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Da Madeira para Bruxelas

Cláudia Monteiro de Aguiar é eurodeputada eleita pelo PSD há dois anos e foi distinguida recentemente com o título de Eurodeputada do Ano, na categoria de Turismo, prémio atribuído pela The Parliement Magazine, a quem mais se destaca no Parlamento Europeu em diferentes áreas.

Carina Monteiro
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Da Madeira para Bruxelas

Cláudia Monteiro de Aguiar é eurodeputada eleita pelo PSD há dois anos e foi distinguida recentemente com o título de Eurodeputada do Ano, na categoria de Turismo, prémio atribuído pela The Parliement Magazine, a quem mais se destaca no Parlamento Europeu em diferentes áreas.

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Cláudia Monteiro de Aguiar é eurodeputada eleita pelo PSD há dois anos e foi distinguida recentemente com o título de Eurodeputada do Ano, na categoria de Turismo, prémio atribuído pela The Parliement Magazine, a quem mais se destaca no Parlamento Europeu em diferentes áreas.

_MG_1919Chegou ao Parlamento Europeu em 2014 depois de ter sido deputada da Assembleia da República em Portugal, no Governo de Pedro Passos Coelho. Aos 34 anos, e natural da Madeira, Cláudia Monteiro de Aguiar integra a Comissão dos Transportes e do Turismo da Comissão Europeia e teve a seu cargo o acompanhamento do relatório ‘Novos Desafios e Conceitos para a promoção do Turismo na Europa’.

Como é que uma socióloga chega a eurodeputada? Alguma vez imaginou que fosse este o seu percurso?
Nunca tinha imaginado. Foi um percurso e uma ascenção rápida, mas estou consciente que muitas vezes estas ascensões rápidas em política têm um fim também rápido, ou não. Digo isto por ser nova, por ser mulher e porque as coisas acontecem, às vezes, de uma forma que não é linear, por isso tenho os pés bens assentes na terra no que diz respeito ao futuro. Há um percurso feito, sobretudo, dentro das estruturas partidárias. Fiz parte desde cedo da Juventude Social Democrata. Depois acompanhei sempre as actividades do partido, porque o meu pai foi deputado regional na Madeira e acompanhava-o em todas as actividades políticas. Participei sempre activamente, isto é, sempre com um contributo, porque julgo que assim é que deve ser feito quando fazemos parte destas estruturas. Mais tarde, já no Partido Social Democrata, fui convidada a integrar as listas para a Assembleia da República, em 2011. Ingressei na Assembleia da República numa altura de grandes desafios. Foi a legislatura mais intensa dos últimos tempos e foi difícil em todos os aspectos: Portugal estava numa situação muito complicada, como todos sabemos. É com algum orgulho que hoje digo que fiz parte dessa legislatura que fez tudo para que o País saísse de um estado de pré-bancarrota para um estado de algum equilíbrio.

Em 2014, como é que surge a sua candidatura às eleições para o Parlamento Europeu?
Foi feito um convite da parte do presidente do PSD na região da Madeira, na altura o Dr. Alberto João Jardim. Contactou-me e perguntou se tinha disponibilidade, porque estavam a ser constituídas as listas do PSD para as eleições. Geralmente, o PSD atribui um lugar à Madeira e outro aos Açores e seria eu a indicação da Região Autónoma da Madeira para integrar as listas. Foi um desafio que me apresentaram, a par do desafio de estar grávida na mesma altura. Portanto, foi uma decisão muito ponderada, com a minha família. Aceitei o desafio, fomos a eleições em 2014 e estou no Parlamento Europeu há dois anos. Como foi chegar a Bruxelas? Qual foi o primeiro impacto? Foi um impacto muito grande. A estrutura do Parlamento é complicada. Já tinha noção da dificuldade em vermos a legislação acontecer, porque os eurodeputados não são legisladores, são co-legisladores, ou seja, participamos na legislação. Portanto, entender todo esse processo leva algum tempo. Obviamente que tinha alguma experiência do Parlamento nacional, o que ajudou bastante. Também ajudou o facto de ter alguns colegas na mesma situação, esto é, que estavam pela primeira vez como eurodeputados.

Ao fim de dois anos já se sente ambientada?
Já me sinto confortável, porque já percebo de que forma é que o deputado pode melhor actuar, de que forma é que o processo é feito e como podemos intervir.

_MG_1942As pessoas não têm bem noção do que faz o eurodeputado. Qual é a vossa função?
O papel do eurodeputado é, acima de tudo, defender os interesses do seu País. Esse deve ser o objectivo principal no desempenho da sua função, porque somos eleitos por um Estado membro e obviamente que temos que salvaguardar os interesses do nosso País. Mas também temos de olhar para a Europa como um todo. Portanto, temos de analisar as directivas que nos chegam via Conselho ou via Comissão Europeia, e salvaguardar os interesses comuns, mas também olhar para cada sector, desde Agricultura, Turismo, Transportes, etc, e darmos o nosso contributo de acordo com as nossas ideologias e as orientações dos nossos governos.

TURISMO

Quando é que surgiu o Turismo pela primeira na sua actividade profissional?
Estive ligada ao grupo PortoBay, onde aprendi muito. É um grupo hoteleiro de pequena dimensão face a outros, mas é um grupo com estabilidade, com dinâmica própria, com estratégia, que aposta muito na fidelização do cliente e é por isso que tem clientes repetentes. Aprendi a perceber de Turismo e a gostar ainda mais desta área. Quando fui para a Assembleia da República, e fazendo parte da comissão de Economia, acabei por trabalhar algumas questões relativas ao Turismo. Aí nasceu a parte política ligada ao Turismo. Quando fui para o Parlamento Europeu, e podendo escolher as comissões em que podia trabalhar, a minha prioridade foi para o sector dos Transportes, do qual o Turismo está dependente. Transportes e Turismo foi a minha primeira opção de comissão para trabalhar.

Sendo uma insular, a escolha dos Transportes é uma escolha natural?
Sim, tem a ver como isso também. Sendo insular e sabendo os constrangimentos dos ilhéus, somos capazes de contribuir melhor quando estamos a analisar a legislação, mas também na parte da discussão, que é uma das características das comissões parlamentares. O facto de sermos de uma ilha ou de uma determinada região com características próprias, permite-nos falar com conhecimento de causa e dizer que o transporte aéreo é fundamental não só para os cidadãos que vivem numa região isolada, mas também para o sector do Turismo. Alertar para o facto de que, se há uma situação distinta, tem de haver um tratamento distinto. Tudo isto acaba por funcionar em simbiose ou em articulação para o desempenho das funções.

Ao fim de dois anos, surge o reconhecimento com a distinção de Eurodeputada do Ano na categoria de Turismo. É a primeira vez que surge a categoria de Turismo nestes prémios.
O Turismo só ganha bases jurídicas na União Europeia (UE) com o Tratado de Lisboa. A partir daí, a UE tem poder para trabalhar com os Estados membros. Estamos a falar de 2009 em diante. Quando cheguei ao Parlamento Europeu, em conversa com colegas de outros países e partidos, percebemos que a Comissão de Transportes e Turismo era basicamente voltada para os Transportes e nada para o Turismo. Aí surgiu o ímpeto e a vontade de querer pôr na agenda da UE o sector do Turismo. Quisemos criar um ambiente em que se possa discutir cada vez mais o sector e todas as questões que estão ligadas em torno do Turismo. Não sei se isso não fez despoletar um interesse maior da Comissão Parlamentar, da Comissão Europeia e se calhar do surgimento desta categoria.

Teve a seu cargo o acompanhamento do relatório ‘Novos Desafios e Conceitos para a promoção do Turismo na Europa’. Qual o objectivo deste documento?
Foi o primeiro relatório de Turismo que surge nesta legislatura e foi atribuído a uma deputada do grupo Socialista e eu fiquei responsável, pelo grupo do Partido Popular Europeu, pelo acompanhamento desse relatório. Este relatório foi apresentado no final do ano passado e votado com uma maioria expressiva. Nele tentamos apresentar as prioridades que devem ser tidas em conta, sobretudo, colocar o Turismo como prioridade na agenda da Comissão.

Que outros temas têm merecido atenção?
Temos batalhado imenso nas novas plataformas digitais, nos novos negócios que vão aparecendo em torno da digitalização. Uma das primeiras discussões que despoletei dentro do Parlamento Europeu foi a chamada economia partilhada. Um outro tema que destaco é a formação e o desenvolvimento de competências em torno deste sector. Precisamos de melhorar as competências dos trabalhadores, mas também dos empregadores. Para que isto exista, precisamos de ter um relacionamento entre universidades, entre os próprios parlamentos nacionais e europeus. Ou seja, tem de haver aqui uma ligação para que seja feita uma aposta grande na formação e uma das ideias que consta do relatório é sugerir ao sector privado que faça um “Erasmus” para os recursos humanos do Turismo. A plataforma serviria para juntar o público e privado e para partilhar as melhores práticas existentes nos 28 Estados-membros.

No seio da Comissão Europeia como é que é entendido o Turismo? Há uma consciência que para muitos países o Turismo é um sector vital na Economia?
Têm consciência, mas é preciso fazer um ‘forcing’ muito grande. Repare que também acontece nos países de onde vimos, e Portugal é um exemplo, não temos um ministério do Turismo. Defendo a criação de um Ministério em países que vivem do Turismo, ou cujo Turismo tem um peso importante no PIB. Repare que o Turismo é sempre um sub-sector, uma Direcção Regional, uma Secretaria. Estamos a tentar junto da Comissão Europeia que esta entenda o Turismo como uma prioridade. O Turismo representa 10% do PIB da União Europeia e tem também um peso elevado nas exportações. O sector tem de ser uma prioridade e tem de ser muito apoiado. Como? Em termos de financiamento. Um dos objectivos do Plano Juncker é apoiar as pequenas e médias empresas, criar maior crescimento, mais emprego. Porque não pegar neste objectivo e aplicá-lo a um sector que já de si é importante e tem capacidade para criar emprego.

O relatório está feito, qual é o passo seguinte?
O objectivo do relatório é detalhar quais as áreas importantes. Obviamente que é um relatório extenso. O que queremos é que a Comissão olhe para este relatório que foi aprovado com maioria expressiva, e que faça um plano de acção concreto, porque são eles que têm essa decisão. Nós, deputados ao Parlamento Europeu, estamos dispostos a ajudar, mas a Comissão Europeia precisa de um plano de acção concreto: para onde quer caminhar, quais são as linhas de financiamento que pode fazer, que tipo de estratégia terá para os próximos anos.

Estes acontecimentos recentes, relacionados com o terrorismo, são uma ameaça ao Turismo na Europa também porque podem levar a mais restrições à livre circulação de pessoas?
De facto pode influenciar. Os turistas estão com mais receio de determinados países e nota-se um fluxo de turistas que antigamente escolhiam alguns destinos e agora escolhem outros, completamente distintos. Obviamente que afecta a segurança e todas as questões que estamos a debater. Fui alvo de críticas por participar na discussão dos pacotes de vistos, dentro da Comissão de Transportes. A Europa faz parte dos destinos onde é mais difícil entrar, comparativamente com os EUA, por exemplo, o que não impede que os EUA tenham políticas de segurança elevadíssimas, portanto uma coisa não implica a outra. Mas com estes atentados, inevitavelmente a segurança tem sido posta em causa, logo desburocratizar é entendido como uma permissão ou descuido na parte da segurança. Isso não pode acontecer. Estamos cada vez mais a perder turistas na Europa, não podemos complicar demasiado a questão dos vistos e da permissão de entrada, quando temos tantos países como a China, Canadá, EUA que querem vir mais à Europa e estamos a colocar cada vez mais entraves.

Quais são os desafios da Europa no que diz respeito ao Turismo?
Este desafio é de certeza um deles. O outro desafio é tentarmos encontrar, respeitando as características de cada país em termos de Turismo, uma forma de promover ainda mais a Europa. Os chineses estão cada vez mais a procurar a Europa. Quem vai às feiras e quem está ligado à parte da promoção também sabe que quando falamos com o cidadão chinês e perguntamos se conhece a Europa, ele refere dois ou três destinos: Paris, Londres e pouco mais. O que faz sentido fazer é mostrar lá fora que existem outros países com outras características, que fazem parte da Europa, e que eles podem escolher como destino de férias e compras.

Há um problema/desafio que é comum a Portugal e a outros países da Europa que é a convivência entre a indústria tradicional do Turismo com estes novos negócios do Turismo. Esta relação não tem sido pacífica, porque é difícil chegar a um consenso na regulação? Sim, principalmente na regulação. A minha convicção é que não podemos parar este ciclo. Isto é impossível parar, porque estamos a falar de digitalização, de novas tecnologias, do futuro, que já não é futuro, já está a acontecer. Dizer que estas novas plataformas e estes novos negócios não podem existir é parar o vento com as mãos. Portugal ainda assim já está um bocadinho à frente em termos de perspectiva de legislação ou de facilitação destes novos negócios. Tenho de fazer uma nota ao anterior SET, Adolfo Mesquita Nunes, que foi excepcional, muitas vezes apelidado de liberal extremista, mas às vezes é preciso deixar o mercado funcionar e desburocratizar. Nisso o Adolfo Mesquita Nunes teve um papel crucial. Isto também está a ser muito discutido na União Europeia e entre os diversos países existem discrepâncias. É preciso regular, mas não em excesso, a regulamentação excessiva acaba por prejudicar todos estes sectores. Precisamos, acima de tudo, proteger o consumidor, mas permitir que todos estes negócios existam, funcionem no mercado aberto, com a regulamentação específica que necessitam e temos de retirar pesos excessivos aos sectores ditos tradicionais. Agora, precisamos de encontrar este equilíbrio.

PORTUGAL
A que se deve o crescimento do Turismo em Portugal na sua opinião?
É um misto de vários factores. Há um desvio de procura de destinos, é um facto, mas também não queiramos fazer desse argumento razão para tirar toda a importância e trabalho que tem sido feito pelo sector privado, porque se têm modernizado e a legislação tem sido desburocratizada. Há todo um conjunto de situações que não podemos ignorar e olhar só para esta questão do desvio de destinos como argumento principal. As próprias cidades têm estado mais dinâmicas e mais viradas para o Turismo.

Em Bruxelas existe a percepção do crescimento do Turismo em Portugal?
Sim, têm a percepção do crescimento de Lisboa e reconhecem a Madeira talvez porque associam o destino ao Cristiano Ronaldo. Creio que ainda podemos fazer mais pela promoção, para que outras regiões comecem a ganhar esta necessidade de adaptação de rejuvenescimento das infraestruturas e dos agentes ligados ao sector.

Ao nível da legislação, considera que Portugal é competitivo face a outros países concorrentes, como Espanha ou Grécia?
Tem sido cada vez mais. Precisa de aligeirar em determinadas matérias. Mas julgo que Portugal não fica aquém de outros países.

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MotoGP em Portimão traz cerca de 87M€ para o Algarve

A realização do Moto GP no Autódromo do Algarve, em Portimão, que decorreu entre 22 e 24 de março deste ano, teve um impacto financeiro estimado entre 75 milhões e 87 milhões de euros.

Desta forma, foram superadas “as expetativas prévias” para este evento, bem como o teto de 79 milhões de euros verificado na edição do ano passado, como o Visit Algarve indica em nota de imprensa.

As receitas diretas deste evento do Moto GP superaram os 24,7 milhões de euros na hotelaria, somados entre os 21,3 milhões de euros gastos pelos espetadores e os 3,5 milhões de euros dispendidos pela organização e pelos participantes. Já o setor de alimentação e bebidas arrecadou 9,4 milhões de euros com o evento.

De acordo com as mesmas estimativas, as rent-a-car alcançaram três milhões de euros em alugueres a espetadores e aos elementos das estruturas da organização e das equipas do Moto GP, ao passo que as passagens aéreas para o Aeroporto Gago Coutinho representaram mais de dois milhões de euros.

“A realização do Moto GP no Autódromo do Algarve, a única estrutura em Portugal credenciada para as maiores provas mundiais de velocidade, traduz-se num ganho extraordinário para a visibilidade da região e para a prosperidade da sua economia fora da época alta. Os benefícios estendem-se a todo o país, não só pela receita arrecadada pelos cofres do Estado central, designadamente por via fiscal, mas também pelo acréscimo de notoriedade que traz à marca Portugal”, afirma André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, em nota de imprensa.

No mesmo documento afirma que “do mesmo modo que a Web Summit e a Jornada Mundial da Juventude transmitiram a imagem de um país seguro, acolhedor e preparado para os grandes eventos, também a edição portuguesa do Moto GP eleva o prestígio do país perante turistas e organizadores dos grandes eventos”.

A entidade Visit Algarve congratula-se por ter vindo a conseguir “captar grandes provas internacionais fora do período de época alta, como já tinha ocorrido na Volta ao Algarve em Bicicleta, potenciando assim o esbatimento da sazonalidade”. Para isso, dá como exemplo o facto de em março “nunca se ter verificado uma ocupação hoteleira tão intensa, com crescimento a dois dígitos tanto face a 2022 como a 2019”.

“A calendarização do Moto GP é também um fator de produção potencial de riqueza para a região ao colocar o Algarve no radar mundial a dois meses do início do verão no hemisfério norte, altura tradicional de férias das famílias”, conclui André Gomes, antevendo assim a captação de novos turistas para o Algarve também para o período entre junho e setembro.

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10.ª edição do “Vê Portugal” aposta nos desafios futuros das ERT e na paz para o turismo

A realizar de 3 a 5 de junho, em Torres Vedras, a 10.ª edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno, centrará os temas à volta dos desafios futuros das ERT, mas também no papel da segurança e da paz para captar turismo e desenvolver territórios. No fundo, como espelha o tema do fórum, será um evento para “gerar entendimentos”.

Victor Jorge

A 10.º edição do “Vê Portugal” – Fórum de Turismo Interno pretende debater “pontes para gerar entendimentos”. Assim, de 3 a 5 de junho, o evento da Turismo do Centro (TdC) ruma a Torres Vedras onde, segundo Jorge Sampaio, membro da Comissão Executiva da TdC, “o objetivo da 10.ª edição do evento é a mesma da 1.ª edição: discutir o turismo interno nas suas mais diversas vertentes”.

Segundo o mesmo, “não queremos discutir o presente, mas sim o futuro” e “o Centro quer estar sempre na frente da inovação quando se fala de turismo”. De resto, Jorge Sampaio não deixou de notar que “ainda falamos de pandemia, mas esta já acabou, alterando o paradigma de como o turismo é visto pela procura e pela oferta”.

O responsável na Comissão Executivo deixou, aliás, claro que “não há outra forma de inovar sem discutir o turismo, já que se trata de uma atividade responsável por cerca de 20% do nosso Produto Interno Bruto (PIB)”, admitindo mesmo que se trata das atividades que mais evoluiu e mais inovação trouxe à economia”.

No que diz respeito ao programa do “Vê Portugal” de 2024, Sílvia Ribau, chefe de Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção Turística na Turismo Centro de Portugal, frisou que o evento tem como objetivo “trabalhar mais a aproximação aos agentes profissionais”. Daí a 10.ª edição do evento da Turismo do Centro arranque com reuniões B2B, no dia 3 de junho, onde os operadores turísticos e as agências de viagens nacionais ficarão a conhecer a oferta turística da região Centro de Portugal, com especial incidência na sub-região do Oeste, e poderão assim estabelecer oportunidades de negócio para o futuro.

“Queremos contribuir para a facilitação da venda dos produtos e serviços que a região oferece”. Assim, a aposta passa por “valorizar, inovar, qualificar o produto, perspectivar caminhos para essa qualificação e determinar a procura.

Jorge Sampaio admitiu mesmo que, “durante anos, o turismo foi visto pela procura. Agora será mais pelo lado da oferta”, considerando que, por isso, “há que estruturar a oferta, qualificá-la, de forma a podermos oferecer mais por mais valor e transformar território em destinos turísticos”.

Também Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, anfitriã do evento, considera que “é importante a escolha de cidades intermédias e não só as grandes cidades para a realização deste tipo de eventos”.

“Nesta região e, mais especificamente, nesta sub-região, há facilidade em atrair pessoas residentes como não residentes”, disse Laura Rodrigues, fazendo referência aos 20 quilómetros de costa, qualificada como “Quality Coast”.

Quanto ao debate que deverá levantar algumas questões referentes ao futuro funcionamento das Entidades Regionais de Turismo, Jorge Sampaio deixou o recado: “gostava que o país tivesse juízo”, considerando que “não podemos ter o turismo, que representa 20% do nosso PIB a mudar de estratégia de quatro em quatro anos”, mostrando-se “confiante “ que o novo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado [antigo presidente da ERT do Centro de Portugal] “vai ter essa estratégia para os próximos 10 ou 15 anos”.

No final ficou a indicação de que o “Vê Portugal” de 2024 terá na paz e na segurança uma das mensagens principais, até porque, segundo Adriana Rodrigues, chefe do núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da Turismo do Centro, “o turismo é um fator para se aumentar pontes de entendimento. E a paz é fundamental para o conseguir”.

As inscrições na 10.ª edição do Fórum “Vê Portugal” são gratuitas e o programa já está disponível e pode ser consultado aqui.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira

Macau vai facilitar, a partir de sexta-feira, 19 de abril, a entrada de visitantes portugueses no território, com o alargamento da passagem automática fronteiriça a quem for titular de um passaporte de Portugal, anunciaram as autoridades.

Victor Jorge

Com o objetivo de “elevar a experiência de passagem fronteiriça dos visitantes estrangeiros” e torná-la “mais conveniente e eficiente”, a PSP vai permitir que “visitantes estrangeiros titulares de passaporte português e de passaporte de Singapura entrem ou saiam de Macau através dos canais de passagem automática”, lê-se num comunicado da corporação.

Nacionais portugueses, com idade igual ou superior a 11 anos de idade, devem efetuar o registo para poderem utilizar os canais nos postos fronteiriços, acrescenta-se na nota da PSP.

As pessoas que efetuam o registo devem ter o passaporte com pelo menos 90 dias de validade, e quem tiver menos de 17 anos deve fazer-se acompanhar pelos pais ou tutor.

Após a inclusão de portugueses e singapurianos na lista de destinatários, o Governo “continuará a alargar” a lista, para “promover ativamente a facilitação da circulação de pessoas” e “contribuir para o novo desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, referiram as autoridades.

Este ano assinala-se o quinto aniversário da Área da Grande Baía, uma das três principais estratégias do líder chinês, Xi Jinping, para a integração regional.

O projeto abrange as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e nove cidades da província de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade.

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Quinta de S. Sebastião abre portas ao Enoturismo

Localizada a apenas 20 minutos de Lisboa e com uma história secular, datada de 1755, a Quinta de S. Sebastião acaba de abrir as portas ao Enoturismo.

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A Quinta de S. Sebastião, nome conhecido no mundo dos vinhos e reconhecido em mais de 50 países, acaba de abrir as suas portas ao Enoturismo. Situada nas paisagens da Arruda dos Vinhos, a apenas 20 minutos de Lisboa, a Quinta de S. Sebastião passa a oferecer experiências no coração da região vitivinícola de Lisboa, com os visitantes a terem a oportunidade de mergulhar na tradição vitivinícola portuguesa, explorando os vinhedos pitorescos através de passeios de jipe, a pé ou a cavalo, podendo degustar uma seleção de vinhos.

Além das visitas guiadas, os visitantes poderão desfrutar de experiências personalizadas de degustação, harmonizações de vinhos e petiscos regionais, proporcionando uma imersão completa na cultura local.

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Solférias esclarece desaconselhamento de viagens para o Egito

À luz da conjuntura geopolítica do Médio Oriente, a Solférias esclareceu em nota de imprensa que apenas a Península do Sinai, na zona norte do Egito, mostra fortes condicionantes de circulação por questões de segurança, algo que garante não ocorrer nas zonas balneares.

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A Solférias esclareceu esta quarta-feira, através de comunicado enviado para as redações, que de acordo com a informação atualizada no Portal das Comunidades Portuguesas a 14 de abril as viagens para o Egito não são desaconselhadas, dependendo das regiões.

Como refere em nota de imprensa, “as recomendações relativamente ao Egito prendem-se essencialmente com a circulação na Península do Sinai, zona norte do país, em particular na zona fronteiriça com Israel e a Faixa de Gaza”.

Aponta ainda que a “península mencionada é muitíssimo distante das zonas balneares, ficando a cerca de 900 quilómetros de Hurghada, por exemplo”.

Numa nota final, a Solférias indica que as “recomendações do Governo português são já prévias ao conflito existente agora na região de Israel”.

“Não podemos deixar de relembrar que estamos, como sempre, atentos e a acompanhar o desenrolar da situação e de salientar que há, aliás, um conselho específico no Portal das Comunidades para que as viagens turísticas sejam efetuadas através de operadores turísticos credíveis”, afirma o operador turístico.

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Real Madrid World abre portas no Dubai

O parque temático inserido no Dubai Parks™ and Resorts conta com mais de 40 experiências e atrações, entre elas a primeira montanha-russa de madeira da região e a montanha-russa mais alta do mundo.

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O Real Madrid World abriu portas no Dubai a 9 de abril, naquele que é o primeiro parque temático dedicado ao clube madrileno.

Instalado no Dubai Parks™ and Resorts, o novo parque celebra o futebol e o basquetebol do Real Madrid, com mais de 40 experiências e atrações. Aqui é possível visitar os balneários dos jogadores do Real Madrid e explorar o santuário que guarda os troféus vencedores do clube, além de várias atrações e espetáculos de entretenimento.

Este parque temático inclui também a primeira montanha-russa de madeira da região, a “Hala Madrid Coaster”, que encapsula as emoções da jornada do Real Madrid com as Taças Europeias. De destacar também a Stars Flyer, que com 460 pés de altura, é considerada “a montanha-russa mais alta do mundo”, como referido em nota de imprensa.

Os adeptos podem ainda explorar uma coleção de produtos oficiais e de merchandising do clube no Real Madrid World, onde são convidados a personalizar as camisolas do clube e outros objetos colecionáveis.

Composto por três zonas principais – Avenida dos Campeões, Praça da Celebração e Avenida das Estrelas – o Real Madrid World está aberto de domingo a quinta-feira, das 12h00 às 21h00. De sexta-feira a sábado, o parque abre às 12h00 e encerra às 22h00.

As atrações do Real Madrid World

As 40 atrações do parque incluem a White Hearts, uma exposição que celebra o passado, presente e futuro do clube, bem como a Bernabéu Experience, uma “interpretação teatral que oferece aos adeptos acesso exclusivo ao balneário, ao centro do campo e a um santuário que guarda as 14 Taças Europeias de futebol e as 11 Taças Europeias de basquetebol”.

A pensar nas famílias, o parque conta com a montanha-russa familiar Wave – La Ola e com o Campo de Treino La Fábrica, constituído por um parque infantil para visitantes de todas as idades, com bolas de futebol e equipamento de treino miniatura para as crianças praticarem a modalidade.

O Real Madrid World conta ainda com a atração “Mãos ao Alto!”, uma torre que convida os hóspedes a erguer a Taça da Vitória junto com a equipa.

Créditos: Real Madrid World

O parque disponibiliza também campos de treino e programas de futebol, onde os hóspedes com idade igual ou superior a seis anos são convidados a participar numa experiência que combina aprendizagem, trabalho de equipa e diversão, começando com uma sessão de aquecimento, seguida pela aprendizagem de alguns truques básicos, terminando com a participação num pequeno jogo baseado em equipas para mostrar as suas habilidades.

Além de espaços de alimentação, como o Hala Madrid Restaurant, o Real Madrid World oferece ainda mais de 15 conjuntos diários de espetáculos.

O passe diário para visitar o Real Madrid World está disponível online ou na entrada por 295 dirhams (AED), ou seja, cerca de 75 euros.

Leia também: Turismo do Dubai aposta no crescimento do mercado português

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Antes da EuroPride em Lisboa, cidade do Porto recebe AGM da EPOA

Antes da EuroPride rumar a Lisboa, a cidade do Porto será palco da Anual General Meeting (AGM) da European Pride Organisers Association (EPOA), em novembro.

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O Porto foi escolhido, em outubro passado, para sediar a Anual General Meeting (AGM) da European Pride Organisers Association (EPOA), que ocorrerá de 1 a 3 de novembro deste ano. Este evento reúne organizadores de eventos Pride de toda a Europa e é uma plataforma essencial para o intercâmbio de conhecimentos, experiências e melhores práticas no âmbito da celebração e defesa dos direitos LGBTI+.

O evento de três dias incluirá plenárias, workshops, networking, relatórios de membros e apresentação de propostas para o EuroPride 2027 de membros em Itália, Lituânia, Espanha e Reino Unido. Os membros da EPOA votarão nestas propostas e o vencedor será anunciado durante o evento.

Recorde-se que Lisboa será a anfitriã do EuroPride no próximo ano, tendo sido selecionada na Assembleia Geral Anual de 2022. Segundo a EPOA “A Assembleia Geral Anual no Porto proporcionará uma oportunidade para os membros da EPOA aprenderem mais sobre os ambiciosos planos da capital portuguesa para o EuroPride 2025.”

As inscrições para a AGM já estão abertas e podem ser realizadas através do website do evento, com tarifas especiais disponíveis para os participantes que se inscreverem até 15 de maio. EPOA disponibiliza também a possibilidade de scholarships permitindo assim a participação a ativistas com menos possibilidade financeiras: informações sobre as bolsas de apoio aqui: https://www.epoa.eu/about-us/agm/

Para Diogo Vieira da Silva, Coordenador Geral do Porto Pride e responsável pela candidatura vitoriosa que trouxe a AGM para Portugal, destacou a importância deste evento para a região, “a realização da AGM da EPOA no Porto é uma oportunidade ímpar para que os organizadores de Prides em Portugal e outras organizações relevantes possam se aproximar da comunidade de Prides Europeus. Este encontro permitirá a troca de ideias inovadoras e a partilha das melhores práticas dos outros países, inspirando os nossos esforços locais para avançar na luta pela igualdade e inclusão.”

Este ano, a AGM pretende não só reforçar as redes existentes entre os organizadores de Prides, mas também inspirar uma nova onda de ativismo e celebração que ressoe por toda a Europa. O Porto, conhecido pela sua rica história cultural e forte apoio à diversidade, proporcionará o cenário perfeito para que líderes e ativistas possam planejar o futuro dos eventos Pride, garantindo que continuem a ser um espaço seguro e inclusivo para todos.

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Proveitos no setor do alojamento continuam em alta em fevereiro

No segundo mês de 2024, os proveitos do setor do alojamento turístico mantiveram-se na senda do crescimento, com os proveitos totais e de aposento a subirem 13% e 13,1%, respetivamente, face a igual período de 2023. Nos dois meses de 2024, os proveitos totais já ultrapassam os 500 milhões de euros.

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Em fevereiro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes e 4,3 milhões de dormidas, correspondendo a subidas de 7% e 6,4%, respetivamente, indicando, agora, o Instituto Nacional de Estatística (INE) que, feitas as contas, esta performance permitiu gerar 276,4 milhões de euros de proveitos totais (+13%; +9,1% em janeiro), e 202,1 milhões de euros de proveitos de aposento (+13,1%; +8,1% em janeiro).

No período acumulado dos dois primeiros meses de 2024 (janeiro e fevereiro), as dormidas atingiram 7,7 milhões e registaram um crescimento de 3,3% (+0,3% nos residentes e +4,9% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 11,2% nos proveitos totais e de 10,8% nos de aposento.

Neste período acumulado de janeiro a fevereiro, os proveitos totais cresceram 11,2% e os relativos a aposento aumentaram 10,8%, com os proveitos totais a atingirem 506,7 milhões de euros e os relativos a aposento a ascenderem a 367,5 milhões de euros, avança o INE.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,1% dos proveitos totais e 37,9% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,1% e 16,4%, respetivamente), do Algarve e da Madeira (15,2% e 14,4%, pela mesma ordem, em ambas).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Oeste e Vale do Tejo (+26,8% nos proveitos totais e +23,8% nos de aposento) e na Grande Lisboa (+16,0% e +14,8%, respetivamente).

Em fevereiro, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,5% e 85,4% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 12,9% e 13%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 10,7% nos proveitos totais e 11,7% nos proveitos de aposento (quotas de 9% e 11%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,5% nos proveitos totais e de 3,6% nos de aposento), os aumentos foram de 22,4% e 19,7%, respetivamente.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 37,8 euros em fevereiro, registando um aumento de 4,5% face ao mesmo mês de 2023 (+3,7% em janeiro).

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Grande Lisboa (64,9 euros) e na RA Madeira (58,5 euros), tendo os maiores crescimentos ocorrido no Oeste e Vale do Tejo (+12,0%), no Algarve (+7,1%) e na Grande Lisboa (+6,1%). O Centro foi a única região em que este indicador registou um decréscimo (-2,2%).

De acordo com a análise do INE, em fevereiro, este indicador cresceu 5,5% na hotelaria (+5% em janeiro) e 7,7% no turismo no espaço rural e de habitação (+5,4% em janeiro). No alojamento local decresceu 0,9% (-3,4% em janeiro).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 83,8 euros (+6%), abrandando o crescimento (+6,9% em janeiro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (107,8 euros), seguida pela Madeira (85,6 euros). Todas as regiões registaram crescimentos neste indicador, com os maiores aumentos a ocorrerem no Algarve (+10%), na Península de Setúbal (8,5%) e na Grande Lisboa (+6,8%).

Em fevereiro, o ADR cresceu 6,4% na hotelaria (+7,4% em janeiro), 2,6% no alojamento local (+3,1% em janeiro) e 9,4% no turismo no espaço rural e de habitação (+7,1% em janeiro).

Lisboa, Funchal e Porto em destaque
Do total de 4,3 milhões de dormidas (+6,4%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,4% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em fevereiro.

O município de Lisboa concentrou 24,3% do total de dormidas, atingindo um milhão e voltou a crescer (+8,3%, após -3,1% em janeiro), com o contributo das dormidas de não residentes (+10%), dado que as dormidas de residentes apresentaram uma variação nula. Este município concentrou 30,3% do total de dormidas de não residentes em fevereiro.

O Funchal foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (454,3 mil dormidas, peso de 10,6%), voltando a registar crescimento (+3,9%) após dois meses de quebras consecutivas (-4,5% em janeiro e -2,7% em dezembro). Para este crescimento, contribuíram as dormidas de não residentes (+6,3%), dado que as dormidas de residentes diminuíram 9,3%.

No Porto, as dormidas totalizaram 357,3 mil (8,3% do total), acelerando para um crescimento de 10,5% (+4,1% nos residentes e +12,3% nos não residentes).

Neste grupo de 10 municípios com maior número de dormidas em fevereiro, Ponta Delgada foi o que registou menos dormidas (66,9 mil dormidas, peso de 1,6%), sendo o único em que os residentes tiveram maior expressão (60,3%) do que os não residentes.

Em fevereiro, Lagoa e Ponta Delgada destacaram-se entre os 10 principais municípios, registando-se crescimentos de 15,7% e 14,5%, com um contributo mais expressivo das dormidas de não residentes (+18,4% e +23%, respetivamente).

Albufeira foi o único município em que se verificou um decréscimo nas dormidas de não residentes (-1,9%). Albufeira e Ponta Delgada destacaram-se ainda pela evolução positiva das dormidas de residentes (+9,8% e +9,5%, respetivamente), enquanto Cascais registou o maior decréscimo (-11,2%).

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Albufeira marca presença na Nauticampo

Albufeira vai estar representada na Nauticampo com o stand 2B15, localizado no Pavilhão 2 e que vai contar com uma área de 36 metros quadrados, no qual marcam presença ainda várias empresas regionais.

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A Câmara Municipal de Albufeira vai estar presente na Nauticampo – Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto Aventura, Caravanismo e Piscinas, que vai ter lugar na FIL, em Lisboa, entre 17 e 21 de abril.

Num comunicado enviado à imprensa, a autarquia indica que vai estar representada no certame com o stand 2B15, localizado no Pavilhão 2 e que vai contar com uma área de 36 metros quadrados.

A autarquia vai partilhar o stand com a Marina de Albufeira e com outras empresas marítimo-turísticas, de desportos ao ar livre, de aventura e de animação turística do concelho, entre outras áreas que se enquadrem no âmbito do certame.

“O stand do município vai ter ao dispor dos empresários algumas mesas, de forma a possibilitar a marcação de reuniões de trabalho”, indica a Câmara Municipal de Albufeira, em comunicado.

A Nauticampo é, segundo a autarquia, o “maior e mais prestigiado evento de atividades outdoor realizado em Portugal e um dos mais antigos da Europa”, recebendo, anualmente, cerca de 30 mil visitantes.

“Albufeira é um concelho com uma área costeira com cerca de 30 quilómetros, praias de grande qualidade ambiental, mas também uma zona interior e de barrocal de rara beleza paisagística, que convidam os visitantes à prática de atividades ao ar livre, o que tem contribuído para o crescimento de empresas de atividades outdoor, algumas das quais irão participar no nosso stand, e que têm contribuído significativamente para a dinamização da economia do concelho”, sublinha José Carlos Martins Rolo, autarca de Albufeira.

O presidente da Câmara Municipal de Albufeira explica que, segundo a Estratégia de Desenvolvimento, Promoção e Captação de novos Turistas de Albufeira, a diversificação do produto é uma prioridade para esta autarquia, sendo que “as praias e a oferta de atividades náuticas e de recreio e o turismo de natureza, entre outras atividades, são considerados ativos diferenciadores do destino”.

Por isso, nesta feira, o foco de Albufeira “vai incidir precisamente na diversificação e na complementaridade do produto turístico, através da apresentação das empresas do concelho especializadas neste tipo de atividades”, assim como em dois projetos específicos, um dos quais é o Art Reef, que consiste na a primeira exposição artística subaquática da costa portuguesa, da autoria de Vhils.

“Trata-se de um excelente exemplo de sustentabilidade, que ao contribuir para a criação de um novo ecossistema marinho, gerando um novo recife artificial na costa de Albufeira, visitável através da prática de mergulho qualificado, constitui um novo produto turístico”, explica a autarquia na informação divulgada.

Já o segundo projeto é a apresentação do aspirante a Geoparque Algarvensis, uma candidatura dos Municípios de Loulé, Silves e Albufeira, a património mundial da UNESCO, que, segundo o autarca de Albufeira, “irá atrair novos tipos de turista, nomeadamente o turismo científico e de natureza”.

A Nauticampo decorre na FIL, em Lisboa, entre 17 e 21 de abril, sendo que nos dias 17 a 19 de abril a feira está aberta ao pública entre as 14h00 e as 22h00, enquanto no dia 20 de abril funciona entre as 10h00 e as 22h00, enquanto no último dia o certame encerra às 20h00.

 

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Alto Côa é a 11ª Estação Náutica certificada do Centro de Portugal

A Estação Náutica do Alto Côa foi certificada durante o último encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal, que decorre esta quinta e sexta-feira, 11 e 12 de abril, em Vilamoura.

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A Estação Náutica do Alto Côa, localizada no município do Sabugal, já se encontra certificada, tornando-se na 11ª Estação Náutica da região, informou a entidade regional de turismo Centro de Portugal.

“A oficialização deste reconhecimento ocorreu durante o terceiro encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal (ENP), realizado nos dias 11 e 12 de abril, na Estação Náutica de Vilamoura, e que contou com a participação ativa da Turismo Centro de Portugal”, lê-se num comunicado enviado à imprensa.

Com a certificação da Estação Náutica do Alto Côa, o Centro de Portugal passa a contar com um total de 11 Estações Náuticas, passando a oferta turística regional a “ser ainda mais alargada”.

Além do Alto Côa, também Aveiro, Castelo do Bode, Ílhavo, Murtosa, Oeste (esta em vários núcleos), Vagos, Estarreja, Ovar, Pedrógão Grande e Penamacor contam com Estações Náuticas certificadas.

A certificação da Estação Náutica do Alto Côa foi recebida por Amadeu Neves, vereador da Câmara Municipal do Sabugal, que esteve presente no encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal.

Recorde-se que a Rede de Estações Náuticas de Portugal é dinamizada pelo Fórum Oceano, sob a coordenação e liderança de António José Correia, tendo este terceiro encontro da Rede juntado as várias estações certificadas, para dois dias de diálogo e trabalho dedicado à economia azul sustentável.

Durante o encontro, que contou ainda com a presença de Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, foi feito o balanço do caminho já percorrido, celebrando em conjunto o trabalho desenvolvido e as perspectivas futuras.

“As estações náuticas traduzem uma nova ambição para o nosso país. Portugal tem dez ativos estratégicos a nível do turismo e as estações náuticas encaixam na perfeição em cinco deles: o clima, a natureza, a água, o mar e o património histórico-cultural”, afirma Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, considerando que, para desenvolver este ativo turístico “é preciso estruturar bem o produto, fazendo crescer a rede”, “fomentando a coesão” e com “capacidade de criar rendimento e gerar negócio”.

Este encontro motivou ainda uma conferência composta por quatro painéis dedicados à “Estruturação do Produto e Internacionalização”, “Dinâmicas Regionais de Organização da Rede das ENP”, “O Desígnio da Sustentabilidade na Rede das ENP” e “As Estações Náuticas e o Desenvolvimento Local e Regional”.

Após o debate, houve ainda workshops temáticos, sobre os temas “Comunicação, marketing e digitalização”, “Capacitação”, “Gestão de risco e segurança”, “Dinâmicas regionais, sub-regionais e internacionalização” e “Futuro da rede ENP”.

Além da Estação Náutica do Alto Côa, também a Estação Náutica da Ericeira foi certificada durante o último encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal.

Com a certificação destas duas Estações Náuticas, a Rede de Estações Náuticas de Portugal passou a contar com 38 Estações Náuticas certificadas em todo o território continental, tanto na costa como no interior.

 

 

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