Edição digital
Assine já
PUB
Destinos

Reportagem | Cuba: impossível não se apaixonar por este país

Ir a Cuba é uma viagem no tempo e uma lição de história, já se sabe. As cidades, perdidas no tempo, parecem cenários de filmes e as praias são paraísos autênticos. Os cubanos são hospitaleiros e festivos. A isso, junta-se a música, a dança e o rum. Está feita a receita perfeita para umas férias de sonho.

Carina Monteiro
Destinos

Reportagem | Cuba: impossível não se apaixonar por este país

Ir a Cuba é uma viagem no tempo e uma lição de história, já se sabe. As cidades, perdidas no tempo, parecem cenários de filmes e as praias são paraísos autênticos. Os cubanos são hospitaleiros e festivos. A isso, junta-se a música, a dança e o rum. Está feita a receita perfeita para umas férias de sonho.

Carina Monteiro
Sobre o autor
Carina Monteiro
Artigos relacionados
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Aviação
Octant Hotels promove-se nos EUA
Alojamento
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
Meeting Industry
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Meeting Industry
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Destinos
Royal Caribbean International abre primeiro Royal Beach Club em Nassau em 2025
Destinos
Viagens mantêm-se entre principais gastos de portugueses e europeus, diz estudo da Mastercard
Destinos
Álvaro Aragão assume direção-geral do NAU Salgados Dunas Suites
Hotelaria
Lusanova e Air Baltic lançam “Escapada ao Báltico” com voos diretos
Distribuição
Conheça a lista de finalistas dos Prémios AHRESP 2024
Restauração

Ir a Cuba é uma viagem no tempo e uma lição de história, já se sabe. As cidades, perdidas no tempo, parecem cenários de filmes e as praias são paraísos autênticos. Os cubanos são hospitaleiros e festivos. A isso, junta-se a música, a dança e o rum. Está feita a receita perfeita para umas férias de sonho.

Aos 28 anos, Eniel Navarro Leyva, um cubano natural da cidade de Baracoa, situada no extremo oriental da ilha, está pela primeira vez em Trinidad, cidade património da UNESCO. Eniel é jornalista e director de um canal televisivo regional, mas em Trinidad está como turista. Em frente à Casa da Música conversamos sobre o país, falamos da liberdade de imprensa, da situação económica dos cubanos e, claro, de viagens. Está encantado com Trinidad, que, na sua opinião, é a cidade que melhor preserva o património arquitectónico cubano. “É uma cidade parada no tempo com uma vida nocturna singular, muito activa, restaurantes com excelentes preços e cozinha de qualidade internacional e uma península com quilómetros de belas praias e, sobretudo, as pessoas são muito acolhedoras”, afirma. Eniel nem precisava de falar da hospitalidade cubana. Ao terceiro dia da viagem organizada pelo operador turístico Sonhando, e com a participação da Solférias, para um grupo de agentes de viagens, já todos reconhecíamos a hospitalidade cubana. Trinidad foi apenas uma das etapas desta longa viagem que deu a conhecer a oferta do operador para este destino.

Para aqueles que nunca visitaram Cuba, a expectativa para conhecer o país de Fidel Castro, dos charutos e do rum, é enorme. Cuba é muito ciosa dos seus símbolos, políticos e culturais, que inevitavelmente se cruzam ao longo da nossa viagem.

Havana, a sedutora
Havana é a primeira paragem. Se é para conhecer bem, então é preciso mais do que um dia para visitar a capital e centro administrativo, político e cultural do país. Mas tendo apenas um dia, então a visita obrigatória é ao centro histórico de Havana, conhecida como Havana Velha. Diz quem já cá esteve, que a recuperação dos edifícios é bastante notória, para a qual contribuiu a declaração de Património Mundial da UNESCO, em 1982, e mais tarde, em 2015, a eleição como uma das 7 cidades Maravilhas do Mundo na categoria de Cidades. Havana tem um certo ar decadente, mas, ao mesmo tempo, atraente, vibrante e sedutor, que nos faz querer conhecer mais e embrenharmo-nos pelas ruas ao som da salsa. O casco velho alberga praças, museus e cafés, deambular pelas ruas é uma viagem no tempo com os seus edifícios coloni ais. Os pontos principais são a praça San Francisco de Assis, onde se encontra a Igreja de São Francisco de Assis, agora transformada em museu e local onde se fazem espectáculos de música clássica, a Praça Velha, a Catedral e a Praça das Armas, todos a um distância a pé entre eles. Entre uma e outra praça, paragem para conhecer o café frequentado por Eça de Queirós na Calle de los Mercaderes e o Hotel Ambos os Mundos onde viveu o escritor Ernest Hemingway na década de 1930. O melhor é subir ao terraço do hotel para apreciar a vista, pedir um mojito ou uma cubata (o mesmo que uma cuba libre) e usufruir do ambiente. Ou se preferir, o famoso bar La Bodeguita del Médio é um dos pontos mais turísticos de Havana Velha. E porque estamos a falar de bares, porque não experimentar um Daikiri, no bar frequentado por Ernest Hemingway, o Floridita. Nesta viagem, o tempo foi curto para conhecer Havana, mas ainda houve possibilidade de conhecer a Praça da Revolução, um dos cartões-de-visita da cidade, imortalizada nas fotos tiradas à imagem de Che Guevara estampada no edifício do Ministério do Interior.

O povo cubano é hospitaleiro e festivo.

E como há clichés que valem a pena, uma das formas de conhecer Havana em grande  estilo é comprar um tour num dos carros clássicos de Cuba. Há de várias marcas e cores: Chevrolet, Buick, Ford, Dodge, Cadillac, entre outros. Os tours, na sua maioria, percorrem as principais atracções turísticas da cidade, como o Bairro Chino, Hotel Nacional, o Castillo del Moro  e o Malécon Habanero (passeio marítimo).

Trinidad, a bonita
Deixámos Havana para trás e o próximo destino é Trinidad, com paragem em Cienfuegos. Espera-nos, pelo menos, uma manhã de viagem. E é tempo de falar de Cuba com Jorge, o nosso guia, e fazer as perguntas que temos na cabeça. Como vivem os cubanos? O que pensam do novo presidente e quais as suas expectativas? Jorge vai respondendo a todas as inquietações de quem acompanha à distância a história do país. Insiste que Cuba vive num regime socialista, iniciado por Fidel Castro, continuado pelo irmão, Raul, e o que se espera agora de Miguel Díaz-Canel, o novo presidente, é que melhore as condições de vida do povo cubano. O acesso gratuito à educação e à saúde são as bandeiras do país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil do mundo e cujo salário médio é de 600 pesos cubanos (20 euros). Sobre o Turismo, ficamos a saber que, em algumas empresas, 1% das gorjetas reverte para outras actividades não directamente relacionadas com a actividade turística, numa espécie de “uma mão lava a outra”.

O Palácio de Valle, em Cienfuegos

Chegados a Cienfuegos, encontrámos uma localidade costeira de casas senhoriais e apalaçadas, onde se destaca a baía e a marina, naquilo que podia ser uma Saint Tropéz cubana, já que foi fundada por franceses. Mas não, é conhecida como a Pérola do Sul. Cienfuegos é uma cidade diferente de todas as outras, já que apresenta uma topografia rectilínea. A cidade tem um centro histórico, também ele declarado património da UNESCO, em 2005. Aconselha-se a visita ao Palácio de Valle, com uma construção de estilo ecléctico que data dos fins do século XIX, sendo um símbolo da cidade. No palácio funcionam restaurante e bar. Vale a pena, pelo menos, subir ao terraço para apreciar a vista sobre a baía e beber um mojito.

Cienfuegos fica a 80 quilómetros de Trinidad, a próxima paragem, o que significa mais ou menos hora e meia de viagem. É preciso contar com todo o tipo de estradas e veículos, daí que circular em Cuba não seja comparável ao que estamos habituados e as distâncias levem mais tempo. Chegámos pelas 17h a Trinidad e o primeiro impacto não é o melhor. Se Havana parece parada no tempo, o que dizer de Trinidad? Trinidad não é daqueles casos de amor à primeira vista. Mas depois de conhecer, apaixonamo-nos. O autocarro deixa-nos o mais perto possível do centro histórico, mas ainda é preciso percorrer a pé algumas dezenas de metros até à praça central. Considerada a cidade museu de Cuba, Trinidad conserva a magia colonial da época e nem faltam as carroças puxadas por cavalos. Ruas empedradas, casas coloniais, com varandas e janelas generosas. Os cubanos resguardam-se do calor, mas as portas e as janelas protegidas com grades deixam-nos espreitar o seu interior. Recebem-nos com sorrisos e nem os turistas perturbam as suas rotinas. Uma mãe amamenta o filho à janela indiferente ao que se passa na rua.

Trinidad é considerada a cidade museu de Cuba.

À medida que nos aproximamos do centro, os edifícios estão mais cuidados e recuperados e começamos a perceber o charme desta cidade que não dá tudo logo à primeira vista. Passamos por várias casas que ostentam o símbolo de casas privadas que podem ser arrendadas, uma forma muito comum de alojamento na cidade. Trinidad foi fundada no século XVI e declarada Património da Unesco em 1988. Na praça central estão as principais atracções da cidade, como a igreja de La Santissima Trinidad e alguns museus, entre os quais o da Arquitectura. A poucos metros da praça, encontra-se a escadaria que nos leva à Casa da Música. Vários bares e esplanadas ladeiam o espaço. Ainda são 17h, mas fica a promessa que regressamos à noite onde o ambiente se faz ao som da salsa. Em Trinidad não se pode deixar de ir ao bar La Canchancharra e provar a bebida com o mesmo nome, feita à base de água ardente, mel, limão e gelo. A música é uma constante em Cuba, por todo o lado e a toda a hora, está para os cubanos, como o futebol para os brasileiros, como se tratasse de algo genético. Aliás, a música e a salsa. Os cubanos parecem ter nascido para dançar. E o primeiro contacto “a sério” com a salsa ocorreu na Casa da Música de Trinidad. Alguns de nós saltaram para a pista, onde nativos e turistas se misturam numa lógica de que a dança e a música aproximam as pessoas. 

Os Cayos

Nas águas cristalinas de Cayo Coco é possível mergulhar desde o barco ou fazer snorkeling

No dia seguinte, é tempo de despedida de Trinidad em direcção a Cayo Coco e Cayo Guillermo, ilhas tropicais localizadas no arquipélago de Jardines del Rey, ao largo do centro de Cuba. Conhecida pelas praias de areia branca e pelos recifes de coral, a costa norte está repleta de resorts com o regime de tudo incluído. Os Cayos estão unidos à ilha de Cuba através de uma estrada com 17 quilómetros de distância construída sobre o mar. Cayo Coco tem um aeroporto internacional, através do qual chegam a maior parte dos turistas que vão ficar alojados nos diversos resorts. Este destino foi um dos afectados pelo furacão Irma em Setembro do ano passado, e que obrigou inclusive ao cancelamento das operações da Sonhando para o destino. Quase um ano depois, os sinais da passagem do furacão pelos hotéis quase não se percebem. As unidades fizeram um trabalho extraordinário, num tempo recorde (apenas 62 dias) na recuperação das infraestruturas para voltarem rapidamente a receber hóspedes. O mesmo não se pode dizer da fauna e da flora. Para quem nunca visitou os cayos, talvez o choque não seja tão grande, no entanto é perceptível que a natureza foi madrasta. As árvores estão despidas, e flamingos, nem vê-los. De resto, as praias preservam a sua beleza natural. Além dos resorts, é possível fazer outras actividades no destino, conhecido para a prática de mergulho e de outros desportos náuticos ou passeios de barco.

Santa Clara e Varadero

Antes do destino final, Varadero, paragem em Santa Clara, que, à semelhança das outras cidades cubanas, tem uma praça central que concentra os principais edifícios e de diferentes períodos arquitectónicos. Mas a principal atracção de Santa Clara é o mausoléu do argentino Ché Guevara. O mausoléu de Che Guevara foi inaugurado em Outubro de 1997 quando chegaram a Cuba os restos mortais do guerrilheiro, 30 anos após sua morte na Bolívia e já foi visitado por mais de 4,5 milhões de pessoas. Ernesto Guevara nasceu em 14 de Junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Filho de uma família de classe média alta, formou-se em Medicina na Universidade de Buenos Aires, em 1953. Juntamente com Fidel Castro, foi um dos ideólogos e comandantes que lideraram a Revolução Cubana, entre 1953-1959, que levou à queda do regime do general Fulgencio Batista. Santa Clara ficou para sempre ligado à história do comandante Che. A tomada da cidade em 1958 sob o comando de Guevara forçou a derrota de Fulgencio.

O mausoléu de Che Guevara já foi visitado por milhões de pessoas.

A viagem continua para Varadero. Situada numa península, de Hicacos, é o principal destino de sol e praia de Cuba. Varadero tem uma extensão de mais de 20 quilómetros de praia de areia branca e águas azul-turquesa, que além de calmas, têm temperaturas que rondam os 25°C, ideal para mergulhos e actividades aquáticas. Há também hotéis para todos os gostos (ver caixa). Varadero tem outros atractivos para oferecer além de umas férias de sol e praia. Há restaurantes de praia e várias actividades e festas organizadas diariamente pelos hotéis. Para os amantes da natureza, a norte de Varadero fica localizado o único parque submarino do país: Cayo Piedras del Norte, ideal para a prática de mergulho e snorkeling. Para aqueles que querem combinar sol com a história, nos arredores de Varadero podem visitar-se as cidades de Cárdenas, Matanzas e a Península de Zapata.

O plano de viagem era ambicioso, é preciso dizê-lo, condensar cinco destinos numa só uma viagem era uma tarefa difícil, mas, no final, a compensação, Varadero é um destino de sonho para relaxar.

* A jornalista viajou a convite da Sonhando


Como ir?

A operação charter da Sonhando, Solférias e iTravel para Varadero já começou no passado dia 2 de Junho e prolonga-se até 6 de Outubro, última data de partida. No caso de Varadero, às saídas são ao sábado e os voos operados pela Orbest. Para que o cliente não se surpreenda com o serviço que vai encontrar a bordo, nem sempre correspondente aos voos regulares, há serviços especiais que podem ser comprados antes da viagem. Por exemplo, por mais 89 euros é possível comprar o pacote Turista + que inclui assentos com mais espaço (primeiras filas e saídas de emergência), refeições premium, toalhitas refrescantes e auriculares, entre outros. Já a operação para Cayo Coco começou no dia 9 de Julho, e prolonga-se até 10 de Setembro, em voos operados às segundas-feiras pela EuroAtlantic, companhia aérea accionista da Sonhando. A companhia dispõe de classe executiva, o que é pouco habitual nos voos charter para Cuba durante o período do Verão. No conjunto, os operadores têm cinco mil lugares para venderem no período de Verão para Cuba. A programação dispõe ainda do circuito ‘Cuba Colonial’ (inclui Cayo Coco, Santa Clara, Trinidad e Havana); o combinado Havana e Varadero; e, desde o ano passado, que a operação para Cuba no Verão tem a parceria da MSC para a oferta de cruzeiros. Este ano estão disponíveis dois itinerários operados pelo navio MSC Armonia: Cuba e o Melhor do Mar das Caraíbas (inclui Havana, Montego Bay, George Town, Cozumel e Havana) e Os Trópicos entre Pirâmides e Fortalezas (inclui Havana, Belize, Ilha de Roatan, Costa Maya, Cozumel e Havana). Os preços incluem os voos para Varadero, transfers entre o aeroporto de Varadero e o porto de Havana e seguro de assistência de viagem. José Manuel Antunes, director-geral do operador Sonhando, é um apaixonado por Cuba. Contra todas as expectativas, retomou em 2014 os charters para Cayo Coco, que assumiu como uma paixão pessoal. “Tem sido um sucesso”, afirma. Sobre Cuba, José Manuel Antunes defende que é o melhor destino das Caraíbas, pela qualidade da praia, do mar e das pessoas. Desde que a operação se iniciou até agora, já vieram 9 mil passageiros e as reclamações são residuais. “As pessoas podem confiar no destino e há muitos repetentes sobretudo no segmento alto, porque as pessoas vêm e gostam”.

Onde Ficar?
A operação da Sonhando para Cuba está concentrada maioritariamente em três cadeias hoteleiras. São elas a Iberostar, Melia e Grand Memories. Mas também dispõe na sua programação da oferta do único hotel português no país, o Pestana Cayo Coco, e outros hotéis como o Royalton Hicacos Varadero.

Nesta viagem, visitámos diversos hotéis que estão na programação do operador. Em Havana, o grupo ficou hospedado no Iberostar Parque Central, hotel com uma arquitectura colonial e uma localização central junto ao Capitólio. Em alternativa, o Melia Havana ou o Melia Cohiba, que apesar de não serem tão centrais, dispõem de transporte regular para o centro da cidade. Alguns hotéis que visitámos, como é o caso do Cohiba (Havana) ou do Memories Varadero, encontram-se em remodelação, pelo que o melhor será confirmar se o cliente fica num quarto já remodelado. Em Cayo Coco, as opções também são variadas. Como já referido, o destino foi afectado pelo furacão Irma no ano passado, mas as unidades já se encontram recuperadas. O Melia Cayo Coco, com os seus bungalows sobre a lagoa natural de água salgada, foi um dos mais afectados, mas está recuperado. É uma unidade só para adultos. Já o Melia Jardines Del Rey (na foto) é para adultos e crianças. Tem uma arquitectura contemporânea, um ambiente moderno e muito confortável. Indicados para as famílias, os hotéis Pullman Cayo Coco e o Pestana Cayo Coco são também uma boa opção de alojamento. O Pullman dispõe de duas opções: o hotel onde estão a maioria dos quartos e uma secção apenas para adultos: o The Collection By Pullman constituída por junior suites, suites e private golden villa. Em Cayo Guillermo, o Meliá Cayo Guillermo é uma boa opção, o espaço exterior, assim como a praia e os seus passadiços sobre o mar criam um ambiente bastante agradável.

Melia Jardines Del Rey

Em Varadero, a estadia no Iberostar Varadero é bastante recomendável. É uma unidade de cinco estrelas capaz de satisfazer os clientes mais exigentes, sejam famílias ou casais. Os quartos têm áreas generosas e são confortáveis e a oferta de F&B é boa, assim como a praia. Com um estilo completamente diferente, apresenta-se o novo Iberostar Bella Vista Varadero. Enquanto o primeiro é mais clássico, o segundo é moderno e recente (tem pouco mais de um ano). Uma boa opção para férias em família.

O Paradisus Varadero é o único da marca premium de resorts da Melia indicado para famílias, dispondo de um serviço família.

O Royalton Hicacos é só para adultos e distingue-se pelo serviço de mordomo para todos os clientes e os altos standards de F&B. O Melia Marina Varadero é também uma boa opção de estadia. Sendo um resort com marina, surpreende pelo seu fácil acesso à praia.

Dicas

Em Cuba, existem duas moedas: os pesos cubanos (CUP) e os pesos (CUC). Os primeiros só são usados pelos habitantes. O Cuc é a moeda usado no turismo. A internet nos hotéis é disponibilizada através da compra de cartões que custam 1 Cuc e têm a duração de 60 minutos (podem ser usados em qualquer hotel ou espaço), desde que haja rede. Na hora de fazer a mala, não deve esquecer o repelente, e colocar na bagagem uma roupa um pouco mais formal para os jantares.

Fam trip

 No total foram 25 os elementos que viajaram a convite da Sonhando e da Soférias para Cuba. Um grupo grande, mas que esteve sempre bastante animado. Adriano Portugal (Orbita), Ana Luísa Luz (Sonhando), Ana Rita Lopes, (Viagens Abreu), Ana Rita Queiroz (Multidestinos), Ana Silva (By Travel), Carina Monteiro (Publituris), Carlos Carreira (Viagens Carreira), Custódia Carvalho (Top Atlântico Leiria), Dalila Silva (Viagens Abreu), Emília Parra (Geostar), Fernando Santos (Mercado das Viagens São João da Madeira), Joana Lopes (Rivieratur), João Real (Avic), José Luís Elias (Turisver), José Manuel Antunes (Sonhando), José Marques da Costa (Sonhando) Katy Lourenço (Sonhando), Magda Silva (By Travel), Maria João Elisário (Best Travel), Paula Moreira (Optimatours), Paulo Cordeiro, (Açoribérica), Rómulo Gonçalves (Clubtour), Rosário Santos (Solférias), Vânia Ferreira (Navitur) e Vera Caeiro (Em Viagem Évora).


Sobre o autorCarina Monteiro

Carina Monteiro

Mais artigos
Artigos relacionados
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Aviação
Octant Hotels promove-se nos EUA
Alojamento
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
Meeting Industry
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Meeting Industry
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
Destinos
Royal Caribbean International abre primeiro Royal Beach Club em Nassau em 2025
Destinos
Viagens mantêm-se entre principais gastos de portugueses e europeus, diz estudo da Mastercard
Destinos
Álvaro Aragão assume direção-geral do NAU Salgados Dunas Suites
Hotelaria
Lusanova e Air Baltic lançam “Escapada ao Báltico” com voos diretos
Distribuição
Conheça a lista de finalistas dos Prémios AHRESP 2024
Restauração
PUB
Meeting Industry

“A promoção na Europa não pode ser só Macau”

Depois de anunciar a cimeira da ECTAA em Macau, em 2025, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da DST de Macau, admitiu que a promoção de Macau terá de passar por uma maior complementaridade de destinos e não limitar-se somente a Macau”.

A promoção de Macau na Europa é uma realidade e a parceira com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) tem contribuído para esta evidência. Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, explicou isso mesma durante a abertura da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, ao frisar que “a APAVT foi um grande parceiro durante muitos anos, mesmo antes da transferência [da soberania de Macau de Portugal para a República Popular da China em 20 de dezembro de 1999] até agora e ajudou-nos, para além de Portugal, a abrir a porta para a Europa”.

A vinda do congresso da APAVT e da cimeira da ECTAA para Macau, em 2025, é, por isso, vista por Senna Fernandes como “um passo importante e que temos vindo a realizar em parceria com a APAVT tanto nas iniciativas em Portugal [Roadshow e BTL] como em Espanha [FITUR]”.

Quanto às possíveis melhorias de conectividade entre Portugal e Macau, Senna de Fernandes admitiu que “esse é o nosso grande sonho”, revelando que “ainda não há muitos avanços a este nível, mas passo a passo, espero que as ligações melhorem”.

A caminho pode estar, no entanto, um voo da Air Macau com ligação a Istambul (Turquia) que a diretora da DST espera que possa acontecer “ainda este ano de 2024” e que é considerado como “mais um passo em frente”. “Estamos sempre de braços abertos, mas claro que as companhias aéreas têm os seus cálculos e nós percebemos esta situação”.

A melhoria, ou melhor, a facilidade de ligação de Hong Kong a Macau também foi assinalada como mais um passo para atrair os turistas a visitar Macau, além de Senna Fernandes considerar que “a forma como Macau está a promover-se na Europa também terá de ser integrada com outros destinos”.

“A promoção na Europa não pode ser só Macau, porque quem faz uma viagem de longo curso não está só à procura de um destino, também quererá visitar a China, Hong Kong, a Grande Bahia, por exemplo”, concluiu a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Meeting Industry

APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu

No dia da abertura da 12.ª edição da MITE, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel da associação no posicionamento de Macau no mercado europeu. A organização do congresso da APAVT e cimeira da ECTAA, ambas em 2025, são consideradas boas plataformas para a promoção junto dos diversos mercados da Europa.

A 12.ª edição da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – serviu para o anúncio da cimeira da ECTAA, bem com de Macau como “Destino Preferido” para 2025.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), referiu, no discurso de abertura e deste anúncio que se trata de uma “grande oportunidade de juntar um importante mercado de origem – Europa – e os destinos turísticos de Macau, fazendo essa extensão lógica a toda a China”.

Na realidade, a APAVT, que realizará o 50.ª congresso precisamente em Macau, em 2025, teve “o papel principal”, segundo o presidente das APAVT, no que será a realização da cimeira da ECTAA em Macau, frisando Pedro Costa Ferreira que “tivemos a ideia, colocámo-la primeiramente a Macau, tentando perceber se havia interesse, e havendo todo o interesse, colocámo-la ECTAA que respondeu, desde logo, de forma positiva”.

“Sentimos que existe um estreito laço de confiança entre a APAVT e o Turismo de Macau que, como todos os laços de confiança que são fortes, demorou algum tempo a reformar-se, mas que parece estar hoje no ponto fortalecer-se”.

De resto, Pedro Costa Ferreira salientou que a relação próxima entre a APAVT e Macau passa, justamente, por “Portugal constituir uma porta de entrada para a China, mas também Portugal ser visto como porta de entrada para a Europa. Se olharmos para a China enquanto mercado emissor, é só o primeiro mercado emissor mundial. Portanto, todos terão interesse em implementar este tipo de relação”.

Quanto ao que poderia aumentar o número de turistas portugueses em Macau, o presidente da APAVT é lacónico: “comunicação, comunicação, comunicação e, depois, estruturação de oferta”.

“A comunicação é fundamental porque a verdade é que Macau, apesar de tudo, quando se fala do Oriente, não está no top of mind dos portugueses”, considera Pedro Costa Ferreira. “Depois é preciso conhecimento e não foi por acaso que apostámos [APAVT] no e-learning”, até porque, de acordo com o presidente da APAVT, “os agentes de viagens costumam vender o que conhecem e sentem-se confiantes a vender o que conhecem. Portanto, sem conhecer fica mais difícil” e, por isso, a vinda de agentes de viagens à MITE “ajuda a conhecer a oferta existente”.

Já no que toca à estruturação de produto, “Macau não deve ser visto como um destino per si para o mercado emissor europeu, nem mesmo para o português”, admite Pedro Costa Ferreira, salientando que “o português pode ter um tempo médio de estadia um pouco mais prolongado em Macau, mas o que faz sentido é juntar Macau com outras realidades, sejam elas de pura praia, quer realidades mais culturais e mais recentes do ponto de vista das tradições do turista europeu, que é a própria China”.

Para isso, é, no entanto, necessária conectividade, assinalando Pedro Costa Ferreira que “um voo direto [Portugal – Macau] ajudaria imenso”.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT

Segundo a APAVT, esta missão internacional a Macau visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

Publituris

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está a promover uma missão internacional a Macau, que conta com  o apoio do Turismo de Macau e que vai passar pela MITE-Macau International Travel Exhibition, que decorre entre 26 e 28 de abril.

Segundo um comunicado divulgado pela associação, esta missão internacional a Macau conta com uma comitiva de associados e líderes da distribuição europeia e visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

“Pela primeira vez, e por iniciativa da APAVT, a comitiva incluirá também representantes da nossa congénere espanhola, a CEAV, bem como da ECTAA-Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos, num esforço conjunto para promover o desenvolvimento das relações turísticas entre Macau e o mercado europeu. A comitiva é composta por um total de três dezenas de profissionais do setor, especialmente convidados por Macau”, detalha a APAVT.

Além da visita à feira de turismo de Macau, os participantes nesta missão internacional contam com um “intenso programa que inclui encontros B2B e outras iniciativas que visam reforçar as relações bilaterais e estabelecer novas parcerias estratégicas, com vista ao incremento do volume de turismo, nos dois sentidos”.

“É conhecida a proximidade entre a APAVT e Macau, proximidade construída através de trabalho conjunto contínuo, sempre com o objetivo de incrementar os fluxos turísticos entre Portugal , Macau e a China em geral. A atual comitiva é um passo em frente muito significativo neste trabalho conjunto, ao alargar o esforço de aproximação a duas comunidades internacionais que integramos e muito prezamos – a Aliança Ibérica, constituída pela APAVT e a espanhola CEAV, e a ECTAA”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT.

*O Publituris foi um dos convidados pela APAVT para integrar esta missão empresarial a Macau, sobre a qual vai ser possível saber mais nas próximas edições do jornal Publituris.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Viagens mantêm-se entre principais gastos de portugueses e europeus, diz estudo da Mastercard

Um recente estudo da Martercard sobre intenções de consumo apurou que as viagens continuam a estar nas principais intenções de compra para este ano de 67% dos portugueses e 59% dos europeus.

Publituris

As viagens continuam a estar nas prioridades dos portugueses e dos europeus, apurou um recente estudo da Martercard sobre intenções de consumo, segundo o qual as viagens continuam a estar nas principais intenções de compra para este ano de 67% dos portugueses e 59% dos europeus.

O estudo da Mastercard foi realizado em 24 países, incluindo em Portugal, com o objetivo de compreender a mudança nas preferências de mais de 16.000 consumidores ao nível das experiências e respetivos gastos na Europa, um dos maiores polos turísticos globais e que em 2023 atraiu uns impressionantes 700 milhões de turistas.

De acordo com a pesquisa, 88% dos viajantes europeus e internacionais planeiam gastar o mesmo ou mais em experiências em 2024, comparativamente a 2023, num ano marcado por múltiplos eventos desportivos de projeção global, digressões musicais e festivais de cinema.

O estudo revela que o desejo de desfrutar de novas experiências está a impulsionar as viagens, com 31% dos portugueses a referirem que tencionam planear uma viagem para desfrutarem de uma experiência em particular, e quase metade (49%) a afirmar que viajariam para outro país, ou continente, apenas para desfrutar de uma experiência que desejam concretizar.

Além das viagens, para os portugueses também os concertos de música ao vivo (48%), escapadelas relacionadas com o bem-estar (40%), experiências em família ou gastronómicas (39%) e experiências ao ar livre (36%) estão nas prioridades de gastos em 2024.

A nível europeu, o resultado foi semelhante ao apurado em território nacional, uma vez que a prioridade dos consumidores europeus também vai para as viagens (59%), seguido de festivais e concertos (34%), experiências ao ar livre (34%), gastronómicas (33%) , seguidas das experiências associadas ao bem-estar (32%).

“O benefício ‘intangível’ das experiências é referido pela maioria dos consumidores nacionais e europeus como o principal motivo para darem prioridade a este tipo de gastos”, destaca a Mastercard, num comunicado enviado à imprensa esta quarta-feira, 24 de abril.

Relativamente às experiências, mais de quatro em cinco (85%) dos portugueses disseram que este tipo de gastos geralmente, ou quase sempre, vale a pena, em contraste acentuado com os 2% que acham que raramente ou nunca vale o investimento, e com 30% dos consumidores a afirmarem que poupam uma parte do seu orçamento familiar para poder gastar em experiências.

O facto de as experiências proporcionarem as melhores recordações (49%), ajudarem a ver o mundo sob uma nova perspectiva (41%) ou o facto de encontrarem nas experiências partilhadas com outros um enriquecimento profundo (40%) para a sua vida pessoal estão entre os principais motivos apontados pelos portugueses para manterem os seus planos de gastos.

“Além disso, o principal fator determinante na decisão de investirem numa experiência é o facto de poder ser única (41%) refletindo a vontade de criar memórias para toda a vida”, refere ainda o estudo.

Segundo Raja Rajamannar, Chief Marketing & Communications Officer da Mastercard, “não é de admirar que os europeus estejam a dar cada vez mais prioridade às experiências. Além da vibrante herança cultural desta região e dos locais incríveis que a tornam um cenário ideal para memórias que duram uma vida, também é palco de eventos desportivos e musicais sem paralelo”.

“Esta investigação ajuda-nos a perceber as prioridades das pessoas para este ano e de como podemos trazer mais alegria às suas vidas”, acrescenta o responsável.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Transavia abre vendas para o inverno e aumenta capacidade entre Portugal e França em 5%

A companhia aérea low cost do grupo Air France-KLM vai operar 16 rotas de Portugal para França, Países Baixos e Bélgica durante o próximo inverno, incluindo 39 voos/semana a partir do Porto e 32 voos/semana a partir de Lisboa para Paris-Orly.

Publituris

A Transavia abriu esta quarta-feira, 24 de abril, as vendas para a temporada de inverno, que vai contar com um aumento de 5% na capacidade entre Portugal e França.

Segundo um comunicado enviado à imprensa, a companhia aérea low cost do grupo Air France-KLM vai operar 16 rotas de Portugal para França, Países Baixos e Bélgica, incluindo 39 voos/semana a partir do Porto e 32 voos/semana a partir de Lisboa para Paris-Orly.

“Sempre atentos às expetativas dos nossos clientes de lazer e de negócios, especialmente os que voam de/para Portugal, um dos nossos mercados mais estratégicos, temos o prazer de propor diversas opções para que estes possam planear com antecedência as suas viagens de inverno. No total, vamos oferecer opções adicionais de viagem neste inverno através das nossas 16 rotas entre Portugal, França, Países Baixos e Bélgica”, afirma Nicolas Hénin, vice-presidente executivo de vendas e marketing da Transavia France.

A Transavia explica que a rota Porto – Paris será a mais beneficiada com o aumento de oferta previsto par ao próximo inverno em Portugal, uma vez que vai contar com mais sete voos por semana, num total de até 39 ligações por semana, seguida de Lisboa – Paris, com 32 voos semanais.

Nos Países Baixos, a Transavia voa desde Portugal para Amesterdão, Eindhoven e Roterdão, disponibilizando, no caso de Amesterdão, dois voos por dia desde Faro , cinco voos semanais desde o Funchal, na Madeira, duas ligações diárias para Lisboa e mais um voo por dia desde o Porto. Para Eindhoven, a Transavia vai operar um voo por dia desde Faro e cinco ligações por semana desde Lisboa, enquanto Roterdão conta com um voo por dia desde Faro e três por semana desde Lisboa.

No caso de França, a operação da companhia aérea conta com ligações para Nantes e Paris-Orly, com a Transavia a realizar, para Nantes, quatro voos por semana desde Lisboa e dois desde o Porto, enquanto o Funchal também vai contar com uma ligação por semana. Já para Paris-Orly estão previstos um voo por dia desde Faro, dois por semana desde o Funchal, bem como até 32 ligações aéreas por semana desde Lisboa e 39 por semana desde o Porto.

No próximo inverno, a Transavia liga também Faro a Bruxelas, na Bélgica, numa operação com até seis ligações aéreas por semana.

As vendas de bilhetes da Transavia para o próximo inverno abriram esta quarta-feira, 24 de abril, e os bilhetes podem ser adquiridos aqui.

 

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

TICV suspende operação em Cabo Verde depois de revogação do contrato de wet lease de avião

A decisão foi tomada depois da companhia aérea ter visto a Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde “revogar a aprovação que tinha concedido para o contrato de wet lease de uma aeronave mobilizada para regularizar a conectividade interilhas”.

Publituris

A TICV – Transportes Interilhas de Cabo Verde suspendeu a sua operação interilhas em Cabo Verde, decisão que foi tomada depois da companhia aérea ter visto a Agência de Aviação Civil (AAC) “revogar a aprovação que tinha concedido para o contrato de wet lease de uma aeronave mobilizada para regularizar a conectividade interilhas”.

Num comunicado enviado à imprensa, a companhia aérea, que é controlada pela Bestfly, explica que a entrada desta aeronave no país, um aparelho Bombardier Dash 8 Q300, com capacidade para transportar 50 passageiros, já tinha sido aprovada, pelo que a revogação desta aprovação deixou a transportadora aérea surpreendida.

“Como anunciado anteriormente pela TICV, a entrada desta aeronave em Cabo Verde tinha como objetivo assegurar a manutenção do serviço prestado pela transportadora, suprindo a ausência de duas aeronaves que se encontram imobilizadas por motivo de manutenção. Todos os esforços foram encetados para garantir a maior rapidez possível no processo de mobilização dessa aeronave, estando a TICV ciente de que a ligação interilhas em Cabo Verde desempenha um papel fundamental na coesão territorial, social e económica do país”, explica a TICV.

A companhia aérea diz ter ficado ainda mais surpreendida porque a justificação da revogação da aprovação do contrato de wet lease decorreu do facto de a AAC considerar que “não é plausível” o enquadramento do pedido da TICV, algo que, diz a companhia aérea, está “em total conformidade com a regulamentação local”.

“No que a wet leases diz respeito, a regulamentação cabo-verdiana é clara: este mecanismo pode ser utilizado como reforço da frota ou devido à indisponibilidade da mesma em casos como trabalhos de manutenção. O enquadramento apresentado pela TICV para o pedido de aprovação do contrato de wet lease está ao abrigo e em total conformidade com a regulamentação local”, explica a TICV.

Na informação divulgada, a companhia aérea recorda que “o pedido de aprovação do contrato de wet lease, da maior importância para assegurar o bom funcionamento da ligação interilhas, deu entrada na AAC no dia 1 de abril de 2024, tendo sido tratado com uma morosidade que não se coaduna com a premência do pedido em análise”.

Citado no comunicado divulgado, Nuno Pereira, CEO da BestFly World Wide, acionista maioritário da TICV, defende que a companhia aérea “agiu e procedeu em absoluta conformidade com a regulamentação da aviação civil cabo-verdiana” mas denuncia que o pedido de aprovação do contrato par a entrada do aparelho em Cabo Verde foi recebido num “clima de desconfiança, lentidão e hostilidade”.

“Do lado da AAC, o pedido de aprovação de um contrato para a entrada temporária de uma aeronave em operação, com vista a regularizar a ligação interilhas, foi recebido no que consideramos ser um clima de desconfiança, lentidão e hostilidade, ainda que o procedimento, por parte da TICV, tenha sido levado a cabo com toda a regularidade”, refere o responsável.

Nuno Pereira acrescenta que a TICV tem “cumprido o compromisso” assumido com Cabo Verde e com os cabo-verdianos e lamenta a  situação pela “importância que a ligação interilhas tem num país que dela depende para a deslocação dos seus cidadãos e para o apoio à sua atividade económica”.

“Também por isso, procurámos nortear a nossa ação pelo dever de fomentar uma relação de confiança e estabilidade com os clientes da TICV. No entanto, temos operado num ambiente de negócios tóxico e punitivo, que condiciona severamente a nossa capacidade de ação, apesar do investimento contínuo que temos feito na conectividade doméstica”, acrescenta o responsável.

Para Nuno Pereira, este contexto está “longe de ser o ideal” e tem sido marcado por “situações de franca anormalidade, que impedem uma resposta rápida aos desafios com que qualquer operação aérea se depara e que em nada contribuem para o desenvolvimento económico de Cabo Verde”.

Por isso, o responsável sugere às autoridades cabo-verdianas que façam a devida análise de quantas companhias já operaram em Cabo Verde nos últimos 10 anos, uma vez que, acrescenta o CEO da Bestfly World Wide, “o resultado dessa análise deve justificar uma profunda reflexão sobre o ambiente de negócios vivido no país”.

O pedido de suspensão da atividade da TICV em Cabo Verde já foi apresentado junto da AAC.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Hotelaria

Pestana Hotel Group arrecada 557M€ em receitas em 2023

As receitas do grupo hoteleiro em 2023 aumentaram 23% face a 2022, sendo que o resultado líquido ficou nos 105 milhões de euros, menos 4% do que no ano anterior.

Carla Nunes

O Pestana Hotel Group (PHG) registou 557 milhões de euros em receita em 2023, um aumento de 23% em relação a 2022.

Os valores foram apresentados esta terça-feira, 23 de abril, por José Theotónio, CEO do Pestana Hotel Group, que num encontro com jornalistas deu conta de que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo situou-se nos 189 milhões de euros em 2023, uma descida de 6% face a 2022, enquanto o resultado líquido ficou nos 105 milhões de euros, menos 4% do que no ano anterior.

O CEO do grupo justifica ambas as descidas com o facto de no ano passado terem tido “um acontecimento que não se repetiu e é provável que não se repita nos próximos anos”: a venda do Pestana Blue Alvor à Azora, que trouxe “um resultado extraordinário” ao grupo em 2022, nas suas palavras.

No entanto, refere que “se olharmos para o recorrente”, o EBITDA de 2023 teve um crescimento de cerca de 25% e o resultado líquido um aumento de “cerca de 30%”.

Segundo José Theotónio o crescimento de receitas foi impulsionado pela hotelaria, que representou 67% da receita total do grupo em 2023. Seguiu-se a área imobiliária turística do grupo, que representou cerca de 16% desta receita. Os restantes 17% da receita total do Pestana Hotel Group em 2023 foram provenientes da área de golfe (que cresceu cerca de 10% em termos de vendas), das atividades de casino (que cresceram 6% em vendas) e do Pestana Vacation Club (na Madeira, o grupo conseguiu crescer 5%).

Grupo amortizou 120M€ em empréstimos com taxa variável

Além dos resultados financeiros de 2023, o CEO do Pestana Hotel Group deu conta de que o grupo amortizou antecipadamente cerca de 120 milhões de euros nos empréstimos que tinha com taxa variável, alcançando assim um rácio de dívida líquida / EBITDA de 0,9 em 2023 – um valor que se situava nos 3,9 em 2021.

“Estamos numa situação em que praticamente num ano, se quiséssemos, terminávamos com a nossa dívida financeira”, afirma José Theotónio.

Em 2023, a renovação de hotéis e a aquisição de novos empreendimentos representou 85 milhões de euros, entre a renovação do Pestana Vila Lido Madeira e o Pestana Blue Alvor Beach, antigo Pestana Delfim. Somou-se ainda a aquisição do Vila Sol, em Vilamoura, e a conclusão e abertura da Pousada Alfama e do Pestana Rua Augusta, ambos em Lisboa.

Dos projetos em pipeline, José Theotónio refere a construção do Pestana Dunas, em Porto Santo, na Madeira, que espera que esteja terminado em maio de 2025, além do Pestana CR7 Paris, que, “com sorte”, estará terminado “no final de 2026, inícios de 2027”.

Preço médio do PHG em 2023 cresceu 9,5% face ao ano anterior

No global, entre os hotéis em Portugal e no estrageiro, a taxa de ocupação do Pestana Hotel Group foi de 67,7%, mais 3,9% do que no ano anterior. No caso dos hotéis situados apenas em Portugal, a taxa de ocupação em 2023 situou-se nos 68,8%, mais 3,4% face a 2022.

Também em termos globais, o preço médio por quarto em 2023 foi de 144,20 euros, mais 9,5% face a 2022. Já no caso dos hotéis em Portugal, o preço médio por quarto registado no ano passado foi de 141,20 euros, mais 8,9% do que no ano anterior.

“É mais importante crescer quando acrescentamos valor, através do preço, do que por ocupação. O nosso objetivo é conseguirmos ter um aumento de preço. [No entanto], sentimos que em alguns mercados hoje há uma maior relutância em relação aos preços, portanto, se tentarmos subir muito, o mercado para, deixa de existir. Não acredito que consigamos os 9% de aumento que conseguimos o ano passado, mas conseguiremos, pelo menos, repercutir a taxa de inflação”, afirma o CEO do Pestana Hotel Group.

As plataformas online foram o principal canal de vendas do grupo em 2023, representado cerca de 41% das vendas. Dentro desta percentagem encontram-se plataformas como a Booking (20% das vendas), Expedia (6,6%), Hotelbeds (3,3%) e outras “centenas” de plataformas que representaram 11% das vendas.
Em 2023 o canal direto representou cerca de 30% das vendas do grupo, seguido pelos canais de grupos e corporate (18%) e os operadores tradicionais offline (10,8%).

Grupo mantém aposta “nas pessoas, na transformação digital e na transição energética”

O CEO do Pestana Hotel Group atribui estes resultados a “três grandes projetos” do grupo: “uma aposta grande nas equipas e nas pessoas, a transformação digital e na redução da pegada carbónica e transformação energética”.

Para o efeito, o Pestana Hotel Group colocou em prática uma subida da remuneração base para 1.100 euros, incluindo salário e subsídio de refeição, o que representou, “em termos médios, uma subida de 12%”. Como José Theotónio referiu, “o conjunto de remunerações do ano passado foi superior em relação ao que era em cerca de 20%”, representando um aumento de mais de 19 milhões de euros face a 2022.

A isto somam-se outros benefícios, onde se insere a Pestana Academy – se em 2019 o grupo tinha ministrado 8.900 horas de formação, em 2023 foram lecionadas mais de 24.000 horas de formação.

O grupo destaca que “cerca de 16% da massa trabalhadora do grupo, com contratos permanentes, são de origem estrangeira”, pelo que são necessárias “políticas de acolhimento e inclusão de trabalhadores imigrantes”. Além do valor salarial, que José Theotónio garantiu “ser o mesmo dos trabalhadores nacionais”, o grupo tem apostado em ações de formação para que estes novos trabalhadores “conheçam a cultura e a língua portuguesa”, além de ações de formação “para as chefias, para que saibam acolher estas pessoas”.

Na área da transição digital, o grupo hoteleiro investiu cerca de 12 milhões de euros em tecnologias de informação, quando em 2019 tinha investido cerca de oito milhões de euros.

Por fim, no que toca à sustentabilidade, o grupo tem em vista investir 12 milhões de euros até 2025 para reduzir o seu impacto no meio ambiente. O objetivo passa por, até 2030, o grupo reduzir as suas emissões de carbono em 37% face a 2019.
Atualmente, o Pestana Hotel Group conta com 108 unidades hoteleiras, das quais 76 estão situadas em Portugal.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos

Créditos: Shutterstock

Distribuição

Paris volta a ser destino preferido dos portugueses para feriados de abril e maio

Segundo a eDreams, nos feriados de 25 de abril e 1 de maio, os portugueses contam viajar para Paris, que volta a liderar as escolhas, seguida de Barcelona, Londres, Madrid e Amesterdão. Funchal e Ponta Delgada, a nível nacional, também entram no ranking de destinos preferidos para estes feriados.

Publituris

A capital francesa volta a ser o destino de eleição para os turistas portugueses que contam viajar nos feriados de 25 de abril e 1 de maio, avança a eDreams, que tem por base as reservas efetuadas nesta agência de viagens online para os próximos dias.

De acordo com a eDreams, “Paris é o destino preferido dos portugueses para estas férias de primavera”, sendo a capital francesa seguida por cidades como Barcelona (Espanha), Londres (Reino Unido), Madrid (Espanha) e Amesterdão (Holanda).

A nível doméstico também não existem grandes surpresas, com o Funchal e Ponta Delgada a liderarem a escolhas dos turistas nacionais para os feriados de abril e maio.

“Esta é, tipicamente, uma boa altura do ano para quem prefere aproveitar os destinos prediletos sem as grandes multidões de turistas típicas do verão e, ao mesmo tempo, desfrutar de um clima mais ameno, à medida que os dias são mais longos e quentes”, sublinha a eDreams, no comunicado divulgado esta terça-feira, 23 de abril.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

NH Collection Dubai The Palm | Créditos: DR

Hotelaria

NH Hotel Group passa a designar-se Minor Hotels Europe & Americas

O NH Hotel Group, parte integrante da Minor Hotels, vai passar a operar como Minor Hotels Europe & Americas, após uma votação dos acionistas do NH Hotel Group para alterar o nome registado da empresa, na Assembleia Geral Anual realizada na última sexta-feira.

Publituris

Em nota de imprensa, o grupo hoteleiro refere que ao adotar o nome Minor Hotels Europe & Americas, o NH Hotel Group “reforça a sua integração com a Minor Hotels, promovendo uma identidade corporativa única e reconhecível, acelerando o crescimento global da Minor Hotels”. Aponta ainda que “esta mudança estratégica reforça a estrutura comercial e operacional global”.

A Minor Hotels e o NH Hotel Group têm vindo a unificar o seu portefólio global de oito marcas desde 2019, implementando-as em novos mercados internacionais, tais como a Anantara Hotels, Resorts & Spas; Avani Hotels & Resorts; Elewana Collection; NH Hotels & Resorts; NH Collection Hotels & Resorts; nhow Hotels & Resorts; Oaks Hotels, Resorts & Suites e Tivoli Hotels & Resorts.

A colaboração entre os dois grupos conduziu à introdução de duas das marcas registadas do NH Hotel Group – NH e NH Collection – em mercados como a Ásia, Médio Oriente e Oceano Índico, com uma expansão adicional em preparação. Em comunicado o grupo dá ainda conta de que esta parceria “reforçou a posição da Minor Hotels nos segmentos de luxo e de gama alta na Europa e Américas, através da abertura de propriedades das marcas Anantara, Avani e Tivoli”. Atualmente, a Minor Hotels Europe & Americas é responsável por mais de 350 propriedades em 30 países da Europa e das Américas.

Agora, a Minor Hotels Europe & Americas planeia crescer “em todos os segmentos”, principalmente nas marcas de luxo e gama alta. Das 200 propriedades que a Minor Hotels pretende adicionar globalmente até ao final de 2026, mais de 50 situam-se na Europa, sendo que “as Américas também terão novas aberturas em todo o portefólio da marca Minor Hotels”.

Recorde-se que, em outubro de 2018, o NH Hotel Group passou a fazer parte da Minor Hotels, na sequência da aquisição pela Minor International (MINT) de 94,1% da empresa, através de uma oferta pública de aquisição obrigatória. Desde então, a MINT aumentou a sua participação no NH Hotel Group para 95,9%, em 2023.

A MINT, empresa-mãe da Minor Hotels, cotada na Tailândia, foi fundada em 1967 por William E. Heinecke. O primeiro empreendimento hoteleiro da Minor Hotels, o Royal Garden Resort, em Pattaya, na Tailândia, foi inaugurado em 1978. Atualmente, a Minor Hotels conta com mais de 80.000 quartos distribuídos por mais de 540 hotéis, em 56 países e um conjunto de empresas relacionadas.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Porto de Lisboa cresce 6% nas escalas de cruzeiros em 2023

No ano passado, o Porto de Lisboa contabilizou 347 escalas, incluindo 107 em turnaround, e recebeu 758 328 passageiros, números que estabelecem novos recordes para a infraestrutura aeroportuária.

Publituris

O Porto de Lisboa registou um crescimento de 6% nas escalas de navios de cruzeiros ao longo do ano passado, atingindo o valor recorde de 758 328 passageiros.

“Nos cruzeiros, 2023 foi o melhor ano de sempre, tanto em número de passageiros como em escalas. Superou-se pela primeira vez a barreira dos 700 mil passageiros (758 328), o que significou um crescimento de 54% face a 2022, ultrapassando o anterior recorde que datava 2018, ano que registou 577 603 passageiros de cruzeiro”, lê-se no comunicado em que o Porto de Lisboa faz um balanço do ano passado.

A infraestrutura aeroportuária contabilizou 347 escalas, mais 20 do que em 2022, sendo que também as escalas em turnaround registaram um novo recorde e chegaram às 107, “ultrapassando o máximo absoluto das 103 escalas contabilizadas no período homólogo”.

“Do total de passageiros, 204 mil são do segmento turnaround, ou seja, de cruzeiros que têm embarque e/ou desembarque no terminal de cruzeiros da capital portuguesa. Este número representa um aumento de 131% neste segmento. Destaque para a maior operação de sempre de turnaround no Porto de Lisboa, a 30 de julho, com a movimentação de 9 163 passageiros, dos quais 4 476 embarcados e 4 687 desembarcados”, destaca ainda o Porto de Lisboa.

A Europa manteve-se, segundo o Porto de Lisboa, como o principal mercado emissor de passageiros de cruzeiros para Lisboa, com o Reino Unido a liderar, representando 38% do total.

Já os EUA superaram a Alemanha, que passou para segundo lugar, com um aumento de 116% nos passageiros, representando 20% do total.

“A Alemanha apesar do crescimento de 14% caiu para o terceiro lugar com 15%. O Canadá e Portugal ocupam, respetivamente, o quarto e quinto lugares, com aumentos significativos nos números de passageiros (+172% e + 88%) face ao ano anterior”, lê-se ainda na informação divulgada.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.