Opinião | Desafios para Lisboa
Leia a opinião de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal.
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A edição deste ano da BTL escolheu Lisboa como destino nacional convidado. Uma justa decisão tendo em conta a importância de uma região que contempla 18 concelhos, uma costa atlântica com cerca de 150km e uma frente ribeirinha de aproximadamente 200km, dois grandes estuários (Tejo e o Sado), cinco áreas protegidas, dois grandes portos (Lisboa e Setúbal) e onde residem quase 3 milhões de habitantes.
As características únicas de municípios como Alcochete, Cascais, Mafra, Oeiras, Palmela, Sesimbra ou Sintra – só para citar alguns – fazem da região de Lisboa um destino turístico de exceção, com um enorme potencial para continuar a captar visitantes que procuram cultura e património, sol e mar, gastronomia, eventos, desporto, etc.
Um estudo recente da Associação de Turismo de Lisboa concluiu que quase 20% da riqueza gerada na região de Lisboa vem do Turismo, o que prova bem o peso da atividade neste destino, cada vez mais procurado e reconhecido internacionalmente. O desafio para as próximas décadas passa, pois, por criar as condições necessárias para aumentar a sua competitividade, condições essas que dependem sobretudo da melhoria da mobilidade intra-concelhias e intra-regiões e do novo aeroporto de Lisboa.
A primeira é fundamental para a criação de novas centralidades, com capacidade para influenciar uma redistribuição de fluxos turísticos pelos concelhos da região. Impõe-se, pois, uma visão integrada da rede de transportes da Área Metropolitana de Lisboa, que permita uma melhoria substancial nos acessos a esses concelhos. Caberá a estes acompanhar esta visão com uma oferta turística que garanta ao visitante a possibilidade de ampliar a sua experiência de viagem a Portugal.
A segunda condição prende-se com o aeroporto de Lisboa, que está a perder anualmente 1,8 milhões de passageiros por falta de capacidade. Há um acordo de financiamento para o aeroporto do Montijo, falta o estudo de impacte ambiental e a saída do dispositivo da Força Aérea que será deslocalizado para outras unidades do país, num processo que se antevê complexo e moroso, com evidentes prejuízos para todos nós.