Sustentabilidade e coesão territorial entre as prioridades da região Centro
Em entrevista à Publituris, Pedro Machado explica quais as prioridades para os próximos de cinco anos do Turismo do Centro.
Raquel Relvas Neto
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Em entrevista à Publituris, Pedro Machado, que lidera a única lista candidata à presidência da comissão executiva do Turismo do Centro de Portugal, cujas eleições em assembleia-geral decorrem esta quarta-feira, 21 de Agosto, explica quais as prioridades para os próximos de cinco anos.
Quais são as prioridades da comissão executiva do Turismo do Centro para os próximos cinco anos?
As prioridades da comissão executiva da Turismo do Centro para os próximos cinco anos assentam em três vectores: o valor ao cliente, a sustentabilidade e a envolvente competitiva. Deste modo, e tendo em conta o novo quadro comunitário de referência estratégico para o período 2014 – 2020, a nossa estratégia abrange seis grandes eixos: a sustentabilidade e coesão territorial; o desenvolvimento e qualificação da oferta / produtos; a promoção do empreendorismo, inovação e diferenciação; a internacionalização e dinamização dos mercados externos; o marketing, promoção e comercialização; a investigação, desenvolvimento e formação.
Quais serão os desafios da entidade com a integração do pólo da Serra da Estrela, Turismo do Oeste e Leiria-Fátima?
A consolidação do destino Centro de Portugal através do reforço das marcas e produtos que a Serra da Estrela, Turismo do Oeste e Leiria-Fátima agregam. Dar coesão às submarcas e reforçar o plano de marketing regional.
Qual a estratégia que a região irá adoptar para se afirmar num dos três primeiros destinos portugueses?
A região é já um dos três principais destinos de férias dos portugueses, por isso a estratégia visa consolidar e aumentar a preferência da procura nacional, assim como simultaneamente, posicionar o Centro como um dos 3 destinos com maior captação de turistas estrangeiros.
Ao nível de mercados e segmentos, quais serão as prioridades?
De acordo com o INE, a região Centro representa o primeiro destino dos residentes e o 4º destino no que concerna à procura externa. A estrutura da procura externa em Portugal denuncia uma forte dependência de um número restrito de mercados emissores, nos quais se destacam o Reino Unido, a Alemanha, a França, a Holanda e Itália (excluindo-se nesta análise o mercado espanhol). Estes mercados são importantes para a estrutura da procura externa, no entanto, importa conhecer a evolução dos mesmos e avaliar o seu potencial de atracção, uma vez que já existe uma posição e um reconhecimento de Portugal, e particularmente da Região Centro enquanto destino turístico para estes mercados. Contudo, o desafio passa também por reforçar o conhecimento dos novos mercados emergentes que vão marcar a geografia do turismo mundial, para além dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), devendo identificar-se outros mercados que revelam dinâmicas de crescimento, como é o caso do México, ou de Angola, entre outros.
Quais as previsões de resultados deste Verão na região?
Tendo em conta os dados do último boletim de actividade turística publicado pelo INE, no dia 14 de Agosto, estamos certos que o Verão no Centro de Portugal vai continuar numa trajectória de crescimento e fechar com números positivos em toda a região, principalmente ao nível da procura interna.