibilidade de trabalharem de casa”, refere. O responsável da TTS afirma ainda que as soluções de maior procura são aquelas que permitem, por um lado, “mobilidade, flexibilidade e aumento de produtividade” das agências de viagens, por outro, ferramentas “que ajudam os agentes a lidar com maior facilidade com as necessidades da situação atual e a servir melhor os clientes no cenário de retoma que está a iniciar, permitindo-lhes oferecer um melhor nível de serviço “.

Alojamento
Mas se este é o panorama nas agências de viagens, no alojamento também se procuram soluções na tecnologia que permitam enfrentar esta nova realidade. “Nesta reabertura estamos a assistir a uma onda de inovação e criatividade por parte dos hotéis. Existe uma necessidade, acima de tudo, de garantir as jornadas ‘contactless’, onde efetivamente o distanciamento social é privilegiado. No caso do ecossistema português, existem várias startups e empresas tecnológicas com capacidade de ajudar os hotéis neste novo normal, garantindo que a transição digital seja feita de forma rápida mas sem fricções, garantindo processos que são mais eficientes. A tecnologia na hotelaria está cada vez mais democratizada, permitindo que qualquer unidade, independentemente do seu tamanho, consiga aceder à mesma”, refere João Freitas, Head of Business Development da HiJiffy. A empresa com sede em Lisboa apresenta uma solução tecnológica que centraliza, automatiza e mede todas as atividades de atendimento ao cliente nos hotéis.

Nesta fase de reabertura dos hotéis, a HiJiffy aponta quais as ferramentas que recolhem maior procura entre as unidades hoteleiras. “O concierge virtual durante a estadia” é uma delas. “Idealmente que permita aos hóspedes efectuar ‘self check-in’ digital, a marcação de serviços e o ‘express check-out’ através dos seus canais de comunicação favoritos, como é o caso do WhatsApp”, refere. Também o “contactless check-In/check-out” é uma das soluções mais procuradas, sobretudo as que permitam check-in e check-outs através dos telemóveis dos hóspedes, “idealmente conectadas com os PMS”. Por fim, os menus digitais e reservas de mesas nos restaurantes; e as fechaduras digitais, em especial, as que permitam ao hóspede entrar no seu quarto apenas tocando no seu telemóvel. “O principal problema está, muitas vezes, no elevado custo da troca de todas as fechaduras”, constata.

Também Luís Brites, CEO da Clever Hospitality Analytics, partilha da opinião que a pandemia veio acelerar o processo de transição digital das empresas e a aposta na tecnologia. O responsável acrescenta que existe atualmente “uma melhor compreensão de que a transição digital não se resume a ter mais ferramentas digitais, mas sim na redefinição dos modelos de negócio, gestão e organização interna de forma transversal nas organizações hoteleiras”. Neste ponto em concreto, Luís Brites defende que “o avanço será de anos e a aposta na tecnologia refletirá inicialmente os momentos concretos na relação com o hóspede em que a operação hoteleira tem já de adaptar-se a muito curto prazo, mas a médio prazo a aposta na tecnologia será transversal”. Do ponto de vista operacional, as soluções que suportam uma “Contactless Guest Journey Experience” maximizando a segurança dos hóspedes são as que reúnem maior procura dos hotéis, na opinião de Luís Brites. Neste sentido, indica quatro áreas fundamentais.

Em primeiro lugar, as unidades devem focar-se nos dados, uma vez que a “utilização de informação ao momento e na perspetiva futura da evolução do negócio, semana a semana, mês a mês será um fator crítico de sucesso e proporcionar aos gestores hoteleiros estas “armas” no modelo económico possível será o grande desafio dos parceiros tecnológicos”. Em seguida, deve haver uma integração Mobile/Mobile Services/Self-Service. “O conceito de Bring Your Own Device está ligado ao tema da desmaterialização dos processos com o objetivo de utilizar o equipamento móvel do cliente para todo o relacionamento com o hotel, self pré check-in e self-check-in, abrir a porta do quarto, self-checkout, pedidos de serviço ou de informação, menu digital do restaurante e gestão de mesas, ‘contactless payments’, visualização da conta-corrente, etc”, explica. Deve também haver uma aposta no CRM, Inteligência Artificial e Chatbots. “A comunicação direta com hóspedes em todas as plataformas de comunicação pode ser uma forma fundamental de captação de negócio, ferramentas tecnológicas que permitam perceber como foi a perceção da anterior experiência do cliente e modular comunicação, numa lógica de CRM, convidando-os a regressar oferecendo algum benefício adicional”, defende. Luís Brites destaca ainda as ferramentas analíticas “on-the-fly”. “As soluções da Clever são digitais por natureza, soluções Analíticas & BI que permitem ter informação imediata que permita ações tácticas no momento em que temos o cliente na unidade para maximizar a receita da estadia, será fundamental, pois os hóspedes a médio prazo serão menos, as taxas de ocupação médias serão menores e o hoteleiro tem de olhar analiticamente para cada hóspede que tem em casa”.

Felipe Ávila da Costa, CEO da Infraspeak, também não tem dúvidas: “Esta experiência forçada de digitalização e trabalho remoto associada à pandemia está a dar espaço para novas formas de pensar e inovar, pois foi possível verificar na prática que algumas rotinas podem ser feitas de forma remota/digital, assim como há ganhos claros de eficiência, qualidade e controlo”. O responsável da plataforma inteligente de gestão de manutenção e infraestruturas acredita que no turismo, onde se valoriza tanto o contacto humano e a hospitalidade, “haverá uma fusão entre a personalização e a digitalização, de forma a garantir quer o conforto, segurança e a eficiência das operações, clientes e staff”. Soluções tecnológicas que contribuam para melhorar a qualidade do serviço ao mesmo tempo que permitam colmatar a necessidade de distanciamento terão grande adopção neste período, na opinião do responsável. O CEO da Infraspseak destaca os chatbots que permitam o check-in digital, a gestão de pedidos e de reservas para almoço, pequeno almoço, etc.; as soluções ‘low touch’ que diminuam os contactos com superfícies ou objetos, como aplicações móveis para abrir as portas do quarto; e, finalmente, as soluções tecnológicas operacionais que permitam ao staff uma comunicação e uma colaboração eficaz, mesmo que de forma remota ou em equipas mais reduzidas, evitando o contato com folhas e facilitando o acesso aos dados e a implementação de processos.

Hotéis vs OTA’s
João Trindade, VP of Marketing & Product da GuestCentric, a empresa especializada em software de marketing digital na cloud, considera que a esmagadora maioria dos hotéis fez a transição digital nos últimos 10 anos. O que “esta crise veio trazer ao ramo hoteleiro foi mostrar a frágil posição em que os hotéis estão relativamente às grandes OTAs”. “Numa altura em que a gestão do relacionamento com os clientes é da maior importância, “os hotéis viram-se numa posição dificílima em que as OTAs decidiram por eles sobre como gerir as reservas que tinham, passando por cima dos interesses dos hotéis. Esta atitude criou, além de um enorme problema financeiro para os hotéis, um problema de relacionamento com os seus clientes e de confiança com quem devia ser seu parceiro”. “Não havendo nada de positivo nesta crise, estas situações deviam ser “um abrir de olhos” para os hoteleiros que ainda não têm uma estratégia clara para apostar no canal direto”. Quanto às tendências desta nova realidade pós-pandemia, João Trindade constata que “talvez por causa dos problemas que os viajantes tiveram com as reservas feitas através de parceiros/OTAs, a análise dos nossos dados mostra um crescimento mais acentuado das reservas diretas comparativamente com as das OTAs. As pessoas tentam garantir diretamente com os hotéis a flexibilidade da sua reserva. Estas novas políticas de cancelamento são essenciais para esta nova realidade. Os canais de comunicação com os hóspedes também são da maior importância para garantir uma pré-estadia sem surpresas”, conclui.

Artigo publicado no dossier de Tecnologia na edição de  3 de julho de 2020 do Publituris.

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Espanha totaliza quase 65 milhões de turistas até agosto

Os dois meses mais fortes do verão contribuíram com perto de 22 milhões de turistas para os quase 65 milhões recebidos por “nuestros hermanos”.

Espanha recebeu, nos primeiros oito meses de 2024, 64,8 milhões de turistas internacionais, traçando o caminho para mais um ano de recordes a nível turístico que se prevê possa ultrapassar os 90 milhões.

Segundo as contas feitas pelas entidades espanholas, os turistas internacionais deixaram na economia do país cerca de 86,7 mil milhões de euros, representando um aumento de 17,6% face a igual período de 2023.

O segundo país a receber mais turistas internacionais no mundo, depois de França, recebeu no pico do verão – meses de julho e agosto – 10,9 milhões de turistas, perfazendo, assim, 21,8 milhões nos dois meses, avançam os dados do Instituto Nacional de Estatística espanhol, indicando que tal número equivale a uma subida de 7,3% face aos mesmos dois meses do ano anterior.

Quase 20% dos turistas internacionais que visitaram Espanha nestes dois meses saíram do Reino Unido, seguindo-se os franceses (3,75 milhões), alemães (2,49 milhões) e italianos (1,35 milhões). Os números também mostram que dos EUA voaram 850 mil turistas, ou seja, mais 13% que em período homólogo de 2023.

Enquanto o ministro do Turismo, Jordi Hereu, saudou os números como “um grande sucesso para o bem-estar, a coesão social e o desenvolvimento económico de Espanha”, também admitiu a necessidade de o setor “transformar” o seu modelo, uma vez que o país tem sido invadido por protestos contra o turismo em massa.

Lembre-se que no início de julho, os habitantes de Barcelona usaram pistolas de água aos visitantes, num protesto contra o turismo de massas. Há anos que a cidade se esforça por moderar a afluência de turistas. Em 2022, foram tomadas medidas para combater os grandes grupos de turistas e uma rota de autocarros muito movimentada foi ocultada do Google Maps para garantir que os residentes, especialmente os idosos, possam encontrar um lugar. Na última medida, o presidente da Câmara, Jaume Collboni, prometeu que os alugueres de curta duração desaparecerão da cidade até 2028. Os 10.101 apartamentos atualmente aprovados como arrendamento turístico deverão ver as licenças anuladas nos próximos quatro anos.

Outros destinos espanhóis estão também a ser confrontados com os inconvenientes do turismo de massas. Em abril, os habitantes das Ilhas Canárias fizeram uma greve de fome, invocando a catástrofe ambiental deixada pelos turistas, com campos de golfe, piscinas e outros empreendimentos a absorverem enormes quantidades de água, numa época em que a escassez de água é cada vez mais frequente.

Em maio, realizaram-se protestos contra o turismo em todas as Ilhas Baleares, com centenas de pessoas nas ruas de Menorca, 1.000 em Ibiza e 10.000 em Palma de Maiorca, tendo outras 20.000 pessoas saído às ruas de Maiorca em julho.

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Turismo

África e Américas unem-se para planear o futuro partilhado do turismo

Os líderes do turismo de África e das Américas comprometeram-se a trabalhar em conjunto para tornar o setor um pilar do desenvolvimento coletivo sustentável e inclusivo em ambos os continentes.

A “Declaração de Punta Cana” foi adotada no final da primeira reunião conjunta das Comissões Regionais de Turismo da ONU para África e para as Américas e seguiu-se a dois dias de diálogo partilhado em torno dos temas-chave da educação e dos investimentos no setor.

Reconhecendo os laços históricos entre as duas regiões, bem como as suas culturas únicas e complementares, a Cimeira serviu como uma plataforma de referência para uma cooperação reforçada, capitalizando a inovação, a educação, os investimentos e as indústrias criativas para o desenvolvimento futuro do turismo.

Ao dar as boas-vindas a cerca de 200 participantes de alto nível, entre os quais 14 ministros, representando 27 países (15 das Américas e 12 de África), o secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que a cimeira “oferece uma plataforma única para forjar ligações e construir pontes entre África e as Américas, criar parcerias estratégicas transregionais, promover projetos de cooperação Sul-Sul, tudo em benefício do sector do turismo das duas regiões.”

A diretora-executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona, salientou, por sua vez, que “África e Américas são dotadas de um rico património cultural, de paisagens diversas e de profundas ligações históricas. No entanto, reconhecemos que, devido a múltiplos desafios – como a conetividade limitada, as barreiras regulamentares e administrativas e a falta de conhecimento mútuo do mercado – a nossa relação de turismo cruzado não é tão forte como poderia e deveria ser. O nosso objetivo hoje é abordar estes desafios de frente, fomentando a colaboração que irá impulsionar o desenvolvimento económico, promover o intercâmbio cultural e incentivar práticas sustentáveis que beneficiem todas as nossas comunidades.”

A Declaração de Punta Cana
Como um sinal claro de cooperação Sul-Sul, a Declaração de Punta Cana estabeleceu um conjunto de compromissos partilhados para o desenvolvimento do turismo como um motor de desenvolvimento inclusivo. Através da Declaração, os líderes do setor do turismo de ambas as regiões reconhecem a importante necessidade de “intensificar os esforços conjuntos para promover o desenvolvimento sustentável” através do turismo, com uma forte incidência em “investimentos estratégicos, educação, inovação e indústrias criativas”. Encarnando o espírito da histórica Cimeira de Punta Cana, a Declaração sublinha igualmente a importância do turismo como instrumento de preservação da cultura e do património comuns e únicos.

Os signatários da Declaração manifestaram a sua intenção de “redobrar os seus esforços”, nomeadamente nos domínios relacionados com investimentos estratégicos, reforçar as parcerias público-privadas, estimular os investimentos no setor e dar prioridade aos investimentos através de uma definição eficaz das políticas. Além disso, aumentar a conetividade entre as duas regiões, tanto em termos de melhoria das ligações aéreas como de reforço do intercâmbio cultural.

Na área do desenvolvimento de competências e formação, as duas regiões pretendem dar prioridade ao investimento no ensino e na formação no domínio do turismo, alargar o acesso à aprendizagem em linha e fora de linha e promover a utilização da inovação e das novas competências digitais para melhorar os conhecimentos da mão de obra no sector do turismo.

Já na inovação, a aposta passa por apoiar concursos para empresas e empresários em fase de arranque em ambas as regiões, apoiar melhor as PME, incluindo nas comunidades rurais, e promover soluções inovadoras centradas na sustentabilidade e na ação climática.

Nas indústrias criativas, os esforços passarão por promover o papel das indústrias culturais e criativas no sector do turismo, nomeadamente através do financiamento de projetos com potencial para atrair turistas e desenvolver destinos e rotas culturais novos e diversificados, e assegurar que os benefícios que o sector proporciona se centram no desenvolvimento social e inclusivo.

Finalmente, na cooperação inter-regional, o foco passa por apoiar a análise do mercado e outros estudos para identificar potenciais áreas de crescimento e oportunidades comuns, desenvolver estratégias comuns para o desenvolvimento do turismo, nomeadamente através dos meios digitais, de novos produtos e de feiras internacionais de turismo.

“Construir um amanhã melhor, hoje”
Em consonância com o enfoque mais amplo da ONU Turismo nos investimentos no turismo, a Cimeira reuniu líderes dos setores público e privado, juntamente com os principais representantes das instituições financeiras, para avaliar o panorama atual e as tendências e perspectivas para África e as Américas.

Os oradores referiram o enorme potencial de iniciativas de investimento conjuntas entre as duas regiões, salientando o papel crescente dos bancos públicos e privados. A Cimeira também se centrou na importância vital dos investimentos para impulsionar a transição ecológica do turismo tanto em África como nas Américas, sobretudo nas infraestruturas e no sector hoteleiro.

A par da inovação, a Cimeira também colocou a tónica na educação e na formação, assinalando a necessidade urgente de trabalhadores qualificados em ambas as regiões. Com o foco nos “Jovens Talentos que Lideram a Transformação”, os líderes do turismo reconheceram a necessidade de iniciativas conjuntas de capacitação, desenvolvimento de currículos e parcerias entre instituições académicas, partes interessadas da indústria e organismos governamentais.

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Aviação

Atrasos no tráfego aéreo europeu com aumento de 6% de junho a agosto

De junho a agosto de 2024, mais de 1,4 milhões de voos na Europa registaram um atraso, um aumento de 6,2% face a igual período de 2023.

Os atrasos relacionados com o controlo do tráfego aéreo (ATC) aumentaram este verão, revelando o último relatório do órgão de análise do desempenho do Céu Único Europeu (PRB) uma deterioração contínua do desempenho do ATC em toda a Europa.

Entre junho e agosto de 2024, registou-se um aumento de 6,2% no tráfego, para 1,41 milhões de voos, além de aumentos de 44,9% no total de atrasos ATFM (Air Traffic Flow Management) para quase 9 milhões de minutos. O atraso médio foi de 13 minutos por voo atrasado, tendo-se ainda verificado ainda aumentos de 80,8% nos atrasos relacionados com a capacidade ATC, e de +16,2% nos atrasos relacionados com o pessoal do ATC

Além disso, quase um em cada dois voos na Europa durante o verão sofreu algum tipo de atraso. Esta tendência de agravamento surge no momento em que o relatório PRB destaca um aumento de 430% nos atrasos anuais entre 2021 e 2023, sublinhando o fosso cada vez maior entre a procura e a capacidade efetiva do espaço aéreo.

Prevê-se que este fosso persista, especialmente com o crescimento do tráfego previsto para os próximos anos. O relatório insta “os ANSP e os Estados-Membros a darem prioridade a melhorias contínuas da capacidade em 2024 e durante o RP4 para acompanhar a recuperação do tráfego e o crescimento futuro”.

É fundamental que, após a sua confirmação, o Comissário indigitado Tzitzikostas responda rapidamente ao apelo da Presidente von der Leyen no sentido de desenvolver uma estratégia para resolver as “ineficiências na gestão do tráfego aéreo no âmbito do Céu Único Europeu”, tal como referido na sua carta de missão.

Reagindo aos números relativos aos atrasos e ao relatório PRB, Ourania Georgoutsakou, diretora-geral da Airlines for Europe (A4E), salienta que, “ao ler o relatório PRB deste ano, tenho uma sensação de déjà vu. Mais uma vez, fica claro que a situação está a piorar. A reforma do espaço aéreo europeu é agora um dos desafios mais urgentes que o sector europeu da aviação enfrenta, tendo mesmo sido identificada como uma prioridade no relatório de competitividade d Mario Draghi. O espaço aéreo europeu está a falhar. Mario Draghi falou da lenta agonia da Europa, mas para milhões de passageiros este verão, a agonia foi demasiado real”.

“É simplesmente inaceitável que quase metade de todos os voos na Europa sofram algum tipo de atraso na época mais movimentada do ano. Sabemos quais são os problemas e a capacidade com que temos de trabalhar, mas é evidente que não estamos a fazer o suficiente com o que temos para evitar atrasos. A redução dos atrasos não só minimizará as perturbações para os passageiros, como também trará benefícios ambientais reais, reduzindo potencialmente as emissões de CO2 em 7-10%. A A4E está disposta a colaborar com todas as partes interessadas para resolver este problema. A Europa e os seus passageiros não devem ser obrigados a esperar mais tempo”, conclui Georgoutsakou.

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Transportes

Aeroportos europeus receberam mais de 250 milhões de passageiros em agosto 

O tráfego de passageiros no espaço da União Europeia, no mês de agosto, ficou 2,3% acima dos níveis de 2019. Mais de 250 milhões de passageiros passaram pelos aeroportos da Europa. Em Portugal o aumento, no oitavo mês de 2024, foi superior a 14%.

 

 

 

De acordo com os mais recentes dados da ACI Europe sobre o tráfego aéreo relativo a agosto de 2024 – o mês de pico das viagens aéreas na Europa – o tráfego de passageiros em toda a rede de aeroportos europeus aumentou 5,6% em agosto, em comparação com o mesmo mês do ano passado – um desempenho ainda melhor do que no mês anterior (julho com +5,1%). Isto resultou em volumes de passageiros bem acima (+2,3%) do seu nível pré-pandémico (agosto de 2019).

Refletindo mudanças estruturais na procura, esse desempenho foi impulsionado exclusivamente pelo tráfego internacional de passageiros (+7,1% em relação a agosto de 2023), enquanto o tráfego doméstico de passageiros registou uma ligeira diminuição (-0,2% em relação a agosto de 2023).

Olivier Jankovec, diretor-geral da ACI Europe refere que estes dados “dizem muito sobre o facto de as viagens aéreas serem uma parte intrínseca do nosso modo de vida europeu. Isso, por sua vez, exige melhores políticas e regulamentos. Isto é muito necessário a nível da UE – para apoiar e permitir efetivamente a descarbonização da aviação, mas também a nível nacional – basta pensar no limite máximo de passageiros ainda por resolver no aeroporto de Dublin ou nos planos imprudentes desta semana da França para sufocar a conectividade aérea com mais impostos”.

Portugal regista crescimento superior a 14%
Os aeroportos do mercado da UE (que inclui todos os aeroportos do espaço da UE, mais Noruega, Suíça, Islândia e Reino Unido) tiveram um desempenho superior em agosto, com um aumento do tráfego de passageiros de +7 % em relação ao mesmo mês do ano passado, ultrapassando assim os níveis pré-pandémicos (agosto de 2019) em +2,5 %.

Muitos mercados nacionais – principalmente no eixo Sudeste – alcançaram um crescimento de dois dígitos em comparação com os seus níveis pré-pandémicos (agosto de 2019), incluindo a Polónia (+25,5%), Luxemburgo (25,4%), Islândia (+21,1%), Malta (+19,4%), Grécia (+18,7%), Portugal (+14,3%), Itália (+14,2%), Croácia (+13,1%) e Chipre (+11%).

Em contrapartida, o impacto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, juntamente com as alterações estruturais do mercado e fatores políticos, continuou a dificultar a recuperação dos aeroportos noutros mercados, nomeadamente na Finlândia (-27,4%), Eslovénia (-21,5%), Suécia (-21,2%), Bulgária (-20,1%), Alemanha (-13,4%) e Letónia (-11,1%).

Entretanto, os aeroportos do Reino Unido (-0,4%) e da França (-0,9%) estiveram muito perto de uma recuperação total.

Tensões geopolíticas marcam operações fora do espaço da UE
Os aeroportos do mercado fora da UE registaram uma diminuição do tráfego de passageiros de 1,5% em agosto, em comparação com o mesmo mês do ano passado – o primeiro desempenho mensal negativo desde o início da recuperação da pandemia de Covid-19.

Isto deveu-se principalmente a uma queda significativa no tráfego doméstico de passageiros (-6,2%) e também refletiu o duro impacto dos dois conflitos militares que afetam diretamente a região – com os aeroportos da Ucrânia a perderem todo o tráfego de passageiros durante 30 meses e os da Rússia (-12,9%) e de Israel (-43,5%) a ficarem muito abaixo do seu nível pré-pandémico (agosto de 2019).

No entanto, o mercado fora da UE registou diferenças de desempenho ainda mais extremas do que o da UE, com os aeroportos da Albânia (+192,9 %), do Usbequistão (+174 %), da Arménia (+66,8 %), do Cazaquistão (+54 %), da Geórgia (+49,8 %), do Kosovo (+48,2 %) e da Moldávia (+38 %) a ultrapassarem largamente os seus níveis pré-pandémicos (agosto de 2019). Estes desempenhos impressionantes refletiram tanto o dinamismo intrínseco destes mercados nacionais, com a propensão para voar a aumentar acentuadamente, como a procura de/para a Rússia, que se afastou do mercado da UE+.

Grandes lideram. Pequenos em dificuldades para recuperaram
O tráfego de passageiros nos maiores aeroportos da região europeia aumentou 6,7% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano passado – marcando o primeiro mês em que superaram todos os outros segmentos da indústria aeroportuária e também permitindo-lhes, finalmente, exceder (+0,2%) os seus níveis pré-pandémicos (agosto de 2019).

Londres Heathrow (+5,5% em relação a agosto de 2023 | +3,8% em relação a agosto de 2019) continuou a ser o aeroporto europeu mais movimentado, seguido por Istambul na segunda posição. O hub turco registou um crescimento modesto do tráfego de passageiros (+1,7%) em comparação com o mesmo mês do ano passado, em grande parte devido a problemas de manutenção que obrigaram a Turkish Airlines a imobilizar uma parte significativa da sua frota. No entanto, apresentou o melhor desempenho (+14,8%) entre os maiores aeroportos em relação aos seus níveis pré-pandémicos (agosto de 2019).

Paris-CDG (+5,3% em relação a agosto de 2023 | -8,15% em relação a agosto de 2019) ficou na 3.ª posição, seguido por Amsterdam Schiphol (+6% em relação a agosto de 2023 | -5,8% em relação a agosto de 2019) e Frankfurt (+3,7% em relação a agosto de 2023 | -12,1% em relação a agosto de 2019). O hub alemão regressou ao top 5 dos aeroportos europeus em agosto pela primeira vez desde o início da recuperação da pandemia de Covid-19.

Roma-Fiumicino continuou a registar o maior crescimento entre as maiores infraestruturas aeroportuárias europeias em comparação com o mesmo mês do ano passado, com +20,6% (+13,5% em relação a agosto de 2019).

Entre os mega e grandes aeroportos, os maiores aumentos em agosto, em comparação com o mesmo mês do ano passado, foram registados em Catânia (+21,1%), Budapeste (+20,8%), Alicante (+15,4%), Tenerife (+14,4%), Copenhaga (+14,3%), Varsóvia (+12,9%), Praga (+12,4%), Munique (+11,8%) e Atenas (+10,4%).

Os aeroportos médios registaram o segundo melhor desempenho em agosto, em comparação com o mesmo mês do ano passado, com +6,2%. Os aeroportos que registaram os maiores aumentos nesta categoria foram Chisinau (+52,6%), Ostrava (+41,8%), Tirana (+40,5%), Poznan (+29%), Tivat (+28,6%) e Tbilisi (+25,5%).

Tal como nos últimos meses, as bases low cost de maior dimensão continuaram a registar um desempenho superior: Beauvais (+20,5%), Memmingen (+12,4%), Charleroi (+12,3%) e Bergamo (+10,2%).

Em contrapartida, e refletindo uma nova realidade do mercado da aviação, os pequenos aeroportos registaram o desempenho mais fraco, com um aumento de 3,9 % no tráfego de passageiros em agosto, em comparação com o mesmo mês do ano passado, e permaneceram -24,9 % abaixo dos seus níveis pré-pandémicos (agosto de 2019).

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Reservas através de plataformas online aumentaram 16,2 % no 2.º trimestre de 2024

O 2.º trimestre de 2024 registou mais de 208 milhões de reservas em plataformas digitais. Portugal aparece com um aumento de duplo dígito.

Durante o segundo trimestre de 2024, os hóspedes passaram 208,8 milhões de noites em alojamentos de aluguer de curta duração na União Europeia (UE), reservados através da Airbnb, Booking, Expedia Group ou TripAdvisor. Isto corresponde a um aumento de 16,2% em comparação com o mesmo período de 2023.

Em abril de 2024, foram passadas 53,5 milhões de noites em alojamentos reservadas através de plataformas online, o que revela uma ligeira descida de 1,8% em comparação com abril de 2023. No entanto, maio registou um aumento com 73 milhões de noites reservadas através de plataformas (+31,7% em comparação com maio de 2023), bem como junho, com 82,3 milhões (+17,8% em comparação com junho de 2023).

Todos os países da UE registaram um aumento do número de noites reservadas através de plataformas online em junho de 2024. Os maiores aumentos foram registados em Malta (+45,8% em comparação com junho de 2023), na Lituânia (+28,1%) e na Suécia (+27,4%), surgindo Portugal com um aumento de duplo dígito.

Em contrapartida, foram registados aumentos modestos na Bélgica (+2,6%), nos Países Baixos (+3,3%) e na Eslovénia (+6,0%).

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Meeting Industry

Formalizado em Lisboa o capítulo Espanha & Portugal do SITE

O Capítulo Espanhol e Português do SITE (Sociedade para Excelência em Viagens de Incentivo), que reúne profissionais da indústria, desde hotéis, a companhias aéreas, DMC, Conventions Bureaux, e todos os que fazem parte da cadeia de valor na área do MICE, foi formalizado esta quinta-feira em Lisboa.

A participação portuguesa neste capítulo do SITE, que acaba de ser formalizado, num encontro que decorreu, esta quinta-feira, no DUO Hotel Lisbon, Curio Collection by Hilton, é ainda muito pequena, uma vez que são apenas oito membros, contra os 60 em Espanha, mas o objetivo é que pelo menos duplique muito rapidamente, conforme avançou ao Publituris, Eduarda Neves, CEO da Portugal Travel Team (PTT), um dos membros desta organização a nível global há quase 25 anos.

“Temos agora o “member get member”, ou seja, cada membro pode convidar outro a associar-se e esse membro tem um desconto do fee, e esses também podem convidar outros tantos. Temos, na minha opinião, capacidade para ter um número igual a Espanha, nesta organização que existe há mais de 50 anos e tem vindo a crescer em todo o mundo com os vários capítulos”, esclareceu Eduarda Neves. Refira-se que cada membro, e é na base individual e não por empresa, paga um fee anual de 495 dólares.

A formação e o networking, como disse, são as grandes bandeiras do SITE, bem como um código de ética “muito rigoroso”, e sendo associado do capítulo, o membro é automaticamente associado do SITE Global, com possibilidade participar nas conferências anuais bem como nas reuniões de outros capítulos geográficos.

O objetivo do SITE, avançou ainda ao Publituris a CEO da Portugal Travel Team “não é captar negócio diretamente, mas é uma oportunidade de networking para futuros negócios. Temos todos os anos a conferência global, que em 2024, teve lugar em fevereiro, em Istambul, e em 2025, será em Tulum, em março”, para lembrar que em 2012 teve lugar em Lisboa.

Refira-se que nas conferências anuais do SITE Global, para além dos speakers em várias em várias áreas há ainda a atribuição dos prémios SITE Crystal Awards, em várias categorias, sendo que a Portuga Travel Team já ostenta um troféu.

Sobre este segmento tão importante para o turismo em Portugal e conhecendo os seus impactos económicos para o país, mas também lembrando um dos grandes propósitos do SITE, que é a formação, Eduarda Neves, profissional há muitos anos na área do MICE faz uma observação: “As universidades que têm cursos de turismo e de organização de eventos, com mestrados e pós-graduações, não contam e não pedem a colaboração de quem trabalha nos vários segmentos do MICE, para fazer uma apresentação de uma hora em cada curso sobre esta temática que é tão variado”.

Em declarações ao Publituris, defendeu ainda que “e um tipo de turismo que traz valor acrescentado para o país porque compra hotelaria, restauração, salas de conferências, palácios e outros espaços com um valor muito mais alto, e cuja média de gasto por pessoa ronda entre os sete mil e os 12 mi euros, ou seja, um valor muito mais alto do que o turismo de lazer. Nós não queremos acabar com o outro tipo de turismo, o que queremos é ter aquilo que precisamos para poder desenvolver ainda mais este segmento em Portugal.

Para Borja Llopart, presidente do capítulo SITE Spain & Portugal, “esta fusão emocionante abre um mundo de possibilidades para nós, e estamos cheios de entusiasmo pelas oportunidades que temos pela frente”, para realçar que o capítulo ultrapassou os 70 membros, e que “esta conquista é uma prova da dedicação e do trabalho duro dos membros do nosso Conselho e do Comité, cujos esforços incansáveis ​​nos impulsionaram para a frente”, para enaltecer que “vamos embarcar nesta jornada juntos, com entusiasmo renovado e um compromisso compartilhado com a excelência”.

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Destinos

Porto é o Melhor Destino Gastronómico Emergente da Europa

Tal como Lisboa, também o Porto foi distinguido nos World Culinary Awards, arrecadando o titulo de Melhor Destino Gastronómico Emergente da Europa, em reconhecimento pela oferta e experiências portuenses no campo da gastronomia.

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Tal como Lisboa, também o Porto foi distinguido nos World Culinary Awards, arrecadando o titulo de Melhor Destino Gastronómico Emergente da Europa, em reconhecimento pela oferta e experiências portuenses no campo da gastronomia.

“A escolha do Porto confirma a riqueza turística, cultural e gastronómica da região do Porto e Norte, um destino capaz de atrair tanto ‘gourmets’, como viajantes em busca de cultura e autenticidade”, justifica a organização dos World Culinary Awards.

A cidade do Porto ultrapassou as cidades europeias de Batumi (Geórgia), Berlim (Alemanha), Cannes (França) e Dubronvik (Croática), num resultado que, segundo a Câmara Municipal do Porto, é “o reflexo da aposta que o Município tem feito neste setor”.

A autarquia recorda o lançamento de projetos como o Global Kitchen, uma “viagem gastronómica à volta do mundo” e que tem “trazido à cidade grandes nomes da culinária internacional”, assim como a participação no Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes, no Brasil, no qual o Porto o primeiro convidado internacional, e no Fórum Mundial de Turismo Gastronómico, iniciativa conjunta da Organização Mundial de Turismo e do Basque Culinary Center.

“O investimento do posicionamento da cidade a nível internacional neste segmento, que constitui um dos eixos da Visão de Futuro para a Sustentabilidade do Destino Porto, tem sido feito em conjunto com diversas entidades, entre elas o Turismo do Porto e Norte, e levou a que o Porto fosse, recentemente, escolhido como anfitrião da gala do Guia Michelin que, em 2025, voltará a distinguir os melhores restaurantes nacionais”, refere ainda a autarquia.

Recorde-se que os World Culinary Awards são um evento “irmão” dos World Travel Awards (WTA), celebram este ano a quinta edição e têm com objetivo promover a cultura culinária global e incentivar o turismo gastronómico.

 

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Aviação

Azul reforça operação em 12% durante o pico do verão brasileiro

Entre 16 de dezembro de 2024 e 2 de fevereiro de 2025, a Azul vai reforçar a sua operação em 12% face ao mesmo período do ano passado, num total de 3.048 voos adicionais que, segundo a companhia aérea brasileira, visam dar resposta ao aumento da procura durante a temporada de verão no Brasil.

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A Azul anunciou que, entre 16 de dezembro de 2024 e 2 de fevereiro de 2025, vai reforçar a sua operação em 12% face ao mesmo período do ano passado, num total de 3.048 voos adicionais que, segundo a companhia aérea brasileira, visam dar resposta ao aumento da procura durante a temporada de verão no Brasil.

“Esse aumento será muito importante para comportar a procura, oferecer novas possibilidades de rotas e conexões diretas, além de ser essencial para que, mesmo com a alta procura, os preços se mantenham acessíveis. Teremos uma oferta de cerca de 460 mil assentos a mais na alta temporada, em comparação ao último verão”, afirma Vitor Silva, gerente geral de Malha, Planeamento Estratégico e Alianças da Azul.

No total, a Azul vai disponibilizar 43,3 mil voos durante o pico do verão no Brasil, incluindo regulares, voos extras e ligações dedicadas da Azul Viagens, com a companhia aérea a indicar que as regiões do Sudeste e Nordeste vão ser as maiores beneficiadas, ainda que também existam novidades ao nível das ligações internacionais.

“Ao todos serão 1.471 voos na região, que contempla os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Já o Nordeste é a região mais procurada como destino de férias, recebendo 1.159 voos durante o período, com destaque para Recife, Maceió e Porto Seguro, as cidades que mais terão voos”, revela a Azul, num comunicado divulgado esta quarta-feira, 2 de outubro.

Segundo a companhia aérea, os aeroportos mais movimentados no período serão os hubs de Viracopos, em Campinas (SP), Confins – BH Airport (MG) e Recife (PE), importantes para a conexão dos clientes com os mais de 160 destinos atendidos pela Azul”.

A temporada alta no Brasil vai ficar ainda marcada pela abertura de 10 rotas domésticas diretas, que segundo a Azul são “inéditas” e vão ligar os aeroportos de Guarulhos e Ilhéus (BA), “além de Navegantes, que contará com voos direto para Recife (PE), Vitória (ES) e Rio de Janeiro (RJ)”.

A companhia aérea vai contar ainda com novos voos realizados durante a madrugada e que vão ligar Campinas aos aeroportos de Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Galeão (RJ), Goiânia (GO), Londrina (PR), Presidente Prudente (SP), Ribeirão Preto (SP), São José do Rio Preto (SP), Uberlândia (MG) e Chapecó (SC), num total de 68 ligações, entre 21 e 28 de dezembro, bem como a 4, 6, 11 e 13 de janeiro de 2025.

Este verão, a Azul vai ainda abrir novas rotas internacionais, nomeadamente entre Campinas e Punta del Este, no Uruguai, disponibilizando dois voos por semana entre 18 de dezembro de 2024 e 2 de fevereiro de 2025, bem como de Florianópolis e Montevidéu, capital do Uruguai, que também vai contar com duas ligações por semana, de 16 de dezembro de 2024 a 7 de março de 2025.

“Ambas as operações serão realizadas em aeronaves Embraer E2, com capacidade para 136 clientes”, acrescenta a Azul, revelando que também para Orlando vão ser realizados voos extraordinários.

No caso de Orlando, a Azul vão acrescentar um voo aos sábados, entre 16 e 23 de novembro, que se junta à operação de um voo por dia que a companhia aérea já realiza para este destino dos EUA desde Campinas e que passa a diário a partir de 30 de novembro, aumentando a oferta da Azul para dois voos por dia desde Campinas.

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Alojamento

Grupo Altis vai abrir boutique hotel de luxo no antigo Petit Palais By Olivier

O futuro hotel localizado junto ao Museu Medeiros e Almeida, em Lisboa, será alvo de um investimento de sete milhões de euros por parte do grupo hoteleiro. A empresa tem ainda em vista a gestão de um resort na Madeira, além de planos de expansão para mais unidades no Porto e em Lisboa.

Carla Nunes

O grupo Altis Hotels vai abrir um novo boutique hotel de luxo no local do antigo Petit Palais By Olivier, na Rua Rosa Araújo, em Lisboa. A garantia foi dada pelo diretor-geral de operações dos Altis Hotels, Diogo Fonseca e Silva, que falou com a imprensa no âmbito de uma visita ao mais recente Altis Porto Hotel.

A futura unidade hoteleira, localizada junto ao Museu Medeiros e Almeida, será constituída por 23 quartos e tem data de abertura prevista para o início de 2026. O projeto encontra-se neste momento em fase de demolição, sendo que o edifício vai contar com a adição de mais dois pisos e com a assinatura do atelier de Frederico Valassina. Das valências do hotel farão parte um restaurante, bar, zona de piscina e um pequeno spa, após um investimento de sete milhões de euros.

Além deste hotel, Diogo Fonseca e Silva reforça que o grupo tem interesse em crescer com mais unidade hoteleiras em Lisboa, Porto e Madeira, sendo que neste último destino têm já assinado um contrato para a exploração de um hotel que ainda se encontra em projeto. De acordo com o diretor-geral de operações do grupo Altis este projeto, situado entre o Funchal e o aeroporto, será composto por um hotel de 100 quartos e 248 apartamentos.

“Temos neste momento um contrato assinado para a exploração de um hotel, mas é um projeto que tem demorado muito tempo porque houve alterações na parte societária. O promotor é uma empresa formada por uma pessoa da Madeira e por um dinamarquês. Neste momento o dinamarquês saiu, daí a alteração na parte societária. Tem havido mais a questão de conseguirem o financiamento, das autorizações da câmara. Ainda está em pé, temos o contrato assinado, e temos esperança que vá avançar”, explica.

Setembro trouxe 6M€ em faturação para o grupo

Sobre a operação dos hotéis que integram o grupo Altis, Diogo Fonseca e Silva dá conta de que em setembro deste ano conseguiram bater recordes de vendas em quatro hotéis, altura em que a totalidade do grupo rendeu seis milhões de euros em faturação – um crescimento de quase 20% face ao período homólogo.

A estratégia tem passado pela subida do preço médio para combater o decréscimo na procura em alguns meses do ano. Com este indicador a rondar os 260 euros por noite – tendo em conta que em algumas unidades do grupo Altis o preço médio é de 400 euros e, noutras, 140 euros – o objetivo passa por crescer 5% em preço médio.

O orçamento perspectivava-se de “crescimento fácil” para este ano. Contudo, julho e agosto não trouxeram a ocupação esperada, com Diogo Fonseca e Silva a apontar para a ocorrência dos Jogos Olímpicos e do europeu de futebol como uma possível influência para estes resultados.

“O que estamos a notar este ano é que o desafio maior tem a ver com a ocupação. Sentimos que nalguns meses do ano a cidade de Lisboa não teve a mesma procura que teve nos anos anteriores. Apesar das informações que vêm a público [darem conta de que] o número de entrada de turistas está a crescer, o que se nota, pelo menos na nossa realidade em Lisboa, é que apesar de dizerem que entram mais turistas, o tipo de turista que entra não é o turista que vai tanto para os hotéis de cinco estrelas. Entram turistas se calhar com menos capacidade financeira e por isso, apesar de se ver a cidade cheia, nota-se uma diminuição do consumo nestes segmentos mais elevados”, explica o diretor-geral de operações.

Neste sentido, também os próximos anos são vistos como “muito desafiantes” em termos de ocupação hoteleira por Diogo Fonseca e Silva, dada a capacidade limitada do aeroporto de Lisboa a par do ritmo de aberturas hoteleiras na capital, que indica que irá crescer “20% em quatro anos”.

“Os próximos anos vão ser muito desafiantes com este ritmo de aberturas, novos projetos e com a capacidade do aeroporto limitada. Estamos muito focados em pelo menos manter a ocupação que tínhamos – isso exige novas formas de vender, novos canais. Temos de ser agressivos e continuar a apostar muito no serviço”, afirma.

Se em 2023 a taxa de ocupação média do grupo se situava nos 76%, a perspetiva deste ano é a de que este indicador feche entre os 74% a 75%, com Diogo Fonseca e Silva a relembrar que embora seja “um bocadinho menos do que no ano passado, compensou com o aumento do preço médio”.

Aposta no mercado norte-americano

Quanto aos canais de reserva do grupo hoteleiro, a “grande percentagem” cabe aos “canais habituais da Booking e Expedia”, com o canal próprio a representar 25% das vendas totais. Para os próximos dois anos, o objetivo passa por atingir os 35% de vendas em canal direto.

Já relativamente aos mercados do grupo Altis, os Estados Unidos da América (EUA) continuam a liderar “de há dois anos para cá” de acordo com o diretor-geral de operações, que indica ainda que, dependendo das unidades, recebem muito “mercado inglês, alemão, francês e brasileiro”. Para a mais recente unidade hoteleira do Altis no Porto, perspetivam-se “mercados semelhantes aos de Lisboa”, também com a presença de mercado espanhol e nacional. Contudo, para este hotel, o grupo ainda está a estudar a soft brand que vai utilizar para “ajudar a promover [a unidade] nos mercados internacionais”.

“As duas marcas que estamos a ponderar são as duas muito fortes no mercado norte-americano, porque faz sentido. É um mercado muito forte que ainda tem possibilidade de crescer aqui no Porto”, termina Diogo Fonseca e Silva.

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Destinos

Lisboa é o Melhor Destino Culinário da Europa

A capital portuguesa arrecadou o titulo de Melhor Destino Culinário da Europa nos World Culinary Awards, à frente de cidades como Barcelona, Copenhaga, Florença, Londres, Paris e Viena.

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A capital portuguesa foi eleita, pela primeira vez, como Melhor Destino Culinário da Europa, nos World Culinary Awards, prémios que foram entregues esta quarta-feira, 2 de outubro, numa cerimónia que decorreu no Dubai.

Barcelona, Copenhaga, Florença, Londres, Paris e Viena são algumas das cidades europeias que também disputavam este titulo, que foi atribuído a Lisboa pela “sua oferta diversificada e de qualidade” a nível gastronómico.

“É um enorme orgulho ver a identidade e tradições de Lisboa premiadas pela primeira vez neste setor e como a inovação se conjuga com estas tradições gastronómicas. É o reconhecimento da qualidade da gastronomia pela qual Lisboa tão bem se distingue e um prémio que incentiva todos os profissionais que a mantêm viva”, congratula-se Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Recorde-se que os World Culinary Awards são um evento “irmão” dos World Travel Awards (WTA), celebram este ano a quinta edição e têm com objetivo promover a cultura culinária global e incentivar o turismo gastronómico.

Estes prémios destacam as melhores práticas e inovações no setor e abrangem várias categorias, incluindo restaurantes, chefs, hotéis e outros estabelecimentos relacionados com a culinária, sendo os vencedores escolhidos através de votação pública.

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