Destinos

Reportagem | Budapeste: entre as margens do Danúbio

A ‘Pérola do Danúbio’, como é conhecida, esconde uma fusão de arquiteturas, influências e história que nos arrebatam nas mais genuínas paisagens.

Rute Simão
Destinos

Reportagem | Budapeste: entre as margens do Danúbio

A ‘Pérola do Danúbio’, como é conhecida, esconde uma fusão de arquiteturas, influências e história que nos arrebatam nas mais genuínas paisagens.

Rute Simão
Sobre o autor
Rute Simão
Artigos relacionados
Transavia France comemora 18 anos de operação em Portugal com 15M de passageiros transportados
Aviação
Emirates teve o “melhor resultado da sua história” em 2024-2025
Aviação
Instabilidade dos voos internos preocupa Associação das Agências de Viagens de Cabo Verde
Distribuição
Número de passageiros nos aeroportos nacionais volta ao positivo em março
Transportes
“O único entre 184 países a registar quebra nos gastos dos visitantes internacionais”: os Estados Unidos
Destinos
ANAV promove formação certificada gratuita entre julho e setembro
Distribuição
Colômbia e Argentina assinam memorando para a liberalização da aviação comercial
Aviação
IAG arranca 2025 com números em alta e com 71 aviões encomendados
Aviação
Escolas do Turismo de Portugal reforçam aposta na sustentabilidade
Emprego e Formação
Alemanha com quebras nas dormidas e hóspedes no 1.º trimestre
Destinos

Köszönöm significa obrigado, em húngaro. A fonética é melódica e estranhamente familiar à língua lusa: pronuncia-se ‘’qual é o seu nome’’, com um sotaque de português do Brasil. É por aqui que se conquistam, numa primeira instância e sem grande esforço, os turistas portugueses que aterram em Budapeste. O primeiro laço de familiaridade está irrevogavelmente concretizado, uma espécie de isco que acaba por passar os dias a saltar de boca em boca. Não apenas pela coincidência dos sons mas por ser a única palavra da língua húngara facilmente pronunciável. A fonética não é simpática mas não escasseiam as manhas para uma aproximação de palavras e de culturas. O brinde húngaro é selado com um “egészségedre”, que significa “saúde”. A pronúncia assemelha-se ao inglês “i can shake a tree”. Estes dois termos bem sabidos são ótimos desbloqueadores de conversa com os locais que agradecem a simpatia na aprendizagem. A lição, útil para os dias seguintes, foi aprendida de imediato, enquanto éramos apresentados a Budapeste, nos vinte e poucos quilómetros que ligam o Aeroporto Internacional de Budapeste Ferenc Lisz à zona ribeirinha de Peste. A capital húngara já estava despida de sol e com os imponentes edifícios bordados a luz. As oito pontes iluminadas deitavam-se sob o Danúbio num cenário arrebatador e onírico. A noite é um elogio a cada recorte de esquina desta cidade alocada no Leste Europeu.

PUB

As águas serenas do segundo rio mais extenso da Europa, que coloca Buda e Peste a olharem-se de frente, surge como o primeiro convite irrecusável. Os cruzeiros no Danúbio são uma das mais apetecíveis atrações podendo ser realizados de dia ou de noite, oferecendo, em cada uma destas experiências, uma perspetiva díspar da cidade, consoante a hora a que se navegue. O final de dia é, pelo dramatismo e pelo espetáculo de luzes, a aposta vencedora. O match perfeito faz-se ao aliar a esta viagem um desfile da gastronomia local. O Pannonia Gastro Bar é um restaurante navio que oferece uma experiência íntima de fine dining que conjuga um menu de degustação com um passeio pelo rio. Diariamente, o pequeno barco parte às 19h00, com um número limitado de passageiros, que reservaram atempadamente as próximas horas. Na carta, que muda mensalmente, imperam os principais aromas da gastronomia húngara. O pairing é feito com uma cuidada seleção de vinhos regionais enquanto vislumbramos pelas janelas alguns dos ícones mais afamados da cidade, como o Parlamento ou a Academia das Ciências. O passeio e jantar espraiam-se ao longo de pouco mais de três horas e tem o custo de 40 mil florins por pessoa (120 euros).

PUB

Entre Buda e Peste

O primeiro encontro com Budapeste à luz do dia é feito já de manhã. A cidade postal iluminada da noite anterior acorda com uma roupagem diferente. Há uma mistura de cores que se agarram às mais variadas arquiteturas em redor. Da margem esquerda da cidade, em Peste, somos de imediato confrontados com a vista para o Palácio do Castelo de Buda, que acorda do lado oposto. É a partir daqui que se começa a desenhar o mapa da cidade de forma mais fiel e a perceber o fio condutor que liga Buda e Peste. Conhecer a cidade, organizada em 23 bairros e dividida pelo Danúbio, é um mergulho direto na mais bonita arquitetura, na história e no cruzamento de culturas que tecem o quotidiano agitado de Peste e sereno de Buda. Com antepassados independentes entre si, Buda, Obuda e Peste só se uniram em 1873, para formar o município de Budapeste. Peste é o centro económico e político onde tudo acontece. Há avenidas agitadas com lojas de roupa e ateliers de arte, há cafés elegantes e ostentosamente ornamentados a cada esquina, há museus, escolas, hotéis, mercados, bares e restaurantes na vanguarda da oferta. Buda é mais romântica, com o palácio e o castelo envoltos num ambiente menos contemporâneo e mais histórico. A cidade é indissociável da sua génese que foi escrita por celtas, romanos, magiares, mongóis, turcos e habsburgos. O passado é tecido de confrontos, invasões e domínios tendo a cidade sido destruída e reerguida diversas vezes. A história mais recente, alinhada com uma dor quase kármica, trouxe duas guerras mundiais, uma destruição total de Budapeste e o pulso de dois regimes totalitários: a ocupação pelos nazis em 1944 e o cerco soviético após a segunda Guerra Mundial. Apesar de um passado carregado de efemérides lúgubres, Budapeste reergueu-se, reconstruiu-se e arranca suspiros a quem a visita. A simbiose entre a beleza da cidade e a disparidade de paisagens e locais tornam-na irrepetível, com diversas influências refletidas tanto nos diversos estilos arquitetónicos como na aura das ruas. Budapeste é moderna, cosmopolita, aberta e recetiva num exemplo de superação que arranca aplausos. Aqui, há um parlamento onde o ouro impera e há buracos de balas ainda cravados em edifícios em ruínas para que história sobreviva além dos livros. Outro dos aspetos mais atraentes da cidade é a sua versatilidade camaleónica. Budapeste é um destino capaz de agradar a uma mão cheia de diferentes turistas. Encaixa numa viagem de amigos, de família, numa escapada romântica ou numa jornada a sós – em todos os casos é uma aposta ganha. É um destino de lazer, de cidade, de campo, de saúde, de amantes de arte, de apreciadores de música, de apaixonados por comida, dos que que gostam de agitação ou dos que não dispensam tranquilidade. Tudo é adaptável, sabendo escolher o roteiro.

A não perder

A oferta de monumentos, miradouros, edifícios, parques e locais cuja beleza silencia comentários abunda na capital húngara. A mistura de todos os estilos arquitetónicos e artísticos imprime um resultado ímpar pelas ruas de Budapeste que vive embrulhada em art nouveau, gótico, neo-gótico e modernismo. Quatro a cinco dias completos deverão ser suficientes para espreitar o essencial da cidade com algum pormenor e desfrutar das principais atrações. De dia ou de noite, o Parlamento rouba as atenções na margem de Peste na Kossuth tér. É o maior edifício da Hungria e o segundo maior parlamento da Europa e demorou 17 anos a ser construído. No seu interior estão expostas 250 estátuas, 40 quilos de ouro e 40 milhões de tijolos bem como a coroa sagrada, insígnia principal do brasão do país. Há visitas guiadas em várias línguas ao interior do edifício, com a duração de cerca de 45 minutos. Com 96 metros de altura a Basílica de Santo Estevão é outro dos edifícios que não passa despercebido. É a maior igreja da cidade e a terceira maior do país. No interior está exposta a mão direita mumificada de Santo Estevão, fundador do Estado cristão. Já no Bairro judeu encontramos a Grande Sinagoga, a segunda maior do mundo, construída pela mão de ortodoxos e reformistas e concluída em 1859. Além do espaço religioso, que surpreende do teto ao chão não só pelo tamanho como pela imponência dos dourados e rosas há também um Museu Judaico que homenageia os mais 600 mil judeus húngaros vítimas do holocausto. Ainda no bairro judeu, mora uma das maiores atrações da cidade quando o sol se deita: os bares. Após a II Guerra Mundial, as ruas em redor da Grande Sinagoga ficaram em ruínas. Os edifícios foram ocupados e decorados com peças abandonadas e retiradas do lixo dando agora lugar à zona de maior animação noturna da cidade. Aqui, nasceram os ruin bars e locais de convívio, no meio dos escombros e sem intervenções. O resultado é um espaço divertido, colorido, caótico e moderno cosido com uma vasta junção de culturas. Em Peste, há outros pontos de paragem obrigatória que não devem ser descurados como a Praça dos Heróis, o edifício da Ópera Estatal Húngara, a movimentada rua Váci utca e a Avenida Andrássy ou a Citadella alocada no alto da Colina Gellét, o ponto mais alto de Budapeste, e que oferece das melhores vistas sob a cidade que combina com qualquer ângulo fotográfico.

Quando chegamos ao lado de Buda, no histórico Bairro do Castelo, cercado por fortalezas medievais, deparamo-nos com um set de filmagens, atividade já habitual por estes lados que é já cenário recorrente em vários filmes. Deste lado do Danúnio vive o icónico Palácio do Castelo de Buda, a Igreja de Mathias, a Biblioteca Nacional Széchenyi, a Galeria Nacional da Hungria e o Bastião dos Pescadores, local de igualmente farta paisagem.

A banhos no Széchenyi Spa

Ainda os pés não tinham pisado o solo de Budapeste e, em pleno aeroporto, enquanto esperávamos pelo reencontro com as malas no tapete rolante, os ecrãs exibiam um dos ex-líbris da cidade: as termas. Piscinas exteriores de água a fumegar, cercadas de edifícios neo-barrocos, são-nos apresentadas como um ‘must see’ nesta viagem. Budapeste tem cerca de 50 complexos termais que fazem uso das águas terapêuticas da cidade. O Széchenyi Spa é o mais afamado e é a escolha principal dos turistas. Este espaço foi construído entre 1909 e 1913 e oferece 21 piscinas, interiores e exteriores, e uma longa lista de tratamentos. Há saunas, um spa de cerveja entre outras terapias e massagens que podem ser agendadas à parte. O bilhete diário custa seis mil florins (perto de 18 euros) e permite o acesso ao complexo durante um dia. Com um horário de funcionamento entre as 06h00 e as 22h00, a visita a este spa é uma rotina habitual dos húngaros que o frequentam para descansar e relaxar, num hábito semelhante à frequência de um ginásio ou de qualquer outra atividade desportiva. Para quem vem de fora, movido pela curiosidade é uma experiência quase imperdível. A contrastar com o ar gélido da cidade, as piscinas exteriores estão aquecidas à temperatura de 28ºC. Cá fora, sob o céu já quase escuro, dezenas de turistas mergulham nas águas, de cerveja na mão. Há as famosas mesas de xadrez onde uma geração mais experiente gasta o tempo e fontes de água a descerem sob os visitantes.

Lá dentro as pequenas piscinas estão lotadas de pessoas estagnadas que se embrulham nas águas medicinais. É aqui que este espaço peca. Demasiada fama atrai demasiadas pessoas o que torna este spa um pouco caótico. Há filas à entrada, os pequenos corredores abafados fazem-se de pessoas e há piscinas onde a capacidade já ultrapassou a lotação máxima. A limpeza e higiene do local deixam várias dúvidas o que, ainda assim, não parece ser motivo de dissuasão a quem frequenta. Nas noites de fim-de-semana a fasquia eleva-se e o espaço exterior transforma-se num espaço festivo ao ar livre com DJ a acompanhar os banhos de água e cerveja. Apesar de não termos visitado, há outros espaços na cidade, não tão conhecidos, que oferecem as mesmas vantagens num ambiente mais sereno e menos apelativo a turistas, o que pode ser uma boa opção para quem quiser usufruir de um momento de spa com alguma serenidade.

Como ir

A TAP tem voos diários para Budapeste com partida de Lisboa.

Onde ficar

É entre a Ponte Erzsébet (Elizabeth) e a Ponte Széchenyi Lánchíd, ou Ponte das Correntes como é conhecida, junto à zona ribeirinha de Peste, em Belváros, Lipótváros, que se encontra uma boa fatia das unidades hoteleiras de classificação mais elevada. O cinco estrelas Budapest Marriott Hotel é uma escolha segura para a estadia na cidade. Vale totalmente a pena escolher um quarto com vista, a principal pérola do hotel. A fachada virada para o rio é envidraçada desde o teto ao chão oferecendo ao hóspede a cidade no quarto. O conforto é já habitual nos hotéis da insígnia. O Budapest Marriott Hotel dispõe de 364 unidades de alojamento, um pequeno spa, sala de reuniões, business lounge, bar e restaurante.

Como visitar

A riqueza histórica, artística e arquitetónica da cidade merece ser contada pela boca de quem sabe. Optar por fazer um roteiro guiado pelos principais pontos é uma mais-valia e acaba por fazer toda a diferença no final da experiência, acrescentando-a e enriquecendo-a. A empresa de visitas turísticas Budapest Today é gerida pelo Levente, um guia húngaro que é também músico e tem uma veia de comediante afinada. O jovem guia de 28 anos tem um conhecimento musculado sobre todos os recantos, histórias e curiosidades da cidade que alia a uma boa disposição e atenção louváveis. Com sorte, um qualquer passeio pode acabar num bar de jazz com ele a cantar bossa nova num brasileiro lisonjeador.

Onde comer

A oferta gastronómica na cidade é expressiva no que diz respeito tanto aos sabores locais como à cozinha internacional. Nas ruas, há cafés e pastelarias a exibir o tradicional chimney cake com os mais diversos e gulosos recheios. Para provar pratos mais típicos e genuínos, aconselha-se uma visita ao Mercado Central (Great Market Hall). Se o desejo recair numa refeição mais cuidada, o St Andrea Sky Bar Budapest é uma escolha segura que combina sabores locais contemporâneos num terraço com uma vista arrebatadora.

* Viajou a convite da TAP

Sobre o autorRute Simão

Rute Simão

Mais artigos
Artigos relacionados
Transavia France comemora 18 anos de operação em Portugal com 15M de passageiros transportados
Aviação
Emirates teve o “melhor resultado da sua história” em 2024-2025
Aviação
Instabilidade dos voos internos preocupa Associação das Agências de Viagens de Cabo Verde
Distribuição
Número de passageiros nos aeroportos nacionais volta ao positivo em março
Transportes
“O único entre 184 países a registar quebra nos gastos dos visitantes internacionais”: os Estados Unidos
Destinos
ANAV promove formação certificada gratuita entre julho e setembro
Distribuição
Colômbia e Argentina assinam memorando para a liberalização da aviação comercial
Aviação
IAG arranca 2025 com números em alta e com 71 aviões encomendados
Aviação
Escolas do Turismo de Portugal reforçam aposta na sustentabilidade
Emprego e Formação
Alemanha com quebras nas dormidas e hóspedes no 1.º trimestre
Destinos
Destinos

“O único entre 184 países a registar quebra nos gastos dos visitantes internacionais”: os Estados Unidos

“Entre 184 países, os Estados Unidos são o único a registar uma quebra absoluta nos gastos de visitantes internacionais”, revelou Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, acrescentando que “o país está definitivamente a perder o seu lugar no pódio nessa área”.

Os Estados Unidos continuam a ser a maior economia de viagens e turismo do mundo, mas os gastos dos visitantes internacionais devem cair para menos de 169 mil milhões de dólares em 2025, perante os 181 mil milhões de dólares o ano passado, e uma descida de 22% em relação ao seu pico, em 2019.

Os gastos com viagens internacionais nos Estados Unidos devem cair cerca de 7%, ou seja 12,5 mil milhões de dólares, em 2025, à medida que as tensões políticas e o dólar mais forte levam os visitantes estrangeiros a outros destinos, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).

Por outro lado, os viajantes internacionais estão a evitar férias nos Estados Unidos, já que as políticas do governo do presidente Donald Trump geram temores de prisões na fronteira e uma taxa de juros desfavorável, disse Julia Simpson. A recolha de impressões digitais de estrangeiros com mais de 14 anos para estadia superior a um mês, incluindo canadianos que antes podiam visitar o país por até seis meses sem visto, tem contribuído também para este declínio.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Foto: Depositphotos.com
Aviação

Colômbia e Argentina assinam memorando para a liberalização da aviação comercial

Este acordo contempla a possibilidade de abertura de novas rotas, esperando-se que permita também tarifas mais acessíveis e contribua para melhorar a qualidade do serviço para os passageiros.

Os governos da Colômbia e da Argentina estabeleceram um memorando de entendimento que visa melhorar a conectividade aérea entre os dois países, uma vez que o acordo contempla a possibilidade de abertura de novas rotas, esperando-se que permita também tarifas mais acessíveis e contribua para melhorar a qualidade do serviço para os passageiros.

De acordo com o portal informativo especializado em aviação Aeroin, um dos pontos centrais deste memorando de entendimento é a liberalização do mercado aéreo, o que permitirá que as companhias aéreas operem rotas conjuntas sem restrições de operadores ou limitações de frequências.

“Este acordo é fundamental para expandir a conectividade aérea da Colômbia com o mundo, especialmente com a América Latina. Continuaremos a crescer em número de passageiros e oportunidades para todos,” afirmou a ministra dos Transporte da Colômbia, María Fernanda Rojas.

Segundo a governante colombiana, este acordo “permite mais possibilidades” para as companhias aéreas e vai trazer também “muitos mais benefícios aos passageiros em termos de oferta”.

“Este acordo consolida-nos como um eixo na América Latina, promovendo competitividade e o surgimento de possibilidades de conexões entre cidades da Argentina e da Colômbia que atualmente não existem”, acrescentou María Fernanda Rojas.

Além de voos comerciais, o acordo agora alcançado entre a Colômbia e a Argentina abrange também o transporte de carga e correspondência, pelo que se espera que tenha impacto ao nível dos “fluxos turísticos, comerciais e culturais entre os dois países”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Foto: Depositphotos.com
Destinos

Alemanha com quebras nas dormidas e hóspedes no 1.º trimestre

Quase 8% menos dormidas em março e menos 4% no 1.º trimestre. Número de hóspedes também cai na Alemanha.

Em março, os estabelecimentos de alojamento na Alemanha registaram 32,7 milhões de dormidas, menos 7,7% do que no mesmo mês do ano anterior. Uma das razões para esta diminuição poderá ser a data mais tardia das férias e dos feriados da Páscoa, que em 2024 ocorreram maioritariamente em março, enquanto em 2025 se concentram quase totalmente em abril.

O número de dormidas de hóspedes residentes na Alemanha caiu 8,4% em março, face ao mês homólogo do ano anterior, para 27,4 milhões, segundo o Statistisches Bundesamt (Destatis – Departamento Federal de Estatística alemão). Também o número de dormidas de hóspedes estrangeiros diminuiu, em 4%, para 5,3 milhões. A queda foi particularmente acentuada nos parques de campismo: as 900 mil dormidas representam uma redução de quase 40%. No Alojamento Local (casas e apartamentos de férias), a descida foi de 18%. “Estes dois tipos de alojamento são especialmente procurados por famílias, pelo que a data tardia das férias da Páscoa teve um impacto mais significativo”, refere a entidade estatística alemã. Nos hotéis, estalagens e pensões, as dormidas caíram 4,7%, totalizando 21,5 milhões.

No 1.º trimestre de 2025, os estabelecimentos de alojamento registaram um total de 84,8 milhões de dormidas. Isto representa uma redução de 4,4% face ao mesmo período do ano anterior, em que se atingiu um valor recorde de 88,7 milhões de dormidas.

O número de dormidas de hóspedes residentes desceu 4,8%, para 70,2 milhões, em comparação com o 1.º trimestre de 2024. Quanto aos hóspedes estrangeiros, o número de dormidas caiu 2,6%, para 14,6 milhões. Também nestas quebras, o Destatis aponta o facto de a Páscoa ter ocorrido mais tarde como causa.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Turismo de golfe pode valer quase 66 mil milhões de dólares até 2035

O mercado global de turismo de golfe está a atravessar uma expansão significativa. Estima-se que o seu valor seja de cerca de 27 mil milhões de dólares em 2025, com projeção de atingir os 65,8 mil milhões de dólares 2035, o que representa uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 9,3%, revela relatório da Future Market Insights.

Esse crescimento do turismo de golfe é apoiado por uma procura crescente por experiências imersivas e ecologicamente corretas. 2025 promete ser um ano promissor para o turismo de golfe, com uma oferta diversificada que combina tradição, inovação e sustentabilidade.

Só na Europa, este nicho deverá crescer a uma taxa anual de 4,3%, entre 2025 e 2035, atingindo os 5,7 mil milhões de dólares no final do período em análise, indicam estimativas da Future Market Insights, que avança que com destinos icónicos como a Costa Brava, em Espanha, o Algarve, em Portugal, e St. Andrews, na Escócia, a Europa continua a ser uma das principais opções para os entusiastas do golfe. A sua rica história, campos diversificados e sólida infraestrutura continuam a atrair golfistas amadores e profissionais do mundo todo.

O turismo de golfe emergiu como um segmento vital na indústria global de viagens e turismo, impulsionado pela crescente popularidade do desporto entre jogadores recreativos e profissionais. Os viajantes procuram cada vez mais destinos que ofereçam campos de golfe de classe mundial, além de alojamento premium e experiências de lazer. O crescente apelo por viagens focadas no golfe, especialmente em destinos que combinam paisagens cênicas com luxo e relaxamento, posicionou o turismo de golfe como um importante impulsionador do crescimento do setor global de viagens. Neste caso, resorts de luxo, agências de viagens e operadores de turismo estão a investir fortemente na oferta de experiências de golfe de alto nível, visando jogadores amadores e profissionais.

A análise confirma que a América do Norte e a Europa continuam a ser mercados dominantes, enquanto a Ásia-Pacífico surge como uma região com procura crescente.

Os principais impulsionadores do mercado incluem a expansão de campos de golfe, o aumento de viagens internacionais e o apoio governamental a iniciativas de turismo desportivo.

“Com o surgimento de plataformas digitais de reservas e experiências personalizadas de golfe, o mercado está pronto para se expandir rapidamente”, afirma Sudip Saha, diretor executivo e cofundador da Future Market Insights, para realçar que, além disso, iniciativas de sustentabilidade no turismo de golfe moldarão ainda mais o futuro do setor”.

Por regiões: América do Norte – os Estados Unidos e o Canadá lideram o mercado de turismo de golfe devido à forte cultura do golfe e à presença de campos icônicos em destinos populares como incluem Flórida, Califórnia e Arizona; e Na Europa – Reino Unido, Espanha, Portugal e Escócia são os principais destinos turísticos de golfe, atraindo turistas europeus e internacionais.

Já no que diz respeito à Ásia-Pacífico, países como Tailândia, Japão, Coreia do Sul e Austrália estão a testemunhar um aumento significativo. O aumento da receita e os investimentos em infraestruturas de golfe contribuem para a expansão. Enquanto isso, no Médio Oriente e África, os Emirados Árabes Unidos, particularmente Dubai e Abu Dhabi, estão a emergir como um destino de golfe premium com instalações de nível internacional, e os campos de golfe da África do Sul atraem viajantes de luxo. Já na América Latina, o Brasil, Argentina e México estão a ganhar popularidade devido aos pacotes turísticos de golfe acessíveis e campos pitorescos, indica o estudo.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Destinos

Inscrições até 20 de maio: Turismo de Portugal vai “comandar” missão empresarial a Cabo Verde

Uma missão empresarial portuguesa, dirigida pelo Turismo de Portugal, vai participar no Cabo Verde Investment Forum, iniciativa que se realiza de 17 a 20 de junho na Ilha do Sal, e vai focar-se nos setores do turismo, das viagens e do recreio marítimo, visando explorar novas oportunidades de negócio para as empresas portuguesas. Inscrições abertas até 20 maio.

Segundo avança o Turismo de Portugal, o Cabo Verde Investment Forum é um espaço privilegiado para o encontro entre projetos de elevado potencial, capital e investidores visionários, reforçando a centralidade de Cabo Verde como hub de desenvolvimento económico no Atlântico, graças à sua localização geoestratégica privilegiada​.

A partida de Lisboa para o Sal está agendada para 17 de junho, com regresso a 21. Para além sessões de networking empresarial, os participantes terão encontros institucionais com os ministros cabo-verdianos do Turismo e Transportes e da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial, a Câmara Municipal do Sal, Instituto do Turismo de Cabo Verde e Câmara de Turismo de Cabo Verde, bem como a oportunidade de realizar visitas técnicas a Zonas de Desenvolvimento Turístico Integral (ZDTI), bem como a infraestruturas estratégicas da ilha do Sal, e ainda, no dia 20, participar no EU-Cabo Verde Global Gateway Investment Forum, que inclui painéis temáticos, debates e oportunidades de cooperação, com oarticipação de autoridades, empresas e investidores.

​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​Ainda, no âmbito do reforço da cooperação económica e empresarial entre Portugal e Cabo Verde, o Turismo de Portugal promove um segundo programa – Ilhas de Santiago ou Boavista​ e Sal (para integração no programa conjunto), com saída de Lisboa a 16 de junho e regresso no dia 21.

Refira-se que as despesas com passagens aéreas e alojamento são da responsabilidade dos participantes.

O Fórum de Investimento de Cabo Verde terá lugar na Ilha do Sal, nos dias 18 e 19 de junho, enquanto, no dia 20 de junho, será realizado o EU-Cabo Verde Global Gateway Investment Forum, que visa aprofundar o investimento do setor privado no país e na União Europeia no âmbito da Estratégia Global Gateway.

O fórum facilitará o diálogo e a colaboração entre empresas UE-Cabo Verde, instituições financeiras europeias de desenvolvimento, agências de crédito à exportação e outros parceiros importantes, com base na parceria existente do Global Gateway e buscando novas oportunidades de negócios.

O fórum adotará um formato híbrido, combinando sessões presenciais com sessões virtuais para facilitar a participação online e o matchmaking. A participação presencial será priorizada para empresas da UE e de Cabo Verde em detrimento de outras empresas.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Destinos

Tunísia prevê temporada turística “excecional”, segundo o governo

O ministro do Turismo e Artesanato da Tunísia, Sofiane Tekaya, disse que a atual temporada turística será excecional, dado o número significativo de reservas feitas por operadores turísticos estrangeiros.

Publituris

O ministro, em declarações à imprensa local, enfatizou que os esforços conjuntos com as federações profissionais de turismo continuam a oferecer aos tunisianos, residentes no país ou no exterior, serviços de qualidade aos melhores preços, garantindo ao mesmo tempo os melhores serviços a todos os visitantes que chegam à Tunísia.

Por outro lado, o governante destacou que também estão em andamento os trabalhos para criar novas unidades turísticas em toda a região noroeste e integrar legalmente mais de duas mil casas de hóspedes no setor turístico, após o desenvolvimento de novas especificações que regulamentam o setor, o que contribuirá para a reabertura do Aeroporto Internacional de Tabarka regularmente ao longo do ano e apoiará a atividade turística em toda a região norte.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Ilhas da Macaronésia buscam objetivos comuns na área do turismo

A Ilha do Porto Santo, Madeira, recebeu, recentemente as III Jornadas Atlânticas de Turismo – JAT, evento que surge no âmbito da geminação entre os municípios de Velas (Açores), Sal (Cabo Verde) e Porto Santo (Madeira), depois da realização das I e II Jornadas nas Velas (2023) e Sal (2024), respetivamente. O objetivo foi encontrar objetivos comuns no que ao turismo se refere.

Depois da realização das Jornadas Atlânticas de Turismo, este ano, no Porto Santo, em 2026 será a vez de os Açores acolherem a iniciativa.

Intervindo nas jornadas, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, Berta Cabral, defendeu que a Madeira, Açores e Cabo Verde “são exemplo da forma como o Atlântico pode moldar não só as paisagens, mas também a identidade e o caráter das suas gentes”.

A governante manifestou “orgulho e entusiasmo por ver os Açores associados, através do município das Velas, a este movimento de valorização do turismo na Macaronésia, patrocinado também pelos municípios de Porto Santo e do Sal”.

Segundo Berta Cabral, “esta é uma rede de territórios com muito em comum, que deve ser projetada no seu todo e afirmar-se como uma oferta diferenciadora no contexto internacional”.

Conforme disse, “os Açores, Madeira e Cabo Verde partilham inúmeros pontos de contacto: insularidade, origem vulcânica, riqueza e diversidade paisagística, tradições culturais e uma história marcada por desafios idênticos, superados pela resiliência e pela alma dos nossos povos. Estes elementos, aliados à autenticidade das nossas comunidades e à forma como soubemos preservar os nossos recursos, conferem à Macaronésia um caráter singular e um potencial turístico inigualável”, adiantou.

Berta Cabral referiu que “o desenvolvimento do turismo em ilhas remotas e de pequena dimensão comporta dificuldades acrescidas”, nomeadamente “maior dependência das acessibilidades externas, vulnerabilidade às alterações climáticas, fragilidade das economias locais e limitações infraestruturais”.

Mas sublinhou que “são estas especificidades que nos tornam territórios tão únicos e tão desejados por quem procura experiências autênticas, envolventes e sustentáveis”.

Luís Silveira, presidente do município de Velas (São Jorge – Açores), que falava na sessão de abertura do evento, reforçou uma vez mais a importância da realização destas jornadas, sendo este um desafio ganho, onde se juntam estas três ilhas, três destinos com Reservas da Biosfera, em torno do mesmo objetivo. Depois da realização das Jornadas Atlânticas de Turismo, este ano, no Porto Santo, em 2026 será a vez de os Açores acolherem a iniciativa.

O autarca, lembrando os 32 anos de geminação entre Velas, Porto Santo e Sal, assinalados este ano, recordou os objetivos destes encontros, que abordam questões de extrema relevância e inerentes aos três destinos, aprendendo uns com os outros, o que cada qual faz de melhor.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Destinos

Depois de Espanha turismo de Albufeira mostra-se no mercado norte-americano

Numa parceria com a APAL, o município de Albufeira ruma a Toronto, a 13 de maio, a Nova Iorque, no dia 15, para realizar dois roadshows “que visam atrair dois mercados considerados estratégicos para Portugal e para o Algarve, aproveitando a existência de novas rotas aéreas diretas para Faro”, segundo o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Rolo.

Publituris

De 13 e 15 de maio, (terça a quinta), o Município em parceria com a APAL – Agência de Promoção de Albufeira, organiza duas ações promocionais estratégicas no mercado norte-americano, que têm por objetivo reforçar a notoriedade do concelho algarvio enquanto destino turístico de excelência. Trata-se de dois roadshows a realizar nas cidades de Toronto (13 de maio) e Nova Iorque (15 de maio).

José Carlos Rolo refere que estes roadshows já foram desenvolvidos em anos anteriores, “tendo em conta o interesse estratégico nestes mercados que já são considerados dos mais importantes a nível nacional, apresentando-se com potencial de crescimento dentro e fora da época balnear”.

Refira-se que a iniciativa, que conta com a adesão de vários associados da APAL, tem por objetivo promover o destino junto de dois mercados que ganham cada vez mais importância para Portugal e para o Algarve, tirando partido do reforço das ligações aéreas com os Estados Unidos, nomeadamente com a nova rota direta da United Airlines entre Newark e Faro, que se prevê tenha início a 17 de maio deste ano, com quatro voos semanais. “A presença de Albufeira nestes mercados pretende potenciar o impacto desta nova ligação aérea, promovendo Albufeira como

um destino competitivo e atrativo para o mercado norte-americano”, conclui o presidente José Carlos Rolo.

Refira-se que, na semana que passou, Albufeira esteve em Bilbau (Espanha), numa ação promocional do Turismo do Algarve. O autarca referiu que “esta é a terceira vez que o município participa na Expovaciones, aproveitando a proximidade geográfica e as ligações aéreas com Bilbau e outras cidades espanholas para mostrar a nossa oferta turística, que passa pela qualidade dos nossos alojamentos e unidades de restauração, animação turística, património natural e paisagístico, cultura, tradições, praias de excelência, gastronomia e vinhos e a simpatia das nossas gentes, incluindo os profissionais do setor, considerada uma referência ao nível da hospitalidade”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Governo de Cabo Verde confirma que o megaprojeto “Djéu” continua em fase de reversão

O ministro das Finanças de Cabo Verde Olavo Correia, assegurou que o megaprojeto “Djeu”, do empresário de origem macaense, David Chow, continua em fase de reversão e que houve uma proposta do promotor no sentido de trazer um novo investidor para dar continuidade ao empreendimento que contempla hotel-casino, marina, escritórios, entre outras valências.

Publituris

“Se não conseguirmos alternativas para viabilizarmos a operação, o governo, uma vez concluída esta fase de reversão, encontrará novos operadores para o desenvolver o projeto”, assegurou o vice-primeiro-ministro, que é igualmente ministro das Finanças, segundo notícia avançada pela Inforpress.

O governante avançou aos jornalistas locais que se está a cumprir a decisão do executivo, ouvindo, entretanto, o promotor do projeto que diz que “pode ter alternativas”, para realçar que “estamos abertos a alternativas, mas não havendo alternativas, será continuado o processo de reversão”, garantiu, mas “concluído o processo de reversão, estaremos a encontrar o novo investidor para dar continuidade ao projeto em modos diferentes, como é evidente”, indicou.

Refira-se que o projeto do complexo “Djeu”, na cidade da Praia (ihéu de Santa Maria), do empresário de origem macaense David Chow, apontado como o maior empreendimento turístico de Cabo Verde, com um investimento global previsto de 250 milhões de euros, e que contempla casino, marina, escritórios, entre outras valências, foi anunciado em 2001, no entanto, a primeira pedra só viria a ser colocada 15 anos mais tarde, em fevereiro de 2016, tendo o acordo com o governo sido assinado em 2015.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Foto: Depositphotos.com
Destinos

Incerteza global não impacta viagens na Europa e Portugal continua a ser um dos destinos preferidos

De acordo com o último relatório da European Travel Commission (ETC), o ritmo de evolução da atividade turística na Europa continua a surpreender, apesar de uma conjuntura internacional pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares. Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico, com mais de 30% dos inquiridos a repetirem o destino.

Publituris

No último relatório trimestral, sobre o Turismo na Europa no 1.º trimestre de 2025, a European Travel Commission (ETC) revela que o ritmo de evolução da atividade turística continua a “surpreender”, apesar de uma conjuntura internacional “pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares, com alta generalizada dos preços, incluindo os relacionados com serviços turísticos, designadamente os custos associados às viagens aéreas e aos custos de alojamento”.

Apesar disso, o “European Tourism Trends & Prospects” prevê que os ventos adversos enfrentados em 2024 se mantenham em 2025, exigindo planeamento estratégico, adaptação e inovação no setor nos próximos anos.

Certo é que a procura turística europeia encerrou 2024 em alta, com as chegadas de turistas internacionais a aumentarem 6,2% em relação a 2023 e a maioria dos destinos a reportarem aumentos substanciais.

No 1.º trimestre de 2025, o número de chegadas foi bastante consistente com o do último trimestre de 2024, mas a recuperação no número de noites encerrou o ano mais forte do que o esperado, acima dos 5,9%.

A nível regional, as chegadas aumentaram 6,2% e as dormidas 5,2% em relação ao ano passado, marcando uma ligeira moderação no crescimento das chegadas, mas uma aceleração nas dormidas em comparação com o relatório anterior, admitindo a ETC “tratar-se de um declínio modesto na duração da estadia, mas a tendência geral é ainda para estadias mais longas desde a pandemia”.

A preferência do consumidor continua a inclinar-se para destinos com melhor relação qualidade-preço e temperaturas mais amenas. No entanto, isto não prejudicou a procura por alguns destinos tradicionalmente populares do Sul e do Mediterrâneo que superaram a média regional em termos de chegadas.

Segundo o inquérito “Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel”, 72% dos europeus pretendem viajar nos próximos seis meses e Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico.

Cerca de 30,4% dos inquiridos que pretendem vir a Portugal nos próximos meses, já estiveram em Portugal, o que demonstra satisfação e consequentemente intenção de regresso, 46,3% estiveram em França e 42,9% estiveram em Espanha.

A segurança do destino é o critério mais importante, selecionado por mais de metade dos inquiridos, indicando este dado que os turistas colocam a segurança pessoal no topo das suas preocupações ao escolherem um destino.

As boas condições climatéricas foram selecionadas por 39,1% dos inquiridos o que reflete a valorização por destinos com clima agradável, geralmente associado a sol, temperaturas amenas e ausência de intempéries.

Os dados demonstram, igualmente, que nos últimos três anos, 14% dos viajantes europeus visitaram Portugal, tornando-o o 11.º destino preferido, subindo ao 10.º lugar quando retiradas as viagens domésticas.

Outro dado indica que 11,8% dos europeus que viajaram até Portugal nos últimos três anos, preveem regressar num futuro próximo e que 8,5% dos europeus que visitaram recentemente a vizinha Espanha planeiam visitar Portugal nos próximos seis meses.

As mais recentes estimativas para 2025 da ETC sugerem que os turistas na Europa deverão gastar cerca de 14% mais do que em 2024, prevendo-se que o crescimento dos gastos ultrapasse o do número de chegadas, sugerindo um aumento do gasto médio por visita.

Quanto à estadia média, durante o 1.º trimestre do corrente ano os turistas internacionais em viagem pelos destinos europeus passaram uma média de 2,7 noites, com base nos dados mais recentes do TourMIS. Em comparação com o mesmo período de 2024, os turistas ficaram menos noites em muitos destinos europeus, não se concentrando tal realidade apenas numa sub-região. Portugal enquadra-se nesta tendência, com uma redução de -2,6% na duração das estadias.

Tarifas (ainda) não impactam viagens dos americanos para a Europa
As novas tarifas comerciais anunciadas pelos EUA aumentaram a incerteza em relação às viagens transatlânticas, com a Europa a preparar-se para uma possível queda no número de visitantes americanos este ano. Apesar de a Europa continuar a ser um dos principais destinos de longa distância, as flutuações na taxa de câmbio Euro/Dólar americano e o aumento dos custos de viagem podem abrandar a procura por parte dos EUA. Esta possível quebra é significativa, dado que os Estados Unidos representavam 9% das viagens globais antes da pandemia e, no ano passado, os americanos constituíram mais de um terço das chegadas de longa distância à Europa.

Apesar destes desafios, as viagens dos EUA para a Europa continuam a apresentar bons resultados no início de 2025, com mais de 80% dos destinos que reportaram dados a registar um crescimento homólogo no primeiro trimestre.

Podem também surgir efeitos compensatórios, incluindo uma redução das viagens para os EUA — especialmente a partir da China — e um aumento das viagens de curta distância dentro da Europa, à medida que mais viajantes optam por permanecer na região, face à incerteza económica e geopolítica.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.