ANERT critica ante-projecto da reforma do turismo regional
A Associação Nacional de Entidades Regionais de Turismo acusa o Governo de despromover políticas de emprego e prevê uma “confusão” entre os campos de acção de cada uma das futuras Entidades Regionais de Turismo.
Tiago da Cunha Esteves
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A direcção da Associação Nacional de Entidades Regionais de Turismo (ANERT) lamentou esta quarta-feira não ter sido ouvida no âmbito do ante-projecto de proposta de lei de alteração do regime jurídico das áreas regionais de turismo e das Entidades Regionais de Turismo.
“Se dentro destes conceitos recebemos o texto meramente ‘para informação’, imaginemos o que seria se tanta paz e harmonia não pairassem nos céus”, ironizou a direcção, numa nota divulgada e assinada pelo presidente, António Pina.
Para a ANERT, há dois pontos que merecem maior preocupação: o modelo de governação e a situação dos trabalhadores. “Sobre o primeiro ponto, a ANERT alerta para a trapalhada que existirá de órgãos com competências mal definidas e que se contaminarão. A manter o modelo ‘Direcção não executiva + Director-executivo + Conselho de Marketing’, estará instalada a confusão entre os campos de acção de cada um desses órgãos das Entidades Regionais de Turismo”, defende.
Na parte que diz respeito aos custos com pessoal, a ANERT questiona-se: “Ora, estará então em causa uma redução de pessoal de 50% no primeiro ano, acrescida de 15% nos três anos seguintes?”, acusando o Governo de despromover políticas de emprego. “Para enganar a opinião pública, quer passar-se a ideia de uma poupança de 2,5 milhões de euros na área do pessoal à custa do corte nas remunerações dos dirigentes, quando a verdade é outra: o grosso dos cortes far-se-á por conta de reajustamentos através do regime da mobilidade – leia-se despedimentos encapotados”, acusa a associação.
No sentido positivo, a ANERT concorda com a ideia de que “uma única Entidade pode e deve conter em si a promoção interna e externa dos destinos compreendidos na respectiva área regional de turismo; concorda com a redução do número de dirigentes remunerados, bem como com o reforço da cooperação com o Turismo de Portugal e com a Secretaria de Estado do Turismo em termos concretos, e não como intenções estratosféricas”.