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Reportagem: Uma outra face de Cabo Verde

Santo Antão, uma ilha cabo-verdiana desconhecida por muitos, mas com tanto para oferecer, não como um destino de praia, mas como um local onde reina a natureza e os sorrisos […]

Marta Barradas
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Reportagem: Uma outra face de Cabo Verde

Santo Antão, uma ilha cabo-verdiana desconhecida por muitos, mas com tanto para oferecer, não como um destino de praia, mas como um local onde reina a natureza e os sorrisos […]

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Santo Antão, uma ilha cabo-verdiana desconhecida por muitos, mas com tanto para oferecer, não como um destino de praia, mas como um local onde reina a natureza e os sorrisos de quem lá vive. Desperte os seus cinco sentidos neste destino de sonho.

DSC_0173Santo Antão. Uma ilha cabo-verdiana que, definitivamente, oferece um outro lado, para muitos desconhecido, daquilo que o país tem para oferecer ao nível de Turismo. Se pensa que, à margem do que existe em outras ilhas de Cabo Verde, aqui vai encontrar um destino de praia, desengane-se. Santo Antão é muito mais do que isso. Praias, não existem quase nenhuma, mas prepare-se, porque este é um destino que, decerto, o irá surpreender e suscitar uma experiência inesquecível. Saiba porquê.

É uma viagem de cerca de 45 minutos de ferry que separa a Ilha de São Vicente da Ilha de Santo Antão. Na verdade, esta é a única ligação existente para poder visitar esta ilha cabo-verdiana, uma viagem que apesar de atribulada, pelos ventos fortes e cruzados que se fazem sentir em alto mar, vale tanto a pena fazer. Aquando a chegada à Ribeira Grande, Porto Novo, a porta de entrada para a ilha, tanto de pessoas como de mercadorias, é perceptível a simpatia com que os visitantes são recebidos em Santo Antão, algo que também se assemelha às outras ilhas do país.

Ainda em relação às restantes ilhas cabo-verdianas, já reconhecidas no mercado e por tantos turistas pelo mundo fora, a diferença é, contudo, enorme, no que ao clima e à diversidade de paisagens concerne. Em termos de Turismo, por exemplo, a ilha cabo-verdiana difere de todas as outras, uma vez que pelas suas gigantes montanhas, torna-se mais propícia ao Turismo de Natureza e ao Turismo Ecológico. São diversas as actividades que este destino oferece aos praticantes de desporto, tanto em actividades aquáticas, com as práticas desportivas de diving e surf; como a nível terrestre, sendo ideal para amantes de caminhada e ‘trekking’.

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Ribeira Grande, Porto Novo, é a porta de entrada de visitantes e mercadorias neste destino.

No passado ano de 2009, foi inaugurada a nova estrada litoral Porto Novo-Janela, uma estrada asfaltada que dá acesso ao Paul e à Ribeira Grande, na costa nordeste da ilha. No entanto, é a Estrada da Corda a via mais procurada para quem pretende realizar actividades e caminhadas, por ser empedrada, pelo seu comprimento e pelo grau de dificuldade que oferece, tendo uma inclinação bastante elevada, o que motiva também os amantes de ‘hiking’, uma actividade que nada mais é do que ‘trekking’, diferenciando apenas o nível de dificuldade.

É do ponto mais alto da ilha, o Topo da Coroa, um vulcão inactivo, que é possível observar a grandeza do que a Mãe Natureza fez por esta ilha, uma paisagem digna de cortar a respiração a qualquer um. Mas a natureza não ficou por aqui, pela paisagem, foi muito mais além. Nesta ilha é possível encontrar dois ambientes e temperaturas diferentes. Sim, dois. A parte da ilha voltada a sudeste é árida, enquanto a zona nordeste recebe chuvas relativamente regulares e apresenta uma grande parte verdejante, onde se pode encontrar o maior número de população, que vivem sobretudo da prática da agricultura. A razão? O facto de Santo Antão ser dotado de montanhas tão elevadas que o vento e as chuvas são impedidos de passar para o outro lado, levando a que um lado apresente, também, um clima mais quente e seco, durante todo o ano.

A população de Santo Antão, como já referido anteriormente, vive sobretudo da agricultura. Aqui encontra-se facilmente plantações de batata doce, inhame, milho, mandioca ou cana de açúcar, produto essencial para a produção do grogue, a bebida tradicional deste destino, que também aqui é produzida. Esta aguardente típica é ainda, nos dias que correm, desenvolvida através dos métodos tradicionais, o que lhe confere um sabor forte, mas único.

Olhando para o mapa da Ilha de Santo Antão, são várias as referências que nos remetem para a influência portuguesa. Alguns dos nomes dos locais da ilha que nos lembram as ilhas portuguesas são diversos, tais como, Ribeira Grande, Ponta do Sol ou Paúl. Mas não são estas referências que fazem da ilha um local a não perder. Santo Antão é a terceira ilha mais habitada [das nove que são habitadas] de Cabo Verde e os principais locais com um maior número de população são a vila da Ribeira Grande, Porto Novo, que é a porta de entrada para quem vêm de barco através de São Vicente; e a Ponta do Sol, onde se localiza o aeródromo da ilha, mas que actualmente não está em funcionamento.

A época do ano que decorre entre o mês de Novembro ao de Abril é a mais forte a nível de taxa ocupação na hotelaria e no número de visitantes na ilha de Santo Antão. Neste destino, as unidades hoteleiras têm uma dimensão pequena, sendo na sua maioria hotéis boutique, de charme e de Turismo Rural, que se integram tão naturalmente na paisagem onde estão inseridas, tanto de montanha, como de mar, mas onde a paz e a serenidade se destacam em todas elas. Apesar de não ser um destino de praia, em Santo Antão o mar está sempre por perto, trazendo a quem por cá fica um estado de espírito comum a todas as ilhas do país: “Cabo Verde, No Stress”.

Se no início deste texto foi referido que este destino despertava todos os seus sentidos, explicamos agora porquê. Santo Antão desperta a visão, pelas paisagens naturais exuberantes rodeadas do mar que ostenta ao seu redor; o olfacto e o paladar, pelos aromas que a gastronomia típica, como é o caso do caldo de peixe, os legumes frescos e o grogue que aqui pode encontrar e experimentar; a audição, pela música cabo-verdiana, claro, mas também pelo som das ondas que rebentam na costa e que transmite uma sensação de tranquilidade; e o tacto, porque pode tocar e sentir aquilo que a Mãe Natureza de melhor pode fazer.

A AGITAÇÃO DE SÃO VICENTE

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São Vicente, uma ilha repleta de actividades culturais e musicais, onde reina uma agitação diária.

Aquando a chegada a São Vicente, a primeira característica do destino que é visível a qualquer um é a agitação que se faz sentir, ou não fosse ela a segunda ilha mais populosa de Cabo Verde. Só a cidade do Mindelo, o principal centro urbano desta ilha, conta com mais de 62 mil habitantes. Aqui, a população é caracteristicamente mais citadina, habituada a uma “confusão” que não se vê noutros destinos de praia deste país, como a Ilha do Sal e da Boavista, ou de Turismo da Natureza, como Santo Antão. Se em Santo Antão a principal actividade é a agricultura, pelas características naturais, São Vicente tem na pesca, no Turismo e no seu porto de mar ― o Porto Grande ― as suas principais fontes de receita.

Pelos mercados da cidade do Mindelo poderá encontrar vários produtos típicos locais, dos quais, de realçar, o peixe. É aqui também que pode descobrir um grande número de habitantes locais, ou não fosse a pesca e a venda do peixe o meio de sobrevivência de um grande número de pessoas.

Se pretende usufruir de um destino com praia, onde a animação e o contacto com a cultura local seja garantida, este é o sítio certo. Este é um destino com uma grande diversidade de actividades de diversão culturais, com música ao vivo um pouco por todo o lado e para todos os gostos. Mas a música, essa não muda, a morna faz parte da identidade cultural de São Vicente, um estilo musical que marcou a carreira de Cesária Évora. Durante o ano, poderá ainda encontrar períodos festivos que, decerto, não o irão defraudar. De destacar, o Carnaval, o Mindelact (Festival Internacional de Teatro) e o Fim de Ano.

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A Praia da Laginha, em São Vicente, apresenta águas azul turquesa de perder de vista.

Já no que diz respeito a praia, não pode perder a da Laginha. Imagine um mar com um azul tão intenso e uma areia tão branca e fina que parece uma imagem vindo directamente de um postal. É assim que defino a Praia da Laginha. Resta apenas ter sorte com a temperatura, pois Cabo Verde é, de natureza, um destino um pouco ventoso. Além deste local poderá ainda visitar a Baía das Gatas, uma piscina natural muito apreciada pelos visitantes deste destino, onde também decorre o Festival Internacional de Música da Baía das Gatas. Mas se for adepto de desportos aquáticos, então opte por São Pedro, perfeito para a prática de windsurf pelo vento que aqui se sente. Para terminar, escolha os caminhos que, de São Pedro, o levam ao farol e aqui desfrute de uma vista única.

Se por aqui passar, não deixe São Vicente sem visitar as diversas lojas e bancas de rua com artesanato local e para aconchegar o estômago, delicie-se com a tradicional cachupa. Quando se for despedir de São Vicente, então aí o conselho é outro, passe pelo Fortim do Rei, que oferece uma vista panorâmica da cidade e oiça ‘Sodade’ de Cesária Évora, porque vai, realmente, deixar saudades.

ANIMAÇÃO É NO SAL

O Sal é talvez uma das ilhas mais conhecidas e escolhidas pelos turistas que querem visitar o destino Cabo Verde, sendo também responsável pelo maior número de dormidas em todo o país. As principais razões para que assim seja são o clima ameno durante todo o ano que aqui se faz sentir, as suas praias paradisíacas, a possibilidade de actividades como a observação de animais marinhos e, acima de tudo, a simpatia dos que aqui vivem, fazendo deste um destino turístico ímpar. Apesar da sua população viver, na sua grande maioria, do sector do Turismo, esta é uma das menores ilhas habitadas de Cabo Verde, o que torna as visitas às principais atracções do destino muito simples e rápidas de fazer.

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As salinas permitem uma experiência memorável a quem entra nas águas deste local.

Um dos principais pontos turísticos deste destino são as suas salinas naturais, ou não fosse a sua designação Ilha do Sal. Esta é uma experiência que, com certeza, não vai querer perder. O grande teor de sal das águas permite que quem lá entre não consiga ir ao fundo, mas sim, boiar ao cimo da água. Deste local não parta também sem levar uma recordação, feita através do próprio sal marinho.

Para repousar, naturalmente, é na Praia de Santa Maria, que fica a poucos quilómetros do aeroporto. Além da maravilhosa praia já tão reconhecida, com as suas águas cristalinas e areal infindável, é aqui que se concentra a maior parte dos hotéis desta ilha, com uma inúmera oferta de grandes resorts, na sua maior com regime ‘all inclusive’. Por aqui pode optar por realizar diversas actividades ligadas ao mundo aquático, não ficando a viagem resumida a uma estadia de hotel. Poderá optar por um passeio de catamarã e, se tiver sorte, observar baleias ou golfinhos a bordo de um animado passeio. Nesta viagem há ainda a possibilidade da prática de ‘snorkling’ e encontrar a submersa estátua do Cristo Rei, que lá se encontra, dizem os locais, para protecção dos pescadores. Além desta opção, existe ainda o já conhecido Neptunus, uma embarcação que permite através do seu fundo panorâmico observar a vida marinha ao largo da praia, podendo encontrar várias espécies de peixes coloridos e outros animais marinhos. Entre os passeios deste barco é possível ainda observar dois navios náufragos, que pelos anos que lá se encontram agora usufruem de uma fauna inigualável.

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Buracona na Ilha do Sal

Outro dos pontos turísticos a não perder na Ilha do Sal é a Buracona, um conjunto de piscinas naturais envoltas em rochedo. Tal como o nome indica, aqui é possível observar um buraco na rocha que, no seu fundo, com águas azul turquesa e cristalinas naturais deste destino, dão origem ao chamado ‘olho azul’. Para os mais audazes e corajosos, poderá saltar das rochas para o mar, embora não o seja aconselhado fazer a quem não conhece bem este local.

Mas não ficamos por aqui. A ilha do Sal é também conhecida pela sua vida nocturna. Sendo um país bastante pacífico e seguro, bastante habituado aos turistas, no centro da Vila de Santa Maria poderá encontrar uma grande diversidade de animação, de onde se destacam os clubes de dança ao som do funaná, mas também de kizomba, que apesar de não ser tipicamente cabo-verdiano, é um estilo muito apreciado pelos locais e pelos visitantes. Por aqui, pode optar por um bar com música ao vivo, ou dançar pela noite dentro numa das discotecas da vila. No entanto, também os hotéis dispõem de variados programas de diversão, desde os mais novos até ao mais velhos. O ritmo emana por todo o lado na noite cabo-verdiana, não vá embora sem usufruir dele.

INFORMAÇÃO ÚTIL
Hotelaria de Santo Antão
Pode se encontrar uma diversificada oferta hoteleira na Ilha de Santo Antão, em Cabo Verde, não pelo grande número de hotéis que existem, mas pelos seus diferenciadores conceitos. As unidades, na sua larga maioria, tratam-se de hotéis pequenos, de charme, inseridos tanto num ambiente de montanha, como voltados para o mar. No entanto, a tranquilidade é semelhante em todos eles. Conheça três das ofertas hoteleiras existentes neste destino: O Santantao Art Resort, localizado em Porto Novo, o hotel dispões de 55 quartos standards (quartos twin/quartos de casal) 15 quartos superiores e três suites, na sua maioria com vista sobre o mar, uma piscina, restaurante e bar. Inserido numa paisagem de montanha, o Hotel Pedracin Village apresenta-se como um hotel de turismo rural. Com um total de 30 quartos e duas suites, todos com água aquecida por energia solar, piscina, bar e restaurante. O Hotel Paúl Mar é uma unidade situada frente ao mar, com um total de 19 quartos, todos eles com varanda com vista sobre o mar ou sobre o vale do Paúl.

Remodelações de hotéis
Sendo a Ilha do Sal a principal fonte de dormidas do destino Cabo Verde, as unidades hoteleiras sentem necessidade de melhorar as suas condições, de forma a corresponder às necessidades dos seus hóspedes. Fique a saber de alguns dos hotéis que vão apostar na sua remodelação este ano. O Hotel Oasis Belorizonte vai apostar na renovação dos espaços comuns como a piscina de água salgada, bar da piscina e recepção. Alguns dos bungalows do hotel foram já remodelados em 2014 mas, este ano, a unidade irá melhorar alguns dos seus quartos, dos quais 60 superiores e 10 comunicantes. Também o Crioula Club Hotel & Resort irá investir mais de um milhão de euros num projecto de remodelação. Há cerca de um ano e meio a unidade melhorou a totalidade de quartos ao nível da decoração e foram construídos um anfiteatro, bar e restaurante de raiz. Até ao final do mês de Maio, está prevista a inclusão de 20 novos quartos. Além disso, será ainda criado um novo espaço de spa com vista para o mar e com um espaço ‘lounge’, que deverá estar pronto até ao final de Julho/princípio de Agosto. Por fim, o ClubHotel Riu Funana e o ClubHotel Riu Garopa formam um resort que partilha instalações e actividades. Este ano, o Riu Garopa passará a chamar-se Riu Funana, enquanto o Riu Funana passará a designar-se Riu Palace. As remodelações da unidade passarão, essencialmente, pela decoração e pelos espaços de restauração.

Cesária Évora
Cesária Évora faleceu em 2011, mas por esta ilha permanece a sua memória, um pouco por toda a parte. A sua casa e a sua sepultura permanecem cuidadosamente mantidas, para que possam ser visitadas, conservando sempre a simplicidade que caracterizava a cantora cabo-verdiana. O seu nome é ainda relembrado no aeroporto desta ilha, que desde 2011, passou a designar-se Aeroporto Internacional Cesária Évora e a sua música ecoa um pouco por todo o lado nesta ilha. Mas esta é também “a casa” de vários outros artistas cabo-verdianos, como é o exemplo do Tito Paris, também cantor, e Jorge Barbosa, escritor.

* A jornalista viajou a convite da Solférias com o apoio da TAP

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Turismo de golfe pode valer quase 66 mil milhões de dólares até 2035

O mercado global de turismo de golfe está a atravessar uma expansão significativa. Estima-se que o seu valor seja de cerca de 27 mil milhões de dólares em 2025, com projeção de atingir os 65,8 mil milhões de dólares 2035, o que representa uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 9,3%, revela relatório da Future Market Insights.

Esse crescimento do turismo de golfe é apoiado por uma procura crescente por experiências imersivas e ecologicamente corretas. 2025 promete ser um ano promissor para o turismo de golfe, com uma oferta diversificada que combina tradição, inovação e sustentabilidade.

Só na Europa, este nicho deverá crescer a uma taxa anual de 4,3%, entre 2025 e 2035, atingindo os 5,7 mil milhões de dólares no final do período em análise, indicam estimativas da Future Market Insights, que avança que com destinos icónicos como a Costa Brava, em Espanha, o Algarve, em Portugal, e St. Andrews, na Escócia, a Europa continua a ser uma das principais opções para os entusiastas do golfe. A sua rica história, campos diversificados e sólida infraestrutura continuam a atrair golfistas amadores e profissionais do mundo todo.

O turismo de golfe emergiu como um segmento vital na indústria global de viagens e turismo, impulsionado pela crescente popularidade do desporto entre jogadores recreativos e profissionais. Os viajantes procuram cada vez mais destinos que ofereçam campos de golfe de classe mundial, além de alojamento premium e experiências de lazer. O crescente apelo por viagens focadas no golfe, especialmente em destinos que combinam paisagens cênicas com luxo e relaxamento, posicionou o turismo de golfe como um importante impulsionador do crescimento do setor global de viagens. Neste caso, resorts de luxo, agências de viagens e operadores de turismo estão a investir fortemente na oferta de experiências de golfe de alto nível, visando jogadores amadores e profissionais.

A análise confirma que a América do Norte e a Europa continuam a ser mercados dominantes, enquanto a Ásia-Pacífico surge como uma região com procura crescente.

Os principais impulsionadores do mercado incluem a expansão de campos de golfe, o aumento de viagens internacionais e o apoio governamental a iniciativas de turismo desportivo.

“Com o surgimento de plataformas digitais de reservas e experiências personalizadas de golfe, o mercado está pronto para se expandir rapidamente”, afirma Sudip Saha, diretor executivo e cofundador da Future Market Insights, para realçar que, além disso, iniciativas de sustentabilidade no turismo de golfe moldarão ainda mais o futuro do setor”.

Por regiões: América do Norte – os Estados Unidos e o Canadá lideram o mercado de turismo de golfe devido à forte cultura do golfe e à presença de campos icônicos em destinos populares como incluem Flórida, Califórnia e Arizona; e Na Europa – Reino Unido, Espanha, Portugal e Escócia são os principais destinos turísticos de golfe, atraindo turistas europeus e internacionais.

Já no que diz respeito à Ásia-Pacífico, países como Tailândia, Japão, Coreia do Sul e Austrália estão a testemunhar um aumento significativo. O aumento da receita e os investimentos em infraestruturas de golfe contribuem para a expansão. Enquanto isso, no Médio Oriente e África, os Emirados Árabes Unidos, particularmente Dubai e Abu Dhabi, estão a emergir como um destino de golfe premium com instalações de nível internacional, e os campos de golfe da África do Sul atraem viajantes de luxo. Já na América Latina, o Brasil, Argentina e México estão a ganhar popularidade devido aos pacotes turísticos de golfe acessíveis e campos pitorescos, indica o estudo.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

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Inscrições até 20 de maio: Turismo de Portugal vai “comandar” missão empresarial a Cabo Verde

Uma missão empresarial portuguesa, dirigida pelo Turismo de Portugal, vai participar no Cabo Verde Investment Forum, iniciativa que se realiza de 17 a 20 de junho na Ilha do Sal, e vai focar-se nos setores do turismo, das viagens e do recreio marítimo, visando explorar novas oportunidades de negócio para as empresas portuguesas. Inscrições abertas até 20 maio.

Segundo avança o Turismo de Portugal, o Cabo Verde Investment Forum é um espaço privilegiado para o encontro entre projetos de elevado potencial, capital e investidores visionários, reforçando a centralidade de Cabo Verde como hub de desenvolvimento económico no Atlântico, graças à sua localização geoestratégica privilegiada​.

A partida de Lisboa para o Sal está agendada para 17 de junho, com regresso a 21. Para além sessões de networking empresarial, os participantes terão encontros institucionais com os ministros cabo-verdianos do Turismo e Transportes e da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial, a Câmara Municipal do Sal, Instituto do Turismo de Cabo Verde e Câmara de Turismo de Cabo Verde, bem como a oportunidade de realizar visitas técnicas a Zonas de Desenvolvimento Turístico Integral (ZDTI), bem como a infraestruturas estratégicas da ilha do Sal, e ainda, no dia 20, participar no EU-Cabo Verde Global Gateway Investment Forum, que inclui painéis temáticos, debates e oportunidades de cooperação, com oarticipação de autoridades, empresas e investidores.

​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​Ainda, no âmbito do reforço da cooperação económica e empresarial entre Portugal e Cabo Verde, o Turismo de Portugal promove um segundo programa – Ilhas de Santiago ou Boavista​ e Sal (para integração no programa conjunto), com saída de Lisboa a 16 de junho e regresso no dia 21.

Refira-se que as despesas com passagens aéreas e alojamento são da responsabilidade dos participantes.

O Fórum de Investimento de Cabo Verde terá lugar na Ilha do Sal, nos dias 18 e 19 de junho, enquanto, no dia 20 de junho, será realizado o EU-Cabo Verde Global Gateway Investment Forum, que visa aprofundar o investimento do setor privado no país e na União Europeia no âmbito da Estratégia Global Gateway.

O fórum facilitará o diálogo e a colaboração entre empresas UE-Cabo Verde, instituições financeiras europeias de desenvolvimento, agências de crédito à exportação e outros parceiros importantes, com base na parceria existente do Global Gateway e buscando novas oportunidades de negócios.

O fórum adotará um formato híbrido, combinando sessões presenciais com sessões virtuais para facilitar a participação online e o matchmaking. A participação presencial será priorizada para empresas da UE e de Cabo Verde em detrimento de outras empresas.

 

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Tunísia prevê temporada turística “excecional”, segundo o governo

O ministro do Turismo e Artesanato da Tunísia, Sofiane Tekaya, disse que a atual temporada turística será excecional, dado o número significativo de reservas feitas por operadores turísticos estrangeiros.

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O ministro, em declarações à imprensa local, enfatizou que os esforços conjuntos com as federações profissionais de turismo continuam a oferecer aos tunisianos, residentes no país ou no exterior, serviços de qualidade aos melhores preços, garantindo ao mesmo tempo os melhores serviços a todos os visitantes que chegam à Tunísia.

Por outro lado, o governante destacou que também estão em andamento os trabalhos para criar novas unidades turísticas em toda a região noroeste e integrar legalmente mais de duas mil casas de hóspedes no setor turístico, após o desenvolvimento de novas especificações que regulamentam o setor, o que contribuirá para a reabertura do Aeroporto Internacional de Tabarka regularmente ao longo do ano e apoiará a atividade turística em toda a região norte.

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Ilhas da Macaronésia buscam objetivos comuns na área do turismo

A Ilha do Porto Santo, Madeira, recebeu, recentemente as III Jornadas Atlânticas de Turismo – JAT, evento que surge no âmbito da geminação entre os municípios de Velas (Açores), Sal (Cabo Verde) e Porto Santo (Madeira), depois da realização das I e II Jornadas nas Velas (2023) e Sal (2024), respetivamente. O objetivo foi encontrar objetivos comuns no que ao turismo se refere.

Depois da realização das Jornadas Atlânticas de Turismo, este ano, no Porto Santo, em 2026 será a vez de os Açores acolherem a iniciativa.

Intervindo nas jornadas, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, Berta Cabral, defendeu que a Madeira, Açores e Cabo Verde “são exemplo da forma como o Atlântico pode moldar não só as paisagens, mas também a identidade e o caráter das suas gentes”.

A governante manifestou “orgulho e entusiasmo por ver os Açores associados, através do município das Velas, a este movimento de valorização do turismo na Macaronésia, patrocinado também pelos municípios de Porto Santo e do Sal”.

Segundo Berta Cabral, “esta é uma rede de territórios com muito em comum, que deve ser projetada no seu todo e afirmar-se como uma oferta diferenciadora no contexto internacional”.

Conforme disse, “os Açores, Madeira e Cabo Verde partilham inúmeros pontos de contacto: insularidade, origem vulcânica, riqueza e diversidade paisagística, tradições culturais e uma história marcada por desafios idênticos, superados pela resiliência e pela alma dos nossos povos. Estes elementos, aliados à autenticidade das nossas comunidades e à forma como soubemos preservar os nossos recursos, conferem à Macaronésia um caráter singular e um potencial turístico inigualável”, adiantou.

Berta Cabral referiu que “o desenvolvimento do turismo em ilhas remotas e de pequena dimensão comporta dificuldades acrescidas”, nomeadamente “maior dependência das acessibilidades externas, vulnerabilidade às alterações climáticas, fragilidade das economias locais e limitações infraestruturais”.

Mas sublinhou que “são estas especificidades que nos tornam territórios tão únicos e tão desejados por quem procura experiências autênticas, envolventes e sustentáveis”.

Luís Silveira, presidente do município de Velas (São Jorge – Açores), que falava na sessão de abertura do evento, reforçou uma vez mais a importância da realização destas jornadas, sendo este um desafio ganho, onde se juntam estas três ilhas, três destinos com Reservas da Biosfera, em torno do mesmo objetivo. Depois da realização das Jornadas Atlânticas de Turismo, este ano, no Porto Santo, em 2026 será a vez de os Açores acolherem a iniciativa.

O autarca, lembrando os 32 anos de geminação entre Velas, Porto Santo e Sal, assinalados este ano, recordou os objetivos destes encontros, que abordam questões de extrema relevância e inerentes aos três destinos, aprendendo uns com os outros, o que cada qual faz de melhor.

 

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Depois de Espanha turismo de Albufeira mostra-se no mercado norte-americano

Numa parceria com a APAL, o município de Albufeira ruma a Toronto, a 13 de maio, a Nova Iorque, no dia 15, para realizar dois roadshows “que visam atrair dois mercados considerados estratégicos para Portugal e para o Algarve, aproveitando a existência de novas rotas aéreas diretas para Faro”, segundo o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Rolo.

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De 13 e 15 de maio, (terça a quinta), o Município em parceria com a APAL – Agência de Promoção de Albufeira, organiza duas ações promocionais estratégicas no mercado norte-americano, que têm por objetivo reforçar a notoriedade do concelho algarvio enquanto destino turístico de excelência. Trata-se de dois roadshows a realizar nas cidades de Toronto (13 de maio) e Nova Iorque (15 de maio).

José Carlos Rolo refere que estes roadshows já foram desenvolvidos em anos anteriores, “tendo em conta o interesse estratégico nestes mercados que já são considerados dos mais importantes a nível nacional, apresentando-se com potencial de crescimento dentro e fora da época balnear”.

Refira-se que a iniciativa, que conta com a adesão de vários associados da APAL, tem por objetivo promover o destino junto de dois mercados que ganham cada vez mais importância para Portugal e para o Algarve, tirando partido do reforço das ligações aéreas com os Estados Unidos, nomeadamente com a nova rota direta da United Airlines entre Newark e Faro, que se prevê tenha início a 17 de maio deste ano, com quatro voos semanais. “A presença de Albufeira nestes mercados pretende potenciar o impacto desta nova ligação aérea, promovendo Albufeira como

um destino competitivo e atrativo para o mercado norte-americano”, conclui o presidente José Carlos Rolo.

Refira-se que, na semana que passou, Albufeira esteve em Bilbau (Espanha), numa ação promocional do Turismo do Algarve. O autarca referiu que “esta é a terceira vez que o município participa na Expovaciones, aproveitando a proximidade geográfica e as ligações aéreas com Bilbau e outras cidades espanholas para mostrar a nossa oferta turística, que passa pela qualidade dos nossos alojamentos e unidades de restauração, animação turística, património natural e paisagístico, cultura, tradições, praias de excelência, gastronomia e vinhos e a simpatia das nossas gentes, incluindo os profissionais do setor, considerada uma referência ao nível da hospitalidade”.

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Governo de Cabo Verde confirma que o megaprojeto “Djéu” continua em fase de reversão

O ministro das Finanças de Cabo Verde Olavo Correia, assegurou que o megaprojeto “Djeu”, do empresário de origem macaense, David Chow, continua em fase de reversão e que houve uma proposta do promotor no sentido de trazer um novo investidor para dar continuidade ao empreendimento que contempla hotel-casino, marina, escritórios, entre outras valências.

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“Se não conseguirmos alternativas para viabilizarmos a operação, o governo, uma vez concluída esta fase de reversão, encontrará novos operadores para o desenvolver o projeto”, assegurou o vice-primeiro-ministro, que é igualmente ministro das Finanças, segundo notícia avançada pela Inforpress.

O governante avançou aos jornalistas locais que se está a cumprir a decisão do executivo, ouvindo, entretanto, o promotor do projeto que diz que “pode ter alternativas”, para realçar que “estamos abertos a alternativas, mas não havendo alternativas, será continuado o processo de reversão”, garantiu, mas “concluído o processo de reversão, estaremos a encontrar o novo investidor para dar continuidade ao projeto em modos diferentes, como é evidente”, indicou.

Refira-se que o projeto do complexo “Djeu”, na cidade da Praia (ihéu de Santa Maria), do empresário de origem macaense David Chow, apontado como o maior empreendimento turístico de Cabo Verde, com um investimento global previsto de 250 milhões de euros, e que contempla casino, marina, escritórios, entre outras valências, foi anunciado em 2001, no entanto, a primeira pedra só viria a ser colocada 15 anos mais tarde, em fevereiro de 2016, tendo o acordo com o governo sido assinado em 2015.

 

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Incerteza global não impacta viagens na Europa e Portugal continua a ser um dos destinos preferidos

De acordo com o último relatório da European Travel Commission (ETC), o ritmo de evolução da atividade turística na Europa continua a surpreender, apesar de uma conjuntura internacional pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares. Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico, com mais de 30% dos inquiridos a repetirem o destino.

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No último relatório trimestral, sobre o Turismo na Europa no 1.º trimestre de 2025, a European Travel Commission (ETC) revela que o ritmo de evolução da atividade turística continua a “surpreender”, apesar de uma conjuntura internacional “pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares, com alta generalizada dos preços, incluindo os relacionados com serviços turísticos, designadamente os custos associados às viagens aéreas e aos custos de alojamento”.

Apesar disso, o “European Tourism Trends & Prospects” prevê que os ventos adversos enfrentados em 2024 se mantenham em 2025, exigindo planeamento estratégico, adaptação e inovação no setor nos próximos anos.

Certo é que a procura turística europeia encerrou 2024 em alta, com as chegadas de turistas internacionais a aumentarem 6,2% em relação a 2023 e a maioria dos destinos a reportarem aumentos substanciais.

No 1.º trimestre de 2025, o número de chegadas foi bastante consistente com o do último trimestre de 2024, mas a recuperação no número de noites encerrou o ano mais forte do que o esperado, acima dos 5,9%.

A nível regional, as chegadas aumentaram 6,2% e as dormidas 5,2% em relação ao ano passado, marcando uma ligeira moderação no crescimento das chegadas, mas uma aceleração nas dormidas em comparação com o relatório anterior, admitindo a ETC “tratar-se de um declínio modesto na duração da estadia, mas a tendência geral é ainda para estadias mais longas desde a pandemia”.

A preferência do consumidor continua a inclinar-se para destinos com melhor relação qualidade-preço e temperaturas mais amenas. No entanto, isto não prejudicou a procura por alguns destinos tradicionalmente populares do Sul e do Mediterrâneo que superaram a média regional em termos de chegadas.

Segundo o inquérito “Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel”, 72% dos europeus pretendem viajar nos próximos seis meses e Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico.

Cerca de 30,4% dos inquiridos que pretendem vir a Portugal nos próximos meses, já estiveram em Portugal, o que demonstra satisfação e consequentemente intenção de regresso, 46,3% estiveram em França e 42,9% estiveram em Espanha.

A segurança do destino é o critério mais importante, selecionado por mais de metade dos inquiridos, indicando este dado que os turistas colocam a segurança pessoal no topo das suas preocupações ao escolherem um destino.

As boas condições climatéricas foram selecionadas por 39,1% dos inquiridos o que reflete a valorização por destinos com clima agradável, geralmente associado a sol, temperaturas amenas e ausência de intempéries.

Os dados demonstram, igualmente, que nos últimos três anos, 14% dos viajantes europeus visitaram Portugal, tornando-o o 11.º destino preferido, subindo ao 10.º lugar quando retiradas as viagens domésticas.

Outro dado indica que 11,8% dos europeus que viajaram até Portugal nos últimos três anos, preveem regressar num futuro próximo e que 8,5% dos europeus que visitaram recentemente a vizinha Espanha planeiam visitar Portugal nos próximos seis meses.

As mais recentes estimativas para 2025 da ETC sugerem que os turistas na Europa deverão gastar cerca de 14% mais do que em 2024, prevendo-se que o crescimento dos gastos ultrapasse o do número de chegadas, sugerindo um aumento do gasto médio por visita.

Quanto à estadia média, durante o 1.º trimestre do corrente ano os turistas internacionais em viagem pelos destinos europeus passaram uma média de 2,7 noites, com base nos dados mais recentes do TourMIS. Em comparação com o mesmo período de 2024, os turistas ficaram menos noites em muitos destinos europeus, não se concentrando tal realidade apenas numa sub-região. Portugal enquadra-se nesta tendência, com uma redução de -2,6% na duração das estadias.

Tarifas (ainda) não impactam viagens dos americanos para a Europa
As novas tarifas comerciais anunciadas pelos EUA aumentaram a incerteza em relação às viagens transatlânticas, com a Europa a preparar-se para uma possível queda no número de visitantes americanos este ano. Apesar de a Europa continuar a ser um dos principais destinos de longa distância, as flutuações na taxa de câmbio Euro/Dólar americano e o aumento dos custos de viagem podem abrandar a procura por parte dos EUA. Esta possível quebra é significativa, dado que os Estados Unidos representavam 9% das viagens globais antes da pandemia e, no ano passado, os americanos constituíram mais de um terço das chegadas de longa distância à Europa.

Apesar destes desafios, as viagens dos EUA para a Europa continuam a apresentar bons resultados no início de 2025, com mais de 80% dos destinos que reportaram dados a registar um crescimento homólogo no primeiro trimestre.

Podem também surgir efeitos compensatórios, incluindo uma redução das viagens para os EUA — especialmente a partir da China — e um aumento das viagens de curta distância dentro da Europa, à medida que mais viajantes optam por permanecer na região, face à incerteza económica e geopolítica.

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KIPT CoLab lança Barómetro Estatístico para o setor do Turismo a 26 de maio

O KIPT CoLab – Laboratório Colaborativo para a Inovação no Turismo vai lançar, a 26 de maio, o Barturs, um Barómetro Estatístico para o Turismo, que pretende funcionar como “uma janela de monitorização e antecipação das dinâmicas do setor”.

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O KIPT CoLab – Laboratório Colaborativo para a Inovação no Turismo vai lançar, a 26 de maio, o Barturs, um Barómetro Estatístico para o setor do Turismo, que consiste numa “plataforma digital que propõe novas formas de análise, compreensão e projeção do futuro do turismo em Portugal”.

“A ferramenta, desenvolvida em colaboração com investigadores e empresas associadas ao KIPT CoLab, constitui-se como uma janela de monitorização e antecipação das dinâmicas do setor, disponibilizando indicadores com base em dados oficiais e de empresas, modelos previsionais e informação atualizada em contínuo”, explica o KIPT CoLab, num comunicado enviado à imprensa.

O evento de lançamento está agendado para as às 15h00, no Hotel Meliá Lisboa Aeroporto, e o KIPT CoLab explica que esta iniciativa se insere “num esforço alargado de qualificação e inovação aplicado à atividade turística, no qual o KIPT tem desempenhado um papel agregador entre empresas, investigadores e decisores públicos”.

O projeto conta com o apoio institucional da Agência Nacional de Inovação (ANI), da FCT, da Missão Interface, do PRR, da República Portuguesa e da União Europeia e o evento de lançamento vai contar com a “presença de representantes institucionais de relevo”, com destaque para o secretário de Estado do Turismo, bem como dirigentes da ANI e da FCT.

Já a sessão de encerramento será conduzida pelo presidente da Assembleia Geral do KIPT, Carlos Moura, estando ainda prevista a participação de outros agentes estratégicos do setor.

 

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CPLP apoia candidatura do Campo do Tarrafal a Património da Humanidade

A candidatura do Campo do Tarrafal a Património da Humanidade, que reúne o apoio da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, deverá ser entregue à UNESCO em fevereiro de 2026.

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A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) declarou apoio à candidatura do Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago, em Cabo Verde, a Património da Humanidade, avança a Lusa.

O apoio à candidatura foi anunciado no final de uma reunião que decorreu esta quarta-feira, 7 de maio, em São Tomé e Príncipe e na qual foi decidido “apoiar as novas candidaturas dos sítios dos estados-membros a Património Mundial da UNESCO, nomeadamente do Campo de Concentração do Tarrafal, por representar um marco na valorização da memória de resistência”.

A declaração final foi assinada durante a III Reunião Extraordinária dos Ministros Cultura da CPLP, entre 05 e 07 de maio, tendo a decisão sido anunciada pelo Ministério da Cultura de Cabo Verde.

Augusto Veiga, ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, explica que o apoio é “importante” para preparar a candidatura, que deverá ser entregue à UNESCO em fevereiro de 2026.

A Lusa lembra que, há um ano, os presidentes de Portugal, Cabo Verde e Guiné-Bissau, assim como o ministro da Defesa de Angola, descerraram, no local, uma placa que assinalou os 50 anos da Libertação do Campo do Tarrafal.

O Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago funcionou entre 1936 e 1956, tendo reaberto em 1962, com o nome de Campo de Trabalho de Chão Bom, para aprisionar anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde, enquanto na primeira fase a maioria dos presos políticos eram portugueses que contestavam o regime fascista do Estado Novo.

O encerramento do Campo do Tarrafal só aconteceu depois da revolução do 25 de Abril de 1974, que derrubou o Estado Novo e libertou os presos políticos.

 

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Maior Legoland do mundo abre em Xangai em julho

O Legoland Xangai tem abertura prevista para julho, naquele que será o maior parque temático do mundo dedicado a estes conhecidos blocos de construção e que inclui também um hotel de 250 quartos.

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A Lego vai abrir, em julho, um Legoland em Xangai, naquele que será o maior parque temático do mundo dedicado a estes conhecidos e adorados blocos de construção, avança a Lusa, que cita a imprensa chinesa.

Localizado a cerca de 52 quilómetros a sudoeste do centro de Xangai, o Legoland vai contar com mais de 75 atrações e espetáculos distribuídos por oito zonas distintas, que incluem milhares de figuras construídas com cerca de 85 milhões de peças Lego.

Além do parque temático, que vai também ter sala de cinema 4D, está prevista a construção de uma unidade hoteleira, com 250 quartos e que vai ser decorada segundo cinco ambientes diferentes inspirados no universo destes brinquedos reconhecido à escala global.

Destaque também para a “Miniland”, uma recriação, construída integralmente com blocos Lego, cujo peso total é superior a 45 toneladas, de algumas das áreas mais emblemáticas de Xangai, assim como de outros ícones culturais e turísticos da China.

O Legoland de Xangai encontra-se já em fase final de construção e vai dar emprego a cerca de mil colaboradores, estando já confirmado que o parque temático vai também levar a palco o “Monkie Kid”, o primeiro espetáculo do mundo dedicado à série “Monkie Kid”, da LEGO, que é inspirado no Rei Macaco, da obra clássica chinesa Jornada ao Oeste.

“Conhecemos bem este mercado e estamos entusiasmados com o seu potencial. Este complexo será uma referência e ponto de encontro para todos os fãs da Lego na China”, afirmou Fiona Eastwood, diretora executiva da Merlin Entertainments, o grupo britânico responsável pela gestão dos parques Legoland.

Apesar do parque temático só ter abertura prevista para julho, a venda de passes de temporada e bilhetes para visitas exclusivas, que incluem estadias no hotel temático, já está a decorrer.

A Lusa recorda ainda que Xangai inaugurou, em 2016, o primeiro parque Disneyland na China continental, que se seguiu à abertura do parque de Hong Kong, em 2005, e tem já prevista, para 2027, a abertura de um novo complexo temático dedicado ao universo cinematográfico de Harry Potter.

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