O Grande Lago Alqueva e os Barcos-Casa
Eduardo Lucas – Administrador da Amieira Marina Em Maio último, escrevi na Publituris, um texto sobre a importância do Turismo Fluvial. Foram então salientadas as características e necessidades dum destino […]

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Eduardo Lucas – Administrador da Amieira Marina
Em Maio último, escrevi na Publituris, um texto sobre a importância do Turismo Fluvial. Foram então salientadas as características e necessidades dum destino turístico para que possa ser considerado como tal. Deixei na altura em aberto a possibilidade de equacionar num outro artigo a existência do Grande Lago – Alqueva como destino turístico de eleição e igualmente o interesse dos “Barcos-Casa” como meio de transporte e alojamento ideal para contactar e conhecer esse destino. É sobre isso que escrevo agora.
Cada uma das povoações ribeirinhas ao Grande Lago – Alqueva per si, é motivo de interesse suficiente sob diversos pontos de vista. Seja pela gastronomia, pelo património cultural, arqueológico ou edificado encontramos com facilidade um bom motivo para as conhecer. Tomemos como exemplo as povoações fortificadas de Monsaraz, Juromenha ou Mourão, de onde ressalta a primeira como “Património da Humanidade”, ou então alguma das pequenas aldeias como Alqueva, Amieira ou Estrela, consideremos mesmo o “caso de estudo” que constitui a nova Aldeia da Luz e isoladamente ou em conjunto constituirão sempre motivo de visita.
O facto de, com a Barragem de Alqueva a limitar o curso do Rio Guadiana e afluentes, se ter elevado o nível da água a cotas inimagináveis e se ter criado um plano de água com cerca de 250 km2 de superfície, mais de 1100 km de perímetro, ou seja, de margens e uma infinidade de pequenas ilhas, permitiu ter na realidade um grande lago.
E esse Grande Lago passou a constituir um novo elo de ligação entre as povoações ribeirinhas, proporcionando uma perspectiva sobre as mesmas, totalmente diferente e colocando-as numa nova rota, até então inexistente. A crescente qualidade das águas e o cuidado posto desde o início do projecto no ordenamento do território, com planos quiçá demasiado restritivos e castradores do desenvolvimento, mas seguramente garantes da manutenção dum ambiente de qualidade com paisagens deslumbrantes e densidades construtivas e populacionais muito baixas, como desde sempre foi característico no Alentejo, constitui um outro contributo para aumentar o interesse deste destino. Uma nova e crescente fauna específica desta zona, onde ressaltam seguramente as múltiplas espécies de aves e peixes, atesta que as alterações que o homem deliberadamente provocou, causaram acima de tudo uma resposta positiva da natureza.
Considerando que o Grande Lago tornou as povoações mais próximas e constitui um forte elo de ligação entre as mesmas, um meio de comunicação e de alojamento “amigo” da natureza como o “Barco-Casa”, é uma forma que considero ideal para “desbravar” todos os pontos de interesse do Grande Lago – Alqueva.
A possibilidade de no “Barco-Casa” transportar canoas e bicicletas, permite chegar verdadeiramente a todo o lado.
Com as canoas e kayakes poderão ir aos recantos dos meandros mais inacessíveis e mesmo às zonas protegidas onde não se pode navegar a motor. Para os apreciadores, a pesca constitui outra excelente forma de passar o tempo, sendo os achigâs o troféu mais cobiçado, mas também acompanhado pelas carpas, chinchitos e barbos. A possibilidade de integrar outras actividades neste conceito, de que são exemplo o aluguer de cavalos, de moto4 ou outros veículos de TT, múltiplas actividades de “team building” , “paintball”, “geocatching”, o banho e mesmo o mergulho, complementam o conceito podendo torná-lo mais global e no meu entender constitui-lo na premissa de que partimos: O “Barco-Casa” é o meio de transporte e de alojamento ideal para contactar e conhecer o destino de eleição que é o Grande Lago – Alqueva.