Concurso para construção de hotel no CCB lançado esta quinta-feira
O projecto prevê o desenvolvimento de uma unidade hoteleira entre 140 a 180 quartos de quatro estrelas ou superior. A conclusão do projecto está prevista no prazo de quatro anos e tem um investimento previsto de 65 milhões de euros.
Raquel Relvas Neto
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Vai ser lançado, esta quinta-feira, dia 29 de Novembro, o concurso internacional para a subcessão do direito à superfície de dois dos últimos módulos do projecto do Centro Cultural de Belém, que prevê a construção, instalação e exploração de uma ou mais unidades hoteleiras, retalho e serviços, entre as quais lojas e escritórios, pelo período de 50 anos.
Desde a inauguração há 25 anos, que o projecto do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, previa o desenvolvimento de dois módulos (4 e 5) para este fim, concretizando assim o projecto inicial de Cidade Aberta, perspectivado pelos projectistas Gregotti Associatti e Risco.
Numa apresentação pública, Elísio Summavielle, presidente da Fundação Centro Cultural de Belém, considerou que este é o “ponto de chegada que é vital para o futuro da Fundação”. Também Fernando Medina, presidente de Lisboa, realçou que “este projecto vai permitir fechar uma ambição antiga da cidade e desta zona da cidade”, que permitirá valorizar ainda mais a zona de Belém. O autarca deixou ainda uma palavra de incentivo aos promotores presentes para “agarrarem esta oportunidade”.
Com frente para o rio Tejo, o projecto para a unidade hoteleira prevê que ali se desenvolva um ou dois hotéis, que respeitem a linha arquitectónica dos edifícios já existentes. O Pedido de Informação Prévia (PIP) da Câmara Municipal de Lisboa, que já se encontra aprovado, prevê um total de 16,330 m2 de superfície de pavimento para desenvolvimento de dois projectos hoteleiros no módulo 5. Estes podem ter entre 140 a 180 quartos, espaços para realização de eventos de cariz social e estacionamento subterrâneo. A unidade, ou unidades, têm de ter uma classificação de quatro estrelas ou mais, estarem posicionadas para o segmento ‘upper midscale’, seguirem as tendências internacionais e conceitos de ‘lean luxury’ e ‘lifestyle’.
Os valores mínimos de renda serão, numa fase inicial e durante a sua construção, de 300 mil euros por ano, passando depois para 900 mil euros anuais. Valores que Elísio Summavielle espera que sejam ultrapassados nas propostas apresentadas pelos candidatos. Os imóveis que virão a ser construídos reverterão para a Fundação CCB gratuitamente no termo do contrato, que finaliza no período de 50 anos, podendo ser renovado se a Fundação o entender. O investimento previsto por parte do promotor é de 65 milhões de euros.
Segundo Isabel Cordeiro, administradora da Fundação CCB, o concurso prevê que se possam candidatar empresas a título individual, para explorar a parte comercial e a hoteleira, ou um consórcio que explore igualmente ambas as partes. “A questão aponta à partida para um consórcio justamente pelas valências que estão aqui implícitas. Pode ser um promotor individual, mas à partida temos uma componente de investimento, outra hoteleira e temos a parte comercial de retalho, escritórios e restaurantes. Estes três blocos no fundo é que fazem o projecto CCB New Development. Pode surgir individualmente ou em consórcio”.
O anúncio, programa de procedimento e o caderno de encargos estão disponíveis no website da Fundação Centro Cultural de Belém. O presidente da Fundação CCB referiu que o concurso vai decorrer durante seis meses e que, passado o processo de licenciamento e de construção, prevê-se que o projecto esteja concluído no prazo de quatro anos.