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Pestana sobe a fasquia para 3 mil novos quartos até 2020

Estes próximos cinco anos vão ser o “maior ciclo de crescimento” que o Grupo Pestana já teve em 43 anos de história, segundo José Roquette, administrador para a área de Desenvolvimento da maior cadeia hoteleira portuguesa.

Raquel Relvas Neto
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Pestana sobe a fasquia para 3 mil novos quartos até 2020

Estes próximos cinco anos vão ser o “maior ciclo de crescimento” que o Grupo Pestana já teve em 43 anos de história, segundo José Roquette, administrador para a área de Desenvolvimento da maior cadeia hoteleira portuguesa.

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O Pestana Hotel Group tem em ‘pipeline’, até 2020, mais de três mil novos quartos em 20 novos hotéis espalhados por vários países.

No final de 2015, José Roquette, administrador para a área de Desenvolvimento, já tinha anunciado que o grupo hoteleiro português com origem na Madeira tinha o objectivo de alcançar mais 1500 novos quartos até 2019 (ler aqui). Agora, em meados de 2016, a fasquia subiu e o Pestana Hotel Group tem nos seus planos abrir nestes próximos cinco anos mais de três mil quartos em 20 novos hotéis. Depois de ter desenvolvido 11 projectos nos últimos cinco anos, os próximos cinco são considerados “o maior ciclo de crescimento que o grupo já teve”, anunciou o responsável durante um encontro com a imprensa. Este momento e respectivos projectos vão “reforçar a diversificação” do grupo e contribuem para a “afirmação como cadeia internacional”.

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Ao todo, são 170 milhões de euros em investimento, dos quais 70 milhões em projectos em Portugal e 100 milhões em projectos internacionais, onde se destaca a Europa e a América do Norte. Dos mais de 3 mil novos quartos, 56% vão estar localizados em Portugal. “Apesar do grande crescimento do grupo no estrangeiro, em Portugal o crescimento vai ser significativo”, indicou.

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Entre os projectos que abriram este ano e os que vão abrir nos próximos anos em Portugal estão: o Pestana Bahia Palace (Açores); Pestana Ilha Dourada (Porto Santo); Pestana Dunas (Porto Santo); Pestana CR7 Funchal; Pestana Casino (Funchal); Pestana A Brasileira (Porto); Pestana Freixo (parte II – Porto); Pestana CR7 Lisboa; Pestana Amoreira/Alvor (Algarve); e Pestana Tróia.

José RoquetteNo campo internacional, destaque para as cidades europeias numa “clara afirmação” do Pestana Hotel Group na Europa. São eles: Pestana Plaza Mayor (Madrid); Pestana CR7 Madrid – Gran Via; Pestana Amesterdam (Holanda); Pestana Marraquexe (Marrocos); Pestana Montevideu (Uruguai); Pestana Barra da Tijuca (Brasil); Pestana CR7 New York (EUA); Pestana Newark (EUA).

Os novos projectos variam entre si no que ao modelo de negócio diz respeito, apesar de 61% dos novos quartos serem em regime de propriedade, há muitos outros projectos que vão funcionar em regime de arrendamento, concessão, gestão ou ‘real estate’. Uma aposta do grupo na diversificação dos modelos de negócio também para garantir a sustentabilidade do mesmo
Contudo, o Grupo Pestana não se fica por aqui. José Roquette indicou que estão “outros projectos em estudo noutros países da Europa”, com especial destaque para outras cidades do Reino Unido e da Alemanha, países onde o grupo português já está presente. “O objectivo é ter um crescimento orgânico em todos os países onde estamos”, explicou.

No que diz respeito ainda à parceria com o Cristiano Ronaldo, no desenvolvimento da marca Pestana CR7 e dos futuros quatro hotéis, um deles a abrir ainda este mês, José Roquette adiantou que esta é uma parceria “que tem uma perspectiva de futuro muito interessante”, prevendo-se assim novos projectos neste âmbito.

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“A ligação do azeite ao turismo é algo perfeitamente natural”

Tal como o vinho, o setor do azeite pretende afirmar-se como um novo produto turístico em Portugal. Para Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), o sucesso do Olivoturismo passa pelo trabalho conjunto de produtores, entidades, hotelaria, restauração e municípios. Em 2025 iniciar-se-á um projeto, com duração de 24 meses, para o desenvolvimento deste “novo” produto turístico que “tem um futuro muito promissor”.

Victor Jorge

Segundo dados da Pordata, com base nas Estatísticas da Produção Vegetal do Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal possuía, em 2023, mais de 380 mil hectares de olival. Já de vinha, para a produção de vinho, Portugal possuía, segundo a mesma fonte e no mesmo ano, pouco mais de 173 mil hectares.

O Enoturismo é considerado um dos produtos turísticos com maior potencial em Portugal e, nos muitos fóruns, destacado como valor acrescentando na oferta e diversificação do turismo em Portugal.

O Olivoturismo ou Oleoturismo – não existindo ainda uma definição quanto ao nome a utilizar – ainda não possui o mesmo estatuto, embora exista quem afirme que o potencial está cá. Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), acredita que está na hora de afirmar o azeite como um produto turístico e vê no Enoturismo um exemplo a seguir.

Portugal apresenta-se na Europa e no mundo como um dos principais produtores de azeite. Essa realidade é aproveitada a nível do turismo?
Não tem sido, mas achamos que está a começar e o CEPAAL (Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo) está a dar alguns passos importantes nesse sentido. De facto, Portugal sempre produziu azeite de grande qualidade. Nos últimos anos, houve um grande incremento na produção, o que fez de Portugal um player muito importante a nível mundial.

Quando se fala deste setor – azeite – ligado ao turismo, que perceção existe?
É uma ligação muito primitiva, nova, que está a nascer. Achamos que temos alguma responsabilidade e tenho a certeza que começa a verificar-se alguma cadência.

Ao nível da produção, que lugar ocupa Portugal no ranking mundial?
Quinto, sexto, sétimo. As produções vão variando. Há países com anos piores e nós subimos, há anos em que não corre tão bem em Portugal e somos ultrapassados, mas ocupamos sempres esses lugares. Contudo, com tendência de crescimento, ao contrário de outros países.

Portugal é o país que está a crescer mais em termos mundiais e a qualidade, embora sempre com azeites muitos bons, está cada vez melhor, uma vez que as práticas nos lagares se têm modernizado.

Mas voltando à pergunta inicial, de facto, ainda não ligámos muito esse sucesso do setor, em termos agrícolas ao turismo. Achamos que é importante, porque a ligação do azeite ao turismo é algo perfeitamente natural.

Um produto nacional
Esta entrevista é feita no Alentejo, mas poderia ser feita noutra região com produção de azeite. Fazendo uma comparação, quantitativa e qualitativa, com o universo do vinho, este é um exemplo que deve ser seguido pelo azeite?
É, não há dúvida. Aprendemos muito com o vinho e até temos uma vantagem, uma vez que se trata de um setor que está muito mais adiantado que o nosso. Por isso, o setor do azeite só tem de aprender com os erros que o vinho cometeu e não cometer os mesmos.

Mas há um aspeto em que tem razão, o percurso é muito idêntico e as regiões onde se produz vinho de excelente qualidade são as mesmas onde se produz azeite da mesma excelência. Falo de Trás-os-Montes, das Beiras, do Ribatejo, do Alentejo e até mesmo do Algarve.

Mas existe, de facto, essa ligação à terra, ao património, às tradições, ao modo de fazer o vinho, aos novos lagares, aos lagares antigos. É um mundo que temos de mostrar e valorizar.

 

Qualquer lagar novo é feito para ser mostrado, têm a intervenção de arquitectos famosos ou menos famosos, mas já são mais do que simples lagares

 

Mas para começar a ter essa preocupação a nível de promoção interna e externa, há que partir de uma base. Para começar é Oleoturismo ou Olivoturismo?
Essa é uma boa pergunta, porque é uma dúvida que existe no próprio setor. Diria que nós, o setor, ainda não fixámos qual é a denominação. Aqueles mais ligados ao azeite, à produção de azeite, gostam mais da expressão Oleoturismo, até porque é a expressão utilizada por outros países como Grécia, Itália ou Espanha que têm este produto turístico muito desenvolvido.

A tendência é para que, de facto, se utilize a mesma denominação em Portugal, embora reconheça que existe também a expressão Olivoturismo que parece ter mais a ver com o olival. Mas seja com Oleoturismo ou Olivoturismo, o que pretendemos fazer é mostrar tudo o que está relacionado com o azeite, desde o olival, aos lagares, às garrafas, à produção, à colheita, à prova, à história.

Mas convém existir uma padronização do termo?
Claro que sim. Dir-lhe-ia que as minhas dúvidas são o sinal de que estamos, de facto, no princípio de todo este processo. É evidente que já há muitos produtores de azeite em Portugal, no Alentejo, em Trás-os-Montes, que já fazem Oleoturismo ou Olivoturismo, que recebem turistas, que fazem provas de azeite, com visitas aos lagares e olivais.

O que queremos é uma multiplicação desse tipo de iniciativas e, no fundo, a criação de um verdadeiro produto turístico que passe a ombrear com o Enoturismo, setor que está ao nosso lado e do qual gostamos de copiar os bons exemplos.

O CEPAAL nasceu em 1999 e tem como objetivo valorizar e promover o azeite do Alentejo dentro e fora de Portugal. Essa promoção passa somente pela produção ou também tem formas e ferramentas de promover esta atividade a nível turístico?
Diria que até agora a promoção tem sido feita sobretudo em função da produção, do que é o nosso azeite do Alentejo, do que são as nossas marcas. Temos levado e mostrado, em projetos em que dinamizamos o azeite do Alentejo, as nossas marcas lá fora.

Passa, fundamentalmente, por mostrar que existe azeite em Portugal, que existe azeite no Alentejo e que temos estas marcas. Nestes últimos 25 anos, o trabalho tem tido esse foco. Achamos que estamos agora numa nova fase. Vamos iniciar um projeto no sentido de ajudar a criação deste produto turístico que é o Olivoturismo. E aí não é a promoção da marca X ou Y, é a promoção do produto turístico Olivoturismo no Alentejo.

Existe, portanto, uma colaboração ou cooperação com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo (ERT Alentejo)?
Completa. Nesta fase ou neste projeto, é muito com a ERT do Alentejo, numa segunda fase, tenho a certeza absoluta que será também com a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA).

 

O produto turístico tem de ser lançado pelo próprio setor e por variadíssimas razões até hoje ainda não se conseguiu fazê-lo

 

E como é que a ERT Alentejo vê o potencial deste produto para atrair cada vez mais o turismo interno e externo?
O presidente da ERT, José Santos, dizia há algum tempo que é necessário criar novos produtos turísticos. Este é ou pode ser um desses novos produtos turísticos? Sem dúvida. Aliás, quem sou para desdizer o José Santos, pessoa muita amiga do CEPAAL, e com quem falamos há muitos anos sobre a questão do Olivoturismo e com quem já estive em várias conferências a falar sobre este assunto.

O produto turístico tem de ser lançado pelo próprio setor e por variadíssimas razões, até hoje, ainda não se conseguiu fazer. Achamos que este é o momento e a ERT Alentejo está completamente ao nosso lado.

Mas que projeto é e quando tem início?
Pela natureza do projeto, o programa implica só um beneficiário. Portanto, terá de ser o CEPAAL, embora tenhamos a ERT do nosso lado, mas, de facto, necessitamos de algum apoio financeiro para construir este produto turístico. É um projeto que vai ter início em 2025 e terá a duração de 24 meses.

Mas consiste no quê?
A base é a criação do produto, mas para essa criação temos várias iniciativas que passam não só por um evento público para lançar o produto, mas pelo desenvolvimento de uma aplicação que o CEPAAL já tem noutro projeto e que vamos utilizar para telemóveis onde teremos uma rota, através da qual vamos dar a possibilidade aos turistas nacionais ou estrangeiros de criarem a sua própria rota.

Acreditamos que essa aplicação será muito utilizada pelos turistas na procura de locais a visitar, na integração dos produtores, da hotelaria, dos restaurantes, das câmaras, envolvendo o património, que é muito importante.

Mas há uma marca?
Não posso desvendar muito, mas há essa ideia de fazermos uma marca, de termos uma marca registada no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), haver uma marca Rota dos Azeites do Alentejo, por exemplo.

Para isso, têm de estar agregados não só os produtores de azeite, representados por nós, mas eles próprios, o turismo, e depois a própria hotelaria e os restaurantes, as câmaras.

O interesse na e da Rota não passa somente pela visita aos olivais.

E a integração de agentes e operadores está também equacionada?
Obviamente, são eles que vendem o produto turístico. Por isso, serão essenciais.

Ligação gastronómica essencial
E a ligação deste produto à gastronomia?
Essa preocupação tem vindo a ser executada pelo CEPAAL ao longo dos anos. Temos muitas ligações, tivemos vários exemplos com ligações a vários chefs nacionais e estrangeiros. Convidámos há tempos um chef francês – Antoine Westermann -, um chef com três estrelas Michelin, com restaurantes em Paris e em Nova Iorque, que esteve quatro ou cinco dias no Alentejo, levámo-lo a lagares e olivais, ele adorou, mas uma das coisas que mais o impressionou foi, de facto, a comida regional que o deixou completamente siderado com o que comeu com base no azeite.

Voltando à sua pergunta, essa ligação aos chefs, à cozinha, à gastronomia, é fundamental. Estamos a falar de um produto integrado que terá o azeite como chapéu. Estamos a organizar esse produto, de forma que não seja uma coisa feita aqui e acolá, sem qualquer conexão. O objetivo é que exista uma rota, um mapa, que as pessoas saibam exatamente o que podem e onde podem encontrar. Tanto faz que seja em Borba, no Redondo, na Vidigueira, em Aljustrel, Beja ou Serpa. O importante é que o turista saiba que existe, o que existe e onde existe.

E qual tem sido a resposta dos agentes económicos?
A resposta tem sido magnífica e ainda estamos muito no começo.

Não houve nenhuma objeção?
Nenhuma. Sobretudo os produtores, e esses são os primeiros que temos de agarrar, estão perfeitamente alinhados. Numa segunda fase, teremos os hotéis e os restaurantes. Mas primeiro temos de agarrar os produtores, até porque esses são os principais interessados, grandes, médios e pequenos e o entusiasmo é muito grande.

Atualmente, qualquer lagar novo que é feito, sobretudo, no Alentejo, no Baixo Alentejo onde esta questão se tem vindo a desenvolver mais, para ser mostrado, tem a intervenção de arquitectos famosos ou menos famosos, mas já são mais do que simples lagares.

E há essa preocupação de informar os produtores que, para este produto ter sucesso, é preciso, de facto, investir numa boa sala de provas, num circuito, em comunicação, em marketing?
Sim, há bocado perguntou e eu não dei a resposta completa. Uma das ações que vamos ter neste projeto é a elaboração de um caderno de especificações. Ou seja, não é qualquer pessoa, só por levantar o dedo, que diz “eu quero pertencer à Rota dos Azeites do Alentejo” que poderá entrar. Obviamente tem de cumprir condições mínimas.

Ainda não as definimos, mas parece óbvio que um lagar que esteja dentro da Rota tem de ter condições para receber as pessoas, os visitantes, os turistas.

Uma sala grande ou uma sala pequena não é isso que interessa, mas tem de ter condições para a prova do azeite, visualizarem o modo de produção do azeite, os depósitos, etc.. Isso é tudo importante.

Outra questão que queremos ver implementada são as Cartas de Azeite. Se existem Cartas de Vinho, porque não haver Cartas de Azeite? Já fizemos essa experiência, não passou disso mesmo, mas vamos repeti-la, porque o que interessa é que isto seja feito de uma forma consistente por toda a gente e a Carta de Azeites tornar-se algo normal.

Queremos aprender com os erros que alguns setores cometeram e não repeti-los.

No caso dos restaurantes, eles já possuem um menu, muitas vezes com os vinhos incluídos. Por isso, não custa nada acrescentar mais uma página e colocar uma secção com quatro, cinco ou seis azeites.

 

Olhando para um produto turístico que possa ser copiado, o Enoturismo é, claramente, um deles. O setor do azeite só tem de aprender com os erros que o vinho cometeu e não cometer os mesmos

 

Mas este projeto é regional?
É um projeto regional com ambição nacional. Para já, é um projeto regional, porque a linha de financiamento é do Programa Operacional Regional (POR) Alentejo, do Alentejo 2030. Agora, a ambição, obviamente, que é nacional.

E há conversas com outras regiões nesse sentido?
Sim, nomeadamente com os nossos amigos de Trás-os-Montes, mas também outras regiões.

O objetivo é que o Alentejo possa dar um pontapé de saída. Naturalmente que a Rota do Alentejo é do Alentejo, mas não pretendemos reservar o Olivoturismo para o Alentejo. Pelo contrário, o objetivo é trabalhar a nível nacional, só assim é que se entende. É assim que é feito em Itália, que depois tem a Toscânia e outras regiões. É feito em Espanha e há a Estremadura, a Andaluzia e outras regiões.

Uma questão de promoção
Mas há alguma entidade a promover o azeite a nível nacional onde a promoção do Olivoturismo poderá ser englobada? Por exemplo, a Casa do Azeite?
A Casa do Azeite é uma entidade que representa os produtores embaladores de azeite, também faz promoção de azeite e tem âmbito nacional, mas não tem este tipo de pormenor. Há uma entidade constituída, mas ainda não conseguiu exercer a sua função por variadíssimos obstáculos, a Associação Interprofissional da Fileira Olivícola (AIFO), que poderia servir para alavancar este tipo de promoção.

Só para enquadrar, Espanha tem uma entidade deste tipo, e que alavanca muito dinheiro para a promoção dos azeites espanhóis a nível internacional. Portanto, os espanhóis estão em Nova Iorque, no Japão, na Ásia, à custa do dinheiro que essa interprofissional capta da produção, cobra 6 euros por tonelada de azeite produzido e 6 euros por tonelada de azeite comercializado a todos os produtores e comercializadores em Espanha, e com base nesse dinheiro, que é muito, consegue ir a programas da União Europeia, e conseguem multiplicar os 3 ou 4 milhões que têm por mais três.

Nós não temos a nossa AIFO a funcionar e é uma pena porque poderíamos, à nossa escala, se calhar conseguir 3 ou 4 milhões de euros anualmente para fazer só promoção.

Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL) – Foto: Frame It

Isso é possível a curto prazo?
É algo que já dura há 10 anos. Vejo algumas pessoas muito ligadas a essa organização a perder algum ânimo. Há um pormenor jurídico ou formal com os governos, não é com este nem com o anterior, é com os governos, e a coisa ainda não resultou. Pessoalmente, acho que é muito importante.

É uma questão de pressão?
Sim, é uma questão de pressão, é uma questão de convencer quem decide. Eu próprio já falei com o atual ministro, já tivemos essa oportunidade, é uma questão de pressão e é uma questão muito pequenina.

É impossível não fazer a associação ou comparação entre o vinho e o azeite, ou entre o Enoturismo e o Olivoturismo. Até porque alguns produtores de vinho também têm azeite. A ajuda diria que é essa. Nós no CEPAAL, e também podemos falar fora do CEPAAL, temos imensos associados que são simultaneamente produtores de vinho e produtores de azeite.

Por exemplo, temos associados como o Esporão ou a Fundação Eugénio de Almeida que são dois produtores de vinho e de azeite e promovem os dois produtos e os dois turismos. Mas sim, essa associação é muito importante, porque nos dá uma base.

Olhando para um produto turístico que possa ser copiado, o Enoturismo é, claramente, um deles. Agora é afinar o que há a afinar, não cometer alguns erros que foram cometidos e mostrar este novo produto turístico de qualidade e diferenciador ao mundo.

 

Se existem Cartas de Vinho, porque não haver Cartas de Azeite?

 

Olhando para este produto turístico e para os mercados internacionais que Portugal capta no turismo, quais é que veria com interesse pelo Olivoturismo?
Digo-lhe já um: o americano. É um mercado com grande poder de compra, com uma grande apetência para o azeite, para o consumo e para o turismo. É o país que está a crescer mais em consumo, os americanos visitam muito o Alentejo, é um mercado muito interessante para as unidades hoteleiras, para os operadores turísticos e, portanto, achamos que facilmente “agarramos” o mercado americano para o Olivoturismo.

Tal como no vinho poderia verificar-se uma linha crescente entre a visita dos turistas e a exportação do produto? Ou seja, quanto mais “Olivoturistas”, mais a possibilidade de os produtores também exportarem os seus azeites?
É uma operação win-win, ganham todos. Ganham os produtores, porque conseguem mostrar mais a sua marca e vender mais, e ganham com certeza todas as entidades que andam à volta do turismo no Alentejo e a nível nacional. E, claro, o turista que tem à sua disposição um produto diferenciador.

O americano tem, de facto, um maior poder de compra, fica cá mais tempo, já tem uma experiência no Alentejo, já conhece o vinho. Outro mercado muito interessante é o brasileiro, também com um bom poder de compra, alguns já estão estabelecidos em Portugal, e gostam muito de provar o azeite e o vinho.

Nos EUA competimos com todos. Já no Brasil, onde Portugal era dominador, estamos a perder, porque os espanhóis com a tal AIFO espanhola está a fazer campanhas maciças no mercado brasileiro e está a virar o mercado.

Seria muito importante Portugal conseguir manter a sua quota no Brasil e, por aí, também alavancar o Olivoturismo.

Nesta comparação internacional, qual é o mercado/país mais avançado neste produto turístico do Olivoturismo?
Os italianos e os gregos. São os dois mercados que, eventualmente, o fazem há mais tempo. Os espanhóis também, mas começaram há pouco tempo. Os italianos têm “pinta” para estas coisas, tem o labeling das garrafas muito bem desenvolvido, o turismo da Toscânia, aquela paisagem magnífica, e, depois, têm uma grande apetência para o marketing.

Portugal ainda não conseguiu fazer esse marketing gastronómico?
Não, não conseguiu. Pelo menos em comparação com França, Itália ou Espanha.

Não é fácil, mas isso não quer dizer que Portugal não tenha a possibilidade de valorizar os nossos vinhos e os nossos azeites e, por aí, o Enoturismo e Olivoturismo no exterior.

E Portugal aí pode ter um fator extra, porque como é menos conhecido, toda a gente anda à procura de algo novo. Aliado à segurança que o nosso país oferece, temos, de facto, de aproveitar todas essas vantagens para mostrar o que de novo e bom temos.

 

Achamos que facilmente “agarramos” o mercado americano para o Olivoturismo

 

Mas em termos de promoção, há abordagens ao Turismo de Portugal, à Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), a uma Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) para a promoção deste produto turístico?
Ainda não chegámos lá. A parte mais institucional é a relação muito próxima com a ERT do Alentejo. Achamos que é por aí que devemos começar. Numa segunda fase, obviamente, temos de ter a ARPTA, virada para o exterior, e já falámos com o presidente da ERT do Alentejo na relação com o Turismo de Portugal. É tudo por fases.

Há um ranking que destaca os melhores destinos turísticos para o turismo do azeite e aparecem Espanha, Itália, Grécia, Turquia, Albânia, Marrocos, Argentina, e Portugal em 8.º lugar.
Obviamente, quem fez esse estudo olhou para Portugal e verificou que ao nível do Olivoturismo não se passa nada ou passa-se muito pouco. Por isso, só temos um caminho, crescer e melhorar o nosso ranking.

Quanto se produz de azeite em Portugal?
A produção em Portugal muda, como todos mudam, dependendo das campanhas, das alterações climáticas, da safra. Portugal tem vindo nos últimos anos, tendencialmente, a crescer, porque há novos olivais, novos olivais mais produtivos. A produção recorde que temos é de 2021-2022 com 200 mil toneladas de azeite.

Nos últimos dois anos, baixou para 125 mil toneladas e em 2023-2024 subiu para 170 mil toneladas. Na campanha de 2024-2025 poderemos ficar novamente perto das 200 mil toneladas.

E o Olivoturismo é um produto turístico sazonal?
Não. Temos, de facto, construir bem o produto, já que existe uma época especial, de maior interesse, que é a altura da colheita, de levar a azeitona para o lagar e fazer o azeite. Estamos a falar nos três últimos meses do ano. Portanto, outubro, novembro e dezembro. Mais janeiro, eventualmente.

Agora, em todo o resto do ano, não quer dizer que o Olivoturismo pare, porque as árvores estão a “dormir” até fevereiro-março, depois começam a renascer, mas há património para mostrar, há operações no campo para mostrar, e há sempre azeite para provar.

Isso pode ser um fator diferenciador para um produto turístico?
Claro, porque não é fazer a mesma coisa durante todo o ano. E mesmo depois, a partir de janeiro, embora os lagares comecem a fechar, em termos industriais, em termos de operação, não quer dizer que não possam ser visitados.

Claro que um turista não pode perder um dia num lagar, até seria maçador, mas se tiver uma prova de azeite, a visita a um lagar, a seguir vai para uma prova de vinho e, depois, vai almoçar a um restaurante espetacular onde tem novamente o vinho e o azeite, é uma experiência fenomenal.

E se juntar a isso tudo uma oferta hoteleira de qualidade e a hospitalidade portuguesa, é uma fórmula de sucesso.

Como é que vê este produto turístico no futuro?
Só podemos olhar para este produto com otimismo. Às vezes perguntamo-nos como é que o setor, de facto, ainda não pegou neste produto, neste produto turístico há mais tempo. Claro que há pessoas e empresas a desenvolverem atividade com este produto, mas temos de fazê-lo de forma mais organizada.

Por isso, pelo que sentimos do turismo a crescer em Portugal, das ofertas que o turista tem no nosso país e, no pós-pandemia, ver que o turista cada vez vem mais ao interior, só podemos pensar que o Olivoturismo tem um futuro muito promissor.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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A segunda edição do Publituris no mês de janeiro dá destaque ao Turismo Interior. Além disso, trazemos-lhe as novidades da Portugal Green Travel, a afirmação do Cante Alentejano como um “grande embaixador” da região, as 10 tendência do turismo para 2025 e uma viagem até Rio Grande do Sul.

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O turismo tem sido um dos setores mais dinâmicos e resilientes da economia portuguesa, contribuindo significativamente para o PIB nacional, criação de emprego e promoção da identidade cultural do país. Se mundialmente Portugal é (re)conhecido pelas suas principais cidades e pelas paisagens costeiras, as regiões do interior do país também abundam em riqueza natural, cultural e gastronomia e história e apresentam-se com um potencial turístico de grande e crescente relevância. Contudo, a oferta é escassa e pouco estruturada, existindo ainda o problema das pessoas ou falta delas.

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Cuba é o Destino Internacional Convidado da BTL 2025

Este anúncio, que dá Cuba o estatuto de Destino Internacional da Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, reflete “o compromisso contínuo da BTL em oferecer uma plataforma privilegiada de promoção de destinos turísticos do mundo, destacando a sua natureza, a cultura e o património”, destaca a organização do evento, que decorrerá de 12 a 16 de março.

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A BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market prepara-se para celebrar a sua 35.ª edição, que decorrerá de 12 a 16 de março, com Cuba como Destino Internacional Convidado. Este anúncio, de acordo com a organização da Feira, reflete o compromisso contínuo da BTL em oferecer uma plataforma privilegiada de promoção de destinos turísticos do mundo, destacando a sua natureza, a cultura e o património.

A este propósito, Dália Palma, coordenadora da Feira sublinha que Cuba “é um país que simboliza autenticidade, paixão e uma enorme diversidade cultural, elementos que queremos destacar nesta edição especial”, realçando que “esta escolha reflete também a missão da BTL de promover destinos, proporcionando um olhar mais próximo sobre as suas tradições e potencial turístico e criar oportunidades de negócio”.

A participação de Cuba como Destino Internacional Convidado irá incluir uma presença reforçada com apresentações culturais e gastronómicas, bem como iniciativas especiais para promover o destino junto de agentes e dos visitantes em geral.

Assim, Niurka Perez Denis, Conselheira de Turismo de Cuba para Espanha e Portugal entende que “é uma oportunidade única para mostrar a riqueza da natureza, cultura e do património deste destino, que se mantém na preferência dos portugueses”.

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Hotelaria

Nova edição Publituris Hotelaria revela aberturas e remodelações de hotéis até 2027

Para os próximos três anos, de 2025 a 2027, a Publituris Hotelaria conseguiu apurar 166 aberturas de empreendimentos hoteleiros para Portugal. Nesta edição, fique a conhecer ao detalhe o número de quartos, datas de aberturas previstas e respetiva classificação destas futuras unidades, a par dos hotéis com remodelações previstas até 2027. Não perca ainda as perspectivas do setor para 2025, bem como a entrevista a Nicolas Cousin, Managing Director Espanha & Portugal da Christie & Co. sobre o mercado da hotelaria em Portugal.

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Na primeira edição de 2025 da Publituris Hotelaria, pode ficar a conhecer as próximas aberturas no parque hoteleiro português.

De 2025 a 2027 estão previstos 166 novos empreendimentos hoteleiros em Portugal, num total de 16.878 unidades de alojamento – entre quartos, villas, residências e apartamentos turísticos.

No entanto, tendo em conta a totalidade de dados recolhidos pela Publituris Hotelaria para os próximos anos, incluindo empreendimentos com abertura prevista para 2028, 2029 e ainda sem data definida, os dados apontam para 191 aberturas, num total de 18.619 unidades de alojamento.

Os valores resultam do cruzamento de dados de duas consultoras imobiliárias a operar em Portugal, bem como dos dados recolhidos junto dos principais grupos hoteleiros com presença em território nacional.

O maior número de empreendimentos para os próximos anos concentra-se na região Porto e Norte, segundo os dados apurados, seguida pela Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve. Já no que diz respeito à classificação destes futuros empreendimentos, as quatro estrelas dominam o pipeline para os próximos anos.

No campo das remodelações, destaque para as remodelações totais, em alguns dos casos com o intuito de transformar edifícios já existentes em hotéis com novas marcas hoteleiras.

Ainda neste tema, a Publituris Hotelaria quis saber junto de uma das consultoras hoteleiras de maior renome internacional o que leva os grupos internacionais a investir em Portugal. Para Nicolas Cousin, Managing Director Espanha & Portugal da Christie & Co, “os grupos hoteleiros internacionais estão sempre à procura de se expandir em mercados atrativos e Portugal é definitivamente um deles”.

No capítulo Management, fique a conhecer as perspectivas do setor para 2025, nomeadamente da Associação de Directores de Hotéis de Portugal (ADHP); da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT); da Amazing Evolution; da Bensaude Turismo; da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP); da Savoy Signature; da United Hotels of Portugal (UHP); do Vila Galé e da Unlock Boutique Hotels (UBH).

Mas há mais para ler nesta primeira edição da Publituris Hotelaria de 2025.

Na secção de fornecedores, Marina Calheiros, gestora coordenadora da Lisbon Food Affair, conta como pretendem dar destaque à produção nacional no certame que regressa à Feira Internacional de Lisboa de 10 a 12 de fevereiro para a sua 3ª edição.

A fechar, Rafaela Ferreira é a protagonista da rubrica “Palavra de Chef” deste mês. Depois de assumir a função de número dois no Feitoria, o restaurante de fine dining do Altis Belém Hotel & Spa, Rafaela Ferreira dirige agora a operação do restaurante Exuberante, inserido no Altis Porto Hotel – o primeiro e mais recente hotel do grupo na Invicta. O seu percurso, mas também a sua visão do mundo da cozinha, ganham destaque nesta entrevista, onde a profissional assegura que “antes de qualquer prémio ou reconhecimento”, o feedback positivo dos clientes é o mais importante.

As opiniões desta edição são assinadas por Karina Simões (JLL), Pedro Simões (Savills), Silvia Dragomir (Worx) e Duarte Morais Santos (CBRE). Já os Indicadores cabem à Guestcentric, com o PULSE Report.

Leia a edição completa aqui.

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Destinos

Espanha atinge 94 milhões de turistas internacionais, em 2024, diz ministro do Turismo espanhol

O ministro da Indústria e Turismo de Espanha, Jordi Hereu, apresentou uma previsão para os números do turismo para o ano 2024: 94 milhões de turistas internacionais e receitas de 126 mil milhões de euros.

Victor Jorge

O ministro da Indústria e do Turismo, Jordi Hereu, avançou esta quarta-feira, 15 de janeiro, com a projeção dos números relativos às chegadas e despesas de turistas internacionais, admitindo que 2024 será “o melhor ano para o turismo em Espanha desde que há registos”. Hereu também antecipou o crescimento do turismo nos primeiros quatro meses de 2025 e resumiu o desempenho do mercado de trabalho no sector do turismo no ano passado.

Em conferência de imprensa, realizada hoje no Ministério da Indústria e Turismo, Hereu explicou que, de acordo com os cálculos de de fim de ano elaborado pela Turespaña, as receitas nos destinos, em 2024, crescerão cerca de 16% em relação a 2023, para 126 mil milhões de euros, e os visitantes internacionais atingirão 94 milhões, mais 10% do que no ano anterior.

Estes números confirmam que a Espanha está, mais uma vez, a enfrentar um ano recorde e ratificam – na opinião do ministro Hereu – que o país “está a caminhar para um modelo de turismo de maior qualidade e mais diversificado, tanto em termos de sazonalidade, como de produtos e destinos, em linha com as políticas públicas promovidas pelo Governo nos últimos anos”.

Na sua intervenção, Jordi Hereu referiu-se a algumas tendências que exemplificam a transformação do modelo turístico. No que diz respeito à dessazonalização, e comparando o fluxo de chegadas em 2019, o último ano antes da pandemia, com o que aconteceu em 2024, “pode ver-se que os meses do que chamamos a época baixa e média têm maiores aumentos de viajantes do que a média e os meses da época alta. Por outras palavras, Espanha continua a crescer em termos de viajantes na época alta, mas a um ritmo mais baixo do que nos outros meses do ano”.

Em termos de diversificação e experiências, observam-se mudanças significativas em 2024 em termos das motivações de viagem dos turistas internacionais. Em comparação com o ano de referência 2019, neste último ano Espanha regista mais 32% de turistas que dizem que visitaram o país por motivos culturais e mais 28% por motivos gastronómicos, acima da média de todas as motivações incluídas no inquérito da EGATUR.

Quanto ao número de visitantes por região, é de notar que, de janeiro a novembro de 2024, a taxa de variação dos turistas e das receitas nas regiões da chamada “Espanha Verde” e interior cresceram, em termos relativos, em comparação com 2023, acima da média de Espanha e das seis principais regiões. Por exemplo, o número de turistas nas comunidades principais cresceu 10,5% e as receitas 16,5% nesse período de 2024, enquanto o das comunidades associadas à “Espanha Verde” e interior cresceu 12,9% em termos de turistas e 18,9% em termos de despesas.

Como última tendência relevante, e tendo em conta os principais mercados emissores de turistas para o país, observa-se que, em 2024, os mercados de alto valor (como os EUA, a América Latina e a Ásia) “cresceram significativamente mais do que o mercado europeu”, revelou o ministro.

1.º quadrimestre promete
Relativamente ao desempenho do turismo durante os primeiros quatro meses de 2025, Jordi Hereu estimou que Espanha “poderá atingir 36 mil milhões de euros em gastos turísticos, mais 16% do que no mesmo período de 2024, e um número de visitantes próximo dos 26 milhões de turistas, mais 9% do que no mesmo período do ano anterior”.

Quanto ao emprego no setor do turismo, Hereu salientou que “aumentou no último mês do ano passado 3,8% em relação ao mesmo mês de 2023, atingindo 2,6 milhões de trabalhadores”. Hereu sublinhou que 2024 termina, tal como 2023, com “o maior número de trabalhadores” da série histórica e, além disso, com uma queda do emprego temporário e uma melhoria do emprego assalariado, que cresceu 4,4% em termos homólogos em dezembro. “Em suma, 2024 trouxe, em termos de emprego turístico, uma melhoria não só em quantidade, mas também em qualidade”, admitiu.

Apesar dos números históricos de 2024 e das boas perspectivas para o ano que acaba de começar, o ministro afirmou que “todos os intervenientes no setor do turismo devem estar conscientes de que ainda há muito a fazer e de que não devemos ser complacentes”.

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Análise

Portugueses gastam mais de mil euros por viagem, revela a CamperDays

Um estudo da CamperDays, um dos principais operadores turísticos de autocaravanas da Europa, revela que os portugueses reservam as férias, em média, com 16 semanas de antecedência e gastam mais de mil euros por viagem. Por outro lado, indica que a maior parte dos viajantes portugueses está na faixa dos 35-44 anos, enquanto os destinos favoritos incluem o próprio país, Espanha e Austrália.

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Após um ano da entrada da CamperDays no mercado português, o considerado booking.com dos alugueres de identificou que a maior parte dos utilizadores portugueses (36%) está na faixa dos 35-44 anos, seguidos por viajantes nas faixas de 55-64 anos (27%) e 65+ (18%).

Um estudo da empresa, que destaca as preferências e tendências dos viajantes portugueses indica que mostram-se organizados e atentos ao planeamento das suas viagens, reservando em média com 16 semanas de antecedência. As viagens em grupo são populares com uma média de três elementos por viagem, com duração de 9 dias e um gasto médio de 1.100 euros.

A análise dá ainda conta que os destinos favoritos dos portugueses incluem o próprio país, Espanha e Austrália, refletindo o desejo por explorar desde escapadelas próximas e culturais até aventuras exóticas em paisagens distantes.

No que se refere às tendências de viagem, o estudo realça que cerca de 80% dos contactos com o serviço ao cliente ocorrem na fase de pré-reserva, evidenciando o interesse dos portugueses em esclarecer dúvidas e obter recomendações antes de confirmar as suas escolhas. Além disso, as famílias preferem viajar durante a época alta, aproveitando férias escolares e climas favoráveis e os viajantes sem filhos optam por períodos de época baixa, procurando mais tranquilidade e destinos menos concorridos.

Refira-se que a CamperDays continua a oferecer um serviço intuitivo, ajudando os utilizadores a encontrar, comparar e reservar autocaravanas de forma rápida e eficiente. Com mais de 3,6 milhões de visitas em 2024, a CamperDays opera, atualmente, em 32 países, oferecendo acesso a mais de 700 estações de recolha e uma rede de mais de 150 parceiros. Em Portugal, a plataforma aponta que tem observado um crescente interesse pelo caravanismo, refletindo a procura por viagens mais flexíveis e personalizadas.

Neste sentido, e com a crescente popularidade do caravanismo em Portugal, em 2025, a CamperDays planeia continuar a investir no mercado português, fortalecendo a sua rede de parceiros e proporcionando ainda mais benefícios aos seus utilizadores. Com uma procura crescente por viagens em contacto com a natureza e experiências personalizadas, a plataforma promete atender às expectativas dos aventureiros experientes e iniciantes no mundo do caravanismo.

A empresa dá acesso a mais de 35 mil veículos disponíveis para aluguer em todo o mundo, incluindo o Reino Unido, Europa, Austrália, EUA, Canadá e África do Sul. A plataforma permite que os clientes escolham entre uma seleção de fornecedores de confiança em todo o mundo através de um processo de reserva simples em três passos, com alugueres disponíveis a partir de apenas 80 euros por dia.

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Destinos

Proveitos totais do alojamento turístico somam quase 6,4 mil milhões de euros até novembro

Segundo informa o Instituto Nacional de Estatística (INE), a evolução das dormidas de residentes acelerou o crescimento dos proveitos em novembro. No acumulado, até novembro, os proveitos totais estão 11% acima de período homólogo de 2023.

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Em novembro de 20241, o setor do alojamento turístico registou 2,2 milhões de hóspedes (+14%)3 e 5 milhões de dormidas (+9,8%), gerando 385,9 milhões de euros de proveitos totais e 285,3 milhões de euros de proveitos de aposento (+16,7% em ambos), depois de terem crescido 10% e 10,9%, em outubro, pela mesma ordem.

No acumulado de janeiro a novembro, as dormidas registaram um crescimento de 4,1%, atingindo 76,1 milhões, dando origem a aumentos de 11% nos proveitos totais e nos de aposentos, totalizando quase 6,4 mil milhões de euros e 4,9 mil milhões de euros, respetivamente. Segundo o INE, “este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 4,8%, tendo as de residentes registado um crescimento inferior (+2,5%)”.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (39,4% dos proveitos totais e 42,1% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,8% e 16,9%, respetivamente) e da Madeira (14,3% e 13,6%, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+31,4% nos proveitos totais e +31,9% nos de aposento) e na Madeira (+26,3% e +28,8%, respetivamente).

O INE refere que “o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de novembro”. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 88% e 86,3% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 17%.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 12,3% nos proveitos totais e 12,7% nos proveitos de aposento (quotas de 8,7% e 10,5%, respetivamente).

Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,3% e 3,2%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 23,2% e 25%, respetivamente.

RevPAR e ADR em alta em todas as regiões
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 48 euros em novembro, registando um aumento de 11,3% (+7,9% em outubro).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (95,1 euros), seguindo-se a Madeira (72,0 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na Península de Setúbal (+26,9%), no Centro (+23,8%) e na Madeira (+23,3%).

Este indicador cresceu, em novembro, segundo o INE, 13% na hotelaria (+9% em outubro). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se aumentos de, respetivamente, 4,3% e 10,4% (+4,3% e +4,6%, em outubro, pela mesma ordem).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 98 euros (+6,8%, após +6,2% em outubro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (138,7 euros), seguida da Madeira (98,5 euros) e do Norte (86,5 euros). Todas as regiões registaram aumentos neste indicador, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido na Madeira (+20,2%), no Centro (+10,5%) e no Oeste e Vale do Tejo (+8,5%).

Em novembro, o ADR cresceu em todos os segmentos, +7,1% na hotelaria (+6,2% em outubro), +4,5% no alojamento local (+4,9% em outubro) e +2,2% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,9% em outubro).

No período acumulado de janeiro a novembro de 2024, o RevPAR atingiu 72 euros e o ADR 121,6 euros (+7,0% e + 6,5%, respetivamente).

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Optviagens aposta em Cuba com programação em circuito diferenciado

A Optviagens aposta em Cuba, numa parceria com a Oporturista, e vai colocar à venda, no final deste mês de janeiro, uma programação para aquele destino em circuito diferenciado, com o título “Encantos de Cuba: Cultura e Beleza Caribenha”, que será também colocado na plataforma DIT para que todos os associados possam vender este produto exclusivo, revelou ao Publituris, André Gilvaia, gerente da agência de viagens. A programação é de 10 noites em voos da Air Europa, via Madrid.

Com vista a promover e comercializar este produto, a Optviagens vai estar na BTL dentro do stand da DIT e, paralelamente, no espaço de representação de Cuba, pois “fomos convidados a pudermos estar a vender o nosso circuito dentro do stand, por forma a impactar mais as nossas vendas de um destino que me apaixona e que precisa, acima de tudo, de desmistificar algumas informações de que não tem qualidade”, disse ao Publituris, André Gilvaia, gerente da agência de viagens. Assim, avançou, “cresceu a minha vontade de fazer algo para que todos possam visitar e sentir confiança no destino. A programação, projetada para 2025, mas se tudo correr bem, poderá dar continuidade em 2026, será igualmente promovida na Feira das Viagens, no Porto (FLY Feira das Viagens), que decorrerá nos dias 22 e 23 de março.

“Este meu projeto de incentivo a Cuba nasceu pelas já várias visitas ao destino, e no passado ano fiquei com a forte vontade de construir algo de único naquele país, e com o decorrer do projeto o meu grande amigo destas já longas caminhadas juntos no turismo, o João Rodrigues, da Oporturista, mostrou também interesse em fazer parte e como também é um apaixonado pelo destino, juntamo-nos e fomos construindo esta iniciativa”, destacou o responsável da Optviagens.

Para grupos até 20 pessoas “Encantos de Cuba: Cultura e Beleza Caribenha” prevê saídas de Lisboa e do Porto, com a Air Europa, via Madrid (inclui mala de porão para cada passageiro), em datas já previamente definidas: 4 a 13 de junho; 11 a 20 de junho; 18 a 27 de junho; 3 a 12 de setembro; 10 a 19 de setembro; 17 a 26 de setembro; 1 a 10 de outubro; 8 a 17 de outubro; e 17 a 26 de outubro.

O circuito tem início em Havana. À chegada ao aeroporto os participantes desta viagem terão à sua espera uma pessoa da equipa do serviço VIP do aeroporto que os acompanharão nos trâmites de imigração os levarão à Sala VIP, e que tratará igualmente da recolha das bagagens. O programa inclui transfere privado para o alojamento, seguido de jantar de boas-vindas.

No segundo dia está previsto, na capital cubana, um “Passeio Colonial”, passeio especializado, a pé, pelas praças principais, pracinhas e corredores interligados que permitem descobrir o renascimento da cidade antiga, ao mesmo tempo que confirmam o seu marcado carácter residencial e a continuidade das suas tradições. Para quem procura descobrir a essência da cidade e não se contentar apenas com um olhar superficial, um passeio pela sua história é essencial. Uma história que bem pode ser aprendida nas principais praças coloniais que existem em Havana Velha. Segue-se o almoço em restaurante privado.

À tarde, é a vez da excursão “Desvendando Havana dos anos 50”, um passeio que permite conhecer lugares surpreendentes que ainda conservam o seu encanto e salas de instituições museológicas que recriam a realidade cubana dos anos 1950, para finalizar com a Cerimónia de Tiro de Canhão em Havana e jantar.

No dia seguinte haverá excursão ao Vale de Viñales. Distinguido pelos seus “mogotes” únicos, o Vale de Viñales é sem dúvida uma das mais belas paisagens naturais da ilha, declarada Parque Nacional de Cuba e Património Mundial pela UNESCO em 1999. Haverá uma breve paragem no Ranchón de Las Barrigonas, rodeado de típicas casas camponesas e plantações de tabaco. Como parte do passeio, visita-se uma fábrica de tabaco manufaturado (ou a Casa del Veguero, nos dias em que a fábrica não presta serviços); o Mural da Pré-História, um dos frescos ao ar livre mais importantes do mundo, que recria o processo de evolução da vida na Serra de los Órganos; o Mirador Los Jazmines, que oferece uma das melhores vistas panorâmicas do Vale de Viñales; e a Cueva del Indio (incluindo passeio de barco pelo rio que corre no seu interior). O almoço será no El Cuajaní, projeto agroecológico privado, seguido de regresso a Havana.

No quarto dia da viagem, de acordo com o programa, é a vez de Cienfuegos, conhecida como a pérola do sul de Cuba, com direito a passeio pela cidade. Fundada por emigrantes franceses no início do século XIX, Cienfuegos está localizada numa maravilhosa baía natural onde se encontra o maior coral de Cuba já descoberto, chamado Notre Dame. Como parte do roteiro serão visitadas as ruas e avenidas mais emblemáticas da cidade, declarada Património Mundial pela UNESCO em 2005, o Parque Martí, o Teatro Tomás Terry, a Casa de Bens Culturais e a Catedral da Purísima Concepción. Cienfuegos será descoberta de uma forma diferente, com a ajuda de Los Prada, uma autêntica família de pescadores. Num barco privado será percorrida a baía de Cienfuegos, uma baía dentro da qual estão localizadas 14 pequenas chaves. A navegação continua por La Milpa e Las Damas, terminando na Vila Castelo de Jagua.

De regresso à doca, segue-se em direção a Trinidad, com jantar em San José (restaurante privado). Está prevista excursão em Trinidad, cidade fundada em 1514 por Diego Velázquez com o nome de Villa de la Santísima Trinidad. Com as suas ruas escavadas no meio, a sua Plaza Mayor e a sua arquitetura vernácula, parece ter parado no tempo. É distinguida como uma das cidades coloniais mais bem preservadas das Caraíbas. Devido à sua importância histórica como centro de comércio de açúcar nos séculos XVIII e XIX, foi declarado Património Mundial pela UNESCO em 1988, juntamente com o Valle de los Ingenios, que será igualmente visitada com guia. Como parte do passeio o programa oferece visitas ao Museu Romântico, à Igreja da Santíssima Trindade, a Oficina de Cerâmica e um típico cocktail de boas-vindas, seguindo-se um almoço camponês.

Por sua vez, o Vale dos Engenhos, é uma extensa planície de cerca de 250 km2 que durante os séculos XVIII e XIX conheceria o seu maior esplendor graças ao boom açucareiro que, apoiado no trabalho de milhares de escravos, permitiria grandes fortunas a serem acumuladas pelos proprietários de terras que ali se estabeleceram. Como parte do passeio é possível avistar uma antiga plantação de açúcar, bem como, da Torre Manaca Iznaga, uma vista panorâmica incomparável do vale, terminando num jantar.

O sexto dia deste circuito leva os participantes à La Villa de San Juan de los Remedios, conhecida como a Oitava Aldeia Fundada de Cuba, com tour e almoço no La Paloma (restaurante privado), bem como a Cayo Santa María, com alojamento em hotel All Inclusive, com dois dias livres para desfrutar de praias cristalinas e areias brancas e finas, um lugar paradisíaco no norte da província de Villa Clara. Em Cayo Santa María, a Optviagens recomenda como excursão opcional “Crucero del Sol”, que custa 100 euros por adulto, tarifa de ida e volta, com passeio de catamarã, almoço no Dolphinarium (ou em Las Brujas se não quiser ir aos delfinários) com lagosta, lanche e bar aberto, mergulho com snorkel, contato interativo e show de golfinhos.

De regresso a Havana, está prevista uma parada em Santa Clara para visitar o Complexo Monumental Ernesto Guevara, local onde estão localizados o Museu e o Memorial onde repousam os restos mortais de Che e seus companheiros, com almoço em restaurante privado.

Outra vez na capital cubana, haverá ainda tempo para visita ao Capitólio de Havana. Considerado o edifício mais simbólico da capital cubana, o Capitólio Nacional renasceu em 2019 por ocasião das comemorações do meio milénio da antiga cidade de San Cristóvão de Havana. Este centro foi restaurado pelo Gabinete do Historiador da Cidade para convertê-lo na sede do órgão legislativo da República de Cuba: a Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento Cubano).

O programa contempla ainda visita à Companhia e Escola Cuba de Dança Lizt Alfonso, fundada em 1991 e uma das mais prestigiadas e populares do país, com tempo livre para fazer compras ou perder no Centro Histórico de Havana, antes da partida para o Aeroporto Internacional de Havana em transfere privativo, de regresso a Madrid.

Os hotéis assinalados são todos de cinco estrelas e são o Mística Havana, o Mística Trinidad, o Blu Cayo Santa Maria e o Royalton Havana.

Resumindo, este programa inclui, entre outros, atendimento VIP no aeroporto no momento do check-in, todas as transferências privativas para o grupo, visitas de acordo com itinerário, nove pequenos almoços, cinco jantares em Havana, cinco almoços em Havana e Remédios, bem como o regime tudo incluído em Cayo Santa María,  código de visto de turismo, seguro básico de assistência em viagem, cartão SIM com linha local e dados para o tour leader entrar em contato com suporte da agência de viagens 24 horas por dia, 7 dias por semana, e ainda uma pessoa grátis a partir de 15 pagando em quatro duplo.

A Optviagens lembra que para entrar em Cuba é necessário: Passaporte válido com validade mínima de seis meses; Formulário de entrada em Cuba com visto por turista incorporado – D´Travellers em https://www.dviajeros.mitrans.gob.cu/xxxxxx (código visto).

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Transportes

Delta aumenta em 30% a capacidade entre Lisboa e os EUA com novo Airbus A330-900neo

A Delta irá colocar o novo Airbus A330-900neo nos voos entre Lisboa e os hubs da companhia em Nova Iorque-JFK e Boston durante todo o verão de 2025.

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A Delta Air Lines vai operar ambas as suas rotas portuguesas com o novíssimo e topo de gama Airbus A330-900neo durante todo o seu programa de verão de 2025.

Assim, a partir de 29 de março, as duas ligações diretas entre Lisboa e os hubs da companhia aérea em Nova Iorque-JFK e Boston-Logan serão melhoradas com a introdução de um novo aparelho que eleva ainda mais a experiência do cliente e representa um significativo acréscimo de até 30% na capacidade.

De acordo com Matteo Curcio, vice-presidente Sénior para a região EMEAI da Delta Air Lines, “operar o novo A330-900neo durante todo o verão significa mais opções de viagem e oportunidades para promover o intenso e crescente tráfego transatlântico de lazer e negócios em ambos os sentidos. Além disso, dado que Portugal é um destino líder para os turistas norte-americanos, mantendo o nosso compromisso com Portugal, continuamos atentos a novas oportunidades para conectá-lo ainda mais a mais cidades e destinos dos EUA”.

Com até 14 voos semanais sem escalas (ou 430 lugares/semana) ao longo do ano entre Lisboa e os hubs de Nova Iorque-JFK e Boston, e em conjunto com os seus parceiros transatlânticos, nomeadamente a Air France-KLM, através dos seus hubs em Paris e Amesterdão, a Delta vai continuar a oferecer aos clientes portugueses mais opções e fortes ligações aos EUA e mais além. Ambos os serviços são operados todo o ano num renovado Boeing 767-300, tendo os clientes à escolha, que viajam entre Portugal e os EUA, quatro experiências: Delta One (ou Delta One Suites no novo aparelho A330-900neo), Delta Premium Select, Delta Comfort+ e Main Cabin.

Desta forma, o serviço diário da Delta entre Lisboa e Boston far-se-á diariamente com saída de Lisboa às 12h45, com chegada a Boston às 15h30. Já na rota contrária, a saída de Boston está marcada para as 23h15, com chegada a Lisboa às 10h45 do dia seguinte.

A rota entre Lisboa e Nova Iorque JFK tem saída diária da capital portuguesa às 10h00, com chegada ao outro lado do Atlântico às 13h00.

Já Nova Iorque JFK – Lisboa terá partida às 19h55 e chegada a Lisboa no dia seguinte pelas 08h00.

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Destinos

“Temos de ter em conta a instabilidade política e económica em países marcantes na Europa”, Francisco Calheiros, presidente da CTP

Se no início do ano, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), afirmava que “se 2024 for igual a 2023 já será muito bom”, o final do ano veio revelar um ano que “superou as expetativas”. Sendo uma das vozes mais ativas na “urgência” de um novo aeroporto, é precisamente esta infraestrutura que ficou em falta. Fica o balanço de 2024 e as perspectivas para 2025 do presidente da CTP

Victor Jorge

Consciente de que 2025 “será mais uma vez marcado pela incerteza”, Francisco Calheiros, presidente da CTP, aponta “a implementação de estratégias que levem ao surgimento de novas centralidades e que desmistifiquem a ideia de que há Turismo a mais” como os grandes desafios para 2025.

Terminado 2024, que balanço faz deste ano turístico em Portugal?
Se tivermos em conta uma conjuntura nacional e internacional que no ano passado voltou a ser de incerteza e aquilo que os números nos dizem, com novo recorde de dormidas e de receitas, só podemos afirmar que 2024 foi muito positivo para o Turismo. Como eu sempre referi ao longo do ano: “se 2024 for igual a 2023 já será muito bom”. O que é certo é que finalizado o ano, este superou as expetativas e acabou por ficar acima de 2023, o que muito nos agrada.

O que faltou concretizar no setor do turismo neste ano de 2024?
A minha resposta a esta pergunta há de ser sempre a mesma até ver o novo aeroporto construído. Portanto, o que faltou em 2024 foi a existência do novo aeroporto.

O que destacaria neste ano de 2024?
A continuação da tendência de uma interessante descentralização do Turismo no país, com a afirmação de todas as regiões, que continuam a progredir na oferta de muitos e variados produtos, sempre apostando numa elevada qualidade destes mesmos produtos e do serviço turístico prestado.

Por outro lado, realçar também a continuada captação de novos mercados, que vieram para ficar, como o mercado dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, graças ao reforço de voos diretos nestes dois países.

Como antevê o ano de 2025 em termos económicos e turísticos?
Penso que o próximo ano será mais uma vez marcado pela incerteza, seja a nível nacional, devido à instabilidade política, que pode ter efeitos sociais e económicos, seja a incerteza a nível externo, já que o mundo continua a enfrentar uma grande instabilidade geoestratégica, com maior incidência nas várias situações de guerra que enfrentamos atualmente. Mas temos de ter também em conta a instabilidade política e económica em países marcantes na Europa e não só, o que pode ter influência na disponibilidade financeira das pessoas para viajarem.

Ainda assim, e na senda do que se verificou este ano, espero que 2025 seja mais um bom ano turístico para Portugal, que continua a ser um país atrativo pela sua diversidade, pela qualidade dos seus produtos e serviços turísticos e um país onde quem nos visita se sente seguro.

Quais os principais desafios para o setor do turismo em 2025 a nível global e, particularmente, a nível nacional?
Um dos grandes desafios é sem dúvida a implementação de estratégias que levem ao surgimento de novas centralidades e que desmistifiquem a ideia de que há Turismo a mais. Continuo a referir que em Portugal não há Turismo a mais, mas sim economia a menos e que todos contamos com o Turismo porque continua a ser o setor que o país precisa para crescer e gerar emprego.

Outros dos desafios continuam a ser a captação de novos mercados; as soluções para a falta de mão de obra e a melhor forma de enfrentar e minimizar impactos das incertezas conjunturais mundiais e nacionais.

Que acontecimentos poderão impactar ou ter mais influência (positiva e/ou negativa) na performance do turismo em Portugal?
Há fatores que poderão influenciar a evolução do Turismo. Pela negativa, o agudizar da instabilidade económica em países como a Alemanha ou a instabilidade política, por exemplo, em França. Também acontecimentos extremos climáticos podem impactar. Mas penso que em Portugal os impactos serão sobretudo positivos, sobretudo pela segurança que Portugal dá a quem nos escolhe como destino de férias e porque a menor estabilidade política que temos não tem influência suficiente para afastar turistas do nosso país. E, por outro lado, Portugal continua a ter um clima que atrai pessoas durante praticamente todo o ano.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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