Ryanair quer extinção do ‘direito à greve’
A Ryanair anunciou esta segunda-feira, dia 22 de Novembro, ter exigido à Comissão Europeia (CE) que seja retirado o ‘direito à greve’ aos trabalhadores de serviços essenciais no sector da aviação, como os controladores de tráfego aéreo, argumentando que as paralisações que têm decorrido um pouco por toda a Europa já causaram mais prejuízos que… Continue reading Ryanair quer extinção do ‘direito à greve’

Patricia Afonso
A Ryanair anunciou esta segunda-feira, dia 22 de Novembro, ter exigido à Comissão Europeia (CE) que seja retirado o ‘direito à greve’ aos trabalhadores de serviços essenciais no sector da aviação, como os controladores de tráfego aéreo, argumentando que as paralisações que têm decorrido um pouco por toda a Europa já causaram mais prejuízos que a nuvem de cinzas expelidas pelo vulcão islandês, em Abril e Maio.
A comunicação da companhia de baixo custo surge depois de ter sido obrigada a cancelar 60 voos devido à greve geral em Portugal, anunciada para o dia 24 de Novembro (quarta-feira).
A low cost irlandesa diz já ter sido obrigada a cancelar um total de mais de dois mil voos e atrasar outros 12 mil, prejudicando cerca de 2,5 milhões de passsageiros, devido às greves dos controladores aéreos belgas, franceses, espanhóis e, agora, portugueses.
Este número contrasta com os 1,5 milhões de passageiros da Ryanair afectados pela nuvem de cinzas vulcânicas, que, na óptica da companhia, “levou os governos europeus a fechar, sem necessidade, o espaço aéreo”.
Assim, a low cost exige à CE que acabe com o ‘direito à greve’ em serviços essenciais, como os controladores aéreos, sob pena de quem aderir a greves ilegais ser alvo de despedimento.
A Ryanair quer ainda “desregulamentar o serviço nacional Europeu de Controladores de Tráfego Aéreo de forma a permitir Controladores de Tráfego Aéreo não aderentes a greves a manter abertos os céus da Bélgica, França e Espanha, enquanto que os seus controladores de espaço aéreo que são pagos a peso de ouro e trabalham poucas horas continuem a fazer greves de forma continuada”. Por último, a low cost exige que à CE “reformar a legislação dos direitos dos passageiros EU261 de forma a aliviar as companhias aéreas do ‘direito a assistência’ em casos de força maior que estão fora do controle das companhias aéreas.”