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“Houve aldeias que voltaram a ter população devido às Aldeias do Xisto”

Depois de terem levado nova vida ao interior do país, numa região marcada pela desertificação, as Aldeias do Xisto preparam-se para a internacionalização, segundo Paulo Fernandes, presidente da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto.

Inês de Matos
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“Houve aldeias que voltaram a ter população devido às Aldeias do Xisto”

Depois de terem levado nova vida ao interior do país, numa região marcada pela desertificação, as Aldeias do Xisto preparam-se para a internacionalização, segundo Paulo Fernandes, presidente da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto.

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Depois de terem levado nova vida ao interior do país, numa região marcada pela desertificação, as Aldeias do Xisto preparam-se para a internacionalização, segundo Paulo Fernandes, presidente da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto.

Aldeias do Xisto nasceram no início do ano 2000. O que é que levou ao surgimento deste projecto?
As Aldeias do Xisto, enquanto marca territorial, surgiram um pouco mais tarde, mas foi no princípio do milénio que o projecto se formalizou, inserido na abordagem “Acção Integrada de Base Territorial do Pinhal Interior”, numa das zonas de menor densidade do país. O Pinhal Interior é uma zona com problemas em termos de desertificação e este projecto surgiu numa lógica de desenvolvimento territorial, com uma conexão muito forte com as comunidades.
Começámos por fazer a detecção de recursos, o que permitiu perceber que o isolamento daquele território tinha um lado menos negativo, que era a preservação de um património cultural do xisto e de uma arquitectura que estava corporizada por um conjunto de aldeias comuns a 18 municípios. Foi, então, feito um trabalho de triagem e passámos para os planos de reabilitação, com intervenções no espaço público.
Essa primeira fase culminou em 2008, quando se constituiu a marca Aldeias do Xisto e se criou uma entidade gestora, que na altura era algo muitíssimo inovador, porque tinha lógicas públicas e privadas. Considerámos que, no território, tínhamos que ser nós – agentes e comunidade – a assumir a responsabilidade e criámos a ADXTUR com essa assunção, porque depois da reabilitação física, era importante criar percepção de valor no mercado.
A ADXTUR arrancou como uma associação sem fins lucrativos, com um modelo público-privado, com 70/80 agentes e grande parte eram privados. Nessa primeira fase, fizemos um investimento de 13 milhões de euros, muito alavancado em fundos comunitários, já que 80% do investimento era público.
Na segunda fase – que foi sobretudo de construção e qualificação da oferta – passámos para 200 associados, dos quais 150 são privados, desde unidades hoteleiras, empresas de animação turística, restauração, produtores locais e alojamentos em Turismo no Espaço Rural (TER) e o paradigma inverteu-se, porque estamos já com 70% de investimento privado e 30% público.

Podemos dizer que o impacto das Aldeias do Xisto foi transversal, não se limitou ao Turismo?
Exactamente. O projecto tem no Turismo um dos seus pilares essenciais, mas o impacto é muito maior, permitiu passar de um território conhecido pelas piores razões, para um território que tem neste projecto uma criação de valor.
Quando começámos, eram meia dúzia os agentes que tinham ligação ao Turismo, haveria apenas um hotel naquele território – não íamos além das 40 camas e, hoje, temos cerca de mil – e nos TER aconteceu a mesma coisa, no início seriam uns 10 a operar e agora existem uns 80, o que mostra a mudança brutal que este projecto permitiu.
Nesta segunda fase, fizemos um investimento fortíssimo e estamos agora a entrar numa terceira dimensão, onde a componente da qualidade é muito relevante.

Referiu que as Aldeias do Xisto estão a entrar numa nova etapa. O que é que vai acontecer, que novidades podemos esperar?
Vamos aprofundar a vertente da inovação e continuar a trabalhar na criação de temáticas. Uma dessas temáticas é o cycling e, em breve, vamos apresentar a primeira bicicleta da marca Aldeias do Xisto. É uma bicicleta eléctrica, todo-o-terreno e adaptada à região. Temos muita força na vertente das bicicletas e queremos assumir-nos como um destino ciclável.
Outra das vertentes em que vamos apostar é na água, pelas características da região, que tem a ‘Grande Rota do Zêzere’ e mais de 50 praias fluviais, e estamos também a apostar na gastronomia. Fizemos uma carta gastronómica, que tem quase nove anos e que resultou de um trabalho profundo e, agora, queremos fazer a ponte entre a cozinha tradicional e uma gastronomia sofisticada, a partir dos produtos regionais e dos pratos associados ao Pinhal Interior, como a Chanfana, o Bucho ou o Maranho, mas envolvendo também os produtores, numa relação de proximidade. É por isso que estamos a fomentar a criação do Clube de Produtores das Aldeias do Xisto, com o objectivo de usar estes produtos nos restaurantes recomendados e oferecer uma gastronomia autêntica, com base em produtos de qualidade.
Vamos continuar também o esforço de desdobramento dos mercados. A nossa grande força é no mercado interno, queremos manter essa força, mas queremos chegar a mais mercados internacionais, sobretudo onde o produto de Turismo de Natureza está bastante desenvolvido.
E estamos ainda a trabalhar o digital, a exemplo da nossa plataforma BookinXisto, que é também bastante inovadora, porque não vende só noites de alojamento.

Como está a correr a aposta nessa plataforma de reservas? Foi lançada há muito pouco tempo, mas já é possível fazer um balanço?
A plataforma está no primeiro ano de vida, mas foi muito importante, nomeadamente no momento complicado de 2017, com os incêndios no nosso território.
A BookinXito é uma plataforma multisserviços, que permite que, no mesmo sítio, se possa comprar uma noite de alojamento, uma experiência ou produtos e, por isso, é uma plataforma inovadora, porque não é fácil fazer essa agregação.
Está a fazer o seu trajecto e, hoje, o negócio gerado através deste instrumento ronda os 200 mil euros, o que é interessante, tendo em conta a dimensão dos nossos operadores. Portanto, estamos a crescer no online e já mais do que quadruplicámos a procura da marca, o que é um marco muito importante. Esta é uma das linhas que queremos continuar, diversificando o quadro das compras, é muito importante que o valor gasto por turista aumente, assim com a estada média, que ronda as 2,2 noites, um número muito superior à média da região.

Exemplo e feedback

E os turistas percebem a importância que tem este projecto para o território onde se insere, as Aldeias do Xisto têm recebido esse feedback?
Creio que sim, mas é difícil ter dados concretos. Acompanhamos esse feedback através das plataformas digitais, que são fundamentais para fazer um acompanhamento pós-venda, e procuramos ter uma relação permanente com os turistas. Mas sentimos, de facto, que as experiências são muito adequadas.
Nesse âmbito, vamos lançar um novo programa, que se chama Aldeia Escola, com dois objectivos: criar experiências e criar uma relação mais profunda com o território. Para isso, vamos ensinar os turistas a serem aldeões. É um projecto com vários módulos – carpintaria, agricultura ou tecelagem – que vão dar créditos. A partir de determinado número de créditos, a pessoa vai aumentando o seu nível de capacidade de viver numa aldeia e, ao mesmo tempo, tem experiências. É um projecto de nova geração, um novo olhar para algo que sempre esteve cá, mas com uma ‘roupagem nova’, que liga experiências e saberes locais.
Queremos também aumentar o número de residentes. A desertificação vai continuar, mas o certo é que, num território em que todos os sectores estavam em perda, há agora um que está a crescer, que é o Turismo. É um turismo muito integrado, que permitiu recuperar mais de 800 casas, com grande impacto nas pequenas empresas de construção da região, algumas delas voltaram a especializar-se na madeira e na pedra, que estava em desuso. Passámos de uma gestão de ruínas, para uma lógica de construção de valor, houve aldeias que voltaram a ter população devido às Aldeias do Xisto, seguramente, todas elas sustêm a população pelo facto de existir este programa e, acima de tudo, há uma enorme procura das casas de xisto no nosso território, o que nos leva a acreditar que o programa ‘Escola Aldeia’ ou a aposta no turismo residencial são questões lógicas, do ponto de vista da evolução do projecto.

Já referiu que este foi um projecto inovador e pioneiro. Sentem que esse pioneirismo serviu de exemplo a outras redes que, entretanto, se vieram a estruturar?
Sim, as Aldeias do Xisto sempre foram um projecto de experimentação e assumiram um papel de laboratório para testar coisas novas. Somos muito reconhecidos exactamente por esse factor, pela inovação criada num sítio onde não era previsível e sentimos que, por exemplo nas questões do walking e do cycling, somos um exemplo para outros projectos. As próprias autoridades institucionais sempre nos chamaram para partilharmos a nossa experiência, isso aconteceu com as Aldeias Vinhateiras, onde ajudámos na criação do modelo institucional.
Também partilhámos a nossa experiência nas áreas do património natural e áreas protegidas na zona Centro Interior e a própria associação que gere as Aldeias Históricas tem um modelo institucional que decorre de um modelo que as Aldeias do Xisto, na altura, também aplicaram.
Outra área em que também estamos a ser muito solicitados é o craft. Costumo dizer que as Aldeias do Xisto são uma rede de redes, tem uma polifonia de diferentes produtos que fazem parte do produto central, mas com diferentes quadros de oferta e diversificação. Uma das primeiras facetas que começámos a trabalhar foi o artesanato e os produtos locais – por isso também temos uma rede de lojas Aldeias do Xisto –, o que levou a que tivéssemos começado a trabalhar muito a parte da criatividade. Foi um trabalho de anos, que permitiu que Portugal entrasse na Agência Mundial de Artesanato a partir das Aldeias do Xisto, cuja sede nacional está localizada numa das nossas aldeias, a Cerdeira, na Serra da Lousã.
Fomos também pioneiros na rede de bicicletas e bike hotéis, que começaram a ser testados no âmbito das Aldeias do Xisto e, hoje, já se tornaram banais.

Números

Quantos turistas visitam, a cada ano, as Aldeias do Xisto e quais são as experiências mais procuradas?
As Aldeias do Xisto são visitadas por perto de 300 mil pessoas, infelizmente, nem todas passam a noite no território, mas têm consumos vários, entre a restauração e a animação. As dormidas devem andar na casa das 60 mil na hotelaria e 60 mil nas unidades TER, o que é muito positivo, porque apenas temos cerca de mil camas.
O principal mercado é o nacional, 95% dos nossos turistas são nacionais, mas queremos mudar essa realidade, pois temos um produto interessante para o mercado internacional.
Em relação às experiências, muitos turistas fazem apenas touring e percorrem as estradas panorâmicas. Depois, temos uma parte muito forte de turismo activo, sobretudo na componente das bicicletas, mas também do walking, e temos também a restauração. A nossa gastronomia tem muito boa aceitação, porque tem, de facto, especificidades que os turistas gostam de descobrir e os leva a querer conhecer as 27 Aldeias do Xisto.

Como correu 2018 para as Aldeias do Xisto, tendo em conta que 2017 tinha ficado marcado pelos grandes incêndios na região Centro?
O que aconteceu em 2017 foi trágico. Os incêndios começaram em Pedrógão Grande, o coração das Aldeias do Xisto e houve uma perda muito grande, desde logo de pessoas, mas também de património. Pelo menos, três Aldeias do Xisto arderam parcialmente e tiveram que fazer um esforço muito grande de recuperação, mas o turismo foi uma das áreas onde a reacção foi mais imediata, exactamente por causa das Aldeias do Xisto. Muitas comunidades juntaram-se para começarem a recuperação e isto ajudou-nos a reagir.
As pessoas neste território não estão habituadas a facilidades e tiveram uma capacidade de superação que gostava de sublinhar. Talvez por isso, mesmo no ano de 2017 houve um aumento acima de dois dígitos no número de turistas. Em 2018, temos um aumento maior, devemos andar nos 18% acima do ano anterior.

E para 2019, qual é a expectativa das Aldeias do Xisto?
É continuar a crescer. Queremos atrair mais turistas, continuar acima dos dois dígitos de crescimento e aumentar o número de turistas internacionais que nos visitam.
O nosso mercado interno alargado, com o mercado espanhol, é interessante, mas não é muito relevante do ponto de vista do TER, porque é um mercado concorrencial. As zonas fronteiriças têm oferta muito próxima da nossa e, por isso, devemos ir à procura de outros mercados, nomeadamente do centro da Europa – Alemanha e países nórdicos -, temos que diversificar o quadro da procura.

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A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal (ATPNP), que assinalou recentemente três décadas de existência. Além disso, publicamos um artigo sobre o Japão e outro sobre a DS Travel, a fotorreportagem da 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, assim como entrevistas ao CEO da TAAG e ao manager da Camping Car Park. O dossier é dedicado aos cruzeiros.

Publituris

A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, que assinalou recentemente três décadas de existência.

Ao Publituris, o responsável faz um balanço positivo dos 30 anos da associação, ainda que realce que, para o futuro, é preciso investir, defendendo igualmente intervenções no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Além da entrevista a Luís Pedro Martins, esta edição traz também, na secção Destinos, um artigo sobre o Japão, que, este ano, recebe a Exposição Universal até outubro, e que é um dos destaques da programação do operador turístico do Grupo Ávoris, CATAI.

Já na secção Distribuição, o destaque vai para um artigo sobre a DS Travel, que quer chegar às 100 unidades nos próximos três anos, acreditando que o crescimento da procura por experiências de viagens personalizadas e o seu modelo inovador de expansão, vão permitir alcançar esse crescimento.

Nesta edição, merece ainda destaque a reportagem fotográfica sobre a 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, que decorreu entre 25 e 27 de março, e que passou pelo Porto, Coimbra e Lisboa, reunindo 45 expositores, que puderam mostrar a sua oferta a mais de 450 agentes de viagens.

Em Transportes, saiba quais são os planos da TAAG – Linhas Aéreas de Angola, que se está a reinventar para estar ao nível dos gigantes da aviação africana, de acordo com Nélson Oliveira, CEO da transportadora aérea angolana.

Ainda na secção Transportes, publicamos também uma entrevista com Rui Monteiro, manager da Camping Car Park em Portugal. Esta rede de gestão de áreas de serviço para autocaravanas já está presente em território nacional desde 2013 e tem planos ambiciosos para chegar às 100 áreas de serviço nos próximos anos.

Esta edição, conta ainda com um Dossier dedicado aos cruzeiros, que traz as novidades das companhias e operadores de cruzeiros que atuam em Portugal para este verão, mas também para o inverno e para o verão do próximo ano. Neste trabalho, conheça também os navios que vão chegar ao mercado em breve, assim como o EXPLORA II, o segundo navio da Explora Journeys, a companhia de luxo do grupo que detém a MSC Cruzeiros, que esteve em Lisboa no final de março.

Já as opiniões desta edição, que conta também com o Pulse Report, são assinadas por Fransciso Jaime Quesado (economista e gestor), Rui Terroso (CEO e fundador da Living Tours) e Pedro Castro (docente e diretor da SkyExpert Consulting).

Leia a edição aqui.

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A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior. 

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A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior.

De acordo com um novo relatório da empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, “durante os primeiros três meses do ano, mais de seis milhões de passageiros apanharam um voo a partir de um aeroporto português”, tendo a grande maioria das ligações aéreas, cerca de 70%, sido efetuadas à hora prevista.

No entanto, cerca de dois milhões de pessoas sofreram alguma perturbação no seu voo e, “embora na maioria dos casos se tratasse de atrasos menores e não dessem origem a uma compensação financeira, perto de 114 mil pessoas encontram-se elegíveis para receber uma indemnização por um atraso superior a três horas, pelo cancelamento do seu voo ou pela perda de uma ligação causada pelo atraso de um voo anterior”.

A AirHelp diz que, comparando com o mesmo período do ano passado, “verifica-se uma redução do número de voos e de passageiros”, uma vez que, nos três primeiros meses de 2025, registaram-se cerca de 47 mil voos contra 48 mil em 2024, o que significa menos 2% de voos e menos 4% de passageiros.

Apesar deste declínio, a taxa de perturbações de voos aumentou cerca de 13% em comparação com o ano anterior”, acrescenta a AirHelp, que diz também que “os passageiros com direito a indemnização aumentaram consideravelmente (48%)”, passando de de 75 mil em 2024 para quase 113 mil em 2025, o que se deveu “a um aumento dos voos com atrasos superiores a três horas”.

Aeroporto de Lisboa regista maioria dos atrasos

O relatório da AirHelp mostra também que a TAP foi a companhia aérea a operar em Portugal que registou a maioria dos atrasos, uma vez que, dos mais de dois milhões de passageiros transportados pela companhia aérea nacional até março, 38% registou alguma agitação com mais de 41 mil destes passageiros a estarem elegíveis para uma compensação financeira.

De seguida, surge a Ryanair, que transportou mais de um milhão de passageiros no primeiro trimestre, dos quais, refere a AirHelp, “apenas 26% dos passageiros sofreu alguma perturbação no seu voo”, pelo que pouco mais de sete mil têm direito a compensação financeira.

No que diz respeito a aeroportos, o destaque volta a recair em Lisboa, que se manteve como o aeroporto que registou “mais perturbações nos seus voos”, com 40% dos voos a registar algum atraso ou a ser cancelado, o que resulta em 39,5% dos passageiros aéreos a verem alguma perturbação nos seus voos.

Já o Aeroporto de Faro teve 84,5% dos voos sem qualquer perturbação, enquanto o Aeroporto do Porto registou 80% dos voos sem perturbações, pelo que 80,2% dos passageiros desta infraestrutura registaram “um voo tranquilo”.

 

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Frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, indica estudo

Segundo um relatório da empresa de consultoria e gestão Oliver Wyman, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, o que constitui um desafio para o setor da aviação comercial em todo o mundo.

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A frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, passando de um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década, apurou o relatório ‘Global Fleet And MRO Market Forecast 2025-2035’, da Oliver Wyman, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira, 10 de abril.

“A aviação comercial na Europa Ocidental encontra-se numa fase de crescimento sustentado, com uma previsão de aumento de 27% na sua frota até 2035, o que representa um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década”, avança a empresa de consultoria e gestão, em comunicado.

Segundo este estudo, que analisa as tendências do setor e oferece uma perspectiva a 10 anos sobre a evolução da frota de transporte aéreo comercial e as suas implicações no mercado de manutenção, reparação e revisão (MRO), na próxima década, o total de aeronaves comerciais vai passar de 29.000 em 2025 para 38.300 em 2035, com um crescimento anual de 2,8%.

O relatório realça, no entanto, que as limitações na produção de novas aeronaves e os problemas na cadeia de fornecimento estão a resultar num “atraso recorde nas entregas, dificultando a capacidade do setor de satisfazer a crescente procura”.

“Esta situação agrava-se pela escassez de mão-de-obra, que obriga a prolongar os tempos de manutenção e reparação, especialmente em regiões como a Europa Ocidental e a América do Norte”, acrescenta a informação divulgada.

Segundo Carlos García Martín, sócio de Transporte e Serviços e especialista em Aviação da Oliver Wyman, “o envelhecimento da frota, a escassez de mão-de-obra qualificada e as limitações na cadeia de fornecimento, aliados a uma forte procura de transporte aéreo, estão a gerar grandes desafios no setor aeronáutico”, motivo pelo qual, para sustentar o seu crescimento a longo prazo, “a indústria terá de implementar estratégias inovadoras que promovam uma maior eficiência operacional”.

De facto, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, uma vez que, atualmente, a carteira de encomendas ultrapassa as 17.000 unidades, o valor mais alto registado, pelo que, com o ritmo atual de fabrico, “esses pedidos levarão 14 anos a ser entregues, o dobro do tempo que as companhias aéreas tinham de esperar antes de 2019”.

“Desde 2018, quando a indústria alcançou um recorde de mais de 1.800 aeronaves fabricadas, a produção caiu significativamente. Em 2024, foram entregues menos de 1.300 unidades novas, o que representa uma redução de 30% face a seis anos antes, apesar de o número de passageiros ter atingido os 4.800 milhões em 2024, com previsão de ultrapassar os 5.000 milhões em 2025. Além disso, os passageiros por quilómetro transportado (RPK) aumentaram quase 4% em comparação com os níveis máximos de 2019”, refere o relatório.

A falta de renovação da frota também tem estagnado as melhorias na eficiência de combustível, que em 2024 não registaram avanços, ao contrário dos aumentos anuais de 1,5% a 2% observados nos anos anteriores.

“Estima-se que, a nível mundial, a produção anual de aviões será inferior às entregas até 2030, o que deverá gerar um défice de 2.000 aeronaves. Além disso, a idade média das aeronaves em serviço aumentou de 12,5 anos em 2023 para 13,4 anos em 2024, e projeta-se que atinja os 24 anos em 2035. Estes atrasos não afetarão apenas a rentabilidade das companhias aéreas, mas também aumentarão os custos de manutenção, reparação e operações”, considera a Oliver Wyman.

Contudo, o envelhecimento da frota, os problemas de durabilidade em aviões e o surgimento de motores de nova geração, assim como a crescente procura de manutenção estão a beneficiar o setor de manutenção, reparação e revisão (MRO), que deverá atingir 119.700 milhões de dólares este ano, impulsionado pela necessidade de manter operativas aeronaves mais antigas.

“Até 2035, espera-se que o setor MRO cresça a uma taxa composta de 2,7%, alcançando os 156.800 milhões de dólares, um aumento de 31% em relação a 2025”, acrescenta o relatório da Oliver Wyman.

Na Europa Ocidental, estima o relatório, o mercado MRO crescerá significativamente, passando de 25.000 milhões de dólares em 2025 para 30.000 milhões em 2035, impulsionado principalmente pela procura de manutenção de motores, que aumentará de 12.600 milhões em 2025 para 14.000 milhões em 2035.

Apesar destes desafios, a aviação comercial continua a ser um pilar-chave da economia global, pelo que a “expansão da frota, o crescimento do mercado MRO e a adaptação das companhias aéreas aos novos desafios operacionais serão fundamentais para garantir a competitividade do setor nos próximos anos”.

“Neste contexto, enquanto os mercados emergentes continuam a sua expansão, as regiões mais maduras terão de se concentrar na modernização das suas frotas e na otimização da eficiência operacional para enfrentar as exigências de um mercado em transformação”, conclui a informação divulgada.

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Zâmbia acolheu 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas

O 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas, que terminou esta quinta-feira, na Zâmbia, delineou planos concretos para alcançar objetivos comuns, com foco na inovação, cooperação técnica, conectividade , investimentos em turismo e confiança do turista através da segurança.

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De acordo com dados da ONU Turismo, ambas as regiões recuperaram dos impactos da pandemia: em 2024, a África recebeu 74 milhões de chegadas internacionais, mais 7% face a 2019 e mais 12% em comparação com o 2023, enquanto as Américas acolheram 213 milhões, o que equivale a 97% das chegadas pré-pandemia. O encontro da Zâmbia deixou claros os fortes vínculos entre as duas regiões, tanto em termos de visitantes entre as regiões e dentro delas, como em termos de mercados de origem e destinatários de investimentos.

O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que este encontro “é prova do compromisso duradouro da África e das Américas com a cooperação além das fronteiras e dos oceanos”, para avançar que “o nosso propósito é promover o crescimento inclusivo e garantir que o turismo continue a ser um motor de prosperidade partilhada. Acima de tudo, ao focar em formação e desenvolvimento de competências, estamos a dar às pessoas, especialmente aos jovens, os meios para ter sucesso no mundo competitivo de hoje.”

Aumentar e direcionar o investimento para o turismo é um dos pilares fundamentais da Declaração de Punta Cana. Na Zâmbia, a ONU Turismo partilhou as suas conquistas nessa área prioritária. Até o momento, foram publicadas 18 edições das “Diretrizes para Negócios no Turismo ” para investimentos para destinos na África e nas Américas, enquanto outras 10 estão em desenvolvimento.

As diretrizes destacam o enorme potencial de investimento em turismo dentro e entre as regiões. Entre 2019 e 2024, a África investiu cerca de 3,9 milhões de dólares em 36 projetos nas Américas, enquanto a América Latina e as Caraíbas investiram o mesmo valor em 34 projetos na África. Com o objetivo de elevar esses níveis, a ONU Turismo anunciou planos para organizar uma Conferência Bienal de Investimento em Turismo África-Américas. A conferência reunirá governos, instituições financeiras, atores do setor privado e parceiros de desenvolvimento com o objetivo de impulsionar os fluxos de investimento intercontinentais e direcionar o investimento através de prioridades partilhadas.

Com mais de 50% da força de trabalho do turismo com menos de 25 anos, o setor oferece vastas oportunidades para os jovens, especialmente na África – o continente mais jovem do mundo – e nas Américas. Para colocar em prática os objetivos educacionais da Declaração de Punta Cana, a ONU Turismo está a promover ações de formação em ambas as regiões, pretendendo alcançar cerca de 2.000 beneficiários em África e nas Américas através dos seus novos cursos via WhatsApp para desenvolvimento profissional.

Em sintonia com a educação, a Declaração de Punta Cana coloca a inovação no centro da cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento do turismo. Em Livingstone, a ONU Turismo anunciou o lançamento de uma primeira Competição de Startups para as regiões. O desafio “Pontes de Inovação” procurará empresas prontas para enfrentar desafios nas áreas de sustentabilidade, inclusão e transformação digital, com foco nas comunidades locais.

O investimento também será o principal objetivo do primeiro Escritório Temático de Turismo da ONU em Marrocos. O escritório pretende ser um centro de inovação, com programas de aceleração para startups regionais, pesquisa e desenvolvimento, e para celebrar novos talentos através de Aventuras Tecnológicas no Turismo.

No que diz respeito à conetividade e segurança turística, refira-se que a 2ª Conferência Ministerial sobre Turismo e Transporte Aéreo em África, que terá lugar realizada em Angola em julho, terá como foco IA e inovação para conectividade, e na Zâmbia, o encontro destacou o progresso da ONU Turismo na elevação dos padrões de segurança para turistas, aumentando assim a confiança em viagens para ambas as regiões.

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Aviação

TAP distinguida pela experiência dos passageiros na Europa

A distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

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A TAP recebeu esta quarta-feira, 9 de abril, o prémio das revistas PAX International e PAX Tech de Best Overall Passenger Experience na Europa, distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e que foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

“Anualmente, a PAX convida os seus leitores e o setor da aviação a participar nos PAX Readership Awards, que pretendem distinguir as realizações das companhias aéreas em áreas como o serviço de catering, a inovação na área do entretenimento a bordo, a conectividade, a oferta em termos de lugares e tem em conta a experiência do passageiro no setor”, explica a TAP, em comunicado.

Segundo Jane Hobson, diretora das revistas PAX, estes prémios “são mais do que um simples reconhecimento; são um reflexo da forma como a indústria continua a evoluir e a exceder as expectativas dos passageiros”.

Já Robynne Trueman, editor da área de Business das revistas, acrescenta que “o que torna estes prémios tão especiais é o facto de serem orientados pelas pessoas que experimentam estas inovações em primeira mão”, ou seja, os leitores das revistas PAX International e PAX Tech.

Recorde-se que, em 2024, a TAP Air Portugal recebeu o prémio da PAX International na categoria de Best Cabin Interior Passenger Experience e, na categoria Outstanding Food Service by a Carrier, nas edições de 2019, 2020, 2022 e 2023.

As revistas PAX, do grupo Paramount Publishing Inc., dedicam-se ao setor da aviação e são publicadas cinco vezes por ano.

 

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Meeting Industry

Mais de 60 países e regiões presentes na 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau abre 25 de Abril com a presença de empresários de mais de 60 países e regiões para exploração conjunta de oportunidades de negócios, avança a Direção dos Serviços de Turismo do território (DST).

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau terá lugar de 25 a 27 de abril, nos Pavilhões A, B, C e D da Cotai Expo, do The Venetian Macao. Sob o slogan “Explore a MITE, Experimente o Mundo”, o evento apresenta seis novos destaques, e reunirá a participação de um maior número de operadores turísticos e sectores relacionados nacionais e estrangeiros, de acordo com nota publicada na página oficial do Governo da Região Administrativa Especial de Macau.

Até agora, o certame já atraiu a participação de aproximadamente 600 expositores provenientes de mais de 60 países e regiões, e de cerca de 500 compradores profissionais provenientes da Grande China e do exterior, tendo o número de stands internacionais aumentado em perto de 50%. Esta edição evidencia uma vez mais que a Expo de Turismo tem vindo a desempenhar, de forma eficaz, o seu papel de plataforma de oportunidades de negócios de turismo internacional, a destacar o seu efeito enquanto evento de marca, a promover o intercâmbio e a cooperação de turismo regional e internacional, e a contribuir para a construção de Macau como uma plataforma de alto nível de abertura ao exterior.

Com o apoio do Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China (RPC), do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM e do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPC na RAEM, a 13.ª Expo de Turismo (Macao International Travel (Industry) Expo – MITE) conta a organização da Direção dos Serviços de Turismo (DST), e a coordenação da Associação das Agências de Viagens de Macau.

Em conferência de imprensa, que contou com a presença da diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, dos subdiretores da DST, Cheng Wai Tong e Ricky Hoi, e do presidente da Associação das Agências de Viagens de Macau, Alex Lao, foram divulgados os pormenores do evento.

Na sua intervenção, a diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, referiu que a Expo de Turismo continua a elevar a qualidade e a inovação, a aumentar a eficácia, a atrair mais operadores turísticos nacionais e estrangeiros, e a impulsionar as oportunidades de cooperação intersectorial “turismo +”. Indicando que, até à data, existem mais de 300 stands internacionais, o que representa um aumento significativo de 50% em relação ao ano passado, e que compradores nacionais e estrangeiros também participam ativamente na expo, assinalou que tal demonstra o papel eficaz da Expo de Turismo como plataforma de oportunidades de negócios para o turismo internacional, beneficiando a expansão empresarial, promovendo o intercâmbio e a cooperação turística regional e internacional, e contribuindo para a construção de Macau como uma plataforma de abertura ao exterior de alto nível.

A DST volta a organizar este ano a participação de compradores convidados em visitas de familiarização em Macau e na Ilha de Hengqin. Durante as visitas, serão organizados passeios a diferentes bairros comunitários de Macau para experienciar os elementos de “turismo +”, incluindo dispositivos para tirar fotografias de grande escala de propriedade intelectual a nível internacional instalados na Zona Norte. Por outro lado, mais de uma centena de representantes de associações de agências de viagem locais e estrangeiras foram convidados a participar na Bolsa de Contactos para Operadores Turísticos, para contactos com operadores turísticos de Macau e exploração de oportunidades de negócio, e participação ainda em visitas de familiarização.

A 13.ª Expo de Turismo, que ocupa uma área de 30 mil metros quadrados, trará novas informações e produtos turísticos de Macau e do resto do mundo, incluindo ofertas especiais durante o período do evento, lançadas por vários expositores, e mais de 70 apresentações temáticas de turismo e fóruns, entre outros.

 

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Enoturismo

Unidades turísticas do Pacheca Group renovam certificação Biosphere para 2025

A Quinta da Pacheca, o Hotel Folgosa Douro, o Olive Nature Hotel & Spa e o Caminhos Cruzados, acabam de ser reconhecidos pelo compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, com a renovação dos certificados Biosphere para 2025.

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O compromisso do Pacheca Group com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, no âmbito da Agenda 2030, foi reconhecido com a renovação dos certificados ‘Biosphere’ das quatro unidades turísticas do grupo empresarial para 2025: Quinta da Pacheca, Hotel Folgosa Douro, Olive Nature Hotel & Spa e Caminhos Cruzados.

As unidades no Douro (Quinta da Pacheca e Hotel Folgosa Douro) e de Trás-os-Montes (Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos) obtiveram a primeira certificação em 2024, enquanto o produtor do Dão (Caminhos Cruzados) é certificado pela entidade internacional desde 2023.

A certificação da ‘Biosphere’, sistema desenvolvido pelo Instituto de Turismo Responsável (RTI), é concedida a destinos e empresas que garantam um equilíbrio adequado, a longo prazo, entre os aspetos económicos, socioculturais e ambientais.

A Quinta da Pacheca é elogiada pela “oferta gastronómica, preparada seguindo protocolos de segurança sanitária”, a criação de “emprego de qualidade, promovendo a contratação e a formação de profissionais locais” e o incentivo ao “uso responsável da água”, enquanto o Hotel Folgosa Douro promove “sistemas de gestão mais responsáveis e participativos”, fornece “informações sobre os recursos naturais do território” e incentiva o “planeamento, projeto e construção de infraestruturas sustentáveis”.

Por sua vez, a ‘Biosphere’ destaca a “notável contribuição” do Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos, em Trás-os-Montes, nos parâmetros de “água limpa e saneamento”, “energia acessível e não poluente” e “inovação e infraestrutura industrial”. A unidade hoteleira de Valpaços é ainda reconhecida por fornecer “informações sobre os recursos naturais do território” e por promover “a conservação do património cultural e natural local” e a “adoção de estilos de vida e hábitos mais saudáveis”.

A Caminhos Cruzados, por fim, vê a certificação renovada por participar, entre outros, no “desenvolvimento de projetos educacionais de outras entidades”, dar a conhecer “os compromissos, boas práticas e esforços sustentáveis” e tomar medidas “para evitar o desperdício de alimentos”.

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Enoturismo

Quinta do Quetzal tem nova diretora de Enoturismo

Joana Lança é a nova diretora de Enoturismo da Quinta do Quetzal, responsável por desenvolver e implementar estratégias inovadoras que visem aprimorar a experiência dos visitantes e promover a riqueza dos vinhos da herdade, além de coordenar visitas guiadas, degustações e eventos especiais.

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A nova diretora de Enoturismo da Quinta do Quetzal, na Vidigueira, coração do Alentejo, é técnica superior de turismo pelo Instituto Politécnico de Beja, estagiou em Londres, em Roma e em Portugal passando pelo S. Lourenço do Barrocal, pelo departamento de reservas do Troia Resort e por fim pelo Convento do Espinheiro em Évora. Posteriormente passou para a Herdade dos Grous de onde transitou para este novo desafio.

Nas novas funções, trabalhará em estreita colaboração com o chefe João Mourato, o Sommelier João Santos e toda a sua equipa, para criar programas que destacam a singularidade dos vinhos produzidos na Quinta do Quetzal, assim como a beleza da região.

Joana Lança será responsável por desenvolver e implementar estratégias inovadoras que visem aprimorar a experiência dos visitantes e promover a riqueza dos vinhos da herdade, além de coordenar visitas guiadas, degustações e eventos especiais.

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Análise

Viagens e turismo criarão 4,5 milhões de novos empregos na UE até 2035

A pesquisa de Impacto Económico elaborado pelo WTTC estima que, até 2035, as viagens e turismo deverão gerar mais 4,5 milhões de empregos, para atingir mais de 30 milhões, o que reforça o papel do setor na União Europeia. Isto quer dizer que um em cada sete empregos será neste setor, tornando-a numa das indústrias estrategicamente mais importantes dentro da UE.

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As previsões do WTTC mostram que a contribuição de viagens e turismo para o PIB aumentará para quase 2,3 biliões de euros, com sua participação económica subindo para pouco menos de 11%, no mesmo período. O setor continuará a superar o crescimento económico mais amplo, com um CAGR de 10 anos de 1,8%, em comparação com 1,3% para a economia da UE em geral, enquanto o setor contribuirá com mais de 900 mil milhões de euros anualmente para os governos da UE através de receitas fiscais.

Por outro lado, o WTTC estima que, na União Europeia, os gastos dos visitantes internacionais cheguem a 730 mil milhões de euros nos próximos 10 anos, enquanto os gastos dos visitantes nacionais devem ultrapassar 1,2 biliões de euros.

Com os olhos postos apenas neste ano, o organismo estima que o setor de viagens e turismo em toda a UE contribua com quase 1,9 biliões de euros para o PIB da região, representando 10,5% da economia da UE. Espera-se que o emprego atinja quase 26 milhões, representando 12% de todos os empregos da União Europeia, o que classifica como um sinal claro do crescente impacto do setor.

As previsões do WTTC é que os gastos dos visitantes internacionais atinjam 573 mil milhões de euros este ano, crescendo mais de 11% em relação a 2024, enquanto os gastos domésticos devem aumentar, atingindo 1,1 biliões, uma subida de 1,6% face ao ano anterior.

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