Algarve: Turismo sem compensação por cortes no consumo de água
O Governo decretou cortes no consumo de água no Algarve devido à seca que se tem vindo a agravar na região, prevendo-se uma redução de 25% na agricultura e de 15% no setor urbano, que inclui o turismo.
![Publituris](https://backoffice.publituris.pt/app/uploads/2023/10/P_redes_sociais-120x120.jpg)
Publituris
Ávoris reafirma intenção de “fortalecer e expandir operações em Portugal”
Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, é capa da Nova Edição da Publituris Hotelaria
EGYPTAIR regressa a Lisboa e abre dois voos semanais para o Cairo
Qatar Airways apresenta nova ‘Qsuite Next Gen’
Turismo de Portugal apoia formação em Angola
Airbus investe na LanzaJet para aumentar produção de SAF
Lusófona participa no projeto FUTOURWORK para promover bem-estar e melhores condições de trabalho no Turismo e Hospitalidade
Indústria global das viagens de negócios chega perto dos 1,4 biliões de euros, em 2024
Porto recebe “Prides” europeus
Quase 60% dos viajantes dizem sentir-se sobrecarregados pelo excesso de opções
O ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, disse esta quinta-feira, 18 de janeiro, que não estão previstas quaisquer compensações ao setor do turismo por causa dos cortes de água impostos devido à seca, que se tem vindo a agravar na região algarvia.
“Não perspetivamos a necessidade de qualquer tipo de compensação para o setor”, afirmou Duarte Cordeiro, em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, justificando a decisão com o facto de não existem restrições “ao desenvolvimento da atividade”.
A Lusa revela que o Governo decretou cortes no consumo de água no Algarve devido à seca que se tem vindo a agravar na região, prevendo-se uma redução de 25% na agricultura e de 15% no setor urbano, que inclui o turismo.
Recorde-se que, no Algarve, a capacidade das albufeiras encontra-se a um nível de 25%, comparado com os 45% do ano passado pela mesma altura, o que está a ameaçar o abastecimento regional.
Segundo Duarte Cordeiro, o corte decidido não provoca “restrição ao desenvolvimento da atividade” turística, esperando-se que exista apenas um “condicionamento relativamente à eficiência hídrica e poupança de água”.
Por isso, o governante afastou necessidade de apoios, considerando que “o setor devia mostrar ao país a capacidade de internalizar este processo de mudança como algo positivo, algo que pudesse valorizar o Algarve”.
“Se não tomássemos decisões, corríamos o risco de não ter água para abastecimento público até ao final do ano”, acrescentou Duarte Cordeiro, explicando que as medidas propostas resultam de um trabalho de duas semanas na região, junto de agricultores, setor do turismo e autarcas.
A necessidade de impor cortes de água no Algarve foi decidida pela Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca que, de acordo com Duarte Cordeiro, propõe 46 medidas que deverão constar de uma resolução do Conselho de Ministros.
As medidas deverão ser aplicadas por municípios, Águas do Algarve, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRA), gestão dos aproveitamentos hidroagrícolas e setor do turismo.