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Norwegian introduz Premium All Inclusive em Portugal

Produto passa a ser comercializado como tudo incluído e contempla gastronomia, entretenimento, gorjetas e gratificações no preço do cruzeiro. Apenas o Wi-Fi e alguns restaurantes especializados, devido à capacidade reduzida, é que obrigam a pagamento extra.

Patricia Afonso
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Norwegian introduz Premium All Inclusive em Portugal

Produto passa a ser comercializado como tudo incluído e contempla gastronomia, entretenimento, gorjetas e gratificações no preço do cruzeiro. Apenas o Wi-Fi e alguns restaurantes especializados, devido à capacidade reduzida, é que obrigam a pagamento extra.

Patricia Afonso
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É já a partir do dia 3 de Abril que o produto Norwegian Cruise Line (NCL) vai passar a ser vendido na vertente de tudo incluído, com a denominação de Premium All Inclusive, em Portugal. Este é o quarto mercado onde a companhia introduz esta forma de comercialização dos seus cruzeiros.

Alemanha, França, Escandinávia e Portugal. Depois do sucesso de introdução do produto Premium All Inclusive no mercado alemão, a Norwegian Cruise Line, após estudos de marketing e recolha de informação junto dos principais parceiros, decidiu introduzir o regime de tudo incluído no nosso País. As expectativas são as maiores, com o director da companhia para a Europa, Médio Oriente e África, Christian Boell, a revelar ao Publituris que espera crescer 20% este ano no mercado português.

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A novidade foi apresentada esta segunda-feira ao mercado, com Christian Boell a afirmar que a “conveniência” é uma característica fundamental na indústria e que este produto responde a esse requisito, assim como às tendências de futuro.

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No caso da NCL, os cruzeiros Premium All Inclusive incluem praticamente tudo a bordo, com a inovação do preço apresentado incluir as gorjetas e gratificações. De fora, segundo o responsável, ficam as excursões, o Wi-Fi – consoante o pacote adquirido – e alguns restaurantes especializados, onde o ‘fee’ a pagar não é significativo e deve-se à capacidade reduzida do espaço.

Assim, ao comprar um cruzeiro da Norwegian Cruise Line, o preço a pagar passa a incluir uma “selecção variada de bebidas alcoólicas e não alcoólicas em todos os bares, lounges e recintos de refeições, em qualquer altura e durante o cruzeiro, incluindo bebidas espirituosas, cerveja em garrafa e à pressão, vinhos, cocktails, refrigerantes e sumos”; “sumos ilimitados, água e refrigerantes para crianças e adolescentes”; “café Lavazza, durante as refeições”; “uma garrafa de água grátis, por pessoa e por dia, nos camarotes”; “encargos com serviços e gorjetas”; “culinária de excelência nos principais locais de refeições a bordo – incluindo bufetes com cozinha ao vivo, churrascos no convés, comida informal e até três salas de restaurante de autor por navio”; “espectáculos premiados, incluindo êxitos da Broadway, espectáculos de produção, música e comédia”; “instalações de lazer para todas as idades”; e “benefícios adicionais exclusivos e privilégios para os clientes que fiquem nas Suites e no The Haven by Norwegian®” (com o é o caso do Wi-Fi).

Ao Publituris, Christian Boell  indicou que a evolução do mercado português tem sido positiva, com um crescimento de dois dígitos em 2016.

* Saiba mais sobre este produtos e as expectativas da companhia em Portugal em breve no Jornal Publituris.

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Turismo de golfe pode valer quase 66 mil milhões de dólares até 2035

O mercado global de turismo de golfe está a atravessar uma expansão significativa. Estima-se que o seu valor seja de cerca de 27 mil milhões de dólares em 2025, com projeção de atingir os 65,8 mil milhões de dólares 2035, o que representa uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 9,3%, revela relatório da Future Market Insights.

Esse crescimento do turismo de golfe é apoiado por uma procura crescente por experiências imersivas e ecologicamente corretas. 2025 promete ser um ano promissor para o turismo de golfe, com uma oferta diversificada que combina tradição, inovação e sustentabilidade.

Só na Europa, este nicho deverá crescer a uma taxa anual de 4,3%, entre 2025 e 2035, atingindo os 5,7 mil milhões de dólares no final do período em análise, indicam estimativas da Future Market Insights, que avança que com destinos icónicos como a Costa Brava, em Espanha, o Algarve, em Portugal, e St. Andrews, na Escócia, a Europa continua a ser uma das principais opções para os entusiastas do golfe. A sua rica história, campos diversificados e sólida infraestrutura continuam a atrair golfistas amadores e profissionais do mundo todo.

O turismo de golfe emergiu como um segmento vital na indústria global de viagens e turismo, impulsionado pela crescente popularidade do desporto entre jogadores recreativos e profissionais. Os viajantes procuram cada vez mais destinos que ofereçam campos de golfe de classe mundial, além de alojamento premium e experiências de lazer. O crescente apelo por viagens focadas no golfe, especialmente em destinos que combinam paisagens cênicas com luxo e relaxamento, posicionou o turismo de golfe como um importante impulsionador do crescimento do setor global de viagens. Neste caso, resorts de luxo, agências de viagens e operadores de turismo estão a investir fortemente na oferta de experiências de golfe de alto nível, visando jogadores amadores e profissionais.

A análise confirma que a América do Norte e a Europa continuam a ser mercados dominantes, enquanto a Ásia-Pacífico surge como uma região com procura crescente.

Os principais impulsionadores do mercado incluem a expansão de campos de golfe, o aumento de viagens internacionais e o apoio governamental a iniciativas de turismo desportivo.

“Com o surgimento de plataformas digitais de reservas e experiências personalizadas de golfe, o mercado está pronto para se expandir rapidamente”, afirma Sudip Saha, diretor executivo e cofundador da Future Market Insights, para realçar que, além disso, iniciativas de sustentabilidade no turismo de golfe moldarão ainda mais o futuro do setor”.

Por regiões: América do Norte – os Estados Unidos e o Canadá lideram o mercado de turismo de golfe devido à forte cultura do golfe e à presença de campos icônicos em destinos populares como incluem Flórida, Califórnia e Arizona; e Na Europa – Reino Unido, Espanha, Portugal e Escócia são os principais destinos turísticos de golfe, atraindo turistas europeus e internacionais.

Já no que diz respeito à Ásia-Pacífico, países como Tailândia, Japão, Coreia do Sul e Austrália estão a testemunhar um aumento significativo. O aumento da receita e os investimentos em infraestruturas de golfe contribuem para a expansão. Enquanto isso, no Médio Oriente e África, os Emirados Árabes Unidos, particularmente Dubai e Abu Dhabi, estão a emergir como um destino de golfe premium com instalações de nível internacional, e os campos de golfe da África do Sul atraem viajantes de luxo. Já na América Latina, o Brasil, Argentina e México estão a ganhar popularidade devido aos pacotes turísticos de golfe acessíveis e campos pitorescos, indica o estudo.

 

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Incerteza global não impacta viagens na Europa e Portugal continua a ser um dos destinos preferidos

De acordo com o último relatório da European Travel Commission (ETC), o ritmo de evolução da atividade turística na Europa continua a surpreender, apesar de uma conjuntura internacional pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares. Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico, com mais de 30% dos inquiridos a repetirem o destino.

Publituris

No último relatório trimestral, sobre o Turismo na Europa no 1.º trimestre de 2025, a European Travel Commission (ETC) revela que o ritmo de evolução da atividade turística continua a “surpreender”, apesar de uma conjuntura internacional “pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares, com alta generalizada dos preços, incluindo os relacionados com serviços turísticos, designadamente os custos associados às viagens aéreas e aos custos de alojamento”.

Apesar disso, o “European Tourism Trends & Prospects” prevê que os ventos adversos enfrentados em 2024 se mantenham em 2025, exigindo planeamento estratégico, adaptação e inovação no setor nos próximos anos.

Certo é que a procura turística europeia encerrou 2024 em alta, com as chegadas de turistas internacionais a aumentarem 6,2% em relação a 2023 e a maioria dos destinos a reportarem aumentos substanciais.

No 1.º trimestre de 2025, o número de chegadas foi bastante consistente com o do último trimestre de 2024, mas a recuperação no número de noites encerrou o ano mais forte do que o esperado, acima dos 5,9%.

A nível regional, as chegadas aumentaram 6,2% e as dormidas 5,2% em relação ao ano passado, marcando uma ligeira moderação no crescimento das chegadas, mas uma aceleração nas dormidas em comparação com o relatório anterior, admitindo a ETC “tratar-se de um declínio modesto na duração da estadia, mas a tendência geral é ainda para estadias mais longas desde a pandemia”.

A preferência do consumidor continua a inclinar-se para destinos com melhor relação qualidade-preço e temperaturas mais amenas. No entanto, isto não prejudicou a procura por alguns destinos tradicionalmente populares do Sul e do Mediterrâneo que superaram a média regional em termos de chegadas.

Segundo o inquérito “Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel”, 72% dos europeus pretendem viajar nos próximos seis meses e Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico.

Cerca de 30,4% dos inquiridos que pretendem vir a Portugal nos próximos meses, já estiveram em Portugal, o que demonstra satisfação e consequentemente intenção de regresso, 46,3% estiveram em França e 42,9% estiveram em Espanha.

A segurança do destino é o critério mais importante, selecionado por mais de metade dos inquiridos, indicando este dado que os turistas colocam a segurança pessoal no topo das suas preocupações ao escolherem um destino.

As boas condições climatéricas foram selecionadas por 39,1% dos inquiridos o que reflete a valorização por destinos com clima agradável, geralmente associado a sol, temperaturas amenas e ausência de intempéries.

Os dados demonstram, igualmente, que nos últimos três anos, 14% dos viajantes europeus visitaram Portugal, tornando-o o 11.º destino preferido, subindo ao 10.º lugar quando retiradas as viagens domésticas.

Outro dado indica que 11,8% dos europeus que viajaram até Portugal nos últimos três anos, preveem regressar num futuro próximo e que 8,5% dos europeus que visitaram recentemente a vizinha Espanha planeiam visitar Portugal nos próximos seis meses.

As mais recentes estimativas para 2025 da ETC sugerem que os turistas na Europa deverão gastar cerca de 14% mais do que em 2024, prevendo-se que o crescimento dos gastos ultrapasse o do número de chegadas, sugerindo um aumento do gasto médio por visita.

Quanto à estadia média, durante o 1.º trimestre do corrente ano os turistas internacionais em viagem pelos destinos europeus passaram uma média de 2,7 noites, com base nos dados mais recentes do TourMIS. Em comparação com o mesmo período de 2024, os turistas ficaram menos noites em muitos destinos europeus, não se concentrando tal realidade apenas numa sub-região. Portugal enquadra-se nesta tendência, com uma redução de -2,6% na duração das estadias.

Tarifas (ainda) não impactam viagens dos americanos para a Europa
As novas tarifas comerciais anunciadas pelos EUA aumentaram a incerteza em relação às viagens transatlânticas, com a Europa a preparar-se para uma possível queda no número de visitantes americanos este ano. Apesar de a Europa continuar a ser um dos principais destinos de longa distância, as flutuações na taxa de câmbio Euro/Dólar americano e o aumento dos custos de viagem podem abrandar a procura por parte dos EUA. Esta possível quebra é significativa, dado que os Estados Unidos representavam 9% das viagens globais antes da pandemia e, no ano passado, os americanos constituíram mais de um terço das chegadas de longa distância à Europa.

Apesar destes desafios, as viagens dos EUA para a Europa continuam a apresentar bons resultados no início de 2025, com mais de 80% dos destinos que reportaram dados a registar um crescimento homólogo no primeiro trimestre.

Podem também surgir efeitos compensatórios, incluindo uma redução das viagens para os EUA — especialmente a partir da China — e um aumento das viagens de curta distância dentro da Europa, à medida que mais viajantes optam por permanecer na região, face à incerteza económica e geopolítica.

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Nova Edição: Viagem aos bastidores do 50.º Congresso da APAVT, mercado chinês, Florianópolis e dossier sobre seguros de viagem

A próxima edição do Publituris destaca a viagem feita a Macau, a convite da APAVT, para visitar a 13.ª edição da MITE, mas também os bastidores do que será o local do 50.º Congresso da APAVT. Uma entrevista a Tiago Brito, diretor do Turismo de Portugal na China, uma viagem a Florianópolis e um dossier sobre o mercado dos seguros de viagem, completam a primeira edição de maio.

Publituris

Durante cinco dias, o Publituris acompanhou a comitiva da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) que se deslocou a Macau para a 13.ª edição da MITE e teve oportunidade de conhecer, em primeira mão, os bastidores do 50.º Congresso da APAVT, que se realiza de 2 a 4 de dezembro de 2025, no Andaz Macau.

Antes de conhecer o local onde a APAVT realizará o seu 50.º Congresso, marcando, simultaneamente, os 75 anos da associação, o Publituris esteve à conversa com Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, que fez um balanço da parceria entre a APAVT e a Direção dos Serviços de Turismo de Macau, salientando que “a nossa ambição é continuar a subir os degraus da escada na relação com a China”, destacando que “a porta de entrada no mercado chinês através de Macau e, também, a ideia da porta de entrada na Europa através de Portugal”.

Considerando que a colaboração entre a APAVT e as entidades do turismo de Macau não se esgota com o congresso, em dezembro, Pedro Costa Ferreira, admite que a “ambição de Macau se revigorou e que a confiança entre as partes, nos mercados asiáticos, é muito importante e se tem reforçado”.

Quanto ao mercado chinês e ao posicionamento que os players em Portugal deverão e terão de ter perante o maior mercado turístico emissor, Pedro Costa Ferreira considera que “há algumas dimensões do mercado chinês que colam muito bem connosco” e dá o exemplo da época alta dos turistas chineses – janeiro e fevereiro – se “ajusta bem com o nosso objetivo de quebra de sazonalidade”. E adianta: “o facto de não serem atraídos por praia, mas sim por cultura, pelo interior ou natureza, permite-nos ter mais território turístico”.

Escolhido para receber o 50.º Congresso da APAVT, o Andaz Macau, inserido no Galaxy Entertainment Group (GEG), é, segundo Jessica Chan, Manager – Corporate Social Responsability do GEG, “o local possibilita o impossível”. Ligado diretamente ao Galaxy International Convention Center (GICC), o Andaz Macau é um hotel composto por duas torres, com 715 quartos e suites, e marca uma nova era para a indústria MICE em Macau.

Trata-se de um local de eventos, com 40.000 m2 de espaço flexível, com pavilhão de exposições, uma arena com capacidade para 16.000 pessoas, constituindo a flexibilidade do espaço a grande mais-valia.

De resto, Nuno Carvalho, fundador da Click and Play, empresa responsável pela organização do 50.º Congresso da APAVT destacou no local as “ótimas condições técnicas”, salientando que o objetivo é “ter um congresso imersivo, com recurso a tecnologia e que “surpreenda quem participe no evento”.

A poucas semanas da realização da cimeira da ECTAA (Confederação das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos), Eric Drésin, secretário-geral da entidade, afirmou ao Publituris que “a ideia de realizarmos a nossa cimeira em Macau, passa, essencialmente, por reatar uma relação que, de certa forma, foi interrompida por causa da pandemia”. Assim, o objetivo passa por “aproximar estes dois grandes mercados turísticos”.

O Publituris entrevistou, igualmente, Tiago Brito, diretor da delegação do Turismo de Portugal na China, que, depois de mostrar os indicadores relativamente ao comportamento do mercado emissor chinês para Portugal, traçou os objetivos para o futuro: “alcançar 1 milhão de dormidas e 500 mil hóspedes nos próximos três anos”.

Para que tal aconteça, Tiago Brito reforçou, no entanto, a necessidade de “haver um grau de customização e de adaptabilidade do negócio e do serviço ao mercado chinês”, destacando que “há uma nova vaga de turistas chineses que procuram outras coisas, sítios com mais recato, mas com sofisticação”.

Além da viagem a Macau, o Publituris viajou, também, a convite da Solférias e da TAP, a Florianópolis, destino que conta com praias de areia branca e águas azul-turquesa, tons que contrastam com o verde da serra catarinense e que marcam uma cidade cuja história se cruza com os Açores.

O “dossier” desta primeira edição de maio de 2025 do Publituris é dedicado aos seguros de viagem. O Publituris falou com José Carlos Viseu, Executive Manager da In Sure Brokes; Diogo Tomás Pereira, Head de Turismo da MAWDY; Manuel Mariano Ramos, Account Manager em Portugal da Intermundial; José Gabriel, sócio fundador da SGS; bem como com Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal, e todos concordaram que, após a pandemia, a perceção dos viajantes sobre os seguros de viagem mudou, pois o turismo mudou, enfim, o mundo mudou e, hoje, esses mesmos viajantes estão “mais atentos e conscientes” que mais vale prevenir do que remediar, principalmente quando estão fora da sua zona de conforto.

Além do “Pulse Report”, numa parceria entre a Guestcentric e o Publituris que divulga dados quantitativos do mercado de hotelaria independente em Portugal, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Pedro Castro (diretor da SkyExpert Consulting e docente em Gestão Turística no ISCE), e Amaro F. Correia (docente na Atlântico Business School).

Leia aqui a edição.

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Cruzeiros esperam verão positivo e já navegam rumo ao inverno e a 2026

Com as vendas para o verão de 2025 ainda a decorreram a bom ritmo, muitas companhias de cruzeiros estão já a vender o inverno e o verão do próximo ano, para os quais as expectativas são igualmente positivas. Entre os destaques, estão as partidas de portos nacionais, assim como os destinos que os portugueses procuram habitualmente, apesar de também estarem a surgir novas tendências de destinos.

Inês de Matos

O facto de a Páscoa, este ano, se assinalar apenas em abril atrasou ligeiramente as vendas para o verão de 2025 no sector dos cruzeiros, no entanto, a temporada promete correr de forma positiva, com crescimentos face ao mesmo período de 2024, segundo as companhias de cruzeiros e operadores que representam várias destas companhias em Portugal que o Publituris foi ouvir. De uma forma geral, todos se mostram agradados com este verão e entusiasmados em relação às próximas temporadas. “As vendas para navegar em 2025 estão cerca de 10% acima do ano passado”, diz ao Publituris Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, operador especialista na indústria e que trabalha com várias companhias de cruzeiros de luxo. Segundo a responsável, “o maior crescimento regista-se nos cruzeiros para destinos mais distantes, especialmente no Alasca, na Ásia e na Austrália e Nova Zelândia”, sendo que “também os cruzeiros de expedição na Antártida e no Ártico” registam uma procura positiva.

Ana Bento assinala, contudo, que o facto das férias de Páscoa se assinalarem apenas em abril “abrandou as vendas do verão 2025” face ao mesmo período do ano passado. “Apesar disso, estamos à frente nas vendas. Por conseguinte, continuamos otimistas quanto às vendas para o verão de 2025 a partir do final de abril para navegar na Europa”, explica a responsável.

Tal como o Um Mundo de Cruzeiros, também a Mundomar Cruzeiros e a Melair Cruzeiros se mostram satisfeitas com as vendas, com António Pinto da Silva, diretor Comercial do operador que representa em Portugal a Princess Cruises e a Virgin Voyages, mas que vende também o produto de várias outras companhias, a explicar que “as vendas para 2025 ainda estão a decorrer com alguma expetativa”, uma vez que “há sempre clientes ‘last minute’”, o que deverá levar a um aumento das vendas nas próximas semanas.

No caso da Mundomar Cruzeiros, a maior procura centra-se no “Mediterrâneo (pela proximidade), seguindo-se as Ilhas Gregas, as Ilhas Britânicas, os Fiordes, o Alasca (onde a Princess Cruises tem metade da sua frota no verão), para além da América do Sul e a Ásia”. Já Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros, que representa em Portugal as companhias do grupo Royal Caribbean, explica que “as vendas para o verão de 2025 estão a correr muito bem, registando-se um volume de passageiros superior ao mesmo período de 2024, tanto na Royal Caribbean como na Celebrity Cruises”.

De acordo com o responsável, “o Mediterrâneo e as ilhas Gregas continuam a ser os destinos mais procurados pelos portugueses, logo seguido das Caraíbas e Bahamas”, onde existe também um “grande interesse pelos itinerários que visitam a ilha privada “Perfect Day at Cococay””, que o grupo Royal Caribbean detém na região. No entanto, acrescenta Francisco Teixeira, “o destino de destaque foi o Japão com a Celebrity Cruises”.

Satisfeitas com a forma como tem decorrido a procura para o verão de 2025 estão ainda a MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros, que também relatam ao Publituris uma tendência de aumento.

“As vendas para o verão 2025 tiveram um aumento de ritmo nas últimas três semanas aproximando-se da tendência do ano anterior”, revela Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, que aponta “uma procura mais acentuada por destinos como as Caraíbas, devido ao lançamento do MSC World America”, navio que a companhia inaugurou no passado dia 9 de abril, assim como “pelo Norte da Europa, uma vez que o MSC Poesia tem mais cruzeiros de sete noites a partir de Copenhaga do que no ano anterior”.

Apesar disso, o responsável diz que também “os cruzeiros no Mediterrâneo, seja Ocidental e Oriental, assim como os cruzeiros com saída e chegada a Lisboa no MSC Musica, estão sempre na crista das reservas”. Na Costa Cruzeiros, Luigi Stefanelli, Vice President Worldwide Sales, também confessa que a companhia de cruzeiros italiana está a viver uma temporada positiva, com o verão de 2025 a prometer mesmo “ser um dos mais movimentados para o setor de cruzeiros”. Para a Costa Cruzeiros, são os “itinerários pelo Mediterrâneo e Norte da Europa a liderar as escolhas dos portugueses”.

Inverno 2025/2026 igualmente em alta
A decorrer estão já também as vendas para o inverno 2025/2026, que também têm trazido boas indicações para a generalidade dos intervenientes consultados pelo Publituris.

“O Inverno 2025-2026 está com uma tendência muito boa, quase o dobro dos números em comparação com o ano anterior pela mesma altura”, indica Eduardo Cabrita, atribuindo o sucesso das vendas ao “facto de o MSC Musica com partida do Funchal estar disponível há mais tempo do que no ano anterior”, ainda que, também em determinadas áreas como as Caraíbas, Emirados Árabes Unidos e Mediterrâneo, a MSC Cruzeiros tenha já “mais do dobro de vendas do que no ano anterior”.

O responsável diz ter ainda “grandes expectativas” para os cruzeiros com embarque e desembarque no Funchal, uma vez que a MSC Cruzeiros vai oferecer “maioritariamente cruzeiros regulares de sete noites, o que constitui uma grande diferença em relação ao Inverno 2024/2025 em que havia uma mistura de itinerários com várias noites diferentes”.

Igualmente satisfeito e otimista mostra-se Luigi Stefanelli, que lembra que “as projeções para o inverno de 2025/2026 indicam um desempenho sólido para o setor de cruzeiros, impulsionado pelo desejo dos viajantes de fugir do frio e explorar destinos como as Caraíbas, América do Sul, Emirados e Ásia”. “Essas regiões destacam-se como favoritas, oferecendo clima quente e paisagens deslumbrantes”, acrescenta, destacando, contudo, “as saídas do Funchal a bordo do Costa Fortuna, com cruzeiros de sete noites entre dezembro de 2025 e abril de 2026”, como “a grande novidade” da Costa Cruzeiros para o próximo inverno.

Já Francisco Teixeira refere que, na Melair Cruzeiros, são os “destinos longínquos” que são mais comercializados “na temporada de inverno”, cuja duração varia entre as sete e as 14 noites. “A Ásia é o destino mais procurado, seguido pela América do Sul e Austrália e Nova Zelândia, mas verificamos já uma forte procura pelos cruzeiros pelas Bahamas”, explica o CEO da empresa.

E também António Pinto da Silva diz ter “expectativas muito boas” para o próximo inverno, lembrando que tanto a Princess Cruises como a Virgin Voyages vão inaugurar novos navios, que começam a operar no terceiro trimestre e que oferecem uma perspetiva positiva para as vendas também do inverno 2025/2026. “Com estes dois navios, a nossa oferta de itinerários aumenta consideravelmente, sendo que a grande novidade é que ambos vão fazer itinerários no Alasca em 2026. Assim, crescemos ainda mais a grande oferta que já temos para este destino”, acrescenta o responsável.

Verão 2026 também já está à venda
Já à venda está também grande parte da programação para o verão de 2026 e com boa 46 procura. “2026 está muito à frente do que estávamos em 2024 ou 2025, nesta altura”, adianta Ana Bento, que defende que “os clientes estão cada vez mais conscientes de que a reserva antecipada os ajuda a obter espaço a melhores preços, especialmente nos destinos de longo curso, que se esgotam muito mais cedo”. A responsável lembra, contudo, que, “para os cruzeiristas de luxo, o verão não é a principal data de navegação. Este tipo de cliente também navega durante o resto do ano noutros destinos quentes como a Ásia, Austrália e Nova Zelândia, América do Sul e Caraíbas, para além da Europa no verão”.

Já António Pinto da Silva afirma que, “desde que o produto é carregado no sistema, as vendas começam a acontecer”. “Para se ter uma ideia, já estamos a vender para 2027, principalmente para aqueles itinerários mais concorridos como as Voltas ao Mundo”, exemplifica.

As vendas para a temporada de verão 2026 estão, segundo o responsável, “em velocidade de cruzeiro”, apesar do diretor comercial da Mundomar Cruzeiros considerar que “o mercado português não responde com tanta antecedência, a não ser nos muitos pedidos de grupos” que o operador também costuma receber.

O verão de 2026, na Mundomar Cruzeiros, vai ficar marcado pela aposta nos programas Tudo Incluído, com avião, transfers, hotel, cruzeiro e guia acompanhante, além dos “programas com guia permanente a bordo e dos Cruzeiros MOVE-TE!”, onde a Mundomar Cruzeiros tem “uma grande equipa a bordo em datas pré-estabelecidas para animar” os seus passageiros.

Realidade idêntica vive a Melair Cruzeiros, com Francisco Teixeira a revelar que “as vendas para o verão de 2026 começaram em novembro de 2024 e seguem a bom ritmo”. “Verificamos que o mercado está a reservar as suas férias com maior antecedência e já percebeu que poderá encontrar mais e melhores opções dentro do seu budget”, refere o responsável, que aconselha uma antecipação de 12 a 15 meses na compra de um cruzeiro.

Para a Melair Cruzeiros, o verão do próximo ano vai trazer “diversos destaques”, a começar logo pelo “lançamento do novo conceito Royal Beach Club nos destinos de Nassau, na praia de Paradise Island e Cozumel”. “Será um clube exclusivo, e comercializado apenas para os passageiros do Grupo Royal Caribbean, com praia, piscina, restaurante e cabanas”, explica, indicando ainda que, a nível de destinos, os destaques vão ser “o Japão, o Alasca e as Caraíbas/ Bahamas, mantendo-se o Mediterrâneo as ilhas Gregas como o principal destino”.

Na Costa Cruzeiros, as vendas para a temporada de verão de 2026 tiveram início “em outubro de 2024”, sendo que também Luigi Stefanelli considera que “os clientes portugueses demonstram uma tendência de reserva antecipada, aproveitando as diferentes campanhas disponíveis”.

Quanto a destinos, os destaques vão para os itinerários que o Costa Fortuna vai continuar a oferecer na Grécia e Turquia, com partida de Atenas, com o responsável a explicar que a manutenção da aposta neste itinerário que visita Istambul, Mykonos, Rodes, Heraklion e Santorini, entre maio e outubro, se deve “à alta procura” que ele tem registado. Já os navios Costa Smeralda e Costa Toscana vão operar cruzeiros semanais pelo Mediterrâneo Ocidental, explorando destinos em Itália, França e Espanha, ainda que a grande novidade seja o novo itinerário de uma semana do Costa Fascinosa, desde Atenas, que visita “quatro ilhas em Itália, Grécia e Malta, como Argostoli (Kefalonia), Mykonos, Sicília (Catânia), Taranto e Valletta”.

E também na MSC Cruzeiros as vendas para o verão de 2026 já começaram, com Eduardo Cabrita a indicar que a companhia de cruzeiros já tem “algumas vendas para o verão 2026”, apesar de considerar que “ainda é cedo para tirar conclusões, uma vez que o foco da companhia neste momento é o verão 2025”. Ainda assim, o responsável revela que, para o verão 2026, a MSC Cruzeiros vai “apresentar muitas novidades”, que vão ser conhecidas à medida que essa temporada se for aproximando. “Por agora, podemos mencionar dois grandes destaques: em primeiro lugar, a inauguração do MSC World Asia que navegará no Mediterrâneo Ocidental a partir de dezembro de 2026, com itinerários de inverno e verão já disponíveis para reserva, e ainda os nossos itinerários para o Alasca. Será a primeira vez que a MSC Cruzeiros oferecerá cruzeiros para o Alasca, com itinerários de sete noites de maio a setembro de 2026, a partir de Seattle, para destinos como Ketchikan, Icy Strait Hoonah, Tracy Arm, Juneau (Alasca, EUA) e Victoria (Colúmbia Britânica, Canadá)”, congratula-se o responsável da MSC Cruzeiros.

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DS Travel quer chegar às 100 unidades em 3 anos

A DS Travel, do grupo DS (Decisões e Soluções), acredita que, com o crescimento da procura por experiências de viagens personalizadas e com o “nosso modelo inovador de expansão, estamos bem posicionados para atingir” a meta das 100 unidades nos próximos três anos, “sempre com foco na qualidade do serviço, no apoio à rede e na proximidade ao cliente”, revelou ao Publituris a coordenadora nacional, Marta Almeida, que acrescenta que “o nosso verdadeiro diferencial está na capacidade de desenhar itinerários à medida, em função do perfil, preferências e expectativas de cada cliente”.

 

 

 

Atualmente, a DS Travel conta com 20 lojas físicas espalhadas por todo o território nacional, incluindo ilhas, uma rede de agências de viagens que já integra 100 profissionais especializados, “comprometidos com a excelência no serviço ao cliente”, conforme explicou ao Publituris, a sua coordenadora nacional, Marta Almeida. No entanto, disse que, apesar da importância da presença física, “acreditamos que o futuro do setor passa também por modelos mais flexíveis e digitais. Por isso, lançámos, em setembro do ano passado, um novo conceito de negócio: o Consultor Associado de Viagens DS Travel”.

O que é este projeto no concreto? Como funciona?
A DS Travel é a marca do Grupo DS especializada em viagens e turismo que se posiciona como uma nova referência no setor pela sua proposta de valor diferenciadora: criar experiências de viagem personalizadas, com itinerários únicos e um forte compromisso com a valorização do património local e das comunidades que recebem os nossos clientes.

Trabalhamos com uma vasta rede de parceiros – operadores turísticos, companhias aéreas, empresas de rent-a-car e outros fornecedores –, garantindo sempre as melhores condições para quem nos procura, seja numa viagem de lazer, lua-de-mel, ‘escapadinha’, viagem de grupo ou até numa experiência temática.

Qual o número de agências de viagens atualmente? Onde se localizam? Apenas lojas físicas ou também online? Que investimento é necessário e que apoios dá o grupo?
Atualmente, a DS Travel conta com 20 lojas físicas espalhadas por todo o território nacional, incluindo ilhas. A nossa rede já integra 100 profissionais especializados, comprometidos com a excelência no serviço ao cliente.

Apesar da importância da presença física, acreditamos que o futuro do setor passa também por modelos mais flexíveis e digitais. Por isso, lançámos, em setembro do ano passado, um novo conceito de negócio: o Consultor Associado de Viagens DS Travel. Este formato permite que profissionais com experiência no setor operem sob a nossa marca, mas sem a necessidade de abrir uma loja física. Trata-se de um modelo mais ágil, Marta Almeida, coordenadora nacional da DS Travel com menor investimento inicial – 1.000 euros –, que oferece total autonomia na gestão da carteira de clientes, criação de itinerários e acompanhamento personalizado, com o apoio de toda a infraestrutura da marca: coordenação nacional e regional, loja DS Travel, departamentos de marketing, comunicação, informática, jurídico, administrativo e formação contínua.

Acreditamos que este modelo híbrido – físico e digital – é essencial para crescer de forma sustentável, acompanhando a evolução do consumidor e o perfil dos novos empreendedores.

Marca jovem, mas com ambições bem definidas
Quantas lojas pretendem abrir e em quanto tempo?
Apesar de sermos uma marca jovem no mercado, temos ambições muito bem definidas. Continuamos a reforçar a nossa presença física em novas regiões estratégicas.

O nosso objetivo é chegar às 100 unidades DS Travel nos próximos três anos. Acreditamos que, com o crescimento da procura por experiências de viagem personalizadas e com o nosso modelo inovador de expansão, estamos bem posicionados para atingir essa meta, sempre com foco na qualidade do serviço, no apoio à rede e na proximidade ao cliente.

Qual é a estratégia da DS Travel?
A nossa estratégia passa por continuar a crescer com diferenciação, qualidade e proximidade. Sabemos que hoje as pessoas não compram apenas destinos — procuram experiências que as transformem. Por isso, a nossa aposta é clara: oferecer viagens que contem histórias, que tenham alma e que criem memórias.

Começámos com foco nas lojas físicas, onde o atendimento personalizado é uma prioridade. Mas estamos a evoluir para um modelo mais completo, que integra acompanhamento total: desde o planeamento, ao apoio na viagem (com o acompanhamento de team leaders), até ao pós-venda. Esse contacto próximo garante tranquilidade, confiança e fidelização.

Procuramos, ainda, que cada proposta seja personalizada, com inclusão de experiências locais e itinerários feitos à medida, porque acreditamos que a diferenciação está no detalhe.

Vasta gama de soluções de viagem
O que vendem? Pacotes de operadores ou programas à medida?
A DS Travel oferece uma vasta gama de soluções de viagem, desde pacotes de operadores turísticos até programas totalmente personalizados. Trabalhamos com os principais players do setor, o que nos permite oferecer condições muito competitivas, mas o nosso verdadeiro diferencial está na capacidade de desenhar itinerários à medida, em função do perfil, preferências e expectativas de cada cliente. Seja uma viagem de lua-de-mel, uma ‘escapadinha’ cultural, um cruzeiro ou uma experiência em família, o objetivo é proporcionar algo único.

Além disso, temos vindo a reforçar o portefólio de viagens em grupo com acompanhamento DS Travel, o que nos permite garantir um serviço premium e diferenciado em todas as fases da experiência.

Qual foi o volume de negócios de 2024 e perspetivas para 2025?
2024 foi um ano de consolidação para a DS Travel, em que conseguimos crescer sustentadamente e reforçar a presença da marca no mercado. Alcançámos um crescimento superior a 100% na faturação face ao ano anterior e um aumento acima de 125% nas vendas, o que reflete não só o dinamismo do setor, mas também a confiança que os clientes têm vindo a depositar em nós.

Para 2025, o nosso foco está em acelerar a expansão da rede, alargar a oferta de experiências personalizadas e investir em tecnologia, sempre com o objetivo de proporcionar um serviço mais próximo, eficiente e memorável. Estamos confiantes de que será mais um ano de crescimento sólido e com novas oportunidades de afirmação da marca no mercado nacional.

Complemento com consultoria imobiliária
Todas as agências de viagens têm de ter os outros negócios do grupo?
Não. As agências DS Travel podem funcionar exclusivamente na área das viagens e turismo, mas muitas das nossas unidades optam por integrar outros serviços.

Lançámos as lojas mistas, em que a área das viagens e do turismo, se complementa com a consultoria imobiliária. Essa sinergia entre áreas de negócio – turismo e imobiliária – traz uma vantagem competitiva clara, tanto para os nossos empreendedores como para os consumidores, que encontram na mesma loja um acompanhamento personalizado e multidisciplinar. No entanto, a decisão de integrar outras áreas do grupo é sempre estratégica e ajustada ao perfil do empresário e ao mercado local.

E a formação?
A formação é uma das grandes prioridades da DS Travel. Acreditamos que um serviço de excelência só é possível com profissionais bem preparados, motivados e alinhados com as melhores práticas do setor.

Garantimos formação contínua e especializada desde o primeiro dia, com conteúdos adaptados à realidade do terreno, abordando desde técnicas de vendas, atendimento personalizado, sistemas de reservas, até ao uso de ferramentas digitais e gestão de negócio. Além disso, promovemos momentos regulares de partilha entre a rede, como reuniões, academias, workshops e sessões de capacitação.

A nossa formação é também um fator de diferenciação — exclusiva, inspirada nas melhores referências do setor e constantemente atualizada para garantir o sucesso das equipas e o crescimento sustentável da marca.

Desafio da digitalização
Que desafios se vos deparam?
O setor das viagens e turismo é extremamente dinâmico e competitivo, o que exige uma capacidade constante de adaptação. Entre os principais desafios que enfrentamos estão a digitalização do setor, a crescente exigência dos consumidores, a fidelização num mercado tão vasto e a atração de talento qualificado.

Além disso, vivemos tempos em que fatores externos, como alterações climáticas, instabilidade geopolítica ou oscilações económicas, têm impacto direto na atividade turística. Por isso, é essencial termos uma estratégia sólida, mas flexível, com foco no cliente, na inovação e na criação de experiências únicas. Estamos preparados para esses desafios — e é isso que nos move todos os dias.

Qual a parceria com o grupo de gestão DIT Portugal?
A associação à DIT Portugal é uma decisão estratégica para a DS Travel. Ao sermos uma marca ainda em fase de crescimento e expansão, é fundamental termos ao nosso lado um parceiro que nos permita ganhar escala, acesso a melhores condições comerciais e soluções tecnológicas avançadas.

Em 2025, estamos particularmente focados no desenvolvimento de uma nova plataforma de CRM, que vai transformar a forma como acompanhamos o cliente — desde a prospeção até ao pós-venda — e potenciar a personalização da oferta. Esta ferramenta será um ponto de viragem na forma como os nossos colaboradores gerem a sua carteira e otimizam a relação com os viajantes.

A DIT tem sido um parceiro importante neste processo de estruturação tecnológica e acreditamos que, juntos, vamos continuar a impulsionar a inovação e a competitividade da rede DS Travel.

Viagens em grupo acompanhadas por consultores DS Travel
E novidades?
Estamos a apostar fortemente no digital — não só como canal de comunicação, mas como meio de transformar a experiência de quem nos procura. Estamos a desenvolver novas plataformas de contacto, otimizar os processos internos e a implementar ferramentas que tornem a interação mais rápida, simples e eficaz, tanto para o cliente final como para os nossos operadores.

Queremos chegar mais longe, a mais pessoas, mas sem perder o toque humano que caracteriza a DS Travel. Por isso, o nosso foco está em encontrar o equilíbrio entre tecnologia e personalização: ser digitais, sim, mas sempre com alma.

Em paralelo, estamos também a reforçar o nosso portefólio de experiências únicas, com destaque para viagens em grupo acompanhadas por consultores DS Travel, roteiros temáticos e programas customizados. Acreditamos que o futuro das viagens passa pela autenticidade, e é isso que procuramos oferecer.

O que é a DS Travel?
A marca foi lançada em 2022 e conta atualmente com 20 agências de viagens de viagens e 100 colaboradores, proporcionando aos seus clientes um serviço personalizado e inovador, com programas de viagens adaptados aos objetivos, possibilidades e sonhos de cada um, não esquecendo a inclusão de itinerários únicos e experiências inesquecíveis.
Esta rede de franchising disponibiliza, a todos que desejam realizar sonhos e abrir uma agência de viagens, uma sólida estrutura de apoio, bem como todas as ferramentas necessárias para que a sua afiliação possa ser bem-sucedido no seu negócio, nomeadamente: formação, tecnologia, protocolos e parcerias.


Na sua estratégia de expansão tem um novo conceito de negócio para profissionais independentes, que procuram empreender no setor das viagens e turismo, podendo operar sob a marca sem ter de abrir uma loja física, fazendo uma gestão autónoma do seu negócio.
A nova função, segundo a empresa, oferece a flexibilidade de gerir a sua própria carteira de clientes, criar itinerários personalizados e proporcionar experiências de viagem, enquanto beneficia do apoio de toda a infraestrutura da marca. Os novos consultores têm acesso ao software e ao programa de gestão desenvolvidos pela DS Travel, e ainda às parcerias estabelecidas com operadores turísticos, companhias aéreas e com as principais instituições bancárias e financeiras que operam em Portugal. Isto porque, as agências DS Travel podem funcionar exclusivamente na área das viagens e turismo, mas também optar por integrar outros serviços do grupo como DS Seguros, DS Intermediários de Crédito, DS Private, DS Imobiliária, DS Auto, DS Investismento, DS Rent-a-Car, ou ainda DS Merchandising.

Sobre o autorCarolina Morgado

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“Mais houvesse lugares nas companhias aéreas, mais venderíamos o Japão”, diz Francisca Ferreira da Icarión

Francisca Ferreira, Product Manager da Icárion, operador turístico da W2M, disse ao Publituris que quanto mais lugares nas companhias aéreas houvesse, mais venderiam o Japão. “Continua a ser um dos nossos tops de vendas, é uma loucura, não só por causa da Expo Osaka, que vai até outubro. Tem havido muitas solicitações, muitos pedidos não só de individuais como de grupos”.

O Japão está no top de vendas da Icárion, “um destino que está muito solicitado, que está muito na moda, já começou o ano passado, este ano está no rubro, e para o ano vai continuar pela tendência que vejo, pelos pedidos que já temos para 2026”, revelou ao Publituris, Francisca Ferreira, Product Manager do operador turístico especialista em grandes viagens.

Além do Japão, a responsável destacou igualmente outros destinos na Ásia, como sejam a Tailândia, o Vietname, ou o Camboja, “que continuam a funcionar muito bem”, acrescentando que, no que toca às praias, as Maldivas é número um, seguido das Maurícias, bem como Zanzibar, que passou a despertar bastante atenção, depois da operação charter, de Lisboa, realizada o ano passado e que veio colocar o destino na boca do mundo. “Vendemos Zanzibar como destino apenas de praia, mas também com safaris”, referiu Francisca Ferreira, mas reforçar que “a procura tem sido bastante diversificada, mas de facto, o Japão e as Maldivas continuam a ser os destinos preferenciais em termos do top de vendas”.

Para colocar os passageiros no Japão, a Icárion, de acordo com a sua Product Manager, tem várias hipóteses e possibilidades, não havendo ligações diretas de Portugal. “Há muitas companhias a voar para o Japão e, neste caso utilizamos muito a Emirates e a Qatar Airways, e também as europeias como a Air France KLM, de preferência as que voam tanto para Tóquio como para Osaka porque, a maior parte dos nossos circuitos entram por uma destas cidades e saem pela outra”, explicou, para indicar que, por exemplo, “raramente usamos a Iberia porque tem ligações apenas a Tóquio o que não nos dá muito jeito”.

No entanto, ressalvou que para o Japão, “este ano as tarifas estão absurdamente caras, a contar que o destino também não é barato. Por outro lado, as companhias aéreas perceberam que há uma grande procura o que fez que aumentassem os preços”.

Para o Japão, a Icárion oferece dois tipos dois tipos de programas, esclareceu Francisca Ferreira. “Há os circuitos tradicionais, em que a pessoa vai com um guia e tem toda a programação organizada e neste caso, temos mais de 10 versões possíveis com número de noites variáveis conforme preferência do cliente, depois temos outra proposta um pouco diferente para aqueles clientes que gostam de estar mais livres e não querem andar em circuitos, ao que chamamos rotas com o Japan Rail Pass”.

Neste caso, sublinhou: “Criámos cerca de 20 rotas com itinerários diferentes, com número de noites variáveis, seis, sete e até 20, dependendo do que o cliente pretende, já que o Japão é um destino bastante completo. Para estas rotas, o cliente vai com os voos, o Rail Pass e com os hotéis reservados, e depois, tudo o resto no destino é livre e fazem as visitas que bem entenderem. Mas é super fácil utilizar esse passe, funciona bem e os comboios saem sempre a horas, pois o país é muito rigoroso e nunca falha nada”.

Por isso, para a responsável, “esta pode ser uma hipótese mais económica e que dá mais liberdade aos clientes, principalmente os mais jovens que não querem andar em circuitos. Há muita gente que nos pede esse tipo de produto e nós temos isso também no sistema, com confirmação imediata”, mas e a concluir, Francisca Ferreira realçou que “temos tido, de facto, bastantes pedidos para as duas versões de programas e, oxalá houvesse mais lugares de avião para que pudéssemos vender mais Japão”.

 

 

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Viagem aos “sentidos” da Madeira (c/ vídeo)

Durante três dias, o jornal Publituris visitou a Madeira. O objetivo passou por conhecer uma Madeira com foco na gastronomia e na natureza, além de todo o leque de experiências que é possível descobrir num destino que se reposicionou e tem na qualidade da sua oferta a grande mais-valia.

Victor Jorge

A convite da Associação de Promoção da Madeira (APM), o jornal Publituris visitou, durante três dias, a ilha da Madeira. Claro que não foi possível em 72 horas “conhecer” a Madeira e daí a decisão de focar-nos nalguns produtos turísticos que o destino oferece.

A opção recaiu em dois produtos distintos: o primeiro, a gastronomia, produto que tem vindo a ganhar novos e jovens protagonistas, e mais do que melhorar a oferta, sofisticou o produto, também ele à base de produtos locais.

O segundo, a Natureza, há muito que faz parte da oferta turística da Madeira, mas também aqui, a melhoria e aposta no serviço e diversidade é visível, sempre a pensar em quem visita a chamada “Pérola do Atlântico”.

ADN madeirense na gastronomia
Na gastronomia, destaque para os três restaurantes visitados. No primeiro, o Audax, localizado numa das zonas de lazer mais dinâmicas do Funchal, onde não falta concorrência e muitos espaços gastronómicos alternativos, este restaurante destaca-se por uma proposta a que o próprio chef apelida de “progressiva”.

Os produtos da Madeira, naturalmente, não faltam, desde os líquidos (vinhos) à cozinha e na carta do Audax é possível lermos que “a cada estação, a Madeira transforma-se, e como ela, os sabores que definem a sua essência”. Por isso, é na “escuta profunda da ilha que nasce a “audácia” do Audax, com o objetivo de revelar o que a tradição madeirense ainda tem por dizer, quando se ousa escutá-la de outra forma. Daí, os menus apresentados por César Vieira constituírem uma viagem sensorial, guiada pela sazonalidade da ilha, onde o mar, a terra e o tempo definem o ritmo de cada degustação.

Uma visita ao Audax não é uma visita a um restaurante, é um fine dining apresentado, com os produtos locais e isso foi possível perceber desde o primeiro prato que nos foi servido.

Próximo da majestosa Sé Catedral, num espaço que surge em 1933, como um tributo às ancestrais tertúlias da cidade, onde a burguesia madeirense, escritores e empresários se reuniam para dar voz às suas inspirações nos áureos tempos do passado, o Theo’s junta-se ao Kampo, Akua e Yuki, todos em solo funchalense e todos, segundo o chef Júlio Pereira, “com um ADN muito madeirense, seja pelo produto, oferta, história ou cultura”.

E é esse ADN que Júlio Pereira destaca, salientando “a importância que damos ao produto local”. E é neste ponto que o chef faz a ligação direta entre a gastronomia e o turismo: “há uma coisa extremamente importante em tudo o que fazemos. É que isto faz-se com clientes, faz-se com turismo”. E nas mais de 500 refeições que os restaurantes do chef Júlio Pereira servem diariamente, “90% são para estrangeiros. Por isso, temos de ser sinceros e verdadeiros e perceber que o turismo é o motor de tudo isto”.

E neste aspeto, Júlio Pereira destaca a “valorização daquilo que é o agricultor, do que faz o pescador, do homem do talho, ou seja, é uma economia circular, uma economia sustentável”, sendo este o ponto que o chef destaca no sucesso: “todas estas peças estão encaixadas umas nas outras e podemo-nos servir delas de uma forma eficiente, rápida, confortável”.

Por fim, o Horta, um conceito de comida saudável e de conforto, mais uma vez, numa experiência gastronómica resultante de uma grande aposta em ingredientes locais e de proximidade, grande parte deles provenientes da horta pertencente ao grupo hoteleiro PortoBay.

Numa cozinha onde o chef Santiago Anolles trabalha os legumes de forma distinta, colocando-os no centro das criações, a horta PortoBay, localizada num terreno na zona alta do Funchal, tem neste projeto um papel de extrema importância no que concerne ao abastecimento diário de legumes, frutas, ervas aromáticas, entre outros produtos.

A carta do Horta, é uma montra dos produtos madeirenses com alguns dos melhores legumes do exterior que tão bem se adaptam ao clima da ilha, onde sobressaem os legumes e frutas de estação, como cenouras, beterraba, espargos, alcachofras, milho, tomates, couve, pitanga, banana, castanha, etc..

Esta sofisticação da gastronomia madeirense é possível ser visitada e degustada noutros locais da Madeira, esperando ter despertado o interesse e, principalmente, a vontade de conhecer e provar as iguarias saídas destas cozinhas.

Tanta, tanta natureza
Algo ao que é praticamente impossível escapar na Madeira é ligação com a natureza.  Antes mesmo de mergulharmos na paisagem verdejante da Madeira, embarcámos num dos veleiros da Happy Hour, empresa que oferece passeios de veleiro privados perfeitos para quem procura experiências autênticas e exclusivas, longe dos roteiros turísticos tradicionais. Entre os tours oferecidos pela Happy Hour estão os “Sunrise & Sunset”, tal como o nome indica, passeios onde é possível disfrutar do nascer ou pôr do sol, no primeiro caso, com direito a um pequeno-almoço preparado pela tripulação geralmente servido na baía do hotel Belmond Reid’s.

Os passeios de meio-dia ou de dia inteiro dão a oportunidade de explorar a costa sul da ilha da Madeira, tanto para o lado Este como para o lado Oeste, além de ser possível visitar praias privadas com acesso apenas pelo mar.

Frequente é a observação de golfinhos e baleias durante todo o ano, comprovada pela equipa do Publituris recebida pelo skipper Luís Fraga que nos possibilitou ver famílias de golfinhos que aproveitaram a oportunidade para brincar um pouco junto do veleiro.

De resto, segundo indicou Luís Fraga, os passeios a bordo dos barcos da Happy Hour são, na sua maioria, realizados por estrangeiros que procuram conhecer a Madeira não só por terra, mas também por mar. Luís Fraga indicou ainda que são muitos os turistas estrangeiros que aproveitam as águas calmas e temperadas da Madeira para fazer mergulho numa reserva natural, surfar nas ondas da costa norte da ilha ou praticar coasteering, uma atividade ao ar livre recente na ilha da Madeira.

Mas são os passeios de barco que possibilitam a observação de perto de algumas das 28 espécies de cetáceos que habitam ou visitam as águas do arquipélago da Madeira entre eles o golfinho comum, o golfinho pintado, o golfinho roaz, o cachalote, a baleia Piloto ou, se pretender, ir até às ilhas Desertas para encontrar um dos últimos refúgios atlânticos da foca Monge, uma das focas mais raras do mundo, assim como a ameaçada ave Freira-do-Bugio.

Da terra para o mar, descobrir a ilha da Madeira em veículos 4×4 é saber desfrutar de um dia diferente, numa aventura entre falésias e montanhas, no meio de floresta densa e rica. A AdventureLand é uma dessas empresas, dedicada a passeios de jipe, com incursões fora de estrada, e vocacionada para trabalhar em duas grandes áreas turísticas: Atividades Diárias e organização de grupos e incentivos. Entre os programas oferecidos estão os passeios partilhados e privados que dão a possibilidade de ter diversas experiências, desde uma ida à Costa Norte com direito a prova de vinho ou tours com itinerários 100% personalizáveis.

Também aqui, são, de acordo com Filipe, guia que nos acompanhou durante meio-dia, “os estrangeiros que mais recorrem a este tipo de serviço”, levando-os a locais como a Boca dos Namorados, Boca da Corrida, Cabo Girão, Curral das Freiras ou Pico do Areeiro, e a experienciar sensações para ultrapassar obstáculos naturais para atingir lugares pouco frequentados e de difícil acesso que ficarão para sempre na memória.

Naturalmente que entre o passeio de jeep não podia faltar habitual paragem para provar a Poncha. Neste caso, a escolha recaiu no bar Mário Corrida onde, além da Poncha Regional, é possível provar a Poncha Pescador, de Limão, Tangerina, Laranja ou Maracujá, avisando-nos o Filipe que era melhor não entrarmos pela experimentação de todo o portfólio, de modo a manter-nos lúcidos para o resto do dia.

A conquista das montanhas, passeando a pé pelas levadas e veredas constitui uma das mais fantásticas experiências na natureza exuberante da Madeira. Miguel Ornelas, guia da Explore Nature, empresa fundada pelo atleta de Trail Running Luís Fernandes que conta entre o currículo com várias participações em Campeonatos do Mundo e da Europa de Trail Running e Skyrunning, proporcionou isso mesmo.

Profundo conhecedor do meio que nos rodeou durante parte de uma manhã, Miguel Ornelas explicou a diferença entre os vários percursos possíveis de serem realizados na Madeira e das diferentes distâncias e graus de dificuldades que as Levadas proporcionam. Indicando-nos que, “estes tipos de percursos devem ser sempre feitos acompanhados de guias profissionais”, Miguel Ornelas avisou que “há já muitos turistas que pretendem fazer estes trilhos sozinhos e depois arrependem-se, já que perdem-se ou optam por trilhos e caminhos que não são recomendados para não profissionais ou conhecedores”.

E se as Caminhadas são uma das opções disponibilizadas pela Explore Nature, a empresa oferece ainda Trail Runnings, Tours Privados que poderão ter a duração de um dia inteiro (8 horas) como de meio-dia (4 horas), ou programas de uma semana para grupos que poderão incluir programas de caminhadas, Trail Camps, excursões pela ilha e/ou passeios de jipe/barco.

Certo é que, no que diz respeito às Levadas, a maioria dos percursos é acessível a qualquer pessoa, existindo, contudo, vários graus de dificuldade. Os percursos pedonais recomendados na Madeira são classificados como Pequenas Rotas (inferiores a 30 km de comprimento), existindo, segundo as entidades oficiais 28 destas PR distribuídas por toda a ilha, sendo mais predominante na costa norte e sudoeste, contabilizando a rede de Levadas cerca de 3.000 km no total, com a maior de todas a possuir 106km: Levada dos Tornos.

*O jornal Publituris viajou até à Madeira a convite da Associação de Promoção da Madeira (APM)
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Turismo de Portugal aponta para 500 mil hóspedes e 1 milhão de dormidas de turistas chineses em três anos

Tiago Brito, diretor da delegação do Turismo de Portugal na China, admitiu ao Publituris, durante o decorrer da 13.ª edição da MITE, em Macau, que o objetivo, para os próximos três anos, é atingir os 500 mil hospedes e 1 milhão de dormidas de turistas chineses em Portugal.

Victor Jorge

Depois de em 2024, o mercado chinês ter atingido os 286.676 hóspedes e 511.680 dormidas, correspondendo a receitas de 154,5 milhões de euros, em Portugal, Tiago Brito, diretor da delegação do Turismo de Portugal na China, esteve à conversa com o jornal Publituris, à margem da 13.ª edição da MITE, que se realizou de 25 a 27 de abril, em Macau, revelando que o objetivo para o mercado chinês “é atingir, nos próximos três anos, 500 mil hóspedes e 1 milhão de dormidas em Portugal”.

Os números avançados durante a feira, referentes a 2024, colocam a China como maior mercado emissor para Portugal na Ásia, à frente da Coreia (que contabilizou 223.803 hóspedes e 352.391 dormidas, correspondendo a uma receita de 97 milhões de euros), Índia (com 99.279 hóspedes e 223.436 dormidas, correspondendo a receitas de 57,3 milhões de euros), e Japão (com 77.146 hóspedes e 157.824 dormidas, correspondendo a 43,3 milhões de euros).

Tiago Brito reconhece que “Portugal tem mantido a curva de crescimento no que se refere ao mercado chinês, embora ainda estejamos longe dos 385 mil hóspedes de 2019. Todos sabemos que o mercado asiático tem sido o mais lento na recuperação nas viagens, mas nota-se uma clara recuperação do setor”, indicando que, em 2025, as estimativas apontam para que se possa chegar aos 200 milhões de euros de receitas.

O diretor da delegação do Turismo de Portugal na China lembrou os mais de 153 mil habitantes com nacionalidade portuguesa que moram em Macau e Hong Kong, confirmando que “Portugal tem estado à frente de outros mercados europeus na recuperação na Ásia”, indicando um crescimento de 27% no primeiro bimestre de 2025, face a período homólogo de 2024.

De resto, Tiago Brito salientou a “necessidade de conseguirmos aumentar a estadia média do turista chinês que se mantém baixa [média de 1,8 noites]”, constituindo a terceira mais baixa dos países analisados, com a liderança a pertencer à Índia (com uma média de 2,3 noites), Japão (com uma média de 2 noites), mas à frente da Coreia (com uma média de 1,6 noites).

No que diz respeito à receita média por hóspede, o turista chinês regista 538,94 euros com a receita média por dormida a ascender a 301,95 euros. Comparando com os outros três mercados asiáticos analisados, verifica-se que a Índia regista uma receita média por hóspede mais alta (576,76 euros), mas uma receita média por dormida mais baixa (256,27 euros). Situação igual é verificável no Japão, com receita média por hóspede de 561,27 euros, mas uma receita média por dormida de 274,36 euros. Por fim, a Coreia, regista uma receita média por hóspede de 433,37 euros e uma receita média por dormida de 275,23 euros.

Tiago Brito fez uma comparação com os mercados norte-americanos (EUA e Canadá), onde, no primeiro caso, o número de hóspedes atingiu, em 2024, os 2,3 milhões e 5,2 milhões de dormidas, enquanto o Canadá atingiu 695 mil hóspedes e 1,7 milhões de dormidas. Em ambos os casos, as receitas deixadas em Portugal superaram, em muito, a dos chineses, com os EUA a atingirem os 2,9 mil milhões de euros e os canadianos 1,1 mil milhões de euros.

Daí Tiago Brito ter destacado a “importância de uma ligação direta ao maior mercado emissor turístico mundial” e que “sem ela, será difícil atingir números como aqueles que são atingidos na América”.

Relativamente à promoção do trade chinês do destino Portugal, Tiago Brito salientou que os itinerários são, muitas vezes, elaborados em conjunto com Espanha e mesmo Marrocos e que têm, habitualmente, uma duração de 10 noites ou mais.

Contudo, “grande parte da oferta inclui apenas uma ou duas noites em Portugal, geralmente em Lisboa e outra cidade que seja conveniente do ponto de vista operacional no trajeto”, referiu o diretor da delegação do Turismo de Portugal na China.

Com o perfil do turista chinês a incidir em proveniências de cidades Tier 1 e novas Tier 1, o mercado emissor é maioritariamente composto pela Geração Z e Millennials, com um nível de escolaridade elevado, sendo que a procura é quase idêntica por género, embora as mulheres apareçam como decisoras. Com um elevado nível de poupança para viagens à Europa, Tiago Brito destacou “as compras, lifestyle, cultura e novas experiências” como principais interesses dos chineses viajantes.

“Viajar para a Europa é sinónimo de sofisticação, irreverência, luxo, prestígio, estatuto, experiências exóticas e exclusividade”, explicou Tiago Brito, adiantando que as principais preocupações incidem na “segurança no destino, dificuldades de comunicação, capacitação no acolhimento de chineses, com destaque para a língua, bem como facilidades de pagamentos e a mobilidade”.

Por isso, o diretor da delegação do Turismo de Portugal na China aconselha os agentes portugueses do turismo a apostar no “canal digital, sobretudo mobile”, além das “lojas físicas/canal offline tradicional, recorrendo, igualmente, a líderes de opinião chave (Key Opinion Leader, KOL sigla em inglês) e influencers.

Como reparo, Tiago Brito referiu “o grande controlo exercido por DMCs espanhóis, com itinerários massificados” que “competem pelo preço com itinerários ‘abertos’ e com ‘baits’”.

“Porquê Madrid e não Lisboa?”, pergunta cônsul português em Macau
Na conferência que se realizou no stand de Portugal na MITE Macau também foi possível ouvir o cônsul de Portugal em Macau, Alexandre Leitão, a questionar a razão que leva à realização do primeiro voo triangular de carga da Ethiopian Airlines entre Macau e Madrid, por Adis Abeba (capital da Etiópia) e este “não ser feito por Lisboa”, referindo-se ainda a uma carta que escreveu para Lisboa onde “irritado” dava conta desta situação.

Explicando que os voos da Etiópia Airlines irão transportar 20.000 toneladas por ano de carga utilizando um voo “puramente comercial”, entre Adis Abeba e Macau, por Madrid, Alexandre Leitão deixou as contas: “dois destes voos por semana, representam 400 toneladas de carga”.

“O próprio chef José Avillez já referiu a diferença que faz ter produtos frescos o mais rapidamente possível nos restaurantes [recorde-se que o chef tem o MESA no The Karl Lagerfeld Macau, no Resort ‘Grand Lisboa Palace’]. Ora a Ethiopian Airlines vai transportar esses mesmos produtos frescos e mais uma vez Portugal perde uma oportunidade”, frisando esperar que “este voo consciencialize as entidades de Portugal”.

“Macau e Hong Kong são duas cidades com poder de compra elevado, com mais de oito milhões de habitantes. Se fossem países, era dos mais ricos do mundo”. Por isso, conclui: “não me convencem que um voo entre Portugal e Macau não é viável”, questionando a razão porque “Lisboa não é essa placa entre Portugal, Brasil, EUA e o Oriente”.

*O jornal Publituris viajou até Macau a convite da APAVT. Pode ler a entrevista ao diretor da delegação do Turismo de Portugal na China, Tiago Brito, na próxima edição do jornal Publituris
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APAVT espera mais de 1.000 participantes no 50.º Congresso em Macau

O jornal Publituris acompanhou a delegação da APAVT à 13.ª edição da MITE, em Macau. E se Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, espera que a feira cresça a nível internacional e capte cada vez mais turistas estrangeiros, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, espera um congresso “ímpar”, apontando para mais de 1.000 participantes.

Victor Jorge

No arranque da 13.ª edição da MITE, realizada de 25 a 27 de abril, em Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, agradeceu o apoio que a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) deu nos últimos anos ao posicionar a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) no panorama internacional.

Falando à delegação da APAVT e à imprensa portuguesa convidada, Maria Helena de Senna Fernandes salientou que “depois do debate das linhas de ação cooperativa do Ministério das Finanças ficou estabelecida uma metodologia entre as finanças e a economia para a área do turismo, tendo por base atrair mais turistas internacionais”, destacando, neste ponto, a “ajuda que a APAVT e a ECTAA [Associação Europeia das Agências de Viagens e Operadores Turísticos] nos tem dado”.

Admitindo que “não vamos apresentar, de repente, grandes números”, a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, focou, contudo, a importância da “quantidade de turistas” que hoje em dia já podem beneficiar da visita à China sem visto ou obter o visto à entrada. “Da parte de Macau, isso é um grande contributo não só para os mercados asiáticos, mas também para atrair outro tipo de mercados, nomeadamente, o europeu que, como todos sabemos é um mercado muito grande e muito importante”.

“Quem vem de tão longe, não quererá ficar somente por Macau e com as políticas que temos estados a implementar é muito fácil aos turistas visitarem, por exemplo, Hong Kong ou o interior das China”, explicou Maria Helena de Senna Fernandes. “Para além de desenvolver o nosso papel como centro mundial de turismo e lazer, também queremos afirmar-nos como uma plataforma de ligação entre Portugal, os países europeus e a China”.

Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, com Eric Drésin, secretário-geral da ECTAA, e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT

A diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau afirmou, igualmente, que o “Chefe Executivo”, nas linhas de ação governativa, destacou o objetivo de “atingir também os mercados espanhóis”.

Quanto à 13.ª edição da MITE, Maria Helena de Senna Fernandes destacou os mais de 500 suppliers presentes, “o que é bom para a dinâmica da feira, mas também poderá despertar o interesse do turismo internacional em Macau e na China”.

Como ponto alto de 2025, a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau destacou, igualmente, o 50.º Congresso da APAVT, que se realizará de 2 a 4 de dezembro, e que, segundo a mesma, “trará muitas pessoas que poderão conhecer um Macau novo, diferente, com diversas ofertas turísticas e com uma vida vibrante em todos os aspetos”.

Já Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel que o turismo pode ter “na aproximação de povos e culturas, já que vive de proximidade, de tolerância”.

Daí o presidente da APAVT ter salientado a importância da colaboração entre a associação e Macau, referindo que, da parte da APAVT, “e bom estimular o negócio dos seus associados”, e que do lado de Macau “é importante mostrar o destino turístico”. “Tudo isto consegue com as nossas empresas, empresários, trabalho, colaboração, sendo que estamos aqui pela modernidade de um mundo cada vez mais antigo o que certamente nos continuará a manter juntos”.

A cerca de oito meses da realização do 50.º Congresso da APAVT que marca, igualmente, os 75 anos da associação, Pedro Costa Ferreira disse ao Publituris que “vamos ter mais de 800 pessoas vindas de Portugal no nosso congresso, o que faz com que tenhamos um encontro de mais de mil pessoas”.

“Temos muito boas condições técnicas, diria as melhores de sempre”, adiantou Pedro Costa Ferreira, frisando que, “quem frequenta os nossos congressos, sabe que do ponto de vista das capacidades técnicas que nos esforçamos. Vamos apresentar soluções ‘state of the art’”.

Quanto aos temas do evento, o presidente da APAVT não adiantou muito, uma vez que estão a ser ainda finalizados. Contudo, concluiu que “fomos os primeiros, em Portugal, a abordar a sustentabilidade, fomos os primeiros a abordar a Inteligência Artificial. Para 2025, encontrando-nos ainda a fechar painéis e oradores, o que posso garantir é que quando saírem do nosso congresso saem com a perceção de que passaram por um momento importante da APAVT e das reuniões do turismo em Portugal”.

*O jornal Publituris viajou até Macau a convite da APAVT. Pode ler a entrevista ao presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, na próxima edição do Publituris
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Viagens dos residentes ao estrangeiro atingiram novo máximo histórico em 2024

Apesar de terem viajados menos em 2024, os residentes em Portugal realizaram mais viagens ao estrangeiro ao longo do ano passado, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), que diz que este indicador aumentou 6,2%, alcançando um novo “máximo histórico”.

Inês de Matos

Apesar de terem viajados menos em 2024, os residentes em Portugal realizaram mais viagens ao estrangeiro ao longo do ano passado, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), que diz que este indicador aumentou 6,2%, alcançando um novo “máximo histórico”.

De acordo com os dados divulgado esta segunda-feira, 28 de abril, no ano passado “realizaram-se 22,9 milhões de viagens, -3,2% face ao ano anterior”, tendo as viagens a nível nacional diminuído 4,7%, principalmente nos dois primeiros trimestres do ano, enquanto “as viagens ao estrangeiro cresceram 6,2%, atingindo um máximo histórico”.

Na globalidade do ano 2024, 48,7% da população residente em Portugal efetuou pelo menos uma viagem turística, número que recuou 3,0 p.p. face a 2023 (menos 138,6 mil turistas).

O “lazer, recreio ou férias” foi, segundo o INE, o principal motivo de viagem, correspondendo 50,9% do total ou a 11,7 milhões de viagens, o que traduz uma descida de 1,7% face a 2023, seguindo-se a “visita a familiares ou amigos”, que foi o segundo principal motivo para viajar, originando 37,7% ou 8,6 milhões de viagens, o que também traduz uma descida mas de 4,5% face a 2023.

Já os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 6,5% das viagens realizadas pelos residentes em território nacional no ano passado, num total de 1,5 milhões de deslocações, tendo sido este o tipo de viagem que registou o maior decréscimo face a 2023, numa quebra de 12,9%.

O INE diz que, no total do ano de 2024, “as viagens nacionais decresceram 4,7%, representando 85,0% do total (-1,3 p.p.), tendo a maioria sido realizadas por motivos de “lazer, recreio ou férias” (peso de 47,5%, +0,3 p.p.), enquanto as viagens ao estrangeiro aumentaram 6,2%, predominando também o motivo “lazer, recreio ou férias” (peso de 70,3%; +2,1 p.p.).

Os dados mostram também que a região Centro se manteve como o principal destino das viagens realizadas em território nacional, concentrando 29,9% do total de deslocações (+0,1 p.p. face a 2023), seguindo-se a região Norte (25,0% do total), com maior ganho de representatividade face ao ano anterior (+1,3 p.p.), enquanto, em sentido inverso, destacou-se a AM Lisboa, que recuou para 14,9% face aos 17,3% de 2023.

Já nas viagens ao estrangeiro, o destaque foi para Espanha, França e Itália, que ocuparam novamente as três primeiras posições do ranking de destinos nas deslocações internacionais, com quotas de, respetivamente, 40,6% (-1,0 p.p.), 9,5% (-0,6 p.p.) e 6,2% (-0,7 p.p.).

“Entre as viagens realizadas ao estrangeiro, as que tiveram como destino o conjunto dos países da União Europeia aumentaram 1,8%, representando 71,5% do total (-3,1 p.p.)”, indica o INE.

Os dados mostram ainda que os residentes optaram por serviços de marcação prévia em 41,0% do total das viagens (+2,1 p.p. face a 2023), sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 93,3% (+1,0 p.p.) das situações.

“O recurso à internet ocorreu em 28,1% (+2,4 p.p.) das viagens, 20,8% nas que tiveram como destino Portugal (+1,6 p.p.) e 69,6% nas viagens ao estrangeiro (+2,7 p.p.)”, especifica o INE, que diz ainda que, no ano passado, as dormidas em “alojamento particular gratuito” corresponderam a 59,4% (61,3% em 2023) e decresceram 6,6%.

Já os “hotéis e similares” concentraram 24,6% do total das dormidas (+1,0 p.p. face a 2023), enquanto o alojamento “particular pago” representou 12,0% do total das dormidas.

No total do ano 2024, cada viagem teve uma duração média de 4,07 noites (4,08 noites em 2023).

5,3 milhões de viagens no último trimestre de 2024

No último trimestre do ano, os residentes realizaram 5,3 milhões de viagens, valor que aumentou 3,1% face a igual período de 2023, o que, segundo o INE, reflete os acréscimos nas deslocações em território nacional (+2,5%; +1,4% no 3ºT 2024) e para o estrangeiro (+7,0%; +9,8% no 3ºT de 2024).

“No 4º trimestre de 2024, 86,2% das deslocações dos residentes (84,2% no trimestre anterior) ocorreram em território nacional, totalizando 4,6 milhões de viagens, enquanto as restantes 731,5 mil tiveram como destino o estrangeiro (13,8% do total; 15,8% no trimestre anterior)”, explica o INE, revelando que o número de viagens aumentou nos meses de outubro e novembro (+5,2% e +14,9%, respetivamente), mas decresceu em dezembro (-3,7%).

Os dados do INE indicam que a “visita a familiares ou amigos” foi a principal motivação para viajar no 4º trimestre de 2024, totalizando 2,5 milhões de viagens (-4,1%), tendo estado na origem de 47,2% do total de viagens (-3,6 p.p. face ao 4ºT 2023).

Já o “lazer, recreio ou férias” esteve associado a 2,0 milhões de viagens realizadas (+7,5%), o que representou 37,7% do total (+1,5 p.p. face ao 4ºT 2023), enquanto as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” (412,3 mil) corresponderam a 7,8% do total (-0,9 p.p.) e decresceram 7,6%.

O INE indica ainda que, no último trimestre de 2024, o “motivo “visita a familiares ou amigos” esteve na origem de mais de metade das viagens nacionais (2,3 milhões; peso de 51,0%), tendo sido o segundo principal motivo das viagens ao estrangeiro (172,1 mil viagens; peso de 23,5%)”, enquanto o “lazer, recreio ou férias” foi o principal motivo das deslocações ao estrangeiro (432,6 mil viagens; peso de 59,1%) e o segundo motivo nas viagens em território nacional (1,6 milhões de viagens; peso de 34,2%).

Já os motivos “profissionais ou de negócios” foram a terceira principal razão dos residentes para viajar nas deslocações ao estrangeiro (15,4%; 112,6 mil viagens), no último trimestre do ano.

Os residentes recorreram à marcação prévia de serviços em 34,6% das viagens realizadas (-0,7 p.p.), sendo que, nas deslocações com destino ao estrangeiro, esta foi mesmo a opção em 92,4% das viagens, enquanto nas deslocações em território nacional apenas 25,4% (-1,1 p.p.) teve a marcação prévia de serviços.

Já a internet foi utilizada no processo de organização de 25,6% das deslocações (+0,9 p.p.), tendo este recurso sido opção em 73,9% (+1,0 p.p.) das viagens para o estrangeiro e 17,9% (+0,6 p.p.) das viagens em território nacional.

Quanto ao tipo de alojamento, o “particular gratuito” manteve-se como a principal opção nas viagens dos residentes (70,8% das dormidas) nos três últimos meses de 2024, apesar da diminuição de peso no total (-2,2 p.p.), enquanto os “hotéis e similares” foram a segunda opção, concentrando 21,5% das dormidas (3,6 milhões), com este tipo de alojamento a representar 47,9% das dormidas em viagens por “motivos profissionais ou de negócios” e 41,9% das viagens motivadas por “lazer, recreio ou férias”.

Cada viagem teve uma duração média de 3,19 noites entre outubro e dezembro de 2024 (3,29 no 4ºT 2023), tendo a duração média mais baixa sido registada no mês de novembro (2,50 noites), enquanto a mais elevada ocorreu em dezembro (3,65 noites).

No quarto trimestre de 2024, 20,1% dos residentes realizaram pelo menos uma deslocação turística, refletindo um decréscimo de 1,8 p.p. face ao mesmo período do ano anterior.

Já numa análise mensal, e em termos homólogos, a proporção de residentes que realizou pelo menos uma viagem diminuiu em dezembro (-0,4 p.p.), mas aumentou em outubro e novembro (+0,3 p.p. e +0,8 p.p., respetivamente).

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