Empresas Marítimo-Turísticas alertam para o possível desaparecimento dos golfinhos do Sado
Empresas temem que o projecto de Melhoria das Acessibilidades Marítimas ao Porto de Setúbal coloque em risco a comunidade de roazes no Sado.
Publituris
Turismo Centro de Portugal recebe 3M€ de fundos comunitários para promover região
NAU São Rafael Suites reabre após renovação de 1M€
Plataforma Nacional de Turismo debate o futuro do turismo em Portugal
Governo dos Açores cancela concurso de privatização da Azores Airlines e vai lançar um novo
Transporte aéreo volta a crescer em março com forte impulso da procura internacional
Ryanair abre nova rota entre Lisboa e Tânger para o verão
Algarve mostra-se na Expovacaciones em Bilbau
Ryanair cresce 8% e transporta 17,3 milhões de passageiros em abril
IATA critica aumento de impostos na Alemanha e diz que vai prejudicar economia e descarbonização
Guimarães adere a estratégia de promoção do enoturismo
As empresas Marítimo-Turísticas de observação de golfinhos em Setúbal temem que uma das consequências do projecto de Melhoria das Acessibilidades Marítimas ao Porto de Setúbal seja o “desaparecimento desta comunidade única em Portugal, e rara na Europa”.
Em comunicado de imprensa enviado às redacções pela APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, é escrito que este “projeto ao incindir na área de distribuição do grupo de Roazes residente, poderá colocar seriamente em risco a sua permanência neste estuário. O interior do estuário do Sado e a costa marinha adjacente são áreas cruciais para a deslocação e alimentação destes animais, sendo também uma zona de elevada importância para o seu habitat”.
O comunicado acrescenta que, “curiosamente, com a enorme envergadura das dragagens previstas para esta região, que movimentarão toneladas de sedimentos com forte risco de contaminação, o Estudo de Impacto Ambiental aponta, as embarcações MT como a principal ameaça aos golfinhos, quando na verdade estas empresas têm assumido um papel activo na defesa dos golfinhos e do estuário do Sado”.
As empresas Marítimo-Turísticas (MT) de observação de golfinhos em Setúbal têm desenvolvido um papel fundamental no acompanhamento da população de golfinhos roazes residente no estuário do Sado. Em 1998, altura em que começaram a aparecer os primeiros operadores MT, “a população de golfinhos do Sado encontrava-se em declínio e em grande risco de extinção”.
O constante acompanhamento feito a esta população por parte das empresas MT tem assegurado, desde então, a monitorização dos Roazes do Sado e contribuído para aprofundar os conhecimentos desta espécie.
Nos últimos anos, a observação de golfinhos no estuário do Sado “passou a ser um produto com enorme atractividade turística para a região, tendo-se mantido o número de golfinhos estável na última década”.
A actividade de observação de cetáceos é regulamentada desde 2006, sendo, desde então, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) a entidade responsável pela emissão destas licenças, “surpreende por isso que o ICNF aponte como principal ameaça à população dos Roazes do Sado o número excessivo de empresas licenciadas de observação de cetáceos, quando é esta a entidade que emite as respetivas licenças”, escreve a associação.
As empresas MT reconhecendo a ineficaz fiscalização e a monitorização desta actividade económica, accionaram mecanismos próprios conjuntos para a salvaguarda e bem-estar destes animais.