Modelo de promoção externa “ajustado à realidade do País”
O secretário de Estado do Turismo explicou que “o protocolo mantém as verbas do ano anterior”, mas que estão condicionadas à aprovação do OE 2014, podendo haver uma diminuição das mesmas.

Raquel Relvas Neto
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O modelo “transitório” de Promoção e Comercialização Turística Externa para 2014, cujo protocolo foi celebrado, esta terça-feira, em Lisboa entre o Turismo de Portugal, a Confederação do Turismo Português (CTP), as ERT e as Agências Regionais de Promoção Turística (ARPT), foi desenvolvido para ser “ajustado às novas realidades internas e externas”.
Na ocasião, Luís Matoso, administrador do Turismo de Portugal, explicou que este modelo aposta num alinhamento de estratégias entre os vários intervenientes e privilegia uma “concertação das estratégias de promoção turísticas a nível regional e nacional”, alinhando os Planos Regionais de Promoção Turística das ARPT com os objectivos do Plano Nacional de Promoção Turística. Os mecanismos de financiamento dos planos regionais mantém-se semelhantes ao anterior modelo de promoção externa.
O modelo prevê também uma articulação entre o turismo e outros sectores da economia, como a indústria e a cultura, com mecanismos de interacção, de forma a “alinhar as nossas linguagens e ter a noção que estamos todos a trabalhar ao mesmo tempo”, complementa Adolfo Mesquita Nunes.
O secretário de Estado do Turismo considera este um modelo “satisfatório, tendo em conta a realidade que se está a viver em Portugal”, mas que se assume como um modelo “transitório” para o que será implementado em 2015. “As transformações que gostaria de fazer não poderiam ser feitas em seis meses. Este é o modelo para 2014 que se aproxima das linhas para o modelo que defendo para 2015”, que terá uma duração de três anos. Para o executivo, “o novo modelo implica uma reorganização institucional que não se faz de um momento para o outro, estamos a trabalhar em conjunto com a CTP e com o TP na definição desse modelo para que seja eficaz.”
No que diz respeito às verbas do protocolo, o responsável pela pasta do Turismo explicou, aos jornalistas, que vão depender do que for aprovado no Orçamento de Estado, mas “aquilo que o protocolo diz é que se mantém as verbas do ano anterior condicionadas às alterações que possam surgir motivadas pela aprovação do Orçamento de Estado”, podendo haver uma diminuição das verbas.
Como já era conhecido, as empresas do sector turístico e as Entidades Regionais de Turismo (ERT) vão ter um envolvimento reforçado na estratégia de promoção internacional de Portugal ao longo do próximo ano, de forma a “reduzir progressivamente a intervenção directa do Estado no sector”. A partir do próximo ano, as ERT passam a ter assento no Conselho Estratégico de Promoção Turística (estrutura consultiva do Governo em matéria de promoção turística externa), aumentando a participação dos gestores dos destinos na definição e sustentação da sua oferta e na promoção do destino em Espanha. No âmbito da diplomacia económica, também a AICEP Portugal Global e a ANA Aeroportos de Portugal passam a estar representados neste conselho.