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“Os Estados Unidos são um mercado importante para Lisboa”

Vítor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e director-geral da Associação Turismo de Lisboa, falou com o Publituris e referiu que a prioridade da promoção está na Europa e nos Estados Unidos.

Inês Pereira
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“Os Estados Unidos são um mercado importante para Lisboa”

Vítor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e director-geral da Associação Turismo de Lisboa, falou com o Publituris e referiu que a prioridade da promoção está na Europa e nos Estados Unidos.

Inês Pereira
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Vítor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e director-geral da Associação Turismo de Lisboa, falou com o Publituris e referiu que a prioridade da promoção está na Europa e nos Estados Unidos.

Para este ano, quais são as perspectivas para o crescimento do Turismo, em Lisboa?
Pensamos que poderá ter ainda algum crescimento naturalmente, mas não tão acentuado como nos últimos dois anos. Há condições para crescer em termos de taxas de ocupação, hotelaria, RevPar, de receitas globais e de oferta. Como sabemos há mais projectos que vão entrar em operação.
Lisboa é a zona do país, onde há mais aberturas de unidades hoteleiras.
Lisboa é talvez a região mais dinâmica, não só nesse critério, mas noutros. É onde há mais apetência para o investimento. Não é necessário fazer um programa de captação, é uma questão natural, os investidores e hoteleiros procuram essas oportunidades.

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Como vê esta relação entre a hotelaria tradicional e o alojamento local?
Há espaço para todos, especialmente em destinos urbanos, onde essa oferta é complementar. O que julgamos é que deve haver sempre condições equitativas de posicionamento de acesso aos mercados, ou seja, deve haver equilíbrio ao nível da regulamentação e legislação. Estas ofertas devem e têm de existir, o que queremos é que tenham qualidade, que estejam todas no sistema e que a concorrência seja leal. São essas as únicas preocupações que temos. Todo este movimento, quer da hotelaria (novas unidades), quer do alojamento local, tem tido um efeito importante na reabilitação urbana, dos centros históricos e isso é muito importante para um destino urbano.

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O que há a fazer para melhorar o destino?
A opinião dos turistas é favorável. Há um bom grau de reputação, satisfação e recomendação do destino. Há coisas a melhorar e compete à Câmara Municipal de Lisboa e às Freguesias fazê-lo. Temos chamado à atenção para a necessidade de que o aumento de turistas em Lisboa seja acompanhado por uma resposta qualitativa de melhoria dos serviços urbanos. Penso que isso está a acontecer. A nível estrutural, o município tem projectos em curso que vão melhorar bastante o enquadramento urbano e também o nível de serviços básicos da cidade, tais como a recolha de lixo, conservação e manutenção dos espaços públicos e dos seus equipamentos.

Que pontos tem enunciado para serem resolvidos?
Temos colaborado, quer a nível do planeamento, quer através de opiniões concretas sobre as opções a nível municipal para questões estruturais que existem. Por exemplo, a estratégia que a Câmara está a desenvolver, no sentido de melhorar e qualificar certas zonas da cidade que não têm actualmente uma concentração turística é positiva, porque vai permitir-nos crescer. Dou o exemplo da Praça de Espanha. A Câmara tem um projecto de tornar essa zona mais urbana, algo que vai beneficiar muito com o equipamento da Fundação Calouste Gulbenkien, que está aí instalado, de forma a termos aí mais turistas. Isto é, em vez dos turistas estarem todos ao mesmo tempo à porta do Mosteiro dos Jerónimos, poderão ir a outras zonas.
Depois chamamos a atenção para questões mais pontuais, como a ocupação do espaço público, que deve ser cuidado.

Na  sua opinião, como é que o turista vê Lisboa?
Cada um verá à sua maneira. Essa é a característica que Lisboa tem e que a diferencia doutros destinos e de outras cidades muito competitivas. Lisboa é quase uma Lisboa para cada pessoa. É uma relação que não é fácil de explicar, mas que se sente e percebe quando as pessoas falam da cidade. De todos os inquéritos que fazemos há uma grande apreciação positiva sobre Lisboa, valorizando, por exemplo, muito a população, o relacionamento das pessoas com o visitante, algo que é irrepetível e faz parte da natureza da cidade. Depois, existem alguns factores que as pessoas apreciam, como a estrutura urbana, a luz e o rio. É uma cidade cosmopolita que oferece tudo o que as cidades concorrentes oferecem, mas com esta diferenciação. Por exemplo, há sempre uma cidade que tem melhores museus ou melhores restaurantes, mas é este conjunto e a relação com as pessoas que cria a diferença. A cidade em si faz essa diferença.

O Aeroporto de Lisboa atingiu os 20 milhões de passageiros. Qual a melhor solução para que a infraestrutura aeroportuária possa crescer?
Salvo qualquer factor que não conhecemos, o que nos parece melhor são as propostas que a ANA fez, ou seja, a nova pista no Montijo e a reformulação do aeroporto da Portela, com a iluminação de uma das actuais pistas e criar condições para o funcionamento do hub da TAP. Para nós é o melhor conjunto de soluções e vai permitir que o aeroporto persista e continue a ter uma localização central, que é o factor diferenciador e uma vantagem competitiva face a outras cidades.
No caso concreto da pista complementar na base aérea do Montijo também é importante para a região de Setúbal que, dentro da região de Lisboa, tem menos desenvolvimento turístico, mas tem excelentes condições para se desenvolver e poderá beneficiar desse aspecto.

Qual será o impacto do terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia?
É importante, porque contribui para a qualificação de uma zona central da cidade com grande interesse patrimonial. A criação do terminal de cruzeiros, a par das obras do município no Cais do Sodré e no Campo das Cebolas, vai contribuir para a atractividade de Lisboa. É uma operação interessante. Não representa o grosso do nosso turismo, pois o nosso principal segmento são os city breaks e os meetings industry, mas é importante o crescimento dos cruzeiros, porque aumenta o crescimento dos passageiros e dos turnaround, ou seja, o número de pessoas que possam começar ou terminar os cruzeiros em Lisboa, que possa permitir alojamento de uma ou duas noites.

É importante aumentar a média das estadias, que não chega às três noites?
Desejamos sempre aumentar a estadia. Simplesmente a margem para crescer é pequena. Se olharmos para todas as outras cidades, mesmo aquelas que estão mais desenvolvidas a nível turístico do que nós, as permanências andam sempre à volta desses valores. Tem a ver com os city breaks e com o segmento MI. Temos interesse e trabalhamos outros produtos, desde o golfe ao touring, que permitem outro tipo de permanência. Mas em termos quantitativos, são segmentos poucos expressivos e não irão aumentar essa permanência. À medida que conseguirmos desenvolver outros destinos na região, isso irá contribuir para aumentar a estadia, mas não irá alterar as estatísticas.

Há players do segmento do Turismo de Compras que afirmam haver falta de promoção do destino Lisboa. Concorda?
Não concordo que haja falta de promoção. Da análise que fizemos, consideramos que o shopping, tal como a gastronomia, são qualificadores de outros segmentos. Quem vem em city breaks faz compras e gosta da gastronomia, quem vem para um congresso faz compras e também gosta da gastronomia. O destino não está posicionado para ser um local onde as pessoas vão de propósito por causa do shopping.

Qual é, então, a prioridade?
Consideramos os Estados Unidos um mercado importante. Não o temos trabalhado mais, porque não há mais ligações aéreas. A estratégia que a TAP está agora a implementar é importante para o mercado dos EUA.
Por outro lado, temos mais de 80% dos mercados emissores que são os europeus. Se olharmos para a Alemanha, onde temos uma quota de mercado inferior a 2%, dá-nos uma imagem clara do que temos para crescer nos mercados onde já estamos implementados. Se passarmos de 2% a 3%, estamos a falar de muitas room nights.
Há uma alteração que se verificou no último ano, pela primeira vez, que corresponde a uma maior internacionalização de Lisboa: o facto do mercado francês ter ultrapassado o mercado espanhol, que era o primeiro mercado de Lisboa. Os turistas franceses aumentaram 12,4% em 2015. A leitura que faço desta alteração é que há uma maior internacionalização do destino. Lisboa tem vindo a ganhar um protagonismo muito grande junto dos mercados externos. A Alemanha também se aproxima de Espanha, assim como o Reino Unido. Temos aqui margens para crescer.
A Europa é o nosso foco, é aí que há mais estabilidade e maio poder económico.
No Brasil, por exemplo, vamos reorientar o investimento na promoção, para que esteja mais concentrado no segmento de classes com mais poder económico.

As taxas turísticas já começaram a ser cobradas. A verba irá para o Fundo de Desenvolvimento. Quais são as prioridades de aplicação desses rendimentos?
Não posso dizer em concreto quais são as prioridades, pois o Comité de Desenvolvimento ainda não reuniu. Só posso dizer que a taxa está a ser tranquilamente implementada, depois de todas as polémicas que gerou. Os dados de Janeiro mostram que a aplicação da taxa não teve impacto negativo na competitividade do destino, o REVPAR continua a subir e a prioridade é perceber como vão ser utilizados esses recursos na consolidação do nosso destino turístico.
Há regras básicas que estão determinadas pelo município, que podem incluir desde promoção, animação, infraestruturas e equipamento de interesse turístico. São estes quatro grandes capítulos onde faz sentido a utilização das verbas do Fundo de Desenvolvimento Turístico. Há um procedimento estabelecido que vai garantir que todo o produto das taxas seja utilizado nestas finalidades.

Deve-se aplicar esta mesma taxa ao alojamento local ou às plataformas onde se promovem estas unidades?
O alojamento local está incluído e vai ser objecto de acompanhamento e fiscalização, para cumprir a medida, tal como os hotéis. Não faz sentido que um hotel pague e haja outra oferta que não o faça, é uma prioridade estratégica incluir o alojamento local.
Se houver grandes organizações a fazer esse trabalho é óptimo para o destino turístico. A Câmara e os operadores estão a trabalhar nesse assunto.

O Pavilhão Carlos Lopes vai ser requalificado. Mas não para Centro de Congressos como se previu?
No nosso plano de actividades está incluída a reconstrução do Pavilhão Carlos Lopes, mas não se trata do projecto do grande Centro de Congressos. O Turismo de Lisboa adquiriu um direito de superfície à Câmara e está a recuperá-lo para eventos, apresentações e espectáculos. É um restauro para eventos temporários. O financiamento é feito através da verba destinada para este projecto da contrapartida inicial do Casino de Lisboa, por meios da Associação Turismo de Lisboa e financiamento bancário.
Metade da verba (1 milhão e 750 mil euros) foi paga no acto da escritura. O restante será pago durante 50 anos.

Quais são os grandes eventos de 2016 que destacaria?
Temos um conjunto de eventos. Por um lado, o calendário regular com grandes festivais como o “Nos Alive”, “Super Bock Super Rock”, e, este ano, o “Rock in Rio”.
Depois, temos eventos pontuais, como o “WebSummit”, que são importantes para o destino e cuja expectativa é grande. Já mostrámos que somos um destino capaz de realizar grandes eventos com sucesso. Este evento que traz muita gente, mas tem mais aspectos. O impacto mediático, a grande promoção de Lisboa à volta do evento e a possibilidade que o Websummit tem de catalizar Lisboa como cidade inovadora a nível do empreendedorismo. Já existem pessoas inscritas de 144 países, cada uma destas pessoas tem a sua rede de contactos e temos a certeza que todos vão gostar de Lisboa.
Foi um casamento muito feliz para o evento e para Lisboa.

Que comentário faz à demissão de João Cotrim de Figueiredo e à imediata nomeação de Luís Araújo para o cargo de presidente do Turismo de Portugal?
Não tenho opinião sobre esse assunto. O João Cotrim de Figueiredo esteve cerca de dois anos no Turismo de Portugal, não tenha razão de queixa. O nosso relacionamento foi sempre bom. É uma pessoa correcta, afável e profissional. O que sei é o que foi tornado público e o Governo escolheu outra pessoa. Nunca trabalhei com o novo presidente, queremos trabalhar e ajudar quem estiver no cargo. Tem todo o apoio e colaboração possível do nosso lado.

Como correu a primeira reunião com a Secretária de Estado do Turismo?
A Secretária de Estado do Turismo fez uma visita ao Turismo de Lisboa e explicámos o que era cada uma das organizações e os projectos em cursos. Foi uma reunião positiva.
Uma dos temas que falámos diz respeito à organização regional do Turismo. Justifica-se a existência de uma organização regional própria para o turismo, tal como se justifica uma a nível nacional que é o Turismo de Portugal. Pode-se questionar porque existe esta organização específica do turismo e não está tudo integrado?
Não vejo nenhuma razão para se dizer que o Turismo de Portugal tem de se fundir com a AICEP e as ERT’s com as CCDR’s. Não vejo vantagem nisso.
A segunda questão tem a ver se se justifica existir uma parte nacional e uma regional, num país como o nosso, que é pequeno, mas que é muito diverso. Por exemplo, nas Caraíbas o produto é sempre o mesmo. Em Portugal, o Algarve é diferente de Lisboa, o Alentejo, o Centro, o Norte, a Madeira, etc. Quem pode trabalhar e desenvolver mais o produto são as organizações regionais.
Considero que é fundamental que exista uma organização regional de turismo e não estou de acordo com as perspectivas centralistas e de tratar tudo por igual, somente porque temos um país pequeno. Esse é um argumento que não funciona. Desenvolvendo as nossas regiões estamos a desenvolver o país. Cada uma dá uma contribuição para o conjunto, mas há uma vantagem de haver uma visão regional.
A nível das entidades regionais, não podemos esquecer que tivemos dois processos legislativos que nos consumiram muitas energias em 2008 e 2013. Não faz sentido voltar à estaca zero. Faz sentido manter as ERT’s.
Defendo a manutenção das ERT’s e das agências regionais, onde há entrosamento entre entidades públicas e privadas. As agências são as entidades especializadas na promoção externa. Defendo a concentração da promoção toda nas agências regionais e defendo que as ERT’s devem ser reforçadas, num processo de descentralização negociado com o Turismo de Portugal, para trabalhar o produto, o destino turístico. É muito importante e essencial para fazer a ligação com investidores, melhorar a experiência dos turistas, para criação de produtos turísticos e para organizar a sua estrutura económica em produtos turísticos. Há aqui um campo de trabalho muito importante.
É preciso encontrar uma solução para estas ‘escapadelas’ que estão a existir, nomeadamente a nível de promoção, a propósito do quadro comunitário de apoio “Portugal 2020”. Afinal quem é que é responsável pela estratégia promocional do Turismo? Tem que ser o Turismo de Portugal e, portanto, não faz sentido que apareçam iniciativas fora desta responsabilidade, financiadas pelo programa. Ainda noutro dia em Espanha, havia o stand de Portugal e um stand conjunto de duas das maiores regiões em termos de extensão. Isso faz algum sentido? Acho que é um desperdício de recursos e é sobreposição, não faz sentido. Devia haver coragem para enquadrar essas situações.

Este ano há eleições na Associação de Turismo de Lisboa. Vai continuar?
A minha vontade é continuar, estou disponível para continuar se houver essa confiança por parte da direcção.
As listas deverão ser apresentadas neste primeiro semestre. Deverá ser uma lista que venha reforçar a ATL.

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O mercado emissor espanhol baterá novamente recorde de gastos em férias, 2,6% a mais que em 2024, devendo chegar aos 55 mil milhões de euros este ano, de acordo com as conclusões do novo relatório do Barômetro do Turismo da Andersen Consulting.

Se o ambiente macroeconómico e geopolítico for favorável, os gastos dos espanhóis relacionados com férias tanto no país como no exterior, devem atingir este ano os 55 mil milhões de euros, estima a consultora, que avança um aumento de 2,6% face a 2024 (53,197 mil milhões de euros), superando significativamente os níveis de 2019, que fecharam com um volume de 40,853 mil milhões de euros. A grande procura e a crescente internacionalização das viagens continuarão a impulsionar os valores dos gastos.

A Andersen Consulting prevê que os gastos com viagens nacionais representem 67,7% do total este ano, em comparação com 32,3% para viagens internacionais, que mesmo assim, estão a ganhar espaço à medida que novas gerações aderem ao movimento.

No entanto, a análise da Andersen Consulting detecta um ligeiro declínio no número de viagens, chegando a 164,6 milhões em 2025, uma queda de 1,3% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas um total de 166,8 milhões de viagens, atribuindo a queda à perda de poder de compra devido à inflação persistente, apesar de ter diminuído, e à incerteza geopolítica. Mesmo assim, a consultora prevê um aumento nas viagens internacionais.

 

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Táxis voadores autorizados na China

A China pode conquistar a “pole position” na corrida dos táxis voadores. Veículos não tripulados do fabricante local EHang foram certificados para voos comerciais, e os primeiros podem começar já em junho deste ano.

Apesar de vários projetos na Europa e nos Estados Unidos e até no Médio Oriente, a China poderá ser pioneira no setor de táxis voadores de transporte de passageiros. É o que parece confirmar a nova homologação concedida ao fabricante chinês EHang.  A Autoridade de Aviação Civil (CAAC) deu sinal verde para o transporte de passageiros a bordo de táxis voadores não tripulados, pelo menos em duas cidades chinesas: Guangzhou e Hefei. Os primeiros voos podem começar já em junho.

Este marco permite que cidadãos chineses e visitantes comprem passagens aéreas para turismo de baixa altitude, passeios pela cidade e vários serviços comerciais de transporte de passageiros em locais operacionais relevantes em Guangzhou e Hefei.

Entretanto, espera-se que a Archer Aviation, sediada na Califórnia, consiga lançar táxis aéreos em Abu Dhabi até o final de 2025. A empresa desenvolveu uma aeronave elétrica de descolagem e pouso vertical (eVTOL), que está a aguardar a certificação da licença das autoridades americanas. A aeronave, batizada de Midnight, pode transportar até quatro passageiros, além do piloto, e pode viajar até 160 km a uma velocidade máxima de 241 km/h.

 

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Nova edição: Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, DS Travel, Japão e dossier Cruzeiros

A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal (ATPNP), que assinalou recentemente três décadas de existência. Além disso, publicamos um artigo sobre o Japão e outro sobre a DS Travel, a fotorreportagem da 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, assim como entrevistas ao CEO da TAAG e ao manager da Camping Car Park. O dossier é dedicado aos cruzeiros.

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A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, que assinalou recentemente três décadas de existência.

Ao Publituris, o responsável faz um balanço positivo dos 30 anos da associação, ainda que realce que, para o futuro, é preciso investir, defendendo igualmente intervenções no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Além da entrevista a Luís Pedro Martins, esta edição traz também, na secção Destinos, um artigo sobre o Japão, que, este ano, recebe a Exposição Universal até outubro, e que é um dos destaques da programação do operador turístico do Grupo Ávoris, CATAI.

Já na secção Distribuição, o destaque vai para um artigo sobre a DS Travel, que quer chegar às 100 unidades nos próximos três anos, acreditando que o crescimento da procura por experiências de viagens personalizadas e o seu modelo inovador de expansão, vão permitir alcançar esse crescimento.

Nesta edição, merece ainda destaque a reportagem fotográfica sobre a 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, que decorreu entre 25 e 27 de março, e que passou pelo Porto, Coimbra e Lisboa, reunindo 45 expositores, que puderam mostrar a sua oferta a mais de 450 agentes de viagens.

Em Transportes, saiba quais são os planos da TAAG – Linhas Aéreas de Angola, que se está a reinventar para estar ao nível dos gigantes da aviação africana, de acordo com Nélson Oliveira, CEO da transportadora aérea angolana.

Ainda na secção Transportes, publicamos também uma entrevista com Rui Monteiro, manager da Camping Car Park em Portugal. Esta rede de gestão de áreas de serviço para autocaravanas já está presente em território nacional desde 2013 e tem planos ambiciosos para chegar às 100 áreas de serviço nos próximos anos.

Esta edição, conta ainda com um Dossier dedicado aos cruzeiros, que traz as novidades das companhias e operadores de cruzeiros que atuam em Portugal para este verão, mas também para o inverno e para o verão do próximo ano. Neste trabalho, conheça também os navios que vão chegar ao mercado em breve, assim como o EXPLORA II, o segundo navio da Explora Journeys, a companhia de luxo do grupo que detém a MSC Cruzeiros, que esteve em Lisboa no final de março.

Já as opiniões desta edição, que conta também com o Pulse Report, são assinadas por Fransciso Jaime Quesado (economista e gestor), Rui Terroso (CEO e fundador da Living Tours) e Pedro Castro (docente e diretor da SkyExpert Consulting).

Leia a edição aqui.

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Nesta edição, merece ainda destaque a reportagem fotográfica sobre a 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, que decorreu entre 25 e 27 de março, e que passou pelo Porto, Coimbra e Lisboa, reunindo 45 expositores, que puderam mostrar a sua oferta a mais de 450 agentes de viagens.

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A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior. 

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A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior.

De acordo com um novo relatório da empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, “durante os primeiros três meses do ano, mais de seis milhões de passageiros apanharam um voo a partir de um aeroporto português”, tendo a grande maioria das ligações aéreas, cerca de 70%, sido efetuadas à hora prevista.

No entanto, cerca de dois milhões de pessoas sofreram alguma perturbação no seu voo e, “embora na maioria dos casos se tratasse de atrasos menores e não dessem origem a uma compensação financeira, perto de 114 mil pessoas encontram-se elegíveis para receber uma indemnização por um atraso superior a três horas, pelo cancelamento do seu voo ou pela perda de uma ligação causada pelo atraso de um voo anterior”.

A AirHelp diz que, comparando com o mesmo período do ano passado, “verifica-se uma redução do número de voos e de passageiros”, uma vez que, nos três primeiros meses de 2025, registaram-se cerca de 47 mil voos contra 48 mil em 2024, o que significa menos 2% de voos e menos 4% de passageiros.

Apesar deste declínio, a taxa de perturbações de voos aumentou cerca de 13% em comparação com o ano anterior”, acrescenta a AirHelp, que diz também que “os passageiros com direito a indemnização aumentaram consideravelmente (48%)”, passando de de 75 mil em 2024 para quase 113 mil em 2025, o que se deveu “a um aumento dos voos com atrasos superiores a três horas”.

Aeroporto de Lisboa regista maioria dos atrasos

O relatório da AirHelp mostra também que a TAP foi a companhia aérea a operar em Portugal que registou a maioria dos atrasos, uma vez que, dos mais de dois milhões de passageiros transportados pela companhia aérea nacional até março, 38% registou alguma agitação com mais de 41 mil destes passageiros a estarem elegíveis para uma compensação financeira.

De seguida, surge a Ryanair, que transportou mais de um milhão de passageiros no primeiro trimestre, dos quais, refere a AirHelp, “apenas 26% dos passageiros sofreu alguma perturbação no seu voo”, pelo que pouco mais de sete mil têm direito a compensação financeira.

No que diz respeito a aeroportos, o destaque volta a recair em Lisboa, que se manteve como o aeroporto que registou “mais perturbações nos seus voos”, com 40% dos voos a registar algum atraso ou a ser cancelado, o que resulta em 39,5% dos passageiros aéreos a verem alguma perturbação nos seus voos.

Já o Aeroporto de Faro teve 84,5% dos voos sem qualquer perturbação, enquanto o Aeroporto do Porto registou 80% dos voos sem perturbações, pelo que 80,2% dos passageiros desta infraestrutura registaram “um voo tranquilo”.

 

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Frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, indica estudo

Segundo um relatório da empresa de consultoria e gestão Oliver Wyman, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, o que constitui um desafio para o setor da aviação comercial em todo o mundo.

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A frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, passando de um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década, apurou o relatório ‘Global Fleet And MRO Market Forecast 2025-2035’, da Oliver Wyman, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira, 10 de abril.

“A aviação comercial na Europa Ocidental encontra-se numa fase de crescimento sustentado, com uma previsão de aumento de 27% na sua frota até 2035, o que representa um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década”, avança a empresa de consultoria e gestão, em comunicado.

Segundo este estudo, que analisa as tendências do setor e oferece uma perspectiva a 10 anos sobre a evolução da frota de transporte aéreo comercial e as suas implicações no mercado de manutenção, reparação e revisão (MRO), na próxima década, o total de aeronaves comerciais vai passar de 29.000 em 2025 para 38.300 em 2035, com um crescimento anual de 2,8%.

O relatório realça, no entanto, que as limitações na produção de novas aeronaves e os problemas na cadeia de fornecimento estão a resultar num “atraso recorde nas entregas, dificultando a capacidade do setor de satisfazer a crescente procura”.

“Esta situação agrava-se pela escassez de mão-de-obra, que obriga a prolongar os tempos de manutenção e reparação, especialmente em regiões como a Europa Ocidental e a América do Norte”, acrescenta a informação divulgada.

Segundo Carlos García Martín, sócio de Transporte e Serviços e especialista em Aviação da Oliver Wyman, “o envelhecimento da frota, a escassez de mão-de-obra qualificada e as limitações na cadeia de fornecimento, aliados a uma forte procura de transporte aéreo, estão a gerar grandes desafios no setor aeronáutico”, motivo pelo qual, para sustentar o seu crescimento a longo prazo, “a indústria terá de implementar estratégias inovadoras que promovam uma maior eficiência operacional”.

De facto, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, uma vez que, atualmente, a carteira de encomendas ultrapassa as 17.000 unidades, o valor mais alto registado, pelo que, com o ritmo atual de fabrico, “esses pedidos levarão 14 anos a ser entregues, o dobro do tempo que as companhias aéreas tinham de esperar antes de 2019”.

“Desde 2018, quando a indústria alcançou um recorde de mais de 1.800 aeronaves fabricadas, a produção caiu significativamente. Em 2024, foram entregues menos de 1.300 unidades novas, o que representa uma redução de 30% face a seis anos antes, apesar de o número de passageiros ter atingido os 4.800 milhões em 2024, com previsão de ultrapassar os 5.000 milhões em 2025. Além disso, os passageiros por quilómetro transportado (RPK) aumentaram quase 4% em comparação com os níveis máximos de 2019”, refere o relatório.

A falta de renovação da frota também tem estagnado as melhorias na eficiência de combustível, que em 2024 não registaram avanços, ao contrário dos aumentos anuais de 1,5% a 2% observados nos anos anteriores.

“Estima-se que, a nível mundial, a produção anual de aviões será inferior às entregas até 2030, o que deverá gerar um défice de 2.000 aeronaves. Além disso, a idade média das aeronaves em serviço aumentou de 12,5 anos em 2023 para 13,4 anos em 2024, e projeta-se que atinja os 24 anos em 2035. Estes atrasos não afetarão apenas a rentabilidade das companhias aéreas, mas também aumentarão os custos de manutenção, reparação e operações”, considera a Oliver Wyman.

Contudo, o envelhecimento da frota, os problemas de durabilidade em aviões e o surgimento de motores de nova geração, assim como a crescente procura de manutenção estão a beneficiar o setor de manutenção, reparação e revisão (MRO), que deverá atingir 119.700 milhões de dólares este ano, impulsionado pela necessidade de manter operativas aeronaves mais antigas.

“Até 2035, espera-se que o setor MRO cresça a uma taxa composta de 2,7%, alcançando os 156.800 milhões de dólares, um aumento de 31% em relação a 2025”, acrescenta o relatório da Oliver Wyman.

Na Europa Ocidental, estima o relatório, o mercado MRO crescerá significativamente, passando de 25.000 milhões de dólares em 2025 para 30.000 milhões em 2035, impulsionado principalmente pela procura de manutenção de motores, que aumentará de 12.600 milhões em 2025 para 14.000 milhões em 2035.

Apesar destes desafios, a aviação comercial continua a ser um pilar-chave da economia global, pelo que a “expansão da frota, o crescimento do mercado MRO e a adaptação das companhias aéreas aos novos desafios operacionais serão fundamentais para garantir a competitividade do setor nos próximos anos”.

“Neste contexto, enquanto os mercados emergentes continuam a sua expansão, as regiões mais maduras terão de se concentrar na modernização das suas frotas e na otimização da eficiência operacional para enfrentar as exigências de um mercado em transformação”, conclui a informação divulgada.

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Destinos

Zâmbia acolheu 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas

O 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas, que terminou esta quinta-feira, na Zâmbia, delineou planos concretos para alcançar objetivos comuns, com foco na inovação, cooperação técnica, conectividade , investimentos em turismo e confiança do turista através da segurança.

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De acordo com dados da ONU Turismo, ambas as regiões recuperaram dos impactos da pandemia: em 2024, a África recebeu 74 milhões de chegadas internacionais, mais 7% face a 2019 e mais 12% em comparação com o 2023, enquanto as Américas acolheram 213 milhões, o que equivale a 97% das chegadas pré-pandemia. O encontro da Zâmbia deixou claros os fortes vínculos entre as duas regiões, tanto em termos de visitantes entre as regiões e dentro delas, como em termos de mercados de origem e destinatários de investimentos.

O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que este encontro “é prova do compromisso duradouro da África e das Américas com a cooperação além das fronteiras e dos oceanos”, para avançar que “o nosso propósito é promover o crescimento inclusivo e garantir que o turismo continue a ser um motor de prosperidade partilhada. Acima de tudo, ao focar em formação e desenvolvimento de competências, estamos a dar às pessoas, especialmente aos jovens, os meios para ter sucesso no mundo competitivo de hoje.”

Aumentar e direcionar o investimento para o turismo é um dos pilares fundamentais da Declaração de Punta Cana. Na Zâmbia, a ONU Turismo partilhou as suas conquistas nessa área prioritária. Até o momento, foram publicadas 18 edições das “Diretrizes para Negócios no Turismo ” para investimentos para destinos na África e nas Américas, enquanto outras 10 estão em desenvolvimento.

As diretrizes destacam o enorme potencial de investimento em turismo dentro e entre as regiões. Entre 2019 e 2024, a África investiu cerca de 3,9 milhões de dólares em 36 projetos nas Américas, enquanto a América Latina e as Caraíbas investiram o mesmo valor em 34 projetos na África. Com o objetivo de elevar esses níveis, a ONU Turismo anunciou planos para organizar uma Conferência Bienal de Investimento em Turismo África-Américas. A conferência reunirá governos, instituições financeiras, atores do setor privado e parceiros de desenvolvimento com o objetivo de impulsionar os fluxos de investimento intercontinentais e direcionar o investimento através de prioridades partilhadas.

Com mais de 50% da força de trabalho do turismo com menos de 25 anos, o setor oferece vastas oportunidades para os jovens, especialmente na África – o continente mais jovem do mundo – e nas Américas. Para colocar em prática os objetivos educacionais da Declaração de Punta Cana, a ONU Turismo está a promover ações de formação em ambas as regiões, pretendendo alcançar cerca de 2.000 beneficiários em África e nas Américas através dos seus novos cursos via WhatsApp para desenvolvimento profissional.

Em sintonia com a educação, a Declaração de Punta Cana coloca a inovação no centro da cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento do turismo. Em Livingstone, a ONU Turismo anunciou o lançamento de uma primeira Competição de Startups para as regiões. O desafio “Pontes de Inovação” procurará empresas prontas para enfrentar desafios nas áreas de sustentabilidade, inclusão e transformação digital, com foco nas comunidades locais.

O investimento também será o principal objetivo do primeiro Escritório Temático de Turismo da ONU em Marrocos. O escritório pretende ser um centro de inovação, com programas de aceleração para startups regionais, pesquisa e desenvolvimento, e para celebrar novos talentos através de Aventuras Tecnológicas no Turismo.

No que diz respeito à conetividade e segurança turística, refira-se que a 2ª Conferência Ministerial sobre Turismo e Transporte Aéreo em África, que terá lugar realizada em Angola em julho, terá como foco IA e inovação para conectividade, e na Zâmbia, o encontro destacou o progresso da ONU Turismo na elevação dos padrões de segurança para turistas, aumentando assim a confiança em viagens para ambas as regiões.

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Aviação

TAP distinguida pela experiência dos passageiros na Europa

A distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

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A TAP recebeu esta quarta-feira, 9 de abril, o prémio das revistas PAX International e PAX Tech de Best Overall Passenger Experience na Europa, distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e que foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

“Anualmente, a PAX convida os seus leitores e o setor da aviação a participar nos PAX Readership Awards, que pretendem distinguir as realizações das companhias aéreas em áreas como o serviço de catering, a inovação na área do entretenimento a bordo, a conectividade, a oferta em termos de lugares e tem em conta a experiência do passageiro no setor”, explica a TAP, em comunicado.

Segundo Jane Hobson, diretora das revistas PAX, estes prémios “são mais do que um simples reconhecimento; são um reflexo da forma como a indústria continua a evoluir e a exceder as expectativas dos passageiros”.

Já Robynne Trueman, editor da área de Business das revistas, acrescenta que “o que torna estes prémios tão especiais é o facto de serem orientados pelas pessoas que experimentam estas inovações em primeira mão”, ou seja, os leitores das revistas PAX International e PAX Tech.

Recorde-se que, em 2024, a TAP Air Portugal recebeu o prémio da PAX International na categoria de Best Cabin Interior Passenger Experience e, na categoria Outstanding Food Service by a Carrier, nas edições de 2019, 2020, 2022 e 2023.

As revistas PAX, do grupo Paramount Publishing Inc., dedicam-se ao setor da aviação e são publicadas cinco vezes por ano.

 

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Meeting Industry

Mais de 60 países e regiões presentes na 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau abre 25 de Abril com a presença de empresários de mais de 60 países e regiões para exploração conjunta de oportunidades de negócios, avança a Direção dos Serviços de Turismo do território (DST).

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau terá lugar de 25 a 27 de abril, nos Pavilhões A, B, C e D da Cotai Expo, do The Venetian Macao. Sob o slogan “Explore a MITE, Experimente o Mundo”, o evento apresenta seis novos destaques, e reunirá a participação de um maior número de operadores turísticos e sectores relacionados nacionais e estrangeiros, de acordo com nota publicada na página oficial do Governo da Região Administrativa Especial de Macau.

Até agora, o certame já atraiu a participação de aproximadamente 600 expositores provenientes de mais de 60 países e regiões, e de cerca de 500 compradores profissionais provenientes da Grande China e do exterior, tendo o número de stands internacionais aumentado em perto de 50%. Esta edição evidencia uma vez mais que a Expo de Turismo tem vindo a desempenhar, de forma eficaz, o seu papel de plataforma de oportunidades de negócios de turismo internacional, a destacar o seu efeito enquanto evento de marca, a promover o intercâmbio e a cooperação de turismo regional e internacional, e a contribuir para a construção de Macau como uma plataforma de alto nível de abertura ao exterior.

Com o apoio do Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China (RPC), do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM e do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPC na RAEM, a 13.ª Expo de Turismo (Macao International Travel (Industry) Expo – MITE) conta a organização da Direção dos Serviços de Turismo (DST), e a coordenação da Associação das Agências de Viagens de Macau.

Em conferência de imprensa, que contou com a presença da diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, dos subdiretores da DST, Cheng Wai Tong e Ricky Hoi, e do presidente da Associação das Agências de Viagens de Macau, Alex Lao, foram divulgados os pormenores do evento.

Na sua intervenção, a diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, referiu que a Expo de Turismo continua a elevar a qualidade e a inovação, a aumentar a eficácia, a atrair mais operadores turísticos nacionais e estrangeiros, e a impulsionar as oportunidades de cooperação intersectorial “turismo +”. Indicando que, até à data, existem mais de 300 stands internacionais, o que representa um aumento significativo de 50% em relação ao ano passado, e que compradores nacionais e estrangeiros também participam ativamente na expo, assinalou que tal demonstra o papel eficaz da Expo de Turismo como plataforma de oportunidades de negócios para o turismo internacional, beneficiando a expansão empresarial, promovendo o intercâmbio e a cooperação turística regional e internacional, e contribuindo para a construção de Macau como uma plataforma de abertura ao exterior de alto nível.

A DST volta a organizar este ano a participação de compradores convidados em visitas de familiarização em Macau e na Ilha de Hengqin. Durante as visitas, serão organizados passeios a diferentes bairros comunitários de Macau para experienciar os elementos de “turismo +”, incluindo dispositivos para tirar fotografias de grande escala de propriedade intelectual a nível internacional instalados na Zona Norte. Por outro lado, mais de uma centena de representantes de associações de agências de viagem locais e estrangeiras foram convidados a participar na Bolsa de Contactos para Operadores Turísticos, para contactos com operadores turísticos de Macau e exploração de oportunidades de negócio, e participação ainda em visitas de familiarização.

A 13.ª Expo de Turismo, que ocupa uma área de 30 mil metros quadrados, trará novas informações e produtos turísticos de Macau e do resto do mundo, incluindo ofertas especiais durante o período do evento, lançadas por vários expositores, e mais de 70 apresentações temáticas de turismo e fóruns, entre outros.

 

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Enoturismo

Unidades turísticas do Pacheca Group renovam certificação Biosphere para 2025

A Quinta da Pacheca, o Hotel Folgosa Douro, o Olive Nature Hotel & Spa e o Caminhos Cruzados, acabam de ser reconhecidos pelo compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, com a renovação dos certificados Biosphere para 2025.

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O compromisso do Pacheca Group com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, no âmbito da Agenda 2030, foi reconhecido com a renovação dos certificados ‘Biosphere’ das quatro unidades turísticas do grupo empresarial para 2025: Quinta da Pacheca, Hotel Folgosa Douro, Olive Nature Hotel & Spa e Caminhos Cruzados.

As unidades no Douro (Quinta da Pacheca e Hotel Folgosa Douro) e de Trás-os-Montes (Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos) obtiveram a primeira certificação em 2024, enquanto o produtor do Dão (Caminhos Cruzados) é certificado pela entidade internacional desde 2023.

A certificação da ‘Biosphere’, sistema desenvolvido pelo Instituto de Turismo Responsável (RTI), é concedida a destinos e empresas que garantam um equilíbrio adequado, a longo prazo, entre os aspetos económicos, socioculturais e ambientais.

A Quinta da Pacheca é elogiada pela “oferta gastronómica, preparada seguindo protocolos de segurança sanitária”, a criação de “emprego de qualidade, promovendo a contratação e a formação de profissionais locais” e o incentivo ao “uso responsável da água”, enquanto o Hotel Folgosa Douro promove “sistemas de gestão mais responsáveis e participativos”, fornece “informações sobre os recursos naturais do território” e incentiva o “planeamento, projeto e construção de infraestruturas sustentáveis”.

Por sua vez, a ‘Biosphere’ destaca a “notável contribuição” do Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos, em Trás-os-Montes, nos parâmetros de “água limpa e saneamento”, “energia acessível e não poluente” e “inovação e infraestrutura industrial”. A unidade hoteleira de Valpaços é ainda reconhecida por fornecer “informações sobre os recursos naturais do território” e por promover “a conservação do património cultural e natural local” e a “adoção de estilos de vida e hábitos mais saudáveis”.

A Caminhos Cruzados, por fim, vê a certificação renovada por participar, entre outros, no “desenvolvimento de projetos educacionais de outras entidades”, dar a conhecer “os compromissos, boas práticas e esforços sustentáveis” e tomar medidas “para evitar o desperdício de alimentos”.

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