Hoteleiros a postos para a Festa da Flor
O empresário Estevão Neves salienta a oportunidade dos residentes em Portugal Continental de irem à Madeira durante a Festa da Flor para verem a Madeira recuperada
Fátima Valente
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Os trabalhos de desobstrução e limpeza no Funchal decorrem a um ritmo “surpreendentemente rápido”, avançaram vários hoteleiros ao Publituris. Os empresários respondem ao repto de Alberto João Jardim e dizem-se a postos para a Festa da Flor, já em Abril.
“Por norma a hotelaria esgota na Festa da Flor. Actualmente já temos muitas reservas e o esforço está a correr bem. É fundamental que a festa deste ano corra bem e seja um sucesso, para ajudar a esquecer tudo isto. E é importante que os residentes do Continente venham cá ver a reconstrução da Madeira. Todo o turismo é importante, mas o turismo interno é cada vez mais”, declarou Estevão Neves ao Publituris. Quanto às reservas e cancelamentos, o presidente do Grupo Enotel avançou que passado o “nervosismo inicial” e “algumas ameaças” não tem havido muitos casos. “Penso que a partir do momento em que o centro da cidade esteja recuperado e limpo, isto ultrapassa-se. Todo este processo está a seguir muito bem. Todos os hotéis estão a trabalhar a 100% e amanhã o comércio do centro já vai reabrir. Os passeios a pé pelas levadas ainda não se estão a fazer mas dentro de um dia ou dois já deverão ser retomados. O acesso ao Norte da ilha é que continua cortado, impossibilitando as excursões. Mas tudo está a trabalhar no sentido da recuperação”, rematou Estevão Neves.
Também João Sanches, director do Tivoli Madeira, confirmou que o turismo na Madeira está a retomar a normalidade. “Há coisas que demoram mais tempo, como na zona do Dolce Vita e do Mercado dos Lavradores, mas na zona dos hotéis não houve nada. As agências estão a trabalhar e há excursões. Além disso, a zona ao pé do teatro já reabriu, os cafés estão abertos, e parte da Avenida do Mar abriu hoje, falta só a parte da marina, cujo acesso está cortado”.
No sábado o Tivoli Madeira estava com uma ocupação de 60% e ontem de 46%. “Era o que estava previsto, atendendo à época. Temos é sido contactados por grupos e individuais, mesmo os que reservaram pela Internet, no sentido do adiamento das reservas e é isso que nós, e todos os hotéis, estamos a fazer sem custos adicionais”, sublinhou João Sanches. O director do Tivoli Madeira deu o exemplo de uma reserva de um grupo de 150 pessoas que adiou a ida de Março para Maio: “É uma grande empresa portuguesa, mas já está tudo tratado, salas bloqueadas, etc”.