Costa Ferreira fecha congresso com balanço do mandato
Presidente da APAVT defende promoção “com mais intervenção privada.” Eleições na associação acontecem a 15 de Dezembro.

Patricia Afonso
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O 40.º Congresso Anual da APAVT terminou esta segunda-feira, 8 de Dezembro, no Évora Hotel, na cidade homónima alentejana. O discurso de encerramento de Pedro Costa Ferreira, presidente da associação, ficou marcado pelo balanço do mandato que terminou precisamente neste dia.
Ao contrário do ano passado, não foi revelado o destino favorito APAVT 2015. Ao Publituris, Pedro Costa Ferreira revelou que a associação ainda está em contactos para definir qual será a escolha e o destino que vai receber o Congresso Anual no próximo ano.
No início do discurso de encerramento, o presidente da APAVT reiterou o seu apoio à CTP e falou da importância das temáticas abordadas ao londo dos quatro dias de congresso, nomeadamente a sustentabilidade, “porque está aqui o nosso futuro”; e o marketing digital, do qual, “mais do que o futuro, depende o próprio presente.” Já quanto à indústria aérea, um dos grandes desafios do sector nos próximos anos, “ficou absolutamente claro (…) que estão a chegar desenvolvimentos importantes; que os novos desenvolvimentos não são claros nem são confortáveis; que o debate, e a solução, é de âmbito mundial, obrigando-nos a acompanhar de forma próxima e proactiva toda esta evolução junto das organizações internacionais, concretamente junto da ECTAA.”
BALANÇO DO MANDATO
Este foi o último congresso daquele que é o primeiro mandato de Pedro Costa Ferreira, que deverá ser reconduzido nas eleições do próximo dia 15 de Dezembro.
No balanço que fez a este três anos, o presidente da APAVT destacou a elaboração da “nova ordem jurídica para o sector”; a “aposta no reforço da imagem de Portugal enquanto destino turístico”; e a realização dos congressos em território nacional, um percurso que aproximou a associação “das regiões de turismo, ajudando-nos a perceber as suas valências e, naturalmente, também algumas das suas fragilidades.”
Pedro Costa Ferreira destacou, igualmente, o “relacionamento com a indústria aérea”, em que “não tivemos negociações fáceis e é preciso ter a humildade de aceitar que, nesta áerea, simplesmente não existe, soluções que satisfaçam plenamente.” No que respeita as relações internacionais, o presidente realçou o trabalho com o Turismo de Macau; com o Brasil – com a “ajuda e cumplicidade constante da ABAV” -; com a ECTAA, ao acolher duas reiniões bianuaus e integrar uma das vice-presidências da confederação europeia; e, finalmente, a candidatura vencedora para acolher o congresso da DRV (congénera alemã) em 2015.
O mandato ficou também marcado pela “reestruturação financeira” da associação, que “está terminada” e “mais forte economicamente do que estava e mais capaz para enfrentar os próximos três anos.”
PROMOÇÃO TURÍSTICA
No discurso, Pedro Costa Ferreira aproveitou para falar da promoção e da polémica que envolveu o anúncio da associação nacional de promoção turística, feito preisamente no Congresso Anual da APAVT de 2014.
“Aprendi muito este ano, com este processo. Aprendi que quando se cavam trincheiras antes de se iniciar um diálogo, matamos um projecto sem saber se faz sentido ir em frente, e isso é mau; mas também aprendi que se não soubermos integrar todos os stakeholders , não estamos a ser nem inteligentes nem efectivos”, afirmou, ressalvando que continua a “acreditar que quem age de boa fé não deve temer mal-entendidos e muitos menos ataques mal intencionados. Deve simplesmente progredir no trabalho diário, de acordo com aquilo em que acredita.”
“Pessoalmente, continuo a acreditar num sistema de promoção com mais intervenção privada; e continuo a pensar que esta ideia não pode nem deve afastar ninguém. Ao contrário, deve ser uma oportunidade para integrar todos”, concluiu Pedro Costa Ferreira.