“Living in Portugal” promove turismo residencial até 2014
O plano de acção, apresentado pelo Governo esta segunda-feira, representa um investimento de quase um milhão de euros e vai contar com diversas acções de promoção externa. A primeira acontece já em Fevereiro, em Londres.

Tiago da Cunha Esteves
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Portugal quer afirmar-se internacionalmente como destino de eleição para o turismo residencial. Nesse sentido, o Governo apresentou esta segunda-feira o plano de acção “Living in Portugal”, com uma plataforma online associada. O plano vai vigorar entre este ano e 2014, com diversas acções de promoção externa, num investimento de 828.000 euros. No total, há cerca de 10.000 casas em stock para venda.
Através do portal, disponível em seis idiomas (português, inglês, russo, árabe, francês e alemão, sendo que também está a ser preparada uma versão em chinês), qualquer cidadão estrangeiro interessado em comprar uma segunda residência em Portugal poderá encontrar toda a informação de que necessita e ver a oferta disponível.
O plano tem também como meta promover Portugal neste segmento e, por isso, já no final de Fevereiro será organizado um roadshow no mercado britânico (Londres), através do Turismo de Portugal, em parceria com a Associação Portuguesa de Resorts (APR). Depois, seguem-se acções na Alemanha, França, Rússia, Suécia e Holanda.
“Estamos longe de aproveitar todas as potencialidades do turismo”
Esta foi uma das ideias defendidas pelo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, que presidiu à cerimónia de apresentação do projecto, no hotel Altis Belém. “Portugal ainda não é muito competitivo nas vendas de segunda habitação e isso é algo que temos de inverter”, disse o ministro.
O sector estima que o turismo residencial tem um potencial de comercialização no Sul da Europa de 100 mil unidades por ano, mas Santos Pereira lembrou que a quota de Portugal é de apenas 4%, quando a de Espanha é de 45%. “Em Portugal, a venda de 4.000 imóveis por ano representa mil milhões de euros”, acrescentou.
O ministro defendeu ainda que “apostar no turismo residencial é apostar na economia portuguesa” e “no combate à sazonalidade”, destacando a importância da plataforma online para o acesso à informação.
Cinco objectivos
O presidente do Turismo de Portugal, Frederico Costa, resumiu em cinco as metas a alcançar com o “Living in Portugal”: divulgar Portugal, combater a sazonalidade, sustentar a capacidade aérea, apoiar as empresas e escoar a oferta existente.
Nesse sentido, disse que será fundamental apoiar a venda, através dos workshops acima referidos, e promover a visita de prescritores a Portugal.
“É preciso continuarmos a ser um país seguro”
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, também esteve presente na apresentação e sublinhou o facto de Portugal ser um destino seguro. “Continuarmos a ser um país seguro é um activo estratégico de que não podemos prescindir”, afirmou. “Portugal é dos países da Europa com uma menor taxa de criminalidade e isso é importante para ‘vender’ o país a quem quer aqui viver e investir”, complementou.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, disse que “Portugal pode ter muito a ganhar” neste segmento, que considerou “estratégico” e importante para atenuar a sazonalidade.