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Terminal de Cruzeiros de Goa abre em Junho

Goa tornou-se num destino incluído nos roteiros de um crescente número de operadores internacionais.

Humberto Ferreira
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Terminal de Cruzeiros de Goa abre em Junho

Goa tornou-se num destino incluído nos roteiros de um crescente número de operadores internacionais.

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Ultimam-se no porto de Mormugão, na Índia, os trabalhos do novo terminal de cruzeiros, a abrir em Junho. No ano passado, Goa recebeu 22 escalas de cruzeiros internacionais, com cerca de 20 mil turistas.

A MPT – Mormugao Port Trust anuncia que o novo cais terá 450 metros e receberá navios até 9,5 metros de calado, esperando aumentar significativamente o movimento de navios e de turistas, para animar a economia local.

Goa tornou-se num destino turístico incluído nos roteiros de um crescente número de operadores internacionais. A MPT estima que cada passageiro de cruzeiros despenda, durante as escalas médias de 12 horas em Mormugão, em excursões, compras e refeições, cerca de 400 dólares (cerca de 306 euros).

 

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Foto: Depositphotos.com

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O agente de viagens não vai “morrer” com a IA, mas atenção!

A Inteligência Artificial (IA) chegou também ao mundo das viagens, mas os especialistas garantem que o agente de viagens, mais uma vez, não vai “morrer”, pois soube sempre adaptar-se, ao longo dos tempos, às novas tecnologias. No entanto, há novos desafios que se colocam e a classe tem de estar atenta. Pela pertinência do tema, a própria Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) vai esmiuçar o assunto no seu 48.º Congresso, a realizar de 30 de novembro a 2 de dezembro, no Porto, porque quer entender o impacto da IA neste setor.

Esta não será a primeira vez que o Publituris aborda o tema das novas tecnologias nas viagens e turismo, assunto que também o setor da distribuição encarou sempre de frente. Os desafios que se colocam agora com a Inteligência Artificial (IA) têm vindo à baila e vários especialistas têm vindo a dar a sua opinião, com várias empresas a tomar medidas para colocar as ferramentas necessárias ao serviço deste setor.

O Publituris falou com alguns especialistas do setor para entender o que é isto de Inteligência Artificial e como é que o fenómeno pode ou não “mexer” com o setor da distribuição no turismo.

Miguel Quintas, considerado um especialista em matéria de novas tecnologias no nosso país afirmou que, no geral, os agentes de viagens “ainda não estão preocupados” com o impacto da IA, mas “estão a tomar consciência que está aí algo que afeta o seu negócio”, adiantando que o grande problema está “em saber o que fazer e como fazer”.

Realça que, para se tirar alto proveito da IA o know-how e investimento a realizar são grandes, em particular no que toca a integrar as ferramentas e os automatismos. “Este processo terá de ser realizado por grandes empresas tecnológicas ou através de consórcios empresariais devido ao elevado investimento necessário”. Até lá, “usamos manualmente o que amanhã estará facilmente automatizado”, disse.

Hoje CEO do Consolidador.com e Chairman da Airmet, mas que também já foi representante da Amadeus em Portugal, bem como de outras empresas que trouxeram novas tecnologias na área das viagens ao nosso país, Miguel Quintas aponta que “todos os momentos de disrupção tecnológica ou cultural que a humanidade tem vivido trazem consigo uma certeza que é, onde há riscos há oportunidades”.

Mas, “o agente de viagens não vai desaparecer e a IA pode ser um excelente auxiliar para o próprio, nomeadamente no apoio ao cliente, conhecimento de destinos ou informação de caráter generalista em tempo real”. Isto tudo combinado “com o conhecimento e inteligência humana e emocional que nós pessoas temos, são fatores que o cliente ainda vai necessitar, desejar e pagar por elas”.

O gestor está convicto de que “o desenvolvimento progressivo da Inteligência Artificial venha a ter um impacto tremendo no mundo ao nível das principais revoluções tecnológicas que assistimos nos últimos séculos” para destacar que “hoje mesmo já estamos a assistir ao princípio dessa revolução e dado o impacto direto no desenvolvimento da humanidade, ela é obrigatoriamente transversal a todos os setores económicos entre o quais se encontra o turismo e como consequência a sua distribuição”.

Por isso, da forma como a IA tem evoluído “acredito que os principais riscos no curto prazo serão retirar valor ao conhecimento de informação geral e detalhada que o agente de viagens proporciona ao seu cliente final, assim como na automação de alguns dos processos manuais ainda realizados pelo próprio agente”, disse.

No longo prazo “o risco coloca-se na perspetiva de como a IA pode dar ao viajante a solução imediata de chave-na-mão de todo o processo de inspiração, escolha, reserva e acompanhamento de uma viagem”. É possível acontecer, e “não estamos a muitos anos disso”, até porque “as oportunidades surgem justamente em tudo o que não é possível automatizar e essas estão essencialmente no campo da relação humana, da resolução de falhas técnicas, da segurança e legalidade e da especialização do conhecimento”.

O impacto prevê-se enorme
Miguel Quintas reconhece que “o impacto da Inteligência Artificial será enorme” e “estamos ainda nos primórdios do que pode ser”, mas considera que “estamos perante a quinta “revolução industrial” e hoje mesmo ela já nos afeta”. No entanto, “como não está regulada mundialmente não sabemos onde irá parar”. Deu como exemplo uma experiência pessoal: “As minhas férias familiares há semanas visitando um país ao qual nunca tinha ido. Todo o roteiro foi organizado via ChatGPT pelo meu filho de 18 anos. Tudo correu lindamente e de acordo com o esperado. O que falhou? O típico: Todos os procedimentos ainda não automatizados pela IA, o aconselhamento profundamente especializado do destino e alguém que me diga “tu não vais gostar disto e vais adorar aquilo”.

Por sua vez, Ricardo Correia, diretor Comercial da TravelGEA, está convicto que “o turismo adaptar-se-á, como sempre o fez”, sublinhando que “somos uma indústria de emoções e não vejo nos próximos tempos podermos substituirmos a emoção de viajar por um qualquer produto virtual. Durante a pandemia falamos muito em viagens virtuais, mas vemos qual a penetração de mercado desse produto. Assim que possível as pessoas voltaram a viajar fisicamente, porque nada o substitui”. Portanto, o que prevê acontecer é uma adaptação rápida de novos paradigmas, apontou.

O profissional avançou também que “todas os agentes de viagem estão conscientes da existência da IA”, mas hoje em dia “é uma buzz word, com imensa desinformação associada também. Há alguma preocupação a implementar de alguma forma a IA nos processos, o que também pode levar a algum atabalhoamento na forma e modelo de implementação”, alertando que “não podemos ser lentos a adaptarmo-nos, mas também não podemos tomar decisões sem informação e estratégia”.

O agente de viagens não vai desaparecer e a IA pode ser um excelente auxiliar para o próprio, nomeadamente no apoio ao cliente, conhecimento de destinos ou informação de caráter generalista em tempo real” – Miguel Quintas (Consolidador.com / Airmet)

Da mesma opinião é Ginés Martínez, CEO da Jumbo Tours, em recente entrevista a uma publicação espanhola: “A inteligência artificial é algo que definitivamente está dentro do nosso campo de aplicação e há equipas a trabalhar nisso há anos. É uma parte inerente das necessidades do negócio. Vamos ter de usar IA e de facto já estamos a usar para automatizar processos e melhorar o relacionamento com os consumidores. Principalmente na velocidade de resposta, para poder atendê-lo melhor e ter mais capacidade de assumir volumes de trabalho. Onde eu acho que ainda existe uma lacuna, que temos de preencher, é usar essa tecnologia para gerar conteúdo suficientemente atrativo para o cliente”.

E continua: “É verdade que se disser à IA que quero passar cinco dias em Roma, ela lhe dará uma rota completa. Isso é ótimo, acelera o tempo de pesquisa. Mas não podemos esquecer que o papel do agente de viagens e do operador turístico vai muito além. Isto porque, em primeiro lugar, um agente de viagens pré-seleciona tudo isso e tem uma compreensão profunda do que está a oferecer ao cliente. Mas também ajuda a chegar ao destino e nas melhores condições: reservando bem os produtos e serviços, aproveitando as melhores ofertas… Aqui o vejo como um substituto”, defendeu, mas contraria o evento Phocuswright Europe 2023, em que alguns especialistas dão como certo, que a inteligência artificial pode ser “o próximo agente de viagens, quase humano”.

Tudo depende da utilização
A conferência também passou a mensagem de que a AI pode se tornar no próximo escritório de informações turísticas. Mas “o valor dos escritórios de informações turísticas ou agentes de viagens não pode ser replicado com inteligência artificial. A IA é uma coleção de dados de diferentes fontes e, com as informações que o cliente pode fornecer, ela cria uma resposta. Mas o utilizador tem de saber muito bem como perguntar à AI para que a resposta seja adequada. Já o agente de viagens tem essa informação de quem é o seu cliente, o que quer, os seus gostos, perceções, experiências anteriores… Uma série de coisas que é impossível incluir, desde o início, numa consulta simples”, realçou.

Se já se pode falar da IA como o próximo agente de viagens quase humano, Ricardo Correia assume que “depende da utilização que dermos à IA. Se deixarmos o nosso fator humano de lado (porque não temos tempo, porque não nos apetece, porque não sabemos, por qualquer motivo), então sim, tornamo-nos interfaces tecnológicos e como disse, há alternativas bem melhores que isso”.

Entretanto, “se conseguirmos integrar as mais valias que a IA tem, no processamento de dados, geração de previsões, etc. com a capacidade de criação e de empatia do ser humano, então não creio que os agentes de viagens vão ser substituídos”, ou seja, possivelmente, o agente de viagens “terá que ser menos tecnológico e dedicar-se mais a conhecer o produto e o cliente”.

A IA na sua essência “dar-te-á o que é mais provável que aquela pessoa goste, mas a IA não consegue interpretar linguagem não verbal, não consegue sentir empatia, o que nos permite criar uma experiência de viagem única para aquele cliente”, frisou.

Novas tecnologias para empresas de turismo
Se os agentes de viagens em Portugal já se estão a preocupar com esta questão e a implementá-la, Paulo Dias, Senior Manager da Unidade de Indústria e Consumo da Minsait em Portugal, refere que, existe “um caminho a fazer, mas a preocupação já vem de longe e há já vários anos que a Minsait, uma empresa da Indra, trabalha com alguns clientes do setor em Portugal, na implementação de soluções inovadoras, que permitem melhorar a ocupação hoteleira e as viagens em Portugal”.

No entanto, em sua opinião, seria um pouco exagerado falar da IA como um agente de viagens. “Embora a IA permita ferramentas valiosas para melhorar a eficiência e a qualidade do atendimento ao cliente nas agências de viagens, será sempre importante a existência de uma presença humana para assistências mais complexas ou respostas mais personalizadas que exijam o conhecimento e a experiência de um agente de viagens”, disse.

Num artigo publicado pelo vice-presidente executivo da Amadeus Cytric Solutions, Rudy Daniello, ao que o Publituris teve acesso, diz sobre a matéria, que hoje “já existem alguns pontos-chave que podem ser afirmados com alguma certeza”. Desde logo refere que “os modelos GPT – e o campo mais amplo de ‘inteligência artificial generativa (IA)’ – todos têm possibilidades tremendas. A tecnologia, embora não seja nova, tem o potencial de transformar a vida cotidiana e, assim, criar um enorme apetite e preocupações”.

Explica que o chatbot (que já existe há algum tempo), ao compreender e gerar linguagem natural semelhante à humana de maneira tão impressionante, tornou-o amplamente adotado”, mas “o ChatGPT realmente conquistou o mundo, correndo para acumular 100 milhões de utilizadores ativos mensais em apenas 40 dias, com milhões a mais a inscreverem-se a cada mês”, frisando que a ferramenta é inovadora devido ao grande volume de dados com os quais foi treinada – supera os chatbots anteriores em ordens de magnitude”.

O turismo adaptar-se-á, como sempre o fez. Nós somos uma indústria de emoções e não vejo nos próximos tempos podermos substituirmos a emoção de viajar por um qualquer produto virtual” – Ricardo Correia (TravelGEA)

Este responsável da Amadeus indica que o ChatGPT 3 foi treinado com 17 mil milhões de parâmetros treináveis e 45 terabytes de dados, por exemplo. Para referência, o Telescópio Espacial Hubble gera 10 terabytes de dados por ano. Em outras palavras, o ChatGPT leu mais texto do que um milhão de pessoas lerão nas suas vidas juntas.

Paulo Dias sublinha que “as possibilidades oferecidas pela IA à indústria do turismo são inúmeras e não faltam exemplos do papel que ela já desempenha neste setor” para lembrar que “o contexto vivido pelo setor do turismo nos últimos anos acelerou a digitalização de processos e operações no turismo. A utilização maciça de canais digitais está a impulsionar novas tendências na oferta e no consumo de serviços, e agora o principal objetivo é proporcionar uma boa experiência ao cliente”.

Assim, “através da experiência e conhecimento do cliente (customer centric), graças à gestão de dados e à analítica avançada, os operadores turísticos devem personalizar as suas comunicações e conteúdos na Web para se aproximarem dos visitantes, de modo a poder responder às suas exigências em qualquer momento”.

O Senior Manager da Unidade de Indústria e Consumo da Minsait em Portugal, empresa da Indra especialista em transformação digital e tecnologias da informação, indica que as ferramentas de IA estão, cada vez mais, “ao alcance de todos e em particular se falarmos do ChatGPT. Sendo um modelo de linguagem avançado, ele pode ser um dos principais atores da IA neste setor, por exemplo, através de chatbots no atendimento ao cliente, no suporte a reservas, recomendações de viagens ou qualquer outra informação que o turista pretenda”, mas não obstante, “é preciso ter em conta que, como ferramenta, o ChatGPT não está atualizada ao instante e as informações podem não estar suficientemente atualizadas”.

O responsável aponta ainda que, as soluções baseadas em Inteligência Artificial e aprendizagem automática para a comunicação assistida pelo cliente “serão essenciais neste setor, que também contará como outras tecnologias como a realidade virtual, aumentada e mista que permite aos visitantes desfrutar de experiências imersivas e únicas e que os envolvem na arte e na cultura como mais do que meros espetadores passivos”.

Componente pessoal ainda acima de tudo
É aqui que Miguel Quintas é perentório, até porque também é um agente do setor. “O agente de viagens não vai “morrer”, e “ainda é muito cedo considerar que a IA é o próximo agente de viagens, até porque a componente pessoal, de segurança, de inteligência emocional, de resolução de problemas técnicos, etc. ainda estará na mão do próprio agente de viagens”, mas aponta que “vai ser um competidor em algumas franjas do trabalho do agente de viagens. Assim como, de igual forma pode ser um excelente auxiliar para o próprio agente, nomeadamente no apoio ao cliente, conhecimento de destinos, informação de caráter generalista em tempo real”, destacou em declarações ao nosso jornal.

A empresa que representa e o próprio Paulo Dias defendem que o turismo “é um dos setores que mais desafios apresenta às novas tecnologias pelo seu potencial de desenvolvimento a curto, médio e longo prazo”, por isso, o responsável acredita que o “crescimento do turismo nos últimos dois anos reflete bem o impacto que a Inteligência artificial, assim como outras tecnologias, está a ter neste sector”.

Para este responsável da Minsait em Portugal, quando se diz que “os dados são o novo petróleo”, pode parecer exagerado, mas hoje em dia, tudo está relacionado com os dados, a experiência do cliente e a integração do mundo físico e digital são a base para um turismo inteligente ao alcance de todos”.

Lembra que as cidades que mais investirem em soluções de Smart Tourism poderão ter mais facilidade na captação de visitantes, e que “estas Plataformas de Destino Inteligente devem ser concebidas como uma solução que inclua todas as dimensões do destino, com uma abordagem baseada na inteligência e na utilização de dados, na integração de todos os atores e sistemas através de soluções interoperáveis e abertas, num modelo de interterritorialidade e coesão interadministrativa, e que possa ser escalada através de parcerias público-privadas”.

Admite que, nos próximos tempos “assistiremos a investimentos significativos em áreas como a virtualização, a agregação de serviços em dispositivos pessoais, a interação homem-máquina em toda a cadeia de valor da hotelaria, a utilização da Inteligência Artificial para adaptar os serviços ao perfil do cliente e a melhoria da gestão dos ambientes para aumentar a segurança e a rentabilidade”.

Explicou ao nosso jornal que a análise das informações recolhidas já permite, por exemplo, “oferecer soluções personalizadas aos turistas assim como prevenir fenómenos que podem ter um impacto negativo na experiência turística”, assumindo que, na Minsait “estamos empenhados em criar uma Plataforma de Turismo Inteligente que possa responder aos desafios dos destinos de forma integrada e ajudar a criar destinos inteligentes, sustentáveis, seguros e resilientes”.

No relatório “Smart Tourism: A path to more secure and resilient destinations”, da Minsait e da SEGITTUR (que também se aplica a Portugal), defende-se a implementação de Plataformas Inteligentes de Destinos Turísticos que incluam todas as dimensões do destino, de modo a poder responder aos seus desafios de forma integrada. Entre as suas capacidades, integrariam uma gestão unificada através de sistemas orientados por dados que recorrem a modelos de inteligência distribuídos para extrair informação da forma mais qualitativa possível.

Na área de Hospitality, onde a tecnologia também tem um papel importante, a Onesait Travel, uma oferta global da Minsait para o setor do turismo, é, segundo disse, um exemplo destas tecnologias de ponta, que otimiza a gestão de hotéis e companhias aéreas para melhorar a experiência dos viajantes e adaptar as suas operações às novas exigências dos turistas. Esta oferta já geriu mais de 20 milhões de reservas em 33 países. Os sistemas da empresa já foram implementados em mais de 4.000 hotéis e entre os seus clientes, presentes na “Travel Summit”, incluem-se algumas das mais importantes cadeias hoteleiras do mundo, com referências na Europa, América e Ásia.

“Temos de avançar para o “turismo do futuro”: um novo modelo de turismo que seja sustentável e seguro, inclusivo e resiliente, que celebre as culturas e identidades locais, que proporcione benefícios económicos e sociais, que ajude a preservar o ambiente e que utilize as TIC e as tecnologias renováveis como principal motor do planeamento do Turismo de Destino”, é a proposta desta empresa.

Alguns exemplos já em prática
O recente aparecimento do ChatGPT veio mostrar a projeção que a inteligência artificial (IA) tem tanto para as empresas como para os utilizadores particulares, bem como para o setor das viagens. “A inteligência artificial vai revolucionar absolutamente tudo”, diz Amuda Goueli, fundador e CEO da agência de viagens online Destinia, que a incorporou ao seu processo de reservas para melhorar e personalizar a experiência do utilizador.

Amuda Goueli lembra que “há anos começamos com big data. Existiam grandes servidores onde eram armazenadas muitas informações, mas não havia máquinas ou programas para processá-las”. Mais tarde, foram incorporadas ferramentas como o blockchain ou bots, mas estes “ficaram aquém porque as respostas são programadas. Agora, com a inteligência artificial, essa dinâmica muda, não tem programador envolvido”.

Nesse sentido, a Destinia desenvolveu a Desta, que ainda está em fase de teste, e focada num único produto: reservas de hotéis. Ainda não se encontra aberto no site da OTA, mas os consumidores que o pretendam utilizar apenas têm de se registar e começar a interagir até efetuarem as suas reservas.

“A diferença entre um agente de viagens tradicional e a máquina é que um agente não conhece todos os destinos do mundo. É impossível ter tanta informação em tão pouco tempo, mas a máquina, sim”, explica o CEO da Destinia, para acrescentar que “o buscador tradicional como conhecemos está a tornar-se obsoleto. A IA veio para ficar e devemos aproveitar todos os seus benefícios para melhorar a vida das pessoas. Graças à inteligência artificial, conseguimos implementar uma ideia que tínhamos imaginado para um muito tempo, muitos anos. Esse futuro chegou e veio para ficar “, referiu Amuda Goueli.

Dos safáris em Uganda à descoberta das paisagens da Islândia, a plataforma de viagens Worldface já usa inteligência artificial e criou o avatar Petra, um especialista em viagens virtuais, capaz de responder às solicitações individuais dos utilizadores, e recomendar os destinos mais cativantes com base no período e nas preferências do cliente.

“O valor da IA e do Petra, neste caso específico, consiste na capacidade de ser empático, de ser multilíngue e de responder tanto na forma escrita quanto oral – diz Veronica Del Priore, especialista em Comunicação da QuestIT – Justamente por isso é capaz de se comportar como um verdadeiro consultor de viagens em carne e osso”.

Prós e contras
Não há dúvida que a IA está cada vez mais presente nas nossas vidas, mas sobretudo na área do turismo. A Hosteltur deu, recentemente, três exemplos. Várias vezes citamos a Hosteltur neste artigo porque, em Espanha, o assunto da IA no setor das viagens tem vindo à baila todos os dias, e o jornal espanhol tem estado muito atento.

A plataforma francesa de viagens com vários produtos Digitrips lançou um serviço intuitivo de assistente virtual baseado em ChatGPT, oferecendo aos viajantes conselhos sobre viagens e destinos em 11 idiomas. A nova funcionalidade, desenvolvida pela sua subsidiária de soluções móveis mTrip, está a testar no seu aplicativo MisterFly e em breve estará disponível para clientes B2B através da versão white label do aplicativo.

Por sua vez, a Ciceroneai.com é a IA espanhola que fala 95 idiomas. Ciada pela startup de Málaga iUrban.es, ajuda a organizar uma viagem em segundos como se fosse um local, personalizando a resposta graças ao ChatGPT. Mas também está conectado aos sites de organizações oficiais de turismo para fornecer informações verdadeiras em todos os momentos e, assim, evitar respostas incorretas. Basta escolher o destino e o planner personaliza a viagem do turista de acordo com o número de dias de estadia, interesses e perfil do viajante (família, companheiro, trabalho, etc.), criando um roteiro com os elementos a visitar, atividades e eventos com o preço mais barato, e no seu idioma, podendo fazer alterações em tempo real e propor sugestões adaptadas ao turista. Tem ainda um chatbot gratuito ligado ao ChatGPT para esclarecer qualquer dúvida, como um posto de turismo aberto 24 horas por dia.

A Ciceroneai já está disponível em Madrid, Barcelona, Valência e Palma; cidades às quais se somarão Málaga, Sevilha, Granada e Bilbao, com o objetivo de chegar a vinte em Espanha até o final do ano e 50 internacionalmente.

Por sua vez, a AI Trips, já operacional em mais de 15 países, usa algoritmos avançados que analisam e processam uma ampla gama de dados em tempo real, graças à combinação de 12 tecnologias desenvolvidas pelo Travel Compositor. Assim, desde as preferências do utilizador à informação sobre destinos, meteorologia, acontecimentos locais, etc., permite que cada viagem seja única e personalizada, oferecendo respostas e resultados adaptados às necessidades individuais do viajante e permitindo-lhe avançar em poucos cliques de uma única pergunta para a próxima reserva de viagem.

Estamos empenhados em criar uma Plataforma de Turismo Inteligente que possa responder aos desafios dos destinos de forma integrada e ajudar a criar destinos inteligentes, sustentáveis, seguros e resilientes” – Paulo Dias (Minsait)

O motor já foi implementado em sites de empresas como a espanhola OTA Central de Vacaciones, a portuguesa Interpass, as operadoras de turismo italianas Amareitalia e Orizzonti, as mexicanas Es viajar e Viajes Lili, as argentinas TipTravel e Delfos, a jordana-turca Trave One, a rede pan-europeia de agentes de viagens Evolution Travel, e o recetivo italiano Acetours, entre outros.

A IA impactará o setor nos próximos cinco anos, segundo 97,8% dos executivos recentemente entrevistados pela Euromonitor International.

Em cinco anos, veremos um boom no uso de ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT pelos viajantes para planear os seus itinerários, de acordo com o estudo realizado pela Euromonitor International “Voice of the industry: travel survey”. A sua disponibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana e acessibilidade de qualquer lugar do mundo, simplesmente com uma conexão à Internet e de qualquer dispositivo, estão por trás deste aumento maciço do seu uso, como destacou a sua responsável de Pesquisa de Viagens e Turismo, Caroline Bremner .

A Expedia anunciou em abril passado a sua colaboração com a OpenA. Desta forma, oferece recomendações personalizadas como um assistente virtual, fornecendo resultados relevantes em buscas de hotéis e dicas do que fazer no destino.

A Kayak e a OpenTabl, ambas integrantes da Booking Holding, assim como TripAdvisor, GetYourGuide e Klook, também apostaram em novidades com o ChatGPT. O Trip.com integrou ao TripGen o seu chatbot de IA recém-lançado que oferece planeamento e assistência de itinerário em tempo real, além de conselhos sobre reservas antes da viagem.

Mais integrações inevitavelmente se seguirão, de modo que as fases de planeamento e reserva da viagem sejam perfeitamente intercaladas, dependendo do acesso em tempo real à funcionalidade de reserva. A IA generativa, conforme aponta o Euromonitor, “está apenas no início da sua jornada, oferecendo aos consumidores o que o Airbnb chama de “o melhor concierge”.

No entanto, a segurança e a proteção do consumidor devem estar acima de tudo. Líderes de tecnologia como Elon Musk recentemente pediram uma pausa no desenvolvimento da IA para evitar riscos à humanidade, incluindo a possível extinção da superinteligência, alegando que a corrida da IA estava fora de controlo e era necessário tempo para permitir que a política dos governos se atualizasse.

Nesse sentido, o especialista lembrou que “os agentes de viagens enfrentaram uma grande disrupção devido ao boom das reservas online há três décadas, que provocou o encerramento massivo de pontos de venda e a perda de postos de trabalho. Agora, o setor está pronto para mais interrupções, pois a IA generativa acelera a automação de tarefas em todas as etapas da jornada do cliente – antes, durante e depois”.

Como sempre, concluiu o especialista, “as empresas de turismo enfrentarão os efeitos mais complicados para enfrentar esta nova fase da transformação digital com uma abordagem test-and-learn”, mas apenas aqueles que mantêm o toque humano de viagens irão prosperar.”

Fotos crédito: Depositphotos.com
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DGC e AHRESP lançam Guia de Regras e Boas Práticas na Restauração e Bebidas

O novo guia já se encontra disponível online, resulta de um “trabalho conjunto” da DGC e da AHRESP e conta com 25 recomendações relativas ao funcionamento dos espaços de restauração e bebidas.

A Direção-Geral do Consumidor (DGC) e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) lançaram o Guia de Regras e Boas Práticas na Restauração e Bebidas, ferramenta que “procura responder e esclarecer dúvidas recorrentes” sobre o funcionamento dos espaços de restauração e bebidas.

Num comunicado enviado à imprensa esta sexta-feira, 29 de setembro, explica-se que este guia procura responder a dúvidas relacionadas com a gratificação, os métodos de pagamento, a lotação dos espaços ou o consumo mínimo nos estabelecimentos de restauração e bebidas.

O novo documento, explica o comunicado divulgado pelo Ministério da Economia e do Mar, resulta de um “trabalho conjunto” da DGC e da AHRESP, contando com 25 recomendações relativas ao funcionamento dos espaços de restauração e bebidas.

O guia destina-se a consumidores e agentes económicos do setor da restauração e
bebidas e já se encontra disponível online através dos websites da DGC e da AHRESP.

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Albuquerque destaca notoriedade positiva do destino Madeira

O Turismo, na Madeira, está num grande momento, com acréscimos significativos nos rendimentos por quarto e nos proveitos por aposento e totais, confirmou o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, realçando que é algo que vem também na sequência do trabalho de promoção e de melhoria do destino que o Governo Regional vem realizando e que vem atraindo cada vez mais visitantes.

O presidente do Governo Regional falava durante a cerimónia de entrega de Medalhas de Mérito Turístico a personalidades e instituições do setor na Região, em cerimónia que decorreu no Convento e Santa Clara.

Dirigindo-se aos muitos presentes no Convento de Santa Clara, Miguel Albuquerque, citado em notícia publicada na página oficial do Governo Regional, sublinhou que “este momento muito positivo que estamos a viver no Turismo não acontece por acaso”.

Acontece porque “temos uma notoriedade positiva, porque temos feito um trabalho de promoção e de melhoria de todos os aspetos do nosso destino, porque soubemos concentrar toda a promoção na Associação de Promoção e não dispersámos recursos e porque soubemos dialogar com as companhias no sentido de termos uma Madeira com cada vez mais influência como destino turístico. Hoje temos 43 companhias a operar na Madeira e 91 rotas”, realçou o governante.

Segundo Miguel Albuquerque, os números refletem “esse crescimento, um crescimento que nada tem de dramático e que temos de encarar como algo de positivo”, indica a mesma notícia, que acrescenta que são números ainda que dão conta de um maior rendimento, a todos os níveis para o setor, e que desfazem a ideia de que os novos turistas não têm poder de compra. Mas, reforça que é fundamental que os trabalhadores sintam que estão a beneficiar deste maior rendimento no sector. Aumentar os ordenados, para combater a falta de mão-de-obra.

Por outro lado, será necessário, na opinião do presidente do Governo Regional “um maior planeamento e organização dos espaços de maior atração turística, no sentido de preservar os ecossistemas e de prevenir os congestionamentos”.

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ANAV contesta apoio da CTP á criação do “Dia Nacional do Agente de Viagens” pela APAVT

A ANAV (Associação Nacional das Agências de Viagens) contesta, em nota de imprensa, a notícia sobre o apoio da CTP (Confederação do Turismo de Portugal) à criação do “Dia Nacional do Agente de Viagens”, pela APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo), insistindo que a efeméride “é de todos” e deve ser escolhida “de forma democrática”.

Em comunicado, a ANAV recorda à CTP a sua missão “pedindo para se concentrar na mesma e insiste em que o “Dia do Agente de Viagens” é de todos e será escolhido de forma democrática”. Esta nota da ANAV, chegada à imprensa, vem na sequência da notícia de que a CTP apoiaria a iniciativa da APAVT relativamente à criação oficial do “Dia Nacional do Agente de Viagens”.

Assim, a ANAV lembra que a “APAVT é associada da CTP”, que “a atual presidência da CTP foi eleita em representação da APAVT, que “a CTP negou a adesão da própria ANAV (na altura ainda

debaixo da sua denominação anterior: ASGAVT)”, e que, a CTP não deverá esquecer que “existem duas associações de agências de viagens em Portugal e não apenas uma e a isto chama-se democracia”.

No mesmo comunicado, a ANAV destaca que “identifica-se com a missão da CTP, em particular com o seu primeiro ponto: Assegurar a coesão e unidade interna dos agentes económicos do Turismo e pugnar pelo desenvolvimento da atividade económica do Turismo”, e pede à CTP “que continue a nortear-se por esse espírito de missão, garantindo a equidistância obrigatória aos diferentes atores do setor do turismo e não defendendo nenhuma das partes, garantindo dessa forma total independência, isenção, coesão e unidade”.

A ANAV volta a insistir que “foi mentora da ideia e teve a iniciativa de criar o “Dia do Agente de Viagens”, como é público e largamente veiculado pela imprensa, redes sociais e outros meios de comunicação”, realçando que, “até à data, é a única entidade que demonstrou o desejo e interesse de, democraticamente, entregar aos próprios agentes de viagens a decisão de escolha para celebrarem o seu “Dia do Agente de Viagens”. Sem imposições prepotentes e em liberdade. Sem escolha prévia de dias. Sem decisão tomada em gabinete fechado, mas sempre buscando a inclusão de todas as entidades do setor das agências de viagens”.

A ANAV reitera que “o “Dia do Agente de Viagens” não é seu, até porque ninguém pode deter o que a todos pertence, mas garante que “opor-se-á sempre a todas as manobras de quem queira deter algo que pertence a todos

A Associação Nacional das Agências de Viagens reafirma o desejo que a CTP “continue o bom trabalho que tem vindo a realizar em prol do nosso setor do turismo, nomeadamente com os assuntos de maior relevância nacional, como sejam, por exemplo, os prejuízos do setor relativos ao problema do aeroporto de Lisboa e os respetivos impactos para Portugal; se há ou não excesso de turismo no nosso país e cidades; no trabalho realizado na concertação social”, para concluir que “está e continuará comprometida em ajudar o setor em todas as matérias que estiverem ao seu alcance, colaborando com qualquer entidade, associação ou confederação. No entanto, tal colaboração apenas se poderá realizar num ambiente transparente, democrático e equitativo enquanto Associação de Agências de Viagens livre que é”.

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Hotelaria

Tivoli Oriente cria novo conceito de Centro de Conferências

O Tivoli Oriente acaba de renovar toda a sua área dedicada ao segmento de eventos e reuniões e apresenta o Centro de Conferências do Oriente, com novo conceito e nova imagem. Este investimento tem como objetivo reforçar o posicionamento da unidade hoteleira neste segmento.

O Centro de Conferências do Oriente conta com 12 salas, que se distribuem por uma área total de 653m2, com capacidade até 550 pessoas.

A renovação deste espaço, segundo comunica a Minor Hotels, assenta nos valores ligados à sustentabilidade, bem-estar, mindfullness e à produtividade, que se traduzem na nova decoração, com uma paleta de cores em tons neutros e azuis, privilegiando materiais naturais, mobiliário ergonómico, plantas e uma iluminação confortável; em equipamentos tecnológicos de última geração; e em novo conceito de F&B com propostas de menus que seguem as tendências gastronómicas atuais, adaptáveis de acordo com as necessidades do cliente.

Esta remodelação, reforça ainda o grupo hoteleiro, reforça a estratégia do Tivoli Oriente, criando uma nova proposta de valor, adaptada ao novo tipo de cliente, nomeadamente os nómadas digitais e clientes que viajam simultaneamente em negócios e lazer. As salas de reuniões oferecem agora uma maior flexibilidade para a realização de diferentes tipologias de eventos, adaptando-se quer a pequenas reuniões de curta duração, quer a eventos de maior dimensão, como a apresentação de produtos, teambuildings ou a comemoração de uma data especial, proporcionando todo o conforto em ambas as situações.

O Centro de Conferências do Oriente conta também com uma equipa de grupos e eventos especializada, que garante um acompanhamento personalizado, e pretende apostar na organização de eventos próprios, como talks ou workshops, assim como desenvolver uma proposta diversificada de atividades que podem ser realizadas durante os coffee-breaks, de forma a dinamizar os eventos e reuniões.

O Centro de Conferências do Oriente mantém e reforça as suas práticas no âmbito da sustentabilidade quer em termos energéticos, quer em termos de utilização consciente dos recursos e gestão de resíduos. A iluminação passou a ser inteligente, há uma aposta no digital em detrimento da utilização do papel e os produtos confecionados para os eventos que não são consumidos serão encaminhados para projetos como a Refood ou a To Good to Go.

“Na Minor Hotels estamos atentos às novas tendências do mercado. Pretendemos agregar valor através de uma estratégia alinhada com o novo perfil do consumidor e próxima do seu ativo humano”, reforça López Vázquez, diretor regional de Operações dos hotéis urbanos do grupo em Portugal, destacando que o novo Centro de Conferências do Oriente, “pretende afirmar-se como o novo meeting point da cidade com uma oferta diversificada e contemporânea”.

Com esta renovação do Centro de Conferências do Oriente “pretendemos melhorar a experiência do cliente, através da utilização de equipamentos tecnológicos de última geração, com uma maior agilidade na utilização das salas – desde a mais tradicional reunião de trabalho à apresentação de marcas e projetos, e ainda com uma equipa dedicada para dar todo o suporte necessário”, afirma, por sua vez, Vitor Matias, diretor geral do Tivoli Oriente.

Situado em Lisboa, no Parque das Nações – sede de várias empresas –, o Centro de Conferências do Oriente está a uma curta distância a pé da Feira Internacional de Lisboa (600m) e de muitas outras atrações locais, como a Altice Arena, o Casino de Lisboa, o Oceanário, o Museu da Ciência e do Conhecimento e dezenas de restaurantes, cafés, bares e esplanadas, para além da proximidade a uma alargada rede de transportes, como a Gare do Oriente (com comboios, metro e autocarros) e o aeroporto de Lisboa. Esta localização faz do Tivoli Oriente um ponto central e privilegiado para a realização de eventos nacionais e internacionais.

O Tivoli Oriente, que abriu portas em 2001, dispõe de 279 quartos, dos quais 16 suites, e uma oferta gastronómica diversificada, com diferentes espaços que dão apoio aos vários eventos a decorrer no Centro de Conferências do Oriente.

Destaque para o Sky Bar Oriente, situado no 16º piso do hotel, com uma vista 360º sobre a cidade de Lisboa e o Rio Tejo. Recentemente renovado, apresenta uma nova decoração, mais moderna e confortável, e um menu à base de sushi, petiscos para partilhar e cocktails de autor. No primeiro piso, com ampla vista para o exterior, ficam o The Lounge, e o Dining Club, com uma área versátil para refeições de grupos com capacidade até 150 pessoas. No piso térreo está ainda instalado o Restaurante Guilty.

 

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Aviação

Turkish Airlines e China Eastern Airlines anunciam acordo de cooperação na rota Xangai-Istambul

A Turkish Airlines e a China Eastern Airlines estabeleceram um memorando de entendimento que visa a cooperação na rota Xangai-Istambul, na qual a Turkish Airlines já disponibiliza sete ligações aéreas por semana e que passou quinta-feira, 28 de setembro, a contar com mais três voos da companhia aérea chinesa.

A Turkish Airlines e a China Eastern Airlines estabeleceram um memorando de entendimento que visa a cooperação na rota Xangai-Istambul, na qual a Turkish Airlines já disponibiliza sete ligações aéreas por semana e que passou quinta-feira, 28 de setembro, a contar com mais três voos da companhia aérea chinesa.

De acordo com um comunicado da Turkish Airlines, este memorando de entendimento representa “um progresso significativo no relacionamento” entre as duas companhias aéreas e visa “melhorar e expandir a cooperação entre as companhias aéreas em linha com os voos da China Eastern Airlines entre Xangai-Istambul”.

“A este respeito, a eficiência do Acordo de Proporção Especial (SPA) existente entre os dois parceiros será melhorado e foi indicado que serão tomadas novas medidas importantes assim que as autorizações necessárias forem obtidas das autoridades competentes”, explica a companhia aérea turca.

Bilal Ekşi, CEO da Turkish Airlines, explica que, além dos voos diretos que a companhia aérea turca opera para a China, com sete frequências para Xangai, Guangzhou e Pequim, a Turkish Airlines vai continuar “a tomar as ações necessárias para garantir o crescimento no mercado chinês”.

“A China Eastern Airlines e a Turkish Airlines têm um uma boa base para a cooperação. Com a abertura deste serviço aéreo e a assinatura do memorando, o espaço para a cooperação futura entre os dois lados será mais amplo. Esperamos fortalecer a comunicação e o intercâmbio entre os dois lados e cooperar nas áreas de trânsito doméstico e internacional, serviços terrestres e redes”, acrescenta Li Yangmin, CEO da China Eastern Airlines, citado no mesmo comunicado.

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Transportes

Voos da British Airways ligam Porto a Gatwick e deixam Heathrow

No próximo Inverno IATA, a British Airways passa a fazer as ligações ao Porto através do aeroporto de Gatwick, deixando Heathrow. Além disso, será a Euroflyer a assegurar essas conexões.

Quando iniciar o horário de Inverno, válido entre 29 de outubro até 30 de março de 2024, a British Airways (BA) transfere todos os seus voos entre Porto e Londres para o aeroporto de Gatwick, em vez de utilizar o de Heathrow, o seu hub e, simultaneamente, o (ainda) maior hub da Europa em número de lugares disponíveis.

Estes voos passarão igualmente a ser operados pela unidade low-cost da empresa, a BA Euroflyer, criada em 2022 para responder às concorrentes deste segmento que voam para Gatwick e para onde voa também a TAP à partida do Porto. Os aeroportos de Luton e Stansted continuarão a estar ligados ao Porto pela easyJet e Ryanair, respetivamente.

“Na perspetiva do passageiro que se desloca entre Porto e Londres ou vice-versa, esta mudança é pouco representativa – existem voos para três aeroportos Londrinos, podem não ser do agrado de todos, mas com um total de quase oito voos diários entre as duas cidades, não há falta de oferta”, afirma Pedro Castro, diretor da SkyExpert, empresa de consultoria especializada em transporte aéreo, aeroportos e turismo.

Numa análise mais profunda, Pedro Castro recorda que não é a primeira vez que o Porto fica sem voos para Heathrow, quer por decisão da TAP, quer da própria British Airways. “Os voos europeus da British Airways de Heathrow vivem de duas coisas: dos destinos corporate com muitos passageiros dispostos a pagar classes e tarifas empresariais e dos passageiros de ligação premium para voos para a América do Norte e alguma Ásia. Como o aeroporto de Heathrow esgotou há já muitos anos, a British Airways tem uma outra operação mais reduzida e mais focada no passageiro de lazer à partida de Gatwick. O que o departamento comercial da British Airways faz em permanência é observar a performance financeira dos vários destinos e vai mudando o aeroporto londrino utilizado para alguns deles numa espécie de jogo das cadeiras”.

De facto, e ao mesmo tempo que a British Airways desvia os voos do Porto para Gatwick, Heathrow ganhará novos voos graças a esses slots libertados para Colónia (Alemanha), Riga (Letónia) ou Belgrade (Sérvia). “Nenhuma delas recebeu prémios de “Melhor Destino de Cidade da Europa” de ano algum – o que só prova”, diz Pedro Castro, “que a multiplicação destes prémios com vários nomes e vários patrocinadores por si só não chega.”

“Visto de fora, parece que a British Airways nos está a dizer que estes novos destinos têm mais potencial para Heathrow do que o Porto e que para as pessoas que se deslocam entre as duas cidades, a BA Euroflyer é suficiente ainda que não tenha sequer um voo diário como o das suas concorrentes na mesma rota”. Serão apenas cinco voos semanais (sem voos às terças e quartas-feiras) com horários variáveis, mas sempre no final da tarde/noite.

“Com esta medida, uma coisa é certa: as outras companhias aéreas perderam um dos concorrentes mais ferozes para os Estados Unidos, um mercado que durante o Inverno perde igualmente os voos diretos da United e que fica limitado aos cinco voos semanais diretos da TAP para Newark. Quem se posicionar bem, poderá ter aqui uma excelente oportunidade de negócio para preencher esse vazio deixado pela British Airways até porque, de acordo com os sistemas de reserva, no próximo verão a situação se vai manter assim”, conclui Pedro Castro.

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Hotel Rural Quinta do Marco vai reforçar investimento na sustentabilidade

O Hotel Rural Quinta do Marco, em Tavira (Algarve) vai aproveitar a próxima época baixa para concretizar novo investimento que pretende contribuir para a sustentabilidade, através da redução de consumos de água.

Se na componente de utilização de água para consumo humano esta unidade hoteleira já tem instalados redutores de caudal em todas as torneiras, o que garante significativa redução dos consumos, agora, irá instalar um equipamento de tratamento de águas residuais, de modo a produzir água para reutilização, certificada para rega de árvores.

A direção da unidade hoteleira refere que o equipamento a instalar é produzido em Portugal pela Premier Tech e comercializado, instalado e assistido pela Albombas, empresa sediada em Almancil e consiste na implementação de um biofiltro “Ecoflo” que utiliza a fibra de coco como média filtrante e isenta do consumo energia.

Refira-se que esta solução de tratamento de águas residuais é reconhecida mundialmente como a mais eco-responsável, uma vez que tem a pegada de carbono mais baixa do mercado e permite no final a reutilização do efluente tratado, “reforçando assim uma preocupação continua do Quinta do Marco em obter um ciclo da água cada vez mais sustentável”, indica a unidade algarvia.

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Rede de Turismo Industrial conta com 25 novos aderentes no Centro de Portugal

Com estas novas 25 adesões, a Rede de Turismo Industrial no Centro de Portugal totaliza 47 aderentes.

A Rede de Turismo Industrial do Centro de Portugal deu as boas-vindas a mais 25 novos aderentes.

A adesão dos novos aderentes foi formalizada com a assinatura de uma Declaração de Colaboração, entre a Turismo Centro de Portugal, os municípios e os parceiros da rede de Turismo Industrial identificados no decorrer do ano de 2023, no âmbito da futura Rede Portuguesa do Turismo Industrial. Estes novos aderentes juntam-se aos 22 que já tinham entrado na fase inicial do processo, em 2022.

A futura Rede Portuguesa do Turismo Industrial está a ser desenvolvida a nível nacional, sob a coordenação do Turismo de Portugal e das Entidades Regionais e Direções Regionais de Turismo. Na região Centro, a coordenação é da Turismo Centro de Portugal.

Raul Almeida, presidente da Turismo do Centro, realçou que o Turismo Industrial pode ser “um forte contributo para o desenvolvimento de outros setores da atividade” no Centro de Portugal, além do turismo. “Depois de devidamente estruturado, o Turismo Industrial pode contribuir de forma importante para a indústria, ao promover unidades emblemáticas, e para a preservação do património”, considerou o presidente da Turismo do Centro.

Por outro lado, é um produto que está de acordo com as metas que o Centro de Portugal pretende atingir, explicou Raul Almeida, uma vez que “os recursos do turismo industrial podem ser visitados todo o ano, diminuindo o efeito da sazonalidade, e estão dispersos por todo o território”. “Tudo isto ajuda a aumentar as dormidas e as receitas da atividade turística. Esta declaração que hoje foi aqui assinada é a evidência de que estamos a capacitar e a melhorar continuamente este produto, de forma a torná-lo apelativo turisticamente. Vamos continuar a trabalhar para trazer mais parceiros para esta rede”, concluiu Raul Almeida.

Os 25 novos aderentes são: Museu das 2 Rodas (Anadia), Incycles (Anadia), Município de Alcanena, CTIC – Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (Alcanena), CAORG – Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro (Alcanena), Município da Marinha Grande, PoeirasGlass (Marinha Grande), Município de Torres Novas (Núcleo Museológico da Central do Caldeirão), Município de Viseu (Museu do Linho e Museu do Quartzo), Abimota (Águeda), LightMobile (Águeda), MIAT – Museu Industrial e Artesanal do Têxtil (Porto de Mós), Museu do Cimento da Fábrica Maceira – Liz (Leiria), Quinze (Caldas da Rainha), Museu da Cerâmica (Caldas da Rainha), Museu do Ciclismo (Caldas da Rainha), Museu da Seda (Castelo Branco), Atelier do Doce (Alcobaça), Município de Torres Vedras (Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho), Município de Seia, Fábrica Malhas Pinto Lucas (Seia), Município da Murtosa (Comur – Museu Municipal e Museu Estaleiro Monte Branco).

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Cabo Verde quer mais um aeroporto internacional, preservando turismo de natureza

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, admitiu que a ilha de Santo Antão vai ter um aeroporto internacional, mas que o investimento não pode ser sinónimo de turismo de massas.

“Vamos ter um aeroporto internacional. Precisamos de ligar Santo Antão ao mundo, mas isso não significa promover o turismo de massas”, referiu o líder do Governo, na abertura da primeira Conferência Internacional de Turismo Rural e de Natureza.

“O tipo de oferta hoteleira terá de ser compatível com o turismo de natureza que deve ser salvaguardado e preservado”, realçou.

O aeroporto de Santo Antão foi um dos projetos apresentados na segunda Conferência Internacional de Parceiros (CIP) de Cabo Verde, em abril, destinada a captar investimento para o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável 2022-2026 (PEDS) II.

O primeiro-ministro referiu que o objetivo de Cabo Verde passa por ser uma marca turística associada “à resiliência e sustentabilidade” e destacou outros investimentos em curso.

“O programa de valorização turística e ambiental das aldeias rurais é exemplo de uma abordagem integrada que está em execução”, frisou.

Pretende-se tornar “vilas, cidades e aldeias em espaços atrativos, com investimento em todas as ilhas”.

“Todos estes investimentos combinam com a necessidade de criar condições de envolvência para termos um turismo bem acolhedor e atrativo”, com “objetivos e metas ambiciosas”, referiu.

O evento permitiu a troca de ideias entre especialistas do setor, tendo como pano de fundo a ambição de Cabo Verde de “transformar o turismo de natureza no principal acelerador da diversificação e qualificação da oferta turística “.

Entre outros nichos, o país pretende posicionar-se “como um destino internacional de turismo de caminhadas”, prevendo-se que até final do ano o país tenha “mais de 1.000 quilómetros de trilhos mapeados e sinalizados”.

De referir que o turismo é responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde e a maioria dos turistas concentra-se atualmente em redor das praias e unidades hoteleiras multinacionais construídas na ilha do Sal.

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