Autarcas algarvios reforçam posição contra extração de petróleo ao largo do Algarve
Presidente da ENMC, Paulo Carmona, garantiu que antes de 2020 nunca haverá exploração de hidrocarbonetos em Portugal.
Publituris
Bairro Alto Hotel nomeia nova diretora-geral
“Vê-se mesmo que são do Norte” ganha bronze nos New York Festivals
Macau regista mais de 8,8 milhões de visitantes no primeiro trimestre do ano
INE lança plataforma interativa para estatísticas do Transporte Aéreo
Presidente da Emirates explica consequências da tempestade e garante normalidade dentro de “mais alguns dias”
Mais de 1,5 milhões de passageiros sofreram atrasos nos aeroportos portugueses no 1.º trimestre de 2024
NH Hotel Group passa a designar-se Minor Hotels Europe & Americas
AHRESP revela finalistas da sua 8ª edição de prémios esta terça-feira
Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024
United Hotels of Portugal promove-se no Brasil
Os autarcas algarvios renovaram hoje o seu voto de protesto contra a eventual exploração de petróleo na região e prometeram tudo fazer para reverter o processo, após uma reunião com a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC).”Discordamos do modelo de exploração de petróleo no Algarve, queremos uma região de energias limpas e que tenha todo o ano um setor turístico forte”, disse aos jornalistas o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, após a reunião, que durou cerca de duas horas.
Por seu turno, o presidente da ENMC, Paulo Carmona, garantiu que antes de 2020 nunca haverá exploração de hidrocarbonetos em Portugal, “mesmo que se descobrisse alguma coisa no próximo ano” e também, caso se verifique nas sondagens haver petróleo. Se o estudo de impacte ambiental for negativo, não se avança para a exploração, sublinhou.
“Se o estudo de impacto ambiental for negativo não se pode avançar para a exploração e o contrato tem resolução imediata”, afirmou, acrescentando ainda não estar prevista, em Portugal, a utilização da técnica de fraturação hidráulica, também conhecida como “fracking”, para extrair gás ou petróleo do subsolo, publica a Lusa.
Paulo Carmona sublinhou que as técnicas de sondagem utilizadas são as convencionais e semelhantes àquelas utilizadas para sondar a existência de água no subsolo, embora para a prospeção de hidrocarbonetos sejam feitas a maior profundidade.
Segundo aquele responsável, entre as sondagens e o momento da exploração decorre, no mínimo, um período de quatro anos, prevendo-se que as prospeções se realizem no próximo ano, em junho e em setembro.
“Se há ou não petróleo no Algarve ninguém sabe, o concessionário desse contrato vai verificar se há ou não petróleo, se houver, terá que apresentar estudos e terão que ser feitas consultas públicas e aos autarcas”, resumiu.
De acordo com informação publicada no site da ENMC, em mar alto, no Algarve, foram adjudicadas quatro concessões, atualmente todas detidas pelo consórcio Repsol/Partex.
As concessões, classificadas como “deep offshore” (em mar alto), estão distribuídas pelas áreas denominadas “Sapateira” e “Caranguejo”, no Barlavento (Oeste algarvio), e nas áreas “Lagosta” e “Lagostim”, no Sotavento (Leste).
Para a prospeção e eventual exploração de petróleo em terra (“onshore”), foram assinados em setembro passado contratos para duas áreas de concessão, Aljezur e Tavira, com a empresa Portfuel, Petróleos e Gás de Portugal Lda.