As 10 tendências do futuro do Turismo
10 factores que irão influenciar o sector nos próximos anos, apresentados num estudo da Horwath HTL.
Inês Pereira
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São dez os factores que irão influenciar a forma como a indústria do Turismo se irá comportar nas próximas décadas, a nível mundial. A Horwath HTL , empresa de consultadoria dedicada a hospitalidade, com foco em hotéis, turismo e lazer realizou este estudo que apresenta as 10 maiores tendências do sector.
Novos perfis de turistas, novos destinos, novas classes sociais, questões políticas, tecnologia, fidelização, saúde e sustentabilidade, vão decidir o comportamento do sector a médio e longo prazo.
Com o maior peso na influência do comportamento do mundo do Turismo estão os perfis dos novos viajantes. São três os novos conceitos que definem os turistas, dos mais idosos aos mais jovens, o sector terá de se readaptar às exigências destes mercados.
Os “Silver hair tourist” terão um peso cada vez maior no sector. Espera-se que a população idosa aumente acima dos 100 mil milhões de cidadãos, na China, Índia e Estados Unidos da América, em 2050. O “silver hair tourist” está disposto a gastar dinheiro, é um viajante activo, gosta de serviços personalizados, conforto e experiências que o façam sentir “jovem”. Saúde e bem-estar são duas das principais razões para viajar, pois, este tipo de turista, gosta de actividades estimulantes física, psicológica e espiritualmente.
Já os turistas com o perfil denominado Geração Y ou ”Millennials”, devem vir a representar 50% dos viajantes em 2025. São turistas que procuram experiências interactivas, emocionais e que permitam explorar.
Por outro lado o turista da Geração Z ou “iGen” é mais jovem, mais informado, com grau elevado de escolaridade, com estilo de vida dinâmico, adepto das tecnologias e redes sociais. É um tipo de turista que gasta o seu dinheiro rapidamente e que procura informações em tempo real.
O crescimento da classe média a nível mundial também terá grande influência no funcionamento do Turismo. Prevê-se que esta classe atinja os 3,2 mil milhões de pessoas, em 2020 e quase 5 mil milhões de pessoas em todo o mundo, em 2030.
Fazendo parte da classe média, o viajante internacional passará a procurar cada vez as companhias low cost, procurar também descontos e o sector terá de se adaptar a novas culturas, pois será na China e na índia que a classe média irá aumentar. Terão de existir produtos que “respeitem” os hábitos destes mercados. Um dos exemplos será a comida vegetariana e alguns símbolos que poderão ser “ofensivos”.
Os novos destinos estão na Ásia, América do Sul Europa de leste e África.
Terrorismo e instabilidade política também terão um peso importante na escolha da viagem. A segurança é uma das questões mais importantes.
A tecnologia já faz parte integrante da vida das pessoas e a internet alterou a forma como o turista vive a sua viagem. O seu percurso começa com a internet, com a pesquisa e reserva, continua com a partilha dos momentos e experiências e termina com o feedback que lhe é solicitado.
A forma como é feita a Fidelização do cliente também terá de se alterar, uma vez que o perfil do turista está a mudar, o estudo da Horwath HTL recomenda que se conquistem clientes com a oferta de serviços e não de cartões de pontos ou de clientes.
Serviços esses que poderão ir ao encontro do penúltimo factor que irá mudar o desenvolvimento do Turismo, como o são a Saúde e o Estilo de vida Saudável. Spas, ementas com alimentação saudável, actividades com exercícios terão de fazer parte de muitos pacotes de férias.
Por fim, a Sustentabilidade. Recomenda, este estudo, que todos os sectores deverão funcionar em consonância. Os turistas deverão respeitar os locais, a cultura e o ambiente, bem como os viajantes precisam de se sentir parte integrante do meio que visitam.