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“Incerteza” e “aparente inércia” na privatização da Azores Airlines preocupam consórcio Newtour/MS Aviation

O impasse no processo de privatização da Azores Airlines está a preocupar o consórcio Newtour/MS Aviation, depois de o Governo Regional dos Açores ter decidido cancelar o processo, em maio, e o vice-presidente do Governo Regional, Artur Lima, ter afirmado, recentemente, que “este ano [2024], naturalmente, não é possível”.

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“Incerteza” e “aparente inércia” na privatização da Azores Airlines preocupam consórcio Newtour/MS Aviation

O impasse no processo de privatização da Azores Airlines está a preocupar o consórcio Newtour/MS Aviation, depois de o Governo Regional dos Açores ter decidido cancelar o processo, em maio, e o vice-presidente do Governo Regional, Artur Lima, ter afirmado, recentemente, que “este ano [2024], naturalmente, não é possível”.

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O consórcio Newtour/MS Aviation está “preocupado” com a incerteza e com a “aparente inércia” em torno do processo de privatização da Azores Airlines.

Apesar de pouco se conhecer sobre o acordo entre o Governo Regional e a Comissão Europeia (CE), é do conhecimento público que a Azores Airlines deve ser privatizada até ao dia 31 de dezembro de 2025. “Este prazo, já de si curto dada a complexidade inerente a uma privatização desta envergadura, torna-se ainda mais exíguo face à falta de decisão da SATA Holding e do Governo”, refere o consórcio em comunicado.

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Recorde-se que o Governo Regional dos Açores decidiu, no início de maio, cancelar o processo – decisão essa que não foi contrariada nem confirmada pelo conselho de administração da SATA Holding. Com a privatização em suspenso, a Azores Airlines está num “impasse”, considerando o consórcio que esta situação “pode ter consequências graves para a companhia aérea, para o setor do transporte aéreo na região e, por extensão, para o desenvolvimento económico dos Açores”.

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No comunicado, o consórcio admite que a Azores Airlines enfrenta, atualmente, “sérias dificuldades financeiras“, frisando que o adiamento deste processo de privatização “não só ameaça agravar ainda mais a situação precária da companhia, como também coloca em risco a estabilidade económica da região, que depende fortemente de um transporte aéreo eficiente e fiável”.

De resto, o consórcio sublinha que o processo de privatização, que o Governo Regional dos Açores considera encerrado, “ainda não foi concluído”, referindo que teve “apenas conhecimento da decisão [do Governo Regional] anunciada publicamente e que, de forma incorreta, foi assumida como definitiva”.

Além disso, o consórcio diz que, “posteriormente, soube também da existência de um projeto de decisão de cancelamento do concurso do conselho de administração da SATA Holding”.

A este propósito o consórcio clarifica que “cabe ao Conselho de Administração da SATA, e não ao Governo, propor o cancelamento do concurso, ou seja, essa é uma competência de gestão e não política”, destacando que “tal decisão, até ao momento, não ocorreu”.

No final do comunicado, o consórcio Newtour/MS Aviation diz “manter-se firme no seu compromisso de contribuir para uma solução que respeite o acordo estabelecido com a Comissão Europeia, assegurando que o processo de privatização seja concluído dentro do prazo estipulado, devolvendo à SATA o prestígio merecido e dotando-a dos meios necessários para competir eficazmente no mercado”.

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LATAM Pass eleito melhor programa de fidelização das Américas nos Frequent Traveler Awards 2024

Este foi o segundo ano consecutivo em que o LATAM Pass venceu o prémio de “Airline Loyalty Program of the Year in the Americas” nos Frequent Traveler Awards, distinção que foi acompanhada do reconhecimento de  “Best Earning and Redemption Ability”.

O LATAM Pass, programa de passageiro frequente da LATAM Airlines, foi eleito “Airline Loyalty Program of the Year in the Americas” nos Frequent Traveler Awards 2024 (FTA), informou a companhia aérea em comunicado.

Este foi o segundo ano consecutivo em que o LATAM Pass arrecadou este prémio, que foi ainda acompanhado, pela primeira vez, do reconhecimento de “Best Earning and Redemption Ability”.

“Estas distinções revelam o valor que os membros do programa reconhecem e motivam-nos a continuar a melhorar e a expandir os benefícios para mais pessoas, proporcionando-lhes a melhor experiência de voo e novas alternativas para resgatar milhas, para que os membros possam interagir com o ecossistema do LATAM Pass diariamente”, afirma Cristián Ortiz, CEO do LATAM Pass.

O LATAM Pass existe há mais de 43 anos e reconhece a fidelidade dos passageiros da companhia aérea e, ao longo dos anos, veio a ser melhorado, contando, por exemplo, desde 2023, com benefícios adicionais, como a capacidade de combinar milhas e dinheiro ao resgatar bilhetes de avião, sendo que também o centro de atendimento foi melhorado e alargado a todos os membros com status Elite: Gold, Gold Plus, Platinum, Black e Black Signature, entre outros.

Os FTA são os únicos prémios centrados nos programas de fidelização de viajantes nas Américas, Europa, Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico, em que são os próprios passageiros frequentes das companhias aéreas que votam. Na edição deste ano, votaram mais de três milhões de clientes de 186 países.

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Transportes

IATA lembra que a “aviação civil não toma partido em conflitos políticos”

Numa nota assinada por Willie Walsh, diretor geral da associação, a IATA apela aos governos para que protejam “a aviação civil, incluindo as infraestruturas aeroportuárias e de navegação aérea, em tempos de conflito”.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) veio esta sexta-feira, 4 de outubro, lembrar que a “aviação civil não toma partido em conflitos políticos” e deve ser “mantida fora de perigo por todos os intervenientes num conflito”.

Numa nota assinada por Willie Walsh, diretor geral da associação, a IATA apela aos governos para que protejam “a aviação civil, incluindo as infraestruturas aeroportuárias e de navegação aérea, em tempos de conflito”.

“Todos nós queremos viver num mundo em paz. Infelizmente, hoje, isso está longe da realidade para muitas pessoas. É por isso que é necessário lembrar a todos os envolvidos no conflito a necessidade de garantir que os voos sejam seguros e que as infraestruturas aeroportuárias e de navegação aérea críticas não sejam alvo de quaisquer hostilidades”, lê-se na nota da IATA.

A IATA lembra que esta “é uma obrigação inquestionável dos governos ao abrigo do direito internacional” e invoca o Artigo 13 da Declaração Universal dos Direitos Humanos que “protege a liberdade de movimento nacional e internacional”; o Artigo 48 da Quarta Convenção de Genebra estabelece que “os combatentes em conflito não devem ter como alvo bens civis”, assim como as “normas básicas do direito internacional que exigem que as partes em conflito “permitam e facilitem a passagem rápida e desimpedida de ajuda humanitária”.

“Estas obrigações jurídicas internacionais não serão cumpridas se a linha entre a aviação militar e a civil se confundir, mesmo que minimamente. Isso traria consequências profundamente preocupantes para as populações inocentes que tentam sobreviver durante os conflitos, e especialmente para aqueles que necessitam de ajuda humanitária”, refere a associação.

A IATA faz ainda referência à Convenção de Chicago, que “obriga explicitamente os Estados a proteger as aeronaves civis e os passageiros em voo, a abster-se do uso da força contra aeronaves civis e, por corolário, a coordenar e comunicar quaisquer atividades potencialmente perigosas para a aviação civil”.

“Os combatentes devem conhecer e respeitar as regras de conflito e de assistência humanitária, tal como estabelecidas no direito internacional. Não prejudicar aeronaves civis, aeroportos ou serviços de navegação aérea. Isto não é negociável e deve ser respeitado, mesmo no auge da hostilidade”, apela a IATA.

Recorde-se que, na semana passada, durante o ataque do Irão a Israel, houve falhas no encerramento do espaço aéreo na região, problemas que têm vindo a ser recorrentes também no Líbano e que levou já a Comissão Europeia a apelar às companhias aéreas europeias para que evitem o espaço aéreo destes países do Médio Oriente.

 

Sobre o autorInês de Matos

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Novo capítulo Espanha e Portugal do SITE quer realizar o seu meeting em Lisboa no próximo ano

O novo capítulo Espanha e Portugal do SITE (Sociedade para Excelência em Viagens de Incentivo), que reúne profissionais da indústria, desde hotéis, a companhias aéreas, DMC, Conventions Bureaux e todos os que fazem parte da cadeia de valor de viagens relacionadas com o MICE, que acaba de ser formalizado, quer realizar o seu meeting em Lisboa, em 2025.

É o que deseja a representante catalã candidata a presidente do novo capítulo Espanha e Portugal do SITE, Yula Lekomtseva, que se apresentará a sufrágio no meeting eleitoral, em dezembro deste ano, em Barcelona.

Para que isso aconteça, conforme revelou ao Publituris, “queremos mais membros de Portugal, e estamos convencidos que isso vai acontecer”. Refira-se que 70% dos membros do capítulo são de Barcelona, 27% de Madrid e no Sul do Espanha há uma pequena percentagem. Dos 60 membros espanhóis, só oito são de Portugal. E ao ser formalizado, em Lisboa, o capítulo Espanha a Portugal do SITE, os portugueses assumem que estão dispostos a angariar novos membros para poderem ter também uma voz mais ativa. “Não podemos unir os capítulos e ser a Espanha a maioria”, defendeu Yula Lekomtseva.

Mas, mesmo ainda pequenos, há uma representante portuguesa no board deste capítulo composto por 11 membros. Trata-se de Beatriz Sá, da Portugal Travel Team (PTT), que representa os Young Leaders, com quem Yula Lekomtseva quer conversar. A candidata a presidente deste capítulo, esclareceu que a representante portuguesa tem uma área “muito importante, tudo o que tem a ver com os profissionais jovens, com menos de 35 anos, que começam a integrar na indústria e que são o futuro. E damos muita atenção aos jovens com conteúdos de formação e eventos dedicados exclusivamente a eles”, não fosse a formação, a par do networking os grandes objetivos do SITE.

“Além de todo o netwoking que a organização proporciona, há uma estratégia comercial subjacente”, disse, para lembrar, que uma vez que o SITE Global é muito forte dos Estados Unidos “e muitos dos nossos grandes clientes do MICE chegam dos EUA, então ao participarmos nas conferências mundiais da organização, não vendemos os nossos produtos diretamente, mas ficam os contactos que nos geram futuros negócios”.

O que já está agendando é que um dia antes da realização do IBTM World 2024, que terá lugar de 19 a 21 de novembro, em Barcelona, o capítulo português Espanha e Portugal irá reunir-se com os seus pares da América Latina, México e América Central. O objetivo do SITE Global e trazer excelência no que cada profissional desta área do MICE faz no dia a dia.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

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Regresso das Linhas Aérea de Moçambique a Lisboa prova que restruturação foi positiva

O Governo moçambicano considerou positivo o trabalho da empresa sul-africana que liderou a restruturação das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), destacando o reinício dos voos entre Maputo e Lisboa como uma prova do trabalho da Fly Modern Ark.

Victor Jorge

“Quando a Fly Modern Ark [FMA] chegou, a empresa era insolvente e, em menos de um mês, eles demonstraram que a empresa era solvente, poupando milhões de dólares (…). A segunda coisa que fizeram foi introduzir um voo que não existia há mais de 10 anos. O povo agora tem outras opções (…) e a LAM está a mostrar-se competitiva”, respondeu à Lusa Mateus Magala, ministro dos Transportes e Comunicação, à margem das cerimónias oficiais do Dia da Paz em Moçambique.

O contrato entre a FMA e a LAM terminou em 12 de setembro e vigorava desde abril de 2023, quando a empresa sul-africana foi chamada para implementar uma estratégia de revitalização, após anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.

Para Magala, a restruturação pela FMA foi uma fase e, agora, com a entrada, em julho, de um novo presidente da companhia, Américo Muchanga, espera-se um novo capítulo para LAM, embora admita que há desafios que precisam de tempo para serem ultrapassados.

“Eu disse, no início, que a reforma bem disciplinada da LAM, para dar uma volta efetiva, levaria entre um e dois anos. Precisamos de continuar com a crença de que a nova administração vai tornar a empresa notável”, frisou Magala.

Quando a FMA assumiu a gestão da companhia aérea estatal, reconheceu que a LAM tinha uma dívida estimada em cerca de 300 milhões de dólares (269 milhões de euros, no câmbio atual).

Durante o período de gestão da FMA, a empresa sul-africana também denunciou esquemas de desvio de dinheiro na LAM, com prejuízos de quase três milhões de euros, em lojas de venda de bilhetes, através de máquinas dos terminais de pagamento automático (TPA/POS) que não são da companhia.

O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) de Moçambique instaurou um processo para investigar alegados esquemas de corrupção na venda de bilhetes da transportadora aérea moçambicana e sobre a gestão da frota da companhia, tendo apreendido diversos materiais.

“Estamos a acompanhar [as investigações] e é um trabalho muito complexo. Mas acreditamos que a PGR vai contribuir para desvendar este mistério”, acrescentou Magala.

A LAM opera 12 destinos no mercado doméstico, a nível regional voa regularmente para Joanesburgo, Dar Es Salaam, Harare, Lusaca e Cidade do Cabo, e Lisboa é o único destino intercontinental.

A LAM regressou aos voos para Lisboa em 12 de dezembro último, com um Boeing 777 de 302 lugares, resultante de uma parceria com a operadora portuguesa EuroAtlantic, ligando as duas capitais três vezes por semana.

Em 26 de agosto último, o novo presidente da empresa anunciou que a LAM faturou, no primeiro semestre deste ano, um total de 52 milhões de euros, prevendo adquirir mais quatro aeronaves ainda em 2024.

Sobre o autorVictor Jorge

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Na XJourney Travel “o luxo não se vê, sente-se”

A XJourney Travel não é uma típica agência de viagens. Assume-se como uma boutique travel para viagens de incentivos à volta do mundo, num conceito luxury, mas também de eventos, através da sua outra empresa, a Event Concept. Possui uma equipa de produtores que considera altamente especializada e com vários anos no mercado de produção de experiências, viagens e eventos. O Publituris entrevistou os dois fundadores, Carlos Medeiros e Miguel Procópio.

O luxo não se vê, sente-se”, quer seja em experiências de viagens de incentivo por este mundo fora, quer nos eventos nacionais e internacionais. É com esta estratégia que os dois sócios, Carlos Medeiros e Miguel Procópio, juntaram as suas experiências para criar a XJourney Travel, casando-a com a já existente Event Concept, em que uma alavanca a outra em determinadas situações. Para eles, o céu é o limite.

Miguel Procópio está no turismo há mais de 20 anos, tendo passado por várias empresas, e Carlos Medeiros estava ligado à área da produção de eventos, mesmo assim, tinha de organizar viagens direcionadas para este segmento. Trabalhando em parceria há mais de 10 anos, e porque uma coisa faltava à outra, decidiram juntar as duas experiências, o seu know-how, os dois mundos, a técnica e a produção, e há quatro anos criaram a XJourney Travel, que segundo dizem, “estamos a dar os primeiros passos”. Pensada em 2019, a empresa abre-se ao mercado no dia 1 de julho de 2020, em plena pandemia.

“Estes quatro anos têm sido muito interessantes porque não só trouxemos os clientes todos que trabalhavam connosco há 10 anos para cá, como já ganhámos cerca de 20% de novos clientes, mas ainda estamos longe de atingir o nosso objetivo”, explicou Carlos Medeiros, para referir que, recentemente “criámos um departamento de comunicação, que é liderada pela Dara Rodrigues e estamos ainda num caminho de nos encontrarmos como produtores de viagens”.

Tocar a alma das pessoas
Este empresário sublinha ainda que, “para nós uma viagem de incentivo, um FIT ou um corporativo, tem de ter o nosso cunho muito pessoal e sempre numa linha emocional. O cliente quando trabalha connosco tem de sentir a diferença no tratamento. E dizemos isto muitas vezes, não queremos ser os melhores, mas queremos ser os diferentes, queremos tocar a alma das pessoas, porque o melhor é muito relativo”.

Miguel Procópio reafirma: “Desde há muito tempo que impomos um pouco este tipo de emoção em tudo o que fazemos a nível de incentivos, e grande parte dos nossos clientes anteriores eram de incentivos, e começámos também a pôr isso nos nossos FIT, nos nossos individuais, e cada cliente que trabalha connosco sabe que, de facto, se há coisa que vai ter garantidamente, é uma experiência na viagem.

Trabalhamos muito nas experiências”. Apontou que “queremos que as pessoas continuem a ser nossos clientes porque o sentem na pele, porque há ali qualquer coisa diferente. E ao dizermos que somos diferentes e que somos out of the box, é porque walk é talk, como costuma dizer o Carlos. E, de facto incutimos isso em toda a nossa equipa”. A empresa promove, não só viagens individuais de lazer, como o chamado corporate puro e duro, mas também viagens de empresas.

Personalização acima de tudo
Apresenta-se no mercado como uma boutique and luxury travel. “O luxo e o lifestyle não são sinónimos de dinheiro, embora ajude. Podemos ir para um quadro de estrelas e podemos ter uma experiência luxuosa”, sublinha Carlos Medeiros, que acrescenta que “o luxo não é só o ouro, há as pedras preciosas e as semipreciosas, e estas custam um terço de uma preciosa e não deixa de ser luxo. É assim que fazemos com as viagens, e o que impomos no dia-a-dia à nossa empresa é a experiência em viagens que podem custar mil euros ou meio milhão, e estamos a falar por pessoa”.

“Na realidade, quem vai com um projeto de meio milhão de euros é muito dinheiro, a emoção está lá, mas também quem gasta mil, ou 1.500 euros, a nossa tentativa é que essa pessoa tenha igualmente uma experiência distinta. São coisas distintas, mas o cuidado na escolha do hotel, da companhia aérea, a maneira como ela recebe a documentação em casa, é sempre o nosso luxo”.

Já os dois sócios defendem que, “muitas vezes o luxo não se vê, sente-se”, realçando Miguel Procópio que “há certas coisas que podemos fazer pelo cliente, que quando chega, é um luxo”. Neste aspeto da personalização “tentamos evitar ao máximo os digitais. Somos fãs da tecnologia, mas também somos muito fãs de chegarmos à pessoa em papel, e como costumamos dizer muito para a equipa, o paperless não é paper nothing. Estamos a introduzir tudo o que é possível na área da sustentabilidade, mas obviamente que dentro da sustentabilidade temos meios para que o cliente receba também uma caixa com a documentação em papel reciclado, por isso, sem ferir tanto a natureza. Temos esse cuidado”, enalteceu, “como também temos, por exemplo, o aspeto da responsabilidade social criando muitos projetos ao longo dois ou três dias para ir descobrir qualquer coisa ali à volta que ainda não conhecemos e isso é um investimento muito grande e que acaba por ser uma mais-valia para o cliente que trabalha connosco. Quando chega ao pé de nós, basta-nos perguntar por um destino que, garantidamente, eu ou o Carlos já lá estivemos, ou alguém da equipa, já esteve”, realça.

Mesmo conhecendo, há a necessidade de fazer sempre um refresh todos os anos, juntamente com os seus parceiros locais, uma vez que há sempre mudanças e pequenos detalhes a considerar. “Isto é que é essa a forma de dar luxo aos nossos clientes”, reforçam. A empresa oferece o mundo inteiro, e as tendências têm sempre a ver com aquilo que o cliente pretende, “até porque são eles quem ditam as tendências”, sublinham os dois entrevistados, para Carlos Medeiros indicar que “temos duas assinaturas, o signature by you, que é aquilo que o cliente pede, e os signature by us, que são propostas que estamos a elaborar e a lançar tendências para o futuro, nomeadamente, temos agora um projeto interessante, vamos subir o Kilimanjaro, é uma das experiências que é um luxo que não vamos ver, até porque vamos dormir em cabanas rústicas, mas é o luxo que vamos ter lá, do planeta, não só em Portugal, e tentamos arrastar o nosso cliente para dentro destes conceitos”.

Viagens únicas desenhadas à medida
“Viagens únicas onde desenhamos conceitos à sua medida” é outro dos lemas da XJourney Travel. Segundo Miguel Procópio, “o nosso core business, aquilo que na realidade gostamos de fazer e pomos de facto o nosso know-how é nas viagens à medida, porque os pacotes pré-feitos pelos operadores, obviamente também os vendemos, claro que sim, e são bem feitos, têm qualidade, mas são o que são, e aí a nossa intervenção vai ser sempre muito mais reduzida”.

Neste sentido, “eu e o Carlos somos pessoas que viajamos muito o ano inteiro, investimos muito dinheiro anualmente para fazer visitas, precisamente, para conhecermos cada vez mais o mundo e podermos dar ao nosso cliente um know-how que não é só aquele que se vai buscar no Google, muito pelo contrário, fazemos questão de conhecer os destinos e de os vender de uma forma muito proactiva. Tiramos muito do nosso tempo, não é só a parte financeira, mas também pessoal, e fazemos viagens durante o ano inteiro para conhecer. Sempre que existe uma viagem colocamos mais e nosso kit de sobrevivência luxuoso, que tem a ver com todos os meios que vamos lançar, é um exemplo disso”.

Em busca da excelência
Assim, avança Carlos Medeiros: “Cada caso é um caso, nós estudamos muito o perfil dos clientes a cada momento, e neste momento estamos a lançar as tendências de 2025-2026, vamos querer ser aquilo que um fashion designer é ao longo da vida, lançar periodicamente tendências para os clientes, para eles perceberem também o que é que está a dar no momento. Isso é um objetivo”.

Além do Kilimanjaro, já há outras ideias. “Temos o Atlas, e vamos bater as montanhas todas do planeta”, realça Carlos Medeiros, sublinhando que “vamos do 8 ao 80. Neste momento estamos com um cliente a trabalhar uma volta ao mundo. Não somos nada tendenciosos, gostamos de experienciar as coisas muito exclusivas e não confiamos na nossa sombra. Tudo o que vendemos, arrisco-me a dizer, que 90% são experienciados por nós e tudo o que fazemos ao longo do ano é investir muito na área do searching, da procura de novos espaços, países, locais, hotéis. Não nos conformamos apenas com o que é bom, mas, às vezes com uma pequena diferença, procuramos o excelente. Somos teimosos”, reconhece.

Já Miguel Procópio aponta que “nenhum incentivo sai desta casa sem ter o nosso cunho, antes de tudo, na organização e no planeamento do mesmo, e depois no acompanhamento também. Portanto, ou o Carlos ou eu estamos sempre presentes. Por vezes não é possível estarmos os dois ao mesmo tempo porque temos dois incentivos ao mesmo tempo, mas na organização e no planeamento do mesmo, estamos sempre todos envolvidos. A equipa inteira está envolvida, e sempre que recebemos uma proposta, discutimo-la antes de a fazer, quando há um pedido de um cliente, sentamo-nos todos, fazemos uma reunião de produção, porque não temos o dom de saber tudo, mas partilhando entre todos vamos chegar à excelência”.

É este mesmo entusiamo que a XJourney Travel coloca quer seja um incentivo para cinco pessoas que uma empresa paga para premiar os seus colaboradores, incentivar os seus clientes ou fornecedores, ou centenas de pessoas. “Para nós, qualquer incentivo ou deslocação de grupo, é um evento, e tem de ter um detalhe, nem que seja simplesmente para participação numa feira. Há de haver um jantar ou um transfer, onde tentamos sempre colocar um cunho nosso para que a pessoa sinta o wow”, explicou Miguel Procópio.

Já Carlos Medeiros lembra que “temos uma equipa de produção e de comunicação atrás de nós que produz tudo o que são materiais para as várias áreas de negócio da empresa. Não nos contentamos a fazer um bom trabalho de emissão de bilhetes de avião e de reservas de hotéis, em que corre tudo muito bem e que as pessoas chegam todas felizes. Queremos que as pessoas venham hiper mega emotivas e super sensibilizadas pelos vários momentos que passaram nas suas viagens, que não dependiam só do destino”.

Como as modas, as pessoas cada dia procuram coisas diferentes também em relação às viagens. A XJourney Travel não foge à regra, e os clientes procuram destinos que vão da África, à Ásia, América do Sul, até à Madeira. Londres também, conforme disseram, é uma cidade incrível para descobrir, para fazer coisas. “Gostamos de sítios muito estranhos”, confidenciaram ao Publituris.

“Quase todos os clientes que nos pedem propostas têm as suas ideias, mas dão-nos sempre a liberdade para darmos as nossas, e muitas vezes apresentamos destinos inusitados que não estão à espera, e depois a forma como os vendemos e a paixão com que o fazemos demonstra que somos conhecedores profundos daquilo que estamos a dar e a vender, e isso é uma mais-valia muito grande. Volto a dizer, o cliente muitas vezes vai atrás daquilo que dizemos porque estivemos lá, soubemos e conseguimos de alguma maneira criar a paixão no cliente de querer conhecer”, acentuou Miguel Procópio, enquanto Carlos Medeiros realça que “o nosso dia a dia é uma aprendizagem diária. Temos a capacidade e a humildade de olhar sempre para um destino e perceber que a cada ano vamos aumentar o nosso know-how naquele destino.

Por isso é muito importante voltar. Tudo é influenciado pela temperatura, pela luz, pelo momento em que se vive, ou seja, há um conjunto de fatores que podem influenciar a maneira como vemos um destino a cada momento”.

Objetivos é evoluir
Com uma média de 30 viagens por ano, a XJourney está vocacionada para as viagens ao exterior, enquanto a Event Concept tem o seu mercado dos eventos aqui em Portugal, num know-how acumulado de 30 anos. “Temos pintado a manta”, revela Carlos Medeiros, para esclarecer que “partilhamos clientes, o que é uma mais-valia.

As duas empresas estão quase fundidas uma com a outra e as equipas técnica e de produção são só uma, com funções distintas”, avançando que “a paixão é o nosso maior objetivo e somos muito cuidadosos na seleção dos colaboradores porque, não queremos os melhores técnicos, mas as melhores pessoas”.

Esta é, “por enquanto”, a estratégia a manter nesta empresa, asseguraram os dois empresários, mas “pretendemos evoluir, até porque não somos nada conformados, mas sim super wilds”. A este respeito, Carlos Medeiros salienta que “o futuro é aquilo que eu e o Miguel acharmos, o que o coração nos mandar”, mas garantiu que “temos mil coisas para explorar ainda, estamos no início, na ponta do iceberg, depende também muito de como o mercado vai evoluir. O que sabemos é que somos super camaleões, adaptamo-nos ao dia, à hora. A paixão é que não vai desaparecer, essa é que mantém a chama acesa para a produção de tudo”.

Lembraram que a empresa possui algumas contas internacionais, mas pretendem ainda passar a gerir outras tantas. Por tudo isto, pode-se concluir que esta não é uma empresa para ter porta aberta para a rua. “O público passante não é o nosso core business, não é de facto aquilo que queremos”, disse Miguel Procópio. No entanto, como nota final, refira-se que as instalações da XJourney não são um escritório normal, é uma autêntica sala de estar com uma decoração que nos transporta para terras longínquas para onde nos apetece viajar, onde os clientes são sempre convidados, seja para levantar a documentação, seja para assistir aos briefings das viagens.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Espanha
Destinos

Espanha totaliza quase 65 milhões de turistas até agosto

Os dois meses mais fortes do verão contribuíram com perto de 22 milhões de turistas para os quase 65 milhões recebidos por “nuestros hermanos”.

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Espanha recebeu, nos primeiros oito meses de 2024, 64,8 milhões de turistas internacionais, traçando o caminho para mais um ano de recordes a nível turístico que se prevê possa ultrapassar os 90 milhões.

Segundo as contas feitas pelas entidades espanholas, os turistas internacionais deixaram na economia do país cerca de 86,7 mil milhões de euros, representando um aumento de 17,6% face a igual período de 2023.

O segundo país a receber mais turistas internacionais no mundo, depois de França, recebeu no pico do verão – meses de julho e agosto – 10,9 milhões de turistas, perfazendo, assim, 21,8 milhões nos dois meses, avançam os dados do Instituto Nacional de Estatística espanhol, indicando que tal número equivale a uma subida de 7,3% face aos mesmos dois meses do ano anterior.

Quase 20% dos turistas internacionais que visitaram Espanha nestes dois meses saíram do Reino Unido, seguindo-se os franceses (3,75 milhões), alemães (2,49 milhões) e italianos (1,35 milhões). Os números também mostram que dos EUA voaram 850 mil turistas, ou seja, mais 13% que em período homólogo de 2023.

Enquanto o ministro do Turismo, Jordi Hereu, saudou os números como “um grande sucesso para o bem-estar, a coesão social e o desenvolvimento económico de Espanha”, também admitiu a necessidade de o setor “transformar” o seu modelo, uma vez que o país tem sido invadido por protestos contra o turismo em massa.

Lembre-se que no início de julho, os habitantes de Barcelona usaram pistolas de água aos visitantes, num protesto contra o turismo de massas. Há anos que a cidade se esforça por moderar a afluência de turistas. Em 2022, foram tomadas medidas para combater os grandes grupos de turistas e uma rota de autocarros muito movimentada foi ocultada do Google Maps para garantir que os residentes, especialmente os idosos, possam encontrar um lugar. Na última medida, o presidente da Câmara, Jaume Collboni, prometeu que os alugueres de curta duração desaparecerão da cidade até 2028. Os 10.101 apartamentos atualmente aprovados como arrendamento turístico deverão ver as licenças anuladas nos próximos quatro anos.

Outros destinos espanhóis estão também a ser confrontados com os inconvenientes do turismo de massas. Em abril, os habitantes das Ilhas Canárias fizeram uma greve de fome, invocando a catástrofe ambiental deixada pelos turistas, com campos de golfe, piscinas e outros empreendimentos a absorverem enormes quantidades de água, numa época em que a escassez de água é cada vez mais frequente.

Em maio, realizaram-se protestos contra o turismo em todas as Ilhas Baleares, com centenas de pessoas nas ruas de Menorca, 1.000 em Ibiza e 10.000 em Palma de Maiorca, tendo outras 20.000 pessoas saído às ruas de Maiorca em julho.

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Transportes

Grupo Norwegian transporta 2,6 milhões de passageiros em setembro

O grupo norueguês Norwegian registou, em setembro, um aumento total de 11% no número de passageiros transportados face a igual mês de 2023.

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Em setembro, a Norwegian transportou 2.263.270 passageiros, enquanto a Widerøe transportou 356.259 passageiros. Em conjunto, totalizaram 2.619.539 passageiros. A capacidade aumentou 10%, enquanto o número de passageiros cresceu 11% em comparação com setembro de 2023.

A Norwegian está, assim, a responder ativamente aos desafios externos que afetam a companhia aérea, mantendo um forte enfoque nos custos, mesmo com números de tráfego positivos em setembro.

“Estou satisfeito por termos aumentado a ocupação durante o verão e no início da época de outono, ao mesmo tempo que alcançámos um crescimento de capacidade de dois dígitos. O período de férias escolares de outono na Noruega está a correr bem e estamos ansiosos por um outubro atarefado, bem como por uma próxima época de inverno cheia de destinos novos e excitantes. Embora estejamos satisfeitos com os resultados, não estamos complacentes. Estamos a gerir ativamente os custos para mitigar quaisquer desafios futuros”, afirma Geir Karlsen, CEO da Norwegian.

A capacidade (medida em AKO: lugares-quilómetro oferecidos) foi de 3,541 milhões de lugares-quilómetro, mais 10% do que no mesmo período do ano passado. O tráfego real de passageiros (medido em PKT) foi de 3.017 milhões de assentos-quilómetro, um aumento de 12% em relação a setembro de 2023. A ocupação média aumentou 1,2% em relação ao ano anterior, para 85,2%.

Em setembro, a Norwegian operou com um índice de regularidade, entendido como a percentagem de voos realizados em relação aos voos programados, de 99,4%. A pontualidade, definida como a percentagem de voos que partem até 15 minutos depois da hora programada, foi de 78,6%, 6% inferior à de setembro do ano passado, devido em parte ao elevado volume de tráfego no mês passado, bem como às restrições do controlo de tráfego aéreo. A companhia aérea operou uma média de 86 aeronaves em setembro.

Greve da Boeing suscita preocupações
A Boeing tem enfrentado uma série de desafios nos últimos anos, sendo o mais recente a atual greve. Na sua quarta semana de greve, mais de 30.000 técnicos e mecânicos foram dispensados, o que teve um impacto ainda maior num calendário de produção já muito atrasado.

“A greve está a atrasar ainda mais as entregas da Boeing, que já estavam consideravelmente atrasadas. Esta situação vai atrasar as nossas entregas até ao próximo verão e aumentar os custos a curto prazo, obrigando-nos a dar prioridade a medidas de contenção. Estamos a considerar uma série de medidas de atenuação para gerir a escassez de aviões, como a renovação de contratos de arrendamento”, salienta o CEO da Norwegian, Geir Karlsen.

Relativamente à Widerøe, a capacidade (AKO) em setembro foi de 182 milhões de lugares-quilómetro. O tráfego real de passageiros (PKT) foi de 134 milhões de lugares-quilómetro, enquanto a ocupação média foi de 73,5%, mais 6,7% do que em setembro do ano passado.

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Turismo

África e Américas unem-se para planear o futuro partilhado do turismo

Os líderes do turismo de África e das Américas comprometeram-se a trabalhar em conjunto para tornar o setor um pilar do desenvolvimento coletivo sustentável e inclusivo em ambos os continentes.

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A “Declaração de Punta Cana” foi adotada no final da primeira reunião conjunta das Comissões Regionais de Turismo da ONU para África e para as Américas e seguiu-se a dois dias de diálogo partilhado em torno dos temas-chave da educação e dos investimentos no setor.

Reconhecendo os laços históricos entre as duas regiões, bem como as suas culturas únicas e complementares, a Cimeira serviu como uma plataforma de referência para uma cooperação reforçada, capitalizando a inovação, a educação, os investimentos e as indústrias criativas para o desenvolvimento futuro do turismo.

Ao dar as boas-vindas a cerca de 200 participantes de alto nível, entre os quais 14 ministros, representando 27 países (15 das Américas e 12 de África), o secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que a cimeira “oferece uma plataforma única para forjar ligações e construir pontes entre África e as Américas, criar parcerias estratégicas transregionais, promover projetos de cooperação Sul-Sul, tudo em benefício do sector do turismo das duas regiões.”

A diretora-executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona, salientou, por sua vez, que “África e Américas são dotadas de um rico património cultural, de paisagens diversas e de profundas ligações históricas. No entanto, reconhecemos que, devido a múltiplos desafios – como a conetividade limitada, as barreiras regulamentares e administrativas e a falta de conhecimento mútuo do mercado – a nossa relação de turismo cruzado não é tão forte como poderia e deveria ser. O nosso objetivo hoje é abordar estes desafios de frente, fomentando a colaboração que irá impulsionar o desenvolvimento económico, promover o intercâmbio cultural e incentivar práticas sustentáveis que beneficiem todas as nossas comunidades.”

A Declaração de Punta Cana
Como um sinal claro de cooperação Sul-Sul, a Declaração de Punta Cana estabeleceu um conjunto de compromissos partilhados para o desenvolvimento do turismo como um motor de desenvolvimento inclusivo. Através da Declaração, os líderes do setor do turismo de ambas as regiões reconhecem a importante necessidade de “intensificar os esforços conjuntos para promover o desenvolvimento sustentável” através do turismo, com uma forte incidência em “investimentos estratégicos, educação, inovação e indústrias criativas”. Encarnando o espírito da histórica Cimeira de Punta Cana, a Declaração sublinha igualmente a importância do turismo como instrumento de preservação da cultura e do património comuns e únicos.

Os signatários da Declaração manifestaram a sua intenção de “redobrar os seus esforços”, nomeadamente nos domínios relacionados com investimentos estratégicos, reforçar as parcerias público-privadas, estimular os investimentos no setor e dar prioridade aos investimentos através de uma definição eficaz das políticas. Além disso, aumentar a conetividade entre as duas regiões, tanto em termos de melhoria das ligações aéreas como de reforço do intercâmbio cultural.

Na área do desenvolvimento de competências e formação, as duas regiões pretendem dar prioridade ao investimento no ensino e na formação no domínio do turismo, alargar o acesso à aprendizagem em linha e fora de linha e promover a utilização da inovação e das novas competências digitais para melhorar os conhecimentos da mão de obra no sector do turismo.

Já na inovação, a aposta passa por apoiar concursos para empresas e empresários em fase de arranque em ambas as regiões, apoiar melhor as PME, incluindo nas comunidades rurais, e promover soluções inovadoras centradas na sustentabilidade e na ação climática.

Nas indústrias criativas, os esforços passarão por promover o papel das indústrias culturais e criativas no sector do turismo, nomeadamente através do financiamento de projetos com potencial para atrair turistas e desenvolver destinos e rotas culturais novos e diversificados, e assegurar que os benefícios que o sector proporciona se centram no desenvolvimento social e inclusivo.

Finalmente, na cooperação inter-regional, o foco passa por apoiar a análise do mercado e outros estudos para identificar potenciais áreas de crescimento e oportunidades comuns, desenvolver estratégias comuns para o desenvolvimento do turismo, nomeadamente através dos meios digitais, de novos produtos e de feiras internacionais de turismo.

“Construir um amanhã melhor, hoje”
Em consonância com o enfoque mais amplo da ONU Turismo nos investimentos no turismo, a Cimeira reuniu líderes dos setores público e privado, juntamente com os principais representantes das instituições financeiras, para avaliar o panorama atual e as tendências e perspectivas para África e as Américas.

Os oradores referiram o enorme potencial de iniciativas de investimento conjuntas entre as duas regiões, salientando o papel crescente dos bancos públicos e privados. A Cimeira também se centrou na importância vital dos investimentos para impulsionar a transição ecológica do turismo tanto em África como nas Américas, sobretudo nas infraestruturas e no sector hoteleiro.

A par da inovação, a Cimeira também colocou a tónica na educação e na formação, assinalando a necessidade urgente de trabalhadores qualificados em ambas as regiões. Com o foco nos “Jovens Talentos que Lideram a Transformação”, os líderes do turismo reconheceram a necessidade de iniciativas conjuntas de capacitação, desenvolvimento de currículos e parcerias entre instituições académicas, partes interessadas da indústria e organismos governamentais.

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Aviação

Atrasos no tráfego aéreo europeu com aumento de 6% de junho a agosto

De junho a agosto de 2024, mais de 1,4 milhões de voos na Europa registaram um atraso, um aumento de 6,2% face a igual período de 2023.

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Os atrasos relacionados com o controlo do tráfego aéreo (ATC) aumentaram este verão, revelando o último relatório do órgão de análise do desempenho do Céu Único Europeu (PRB) uma deterioração contínua do desempenho do ATC em toda a Europa.

Entre junho e agosto de 2024, registou-se um aumento de 6,2% no tráfego, para 1,41 milhões de voos, além de aumentos de 44,9% no total de atrasos ATFM (Air Traffic Flow Management) para quase 9 milhões de minutos. O atraso médio foi de 13 minutos por voo atrasado, tendo-se ainda verificado ainda aumentos de 80,8% nos atrasos relacionados com a capacidade ATC, e de +16,2% nos atrasos relacionados com o pessoal do ATC

Além disso, quase um em cada dois voos na Europa durante o verão sofreu algum tipo de atraso. Esta tendência de agravamento surge no momento em que o relatório PRB destaca um aumento de 430% nos atrasos anuais entre 2021 e 2023, sublinhando o fosso cada vez maior entre a procura e a capacidade efetiva do espaço aéreo.

Prevê-se que este fosso persista, especialmente com o crescimento do tráfego previsto para os próximos anos. O relatório insta “os ANSP e os Estados-Membros a darem prioridade a melhorias contínuas da capacidade em 2024 e durante o RP4 para acompanhar a recuperação do tráfego e o crescimento futuro”.

É fundamental que, após a sua confirmação, o Comissário indigitado Tzitzikostas responda rapidamente ao apelo da Presidente von der Leyen no sentido de desenvolver uma estratégia para resolver as “ineficiências na gestão do tráfego aéreo no âmbito do Céu Único Europeu”, tal como referido na sua carta de missão.

Reagindo aos números relativos aos atrasos e ao relatório PRB, Ourania Georgoutsakou, diretora-geral da Airlines for Europe (A4E), salienta que, “ao ler o relatório PRB deste ano, tenho uma sensação de déjà vu. Mais uma vez, fica claro que a situação está a piorar. A reforma do espaço aéreo europeu é agora um dos desafios mais urgentes que o sector europeu da aviação enfrenta, tendo mesmo sido identificada como uma prioridade no relatório de competitividade d Mario Draghi. O espaço aéreo europeu está a falhar. Mario Draghi falou da lenta agonia da Europa, mas para milhões de passageiros este verão, a agonia foi demasiado real”.

“É simplesmente inaceitável que quase metade de todos os voos na Europa sofram algum tipo de atraso na época mais movimentada do ano. Sabemos quais são os problemas e a capacidade com que temos de trabalhar, mas é evidente que não estamos a fazer o suficiente com o que temos para evitar atrasos. A redução dos atrasos não só minimizará as perturbações para os passageiros, como também trará benefícios ambientais reais, reduzindo potencialmente as emissões de CO2 em 7-10%. A A4E está disposta a colaborar com todas as partes interessadas para resolver este problema. A Europa e os seus passageiros não devem ser obrigados a esperar mais tempo”, conclui Georgoutsakou.

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Savoy Signature integra Confederação do Turismo de Portugal

A Savoy Signature passa a integrar a Comissão Permanente da Concertação Social da Confederação do Turismo de Portugal.

Victor Jorge

A Savoy Signature passa a integrar a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), organismo de cúpula do Turismo com assento na Comissão Permanente da Concertação Social.

“A admissão da Savoy Signature à CTP reforça o peso da nossa coleção de hotéis na oferta turística regional, mas reafirma também o forte compromisso com a atividade turística nacional, onde através dos nossos produtos estamos certos de que contribuímos para a notoriedade do destino Portugal e para o crescimento da economia. Como associados da CTP, iremos participar vivamente no debate estratégico sobre o sector” adianta Roberto Santa Clara, CEO da Savoy Signature.

Com um portefólio diversificado de investimentos, entre os quais sete unidades hoteleiras, a Savoy Signature espera partilhar a sua visão e participar nas estratégias que impulsionam o crescimento económico e o fortalecimento da imagem de Portugal no mercado nacional e internacional.

“A nossa adesão à CTP reconhece o papel fundamental que a Confederação tem vindo a desempenhar na representação e defesa do Turismo, visando reafirmar o nosso propósito de participação cada vez mais ativa no setor do Turismo, onde queremos cimentar a posição enquanto player de referência “, conclui Roberto Santa Clara.

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