Turistas não comunitários gastam mais 9% no Freeport
Brasileiros, angolanos, russos e chineses são as nacionalidades que mais compras efectuaram no outlet.

Raquel Relvas Neto
Turismo de Portugal recebe galardão de “Melhor Destino” nos prémios Routes Europe 2025
AHETA homenageia associados e personalidades determinantes nos 30 anos de vida da associação
Explora I faz escala inaugural em Lisboa a caminho do Mediterrâneo
Egito estabelece meta de 30 milhões de turistas anualmente até 2028
Setor de viagens e turismo representa 11,4% do PIB dos países do Golfo
Atlanta mantém-se como aeroporto mais movimentado no mundo
Macau vai criar novas delegações de comércio e turismo no exterior para atrair turistas
Movimento de passageiros nos aeroportos portugueses com quebra ligeira em fevereiro
Arranca parceria entre Ryanair e Expedia
Turquia a caminho de bater novo recorde de turismo este verão
O Freeport, outlet localizado em Alcochete a 20 minutos de Lisboa, registou entre Julho de 2013 e Junho de 2014, último ano fiscal, um volume de negócios de 107 milhões de euros, um crescimento de 7,1%, alcançando assim um “novo recorde de vendas” no ano em que celebra o seu 10º aniversário.
O outlet registou um crescimento de 2,3% no número de visitantes (4 milhões de visitantes) e 2% no EBITDA, o que supõe 6,7 milhões de euros (dados provisórios).
Para este resultado, contribuiu na sua maioria o mercado nacional, segundo indicou Nuno Oliveira, director-geral do Freeport, num encontro com a imprensa, mas também o mercado de turismo não comunitário, que representa “20% no mínimo do volume de vendas”, com um crescimento de 9%, e o comunitário, com uma quota de 5 a 6% das vendas no último ano fiscal.
O responsável afirma que “somos o centro comercial com menor dependência do mercado nacional”, o que se reflectiu nos resultados do ‘outlet’ que não acompanharam a conjuntura económica nacional. Nuno Oliveira explica que as vendas em turismo no Freeport cresceram de 2% a 3% em 2007 para 20% em 2014. Nos últimos dez anos, o Freeport recebeu 133 nacionalidades diferentes. No entanto, os mercados brasileiro, angolano, russo e chinês são os que maior destaque têm ao nível de gastos efectuados no ‘outlet’, representando 85% dos turistas extracomunitários. Só o mercado brasileiro e angolano gastaram 6 milhões de euros cada, no último ano. São as lojas de marcas premium que retêm maior atenção por parte destes turistas, que representam 35% no seu volume. Nos turistas provenientes da Europa, destaque para Espanha, Alemanha, França e Dinamarca como os que mais despendem no espaço comercial.
O director-geral explica que “o turismo de shopping é uma realidade. Estudos apontam que 20% dos gastos dos turistas enquanto estão de férias é em compras”. O mesmos acrescenta ainda que “um terço dos gastos de turistas brasileiros em ‘shopping’ é feito no Freeport”.
Nos últimos dez anos, o Freeport registou um crescimento de 20% no volume de negócio dos seus lojistas de retalho ‘non-food’, o que se deveu ao facto de “termos sido capazes de aumentar o gasto médio de visitante” no outlet, explica o responsável. O gasto médio no Freeport situa-se nos 37 euros por visita, tendo registado um crescimento de 5% nos últimos 12 meses. Contudo, a média de gasto de um turista não comunitário no outlet situa-se na casa dos 190 euros.
Para os turistas, o Freeport tem disponível um shutle que os leva directamente do centro da cidade de Lisboa ao outlet, mas também oferece um centro de acolhimento para turistas onde tem ao dispor um ‘pack conforto’ com várias regalias. A este acresce ainda um balcão de ‘tax free’ onde os turistas extracomunitários podem efectuar o reembolso do IVA das suas compras superiores a 65 euros.